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Apostila Fundamental

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Cursos Preparatórios 
 
Apostila Teoria 
Ensino Fundamental 
do 5° ao 8° Série 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição - Agosto de 2020 
 
 
 
 
 
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Cursos Preparatórios 
 
PORTUGUÊS 
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COMUNICAÇÃO: é a capacidade de emitir e receber mensagens. Existem várias formas de se comu- 
nicar: pela fala, pela escrita, pelos gestos, pela música, etc. 
 
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: para que haja comunicação, é necessário: 
1 - Emissor ou remetente: é aquele que envia a mensagem. 
2 - Receptor ou destinatário: é aquele que recebe a mensagem. 
3 - Código: é todo o conjunto de sinais utilizados para a transmissão de uma mensagem. 
4 - Mensagem: é a informação que o emissor deseja enviar ao receptor. 
 
LÍNGUA: a língua é um código verbal que utiliza palavras que devem ser organizadas de maneira es- 
pecial para constituir uma mensagem. A língua é um fato social, pois pertence a todos os membros da 
comunidade que a cria e a usa. Ex.: Língua Italiana, Língua Portuguesa, etc. 
 
SONS DAS PALAVRAS: Fonemas: são unidades sonoras mínimas (sons) que possuem a propriedade 
de estabelecer distinção entre vocábulos de uma língua. 
Obs.: 
- fonema é o som. 
- letra é a representação gráfica de um fonema. 
- por convenção, os fonemas são geralmente transcritos entre barras oblíquas. Ex.: par = /p/, /a/, /r/ 
(3 letras e 3 fonemas); caneta = /c/, /a/, /n/, /e/, /t/, /a/ (6 letras e 6 fonemas); chave = /x/, /a/, 
/v/, /e/ (5 letras e 4 fonemas). 
 
Os fonemas classificam-se em: 
 
1 - VOGAIS: podem ser: 
- orais: ocorrem quando a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal. São a, é, ê, i, ó, ô, u. 
Ex.: já, pé, ali, vê, pó, dor, uva. 
- nasais: ocorrem quando a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A nasalidade pode ser 
indicada pelo til (~) ou pelas letras n e m. São ã, e, i, o, u. Ex.: mãe, venda, lindo, pomba, nunca. 
- tônicas: a vogal tônica é pronunciada com maior intensidade. Ex.: café, bola, vidro. 
- átonas: a vogal átona é pronunciada com menor intensidade. Ex.: café, bola, vidro. 
Obs.: não há sílaba sem vogal e há apenas uma vogal em cada sílaba. 
2 - SEMIVOGAIS: são normalmente os fonemas /i/ e /u/ quando juntos de uma vogal, formam com 
ela uma mesma sílaba. Ex.: papai - na sílaba pai, o fonema que se destaca é o a (vogal). O i não é tão 
forte, então é uma semivogal; pau (a = vogal, u = semivogal). 
3 - CONSOANTES: são fonemas que para soarem, necessitam do apoio de uma vogal ou semivogal. 
São: /b/, /c/, /d/, /f/, /g/, /h/, /j/, /k/, /l/, /m/, /n/, /p/, /q/, /r/, /s/, /t/, /v/, /w/, /x/, /y/, /z/. 
 
ENCONTROS VOCÁLICOS: podem ser ditongo, tritongo e hiato. 
a) ditongo: é o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. 
Ex.: pai = vogal + semivogal 
meu = vogal + semivogal vogal + semivogal = ditongo decrescente 
gênio = semivogal + vogal 
ginásio = semivogal + vogal semivogal + vogal = ditongo crescente 
 
b) tritongo: é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. 
Ex.: Paraguai, iguais, quais. 
c) hiato: é a sequência de duas vogais numa mesma palavra, que pertencem, portanto, a sílabas dife- 
rentes, pois nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Ex.: saída (sa-í-da); juiz (ju-iz). 
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ENCONTROS CONSONANTAIS: ocorrem quando há grupos de consoantes sem vogal intermediária. 
Ex.: plano, flor, digno. 
 
DÍGRAFOS: são grupos de duas letras que representam apenas um fonema. Ex.: pássaro (ss = fone- 
ma /s/). Os dígrafos podem ser: 
 
1) consonantais: ocorrem quando o grupo de letras representa um fonema consonantal. 
Ex.: ch (chuva = 5 letras e 4 fonemas); sc (nascer = 6 letras e 5 fonemas); ss (pássaro = 7 letras e 6 
fonemas); sç (desça = 5 letras e 4 fonemas); lh (folha = 5 letras e 4 fonemas); sc (florescer = 9 letras 
e 8 fonemas); qu (parque = 6 letras e 5 fonemas); nh (vizinho = 7 letras e 6 fonemas), rr (serra = 5 
letras e 4 fonemas); gu (guindaste = 9 letras e 7 fonemas). 
 
2) vocálicos: ocorrem quando o grupo de letras representa um fonema vocálico. Ex.: am, an (tampa 
= 5 letras e 4 fonemas); im, in (limpo = 5 letras e 4 fonemas); um, un (mundo = 5 letras e 4 fone- 
mas); em, en (vento = 5 letras e 4 fonemas); om, on (comprar = 7 letras e 6 fonemas). 
Obs.: nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema (som); nos encontros consonantais, cada 
letra representa um fonema. 
 
SÍLABA: é um fonema ou um grupo de fonemas pronunciados num só impulso expiratório. Uma pa- 
lavra pode ser formada por uma ou mais sílabas. Ex.: fé = uma sílaba; sala = duas sílabas = sa-la. 
 
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: 
a) monossílabas: têm apenas uma sílaba. Ex.: mãe, pé, flor, chão. 
b) dissílabas: têm duas sílabas. Ex.: dente (den-te), ponte (pon-te), sapo (sa-po). 
c) trissílabas: têm três sílabas. Ex.: médico (mé-di-co), sapato (sa-pa-to), amigo (a-mi-go). 
d) polissílabas: têm quatro ou mais sílabas. Ex.: amizade (a-mi-za-de), matemática (ma-te-má-ti- 
ca), literatura (li-te-ra-tu-ra). 
 
- sílaba tônica: é aquela que se distingue das demais por ser pronunciada com mais intensidade. 
As outras sílabas da palavra são chamadas de átonas. Ex.: mesa (me = sílaba tônica, sa = sílaba áto- 
na), Brasil (sil = sílaba tônica, Bra = sílaba átona). 
 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser: 
a) oxítonas: quando a sílaba tônica é a última. Ex.: mulher, Belém, feliz. 
b) paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima. Ex.: casa, tela, lápis. 
c) proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex.: árvore, próximo, fósforo. 
 
MONOSSÍLABOS TÔNICOS E ÁTONOS: monossílabos tônicos são os pronunciados fortemente, 
ou seja, quando a sílaba que os forma é tônica. Ex.: voz, céu, mar. Monossílabos átonos são os 
pronunciados fracamente, ou seja, quando a sílaba que os forma é átona. Ex.: as, te, os. 
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REGRAS DO NOVO ACORDO ORTOGRAFICO 
 
ALFABETO 
Com a inclusão do K, W e Y, o alfabeto é agora formado por 26 letras. 
 
TREMA 
Não existe mais na língua portuguesa - exceto em nomes próprios e seus derivados (Müller, mül- 
leriano). 
 
Exemplos: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, eloquente, delinquir, pinguim, 
tranquilo, linguiça, linguística. 
 
ACENTUACÃO 
Ditongos abertos com “ei” e “oi” não são mais acentuados em palavras paroxítonas. 
 
Exemplos: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, 
apoio, heroico, paranoico. 
Obs. 1: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, 
dói, anéis, papéis. 
Obs. 2: o acento no ditongo aberto “eu” continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. 
 
Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados. 
Exemplos: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, 
descreem, releem, reveem. 
 
Não existe mais o acento diferencial em palavras escritas da mesma forma. 
Exemplos: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), 
polo (substantivo) 
 
Obs.: o acento diferencial permanece no verbo poder (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo 
- pôde) e no verbo pôr. 
Não se acentua mais a letra u nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de g ou q e antes de 
e ou i (gue, que, gui, qui). 
Exemplos: argui, apazigue, averigue, enxague, enxaguemos, oblique. 
Não se acentua mais i e u tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo. 
Exemplos: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume. 
 
HÍFEN 
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos terminados em vogal + palavras 
iniciadas por r ou s, sendo que essas devem ser dobradas. 
 
Exemplos: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirri- 
validade, autorregulamentação, contrassenha,extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, 
intrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível. 
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Obs.: em prefixos terminados por r, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela 
mesma letra: hiper-realista, inter-racial, super-resistente, etc. 
 
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados 
em vogal + palavras iniciadas por outra vogal. 
Exemplos: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, contrain- 
dicação, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, se- 
miaberto, semiautomático, semiárido, supraocular, ultraelevado. 
 
Obs.: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por h: anti-herói, anti-higiê- 
nico, extra-humano, semi-herbáceo, etc. 
 
Utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vo- 
gal + palavra iniciada pela mesma vogal. 
 
Exemplos: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, 
arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico. 
 
Obs.: a exceção é o prefixo co. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal o, não se utiliza 
hífen. 
 
Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição. 
 
Exemplos: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, para- 
vento. 
 
 
O uso do hífen permanece: 
 
• Em palavras formadas por prefixos ex, vice, soto: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre 
 
• Em palavras formadas por prefixos circum e pan + palavras iniciadas em vogal, M ou N: pana- 
mericano, circum-navegação 
 
• Em palavras formadas com prefixos pré, pró e pós + palavras que têm significado próprio: pré- 
natal, pró-desarmamento, pós-graduação 
 
• Em palavras formadas pelas palavras além, aquém, recém, sém: além-mar, além-fronteiras, 
recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto 
 
 
Não existe mais hífen: 
 
• Em locuções de qualquer tipo: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala 
de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. Exceções: água- 
de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima- 
roupa. 
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MORFOLOGIA: É o estudo da estrutura das formas das palavras. 
 
CLASSES GRAMATICAIS: as palavras são divididas em dez diferentes classes gramaticais: artigo, 
substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjei- 
ção. Ao longo dos módulos, iremos estudar cada uma delas. 
 
ARTIGO: é a palavra que se usa antes de um substantivo para dar-lhe um sentido definido ou 
indefinido. Os artigos definidos são: o, a, os, as. Ex.: As meninas tiraram dez na prova. Os artigos 
indefinidos são: um, uma, uns, umas. Ex.: Umas alunas tiraram dez na prova. 
Obs.: qualquer palavra acompanhada pelo artigo assume função de substantivo. Ex.: Os maus serão 
castigados. 
 
SUBSTANTIVO: é a palavra que dá nome aos seres em geral, isto é, dá nome a tudo aquilo que existe. 
Ex.: livro, beleza, Roma. 
- Quanto à formação, o substantivo pode ser: 
a) primitivo: quando não se origina de nenhuma outra palavra. Ex.: ferro, pedra, livro. 
b) derivado: quando se origina de outra palavra. Ex.: ferreiro, pedreiro, livraria. 
c) simples: quando é formado apenas por um radical. Ex.: chuva, couve, pé. 
d) composto: quando é formado por mais de um radical. Ex.: guarda-chuva, couve-flor, pé de mole- 
que. 
 
- Quanto à sua classificação, o substantivo pode ser: 
a) comum: designa qualquer elemento de um conjunto. Ex.: rio, homem, país. 
b) próprio: quando destaca um determinado elemento de um conjunto, particularizando-o. Ex.: To- 
cantins, Pedro, Brasil. 
c) concreto: quando designa seres e coisas do mundo real ou imaginário. Ex.: criança, fada, nuvem. 
d) abstrato: exprime ações, qualidades ou estados. Ex.: estudo, beleza, largura. 
e) coletivo: é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma 
espécie. Ex.: alcateia (de lobos), álbum (de fotografias ou selos), atlas (de cartas geográficas ou ma- 
pas), bando (de aves ou pessoas em geral), cacho (de uvas ou bananas), cardume (de peixes), elenco 
(de artistas), manada (de bois ou elefantes), molho (de chaves), vocabulário (de palavras), plêiade (de 
poetas, escritores, artistas), classe (de alunos), enxame, colmeia (de abelhas), cambada (de caran- 
guejo), etc. 
 
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO 
GÊNERO: os substantivos podem pertencer ao gênero masculino ou feminino, dividindo-se em: 
a) biformes: são os que apresentam duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino. 
Ex.: aluno (masculino)- aluna (feminino), menino (masculino) - menina (feminino). 
Obs.: quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o 
substantivo denomina-se heterônimo. Ex.: pai - mãe, padrinho - madrinha, bode - cabra. 
b) uniformes: são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. 
Subdividem-se em: 
1) substantivos epicenos: são substantivos uniformes que designam animais. Ex.: onça, jacaré, 
tigre. 
Obs.: para especificar o sexo do animal, geralmente juntamos a esses substantivos as palavras macho 
e fêmea. 
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Ex.: onça macho - onça fêmea. 
2) substantivos comuns de dois gêneros: são os que se referem a pessoas. A distinção de gênero 
é dada pelas palavras que os acompanham. Ex.: um jornalista - uma jornalista, aquele jovem - aquela 
jovem. 
3) substantivos sobrecomuns: são os que apresentam um só gênero gramatical para designar pes- 
soas de ambos os sexos. Ex.: a criança (menino ou menina), a testemunha (homem ou mulher). 
 
GRAU: o substantivo pode apresentar grau aumentativo ou diminutivo. Ex.: nariz - narigão - nari- 
zinho. A indicação de grau pode ser feita de duas formas: 
1) pelo emprego de sufixos apropriados (processo sintético). Ex.: livrinho, paredão, menininho, 
meninão. 
2) pelo uso de adjetivos (processo analítico). Ex.: livro pequeno, parede grande, menino pequeno, 
menino grande. 
 
NÚMERO: variam em número singular ou plural. Alguns, porém, só são usados no singular ou no 
plural. Ex.: fé, parabéns. 
 
FORMAÇÃO DO PLURAL: como regra geral, o plural é feito pelo acréscimo do s à forma do singular. 
Ex.: menino - meninos. 
 
- plural dos substantivos simples: 
1) substantivos terminados em vogal ou ditongo: forma-se o plural pelo acréscimo da 
desinência -s. Ex.: isqueiro - isqueiros, troféu - troféus, pai - pais. 
Obs.: os substantivos terminados pelo ditongo nasal -ão fazem o plural de três maneiras: 
a) terminação em -ões. Ex.: balão - balões, canção - canções, questão - questões. 
b) terminação em -ães. Ex.: alemão - alemães, cão - cães, sacristão - sacristães. 
c) terminação em -ãos. Ex.: cidadão - cidadãos, irmão - irmãos, bênção - bênçãos. 
2) substantivos terminados em -r e -z: forma-se o plural pelo acréscimo de -es ao singular. 
Ex.: mar - mares, açúcar - açúcares, colher - colheres, giz - gizes. 
3) substantivos terminados em -s: quando não são oxítonos, ficam invariáveis; quando oxítonos, 
formam o plural pelo acréscimo de -es. Ex.: o lápis - os lápis, o ônibus - os ônibus, o país - os países 
(oxítono), o retrós - os retroses (oxítono). 
Obs.: cais e cós são invariáveis. 
4) substantivos terminados em -x: não variam no plural. Ex.: o tórax - os tórax, o látex - os 
látex. 
5) substantivos terminados em -al, -el, -ol, ul: formam o plural trocando o -l por -is. Ex.: animal - 
animais, papel - papéis, álcool - álcoois. 
Obs.: exceções: mal - males, cônsul - cônsules. 
6) substantivos terminados em -il: 
a) os oxítonos trocam o -l por -s: Ex.: barril - barris, funil - funis, fuzil - fuzis. 
b) os não - oxítonos trocam o -il por -eis. Ex.: fóssil - fósseis, réptil - répteis. 
Obs.: alguns plurais que merecem destaque: caráter- caracteres (té), mel - méis ou meles, júnior - 
juniores (ô), sênior - seniores (ô). 
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7) quando o substantivo está no grau diminutivo e é formado com os sufixos -zinho e -zito, 
o -s do plural do substantivo primitivo desaparece. Ex.: bares (-s) + zinhos = barezinhos, mulheres 
(-s) + zinhas = mulherzinhas, balões (-s) + zinhos = balõezinhos. 
 
- plural dos substantivos compostos: 
1) quando o substantivo composto não é separado por hífen, o plural se faz normalmente pelo acrésci- 
mo do s. Ex.: passatempo - passatempos, aguardente - aguardentes, vaivém - vaivéns. 
2) quando o substantivo composto tem seus elementos ligados por hífen, podem ocorrer os seguintes 
casos: 
a) os dois elementos variam se ambos são substantivos, adjetivos ou numerais. Ex.: couve-flor - cou- 
ves-flores, boa-vida - boas-vidas, quinta-feira - quintas-feiras. 
Obs.: quando o segundo elemento restringe o primeiro, indicando-lhe uma forma ou finalidade, geral- 
mente só o primeiro vai para o plural. Ex.: banana-maçã - bananas-maçã, salário-família - salários- 
família. 
b) apenas o segundo elemento varia quando: 
- o primeiro é verbo ou palavra invariável. Ex.: guarda-roupa - guarda-roupas, abaixo-assinado - abai- 
xo-assinados. 
- o substantivo é composto por palavras repetidas ou onomatopaicas. Ex.: pingue-pongue - pingue 
-pongues, tico-tico - tico-ticos. 
- o primeiro elemento é bel, grão ou grã (grande). Ex.: grão-duque - grão-duques, bel-prazer - bel 
-prazeres. 
c) somente o primeiro elemento varia quando ele está ligado ao segundo por preposição. Ex.: pé de 
moleque - pés de moleque. 
d) os dois elementos ficam invariáveis no plural quando o substantivo é composto por verbos de senti- 
dos opostos ou de palavras que não admitem flexão. Ex.: o leva e traz - os leva e traz, o vai-volta - os 
vai-volta. 
Obs.: quando formados por verbos repetidos, ambos os elementos variam. Ex.: o corre-corre - os cor- 
res-corres, o pega-pega - os pegas-pegas. 
 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: todo texto diz alguma coisa. Um texto é escrito para comunicar pensa- 
mentos, ideias, sentimentos. Tudo o que o texto comunica se resume no que chamamos mensagem do 
texto. Para descobrir a mensagem do texto, é necessário examinar o que diz o autor e como diz. 
Examinando um texto, podemos verificar a existência de palavras, frases, ilustrações organizadas de 
uma determinada forma (composição própria). Além disso, devemos observar que uma palavra pode 
ter vários significados e para entendermos um texto, há necessidade de saber exatamente qual o sig- 
nificado da palavra naquele texto. Como exemplo, transcrevemos abaixo um texto. 
 
O AFOGADO 
Fernando Sabino 
- Vocês não souberam o que aconteceu com o carro dele? 
Como nenhum de nós soubesse, pôs-se a contar-nos, excitado: 
- Imaginem que tinha um sujeito se afogando na Praia de Botafogo e vários carros já haviam 
parado para ver. 
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Ele parou atrás, junto à calçada. Então veio outro carro em disparada e bateu de cheio no dele. 
- Estragou muito? - perguntou alguém da roda. 
- Espere, não foi tudo: o dele, por sua vez, bateu no da frente. O da frente atropelou duas moças 
que iam passando. Elas ficaram feridas levemente, mas os carros ficaram completamente amassados. 
O dele, então, virou sanfona. 
- Mas que azar! - comentou um, consternado. 
- Logo aquele carro, novinho em folha! - disse outro. 
- Pois foi isso: ficou em pandarecos. 
- Então vai custar um dinheirão para consertar. 
- Não tinha seguro? - tornou o primeiro. 
- Ele não, mas o que bateu tem seguro contra terceiros: só que um seguro de cem mil não dá 
para cobrir o estrago de jeito nenhum. 
- Além do mais, é um inferno tentar receber seguro nessas situações. 
- Foi o que ele me disse. E tem os outros dois carros, que naturalmente vão pleitear parte desse 
seguro também. 
- Mas se a culpa foi do outro, tem que pagar tudo. 
- Até provar que a culpa foi do outro... 
- Não houve perícia? 
- Não, parece que não houve perícia. 
A conversa prosseguiu entre comentários em que todos lastimavam a falta de sorte do amigo. 
Todos, menos eu, que me limitava a ouvir, pensativo. 
- Você não disse nada - observou um deles. 
É verdade, eu não disse nada, continuei calado. Não havia muito que dizer, além do que já fora 
dito pelos outros. Mas na realidade gostaria de saber o que foi que aconteceu com o homem que estava 
se afogando. 
 
 
 
Interpretação: 
1) “Pois foi isso: ficou em pandarecos.” Dê um sinônimo para a palavra destacada. 
 
2) No texto, a maioria das pessoas mostra-se mais preocupada com o estado dos carros ou dos seres 
humanos? Reescreva uma frase do texto que justifique sua resposta. 
 
3) Qual a única pessoa, no texto, que se mostra mais preocupada com o ser humano? 
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ADJETIVO: é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe uma característica. Ex.: Ele é um 
menino engraçado. (menino = substantivo - engraçado = adjetivo). 
Obs.: o adjetivo modifica um substantivo ou a palavra que substitui um substantivo, como o pronome. 
Ex.: Leia esse livro. Ele é muito bom. (livro = substantivo, ele = pronome, bom = adjetivo). 
 
LOCUÇÃO ADJETIVA: é a expressão formada de uma preposição e um substantivo com a função de 
adjetivo. Ex.: dia de chuva = dia chuvoso, menino do Brasil = menino brasileiro. 
ADJETIVO PÁTRIO: é o adjetivo que indica nacionalidade ou lugar de origem. Ex.: mulher italiana, 
homem francês. 
 
FLEXÃO DO ADJETIVO 
GÊNERO: pode ser: 
- uniforme: possui a mesma forma no masculino e no feminino. Ex.: homem inteligente - mulher 
inteligente, aluno feliz - aluna feliz. 
-biforme: possui uma forma para o masculino e outra para o feminino. Ex.: homem simpático - mulher 
simpática, aluno educado - aluna educada. 
Obs.: quando o adjetivo é composto, apenas o segundo elemento flexiona-se no feminino. Ex.: acordo 
luso-brasileiro - festa luso-brasileira. 
 
NÚMERO: os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples. 
Ex.: pessoa honesta - pessoas honestas, homem feliz - homens felizes. Quando o adjetivo é composto, 
geralmente vai para o plural apenas o segundo elemento. Ex.: poema herói-cômico - poemas herói- 
cômicos. Exceção: surdo-mudo – surdos-mudos. 
- adjetivos que indicam cor: a maioria desses adjetivos segue a regra geral e faz o plural com o 
acréscimo do s. Ex.: camisa branca - camisas brancas. Se o nome da cor for expresso por um substan- 
tivo adjetivado, ele permanecerá invariável no plural. Ex.: sapato cinza - sapatos cinza. Quando a cor 
é indicada por um adjetivo composto, ele ficará invariável se o segundo elemento for um substantivo. 
Ex.: olho verde-mar - olhos verde-mar. 
Obs.: os adjetivos azul-marinho e azul-celeste não variam no plural. Ex.: paletó azul-marinho - paletós 
azul-marinho, saia azul-celeste, saias azul-celeste. 
 
GRAU: o adjetivo pode ser usado no: 
- grau comparativo: ocorre quando se faz um confronto entre as qualidades ou as características de 
dois seres ou grupos de seres. Pode ser: 
a) de superioridade. Ex.: Esta casa é mais arejada que aquela. 
b) de inferioridade. Ex.: Esta casa é menos arejada que aquela. 
c) de igualdade. Ex.: Esta casa é tão arejada quanto aquela. 
Obs.: comparativo de superioridade de alguns adjetivos: bom = melhor, mau = pior, 
grande = maior, pequeno = menor. 
 
- grau superlativo: ocorre quando a qualidade de um ser é realçada ao seu mais alto grau, tanto em 
si mesma quanto em relação a um conjunto de seres. Pode ser: 
a) absoluto: quando a qualidade expressa pelo adjetivo não é posta em relação a outros elementos. 
Pode ser analítico e sintético. Ex.: Esta prova é muito fácil (superlativo absoluto analítico). Esta prova 
é facílima (superlativo absoluto sintético). O superlativo absoluto sintético é feito pelo acréscimo 
dos sufixos superlativos: -íssimo, -ílimo ou -érrimo. Ex.: amigo - amicíssimo, fértil- fertilíssimo, 
pobre - paupérrimo. 
b) relativo: quandoa qualidade expressa pelo adjetivo é posta em relação a outros elementos. Pode 
ser de superioridade e de inferioridade. Ex.: Este exercício é o mais fácil da lição (superlativo re- 
lativo de superioridade). Este exercício é o menos fácil da lição (superlativo relativo de inferioridade). 
Obs.: superlativo absoluto sintético de alguns adjetivos: bom = ótimo, mau = péssimo, 
grande = máximo, pequeno = mínimo. 
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NUMERAL: é a palavra que quantifica os seres ou que indica a posição que eles podem ocupar numa 
série. 
Classificação: 
- cardinais: indicam quantidade. Ex.: um, dois, três, etc. 
- ordinais: indicam ordem de sucessão. Ex.: primeiro, segundo, terceiro, etc. 
- multiplicativos: indicam multiplicação. Ex.: dobro, triplo, quádruplo, etc. 
- fracionários: indicam divisão, fração. Ex.: meio, metade, um terço, etc. Os fracionários possuem 
como formas próprias apenas meio (ou metade) e terço. As outras são expressas pelos: 
a) ordinais correspondentes, quando estes apresentam forma simples. Ex.: ¼ um quarto, décimo, vi- 
gésimo, etc. 
b) cardinais correspondentes, seguidos da palavra avos para os ordinais que apresentam formas com- 
postas. Ex.: décimo quinto = quinze avos. 
 
Obs.: 
- consideram-se ainda numerais cardinais: 
1 - a palavra zero. 
2 - as palavras que designam um conjunto determinado de seres, como centena, dúzia, dezena, etc. 
São chamados de numerais coletivos. 
3 - as palavras ambos, ambas. Ex.: Os dois alunos foram bem na prova. Ambos tiraram nota dez. 
 
- uso dos ordinais: 
1 - na designação de papas, reis, séculos, capítulos ou partes de uma obra, usam-se os ordinais para a 
série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo. 
Ex.: D. Pedro II (segundo); século XXI (vinte e um); Luís XV (quinze); capítulo V (quinto), etc. 
2 - na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí 
em diante o cardinal. Ex.: Artigo 1° (primeiro); Artigo 12 (doze). 
3 - quando o substantivo vem depois do numeral, usa-se sempre o ordinal. Ex.: Primeiro capítulo; Dé- 
cimo sexto século, etc. 
 
PRONOME: é uma palavra variável que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o a uma 
das três pessoas do discurso. As pessoas do discurso são: 
- primeira pessoa: indica a pessoa ou as pessoas que falam: eu (singular) - nós (plural). 
- segunda pessoa: indica a pessoa ou as pessoas com quem se fala: tu (singular) - vós (plural). 
- terceira pessoa: indica a pessoa ou as pessoas de quem se fala: ele, ela (singular) - eles, elas 
(plural). 
Obs.: o pronome você é usado no lugar do pronome tu. Por isso, é considerado um pronome de segun- 
da pessoa, embora leve o verbo para a terceira pessoa. O pronome vós desapareceu da língua falada, e 
mesmo na escrita é raramente usado. 
 
Os pronomes classificam-se em: 
1) pronomes pessoais: são aqueles que indicam as pessoas gramaticais. Podem ser retos ou oblíquos: 
 
número pessoa pronomes retos pronomes oblíquos 
 
 
singular 
 tônicos átonos 
1a. eu mim, comigo me 
2a. tu ti, contigo, te 
3a. ele, ela 
ele, ela 
si, consigo 
se, o, a, lhe 
 
 
plural 
1a. nós nós, conosco nos 
2a. vós vós, convosco vos 
3a. eles, elas 
eles, elas 
si, consigo 
se, os, as, lhes 
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Os pronomes retos desempenham a função de sujeito. Ex.: Paulo saiu da sala. Ele estava com muita 
sede. 
Os pronomes oblíquos desempenham a função de complemento verbal. Ex.: Alguém me chamou? 
Obs.: - os pronomes o, a, os, as podem assumir as formas lo, la, los, las em alguns casos: 
a) quando vêm depois de verbos terminados em r, s, z. Ex.: Vou pegar a caneta. Vou pegá-la. 
b) quando vêm depois da palavra eis e dos pronomes nos, vos. Ex.: A prova do crime? Ei-la. 
- os pronomes o, a, os, as também se transformarão em no, na, nos, nas quando vierem depois dos 
verbos terminados em m, õe, ão. Ex.: Pegaram o assassino. Pegaram-no. 
- quando usados com a preposição com, os pronomes nós e vós assumem a forma conosco, convos- 
co. Mas, se vierem acompanhados por um modificador corno todos, mesmos, outros, próprios ou um 
numeral, não se modificam. Ex.: Ela sairá conosco hoje. Ela sairá com nós todos hoje. Ela sairá com 
nós dois. 
2) pronomes de tratamento: são nomes dados às palavras e expressões com que nos dirigimos a 
alguém. Servem também para indicar o grau de formalidade existente em determinadas situações. Os 
pronomes de tratamento correspondem a pronomes pessoais e levam o verbo sempre para a terceira 
pessoa. Ex.: Você quer falar comigo? 
Os pronomes mais usuais são: você (s), senhor(s), senhora(s) e outros que se referem especificamente 
a determinadas pessoas e funções: Vossa Senhoria (V.Sª.) para oficiais, funcionários graduados e na 
linguagem comercial; Vossa Excelência (V. Exª.) para altas autoridades e outros. 
3) pronomes possessivos: são aqueles que expressam ideia de posse relacionada às três pessoas do dis- 
curso. Singular: 1ª pessoa: meu(s), minha(s); 2ª pessoa: teu(s), tua(s); 3ª pessoa: seu(s), sua(s). 
Plural: 1ª pessoa: nosso(s), nossa(s); 2ª pessoa: vosso(s), vossa(s); 3ª pessoa: seu(s), sua(s). 
Ex.: Por que seu irmão não veio à festa? 
4) pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição dos seres no tempo ou no espaço, 
relacionando-os com as três pessoas do discurso: 
- 1ª pessoa: este(s), esta(s), isto (referem-se ao ser que está próximo à pessoa que fala). 
- 2ª pessoa: esse(s), essa(s), isso (referem-se ao ser que está próximo à pessoa com quem se fala). 
- 3ª pessoa: aquele(s), aquela(s), aquilo (referem-se ao ser de que se fala). 
Ex.: Você já leu aquele livro? 
5) pronomes indefinidos: são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago, 
indeterminado. Ex.: Alguém bateu na porta. Podem ser: 
- variáveis: algum, bastante, certo, muito, nenhum, outro, pouco, qualquer, tanto, todo, um, 
vário. 
- invariáveis: algo, alguém, cada, nada, ninguém, outrem, tudo, quem. 
6) pronomes interrogativos: os pronomes indefinidos que, quem, qual, quais, quanto(a), quan- 
tos (as) são classificados como pronomes interrogativos quando introduzem frases interrogativas. 
Ex.: Quantos anos você tem? 
7) pronomes relativos: são aqueles que substituem um termo expresso em oração anterior. Ex.: Esse 
é o aluno que passou em primeiro lugar (o pronome que está substituindo a palavra aluno). Podem 
ser: 
- variáveis: o (a) qual, os (as) quais, cujo (a), cujos (as), quanto (s), quanta (s). 
- invariáveis: que, quem, onde. 
 
VERBO: é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza. Ex.: Ele come. (ação); Ele 
está triste. (estado); Amanheceu. (fenômeno da natureza). 
 
- MODOS: são três: 
a) indicativo: expressa uma certeza. Ex.: Ela trabalha nessa escola. 
b) subjuntivo: expressa uma possibilidade ou desejo. Ex.: Espero que ele não chegue logo. 
c) imperativo: expressa ordem, advertência ou pedido. Ex.: Não saia dessa cadeira! 
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- TEMPO: tomando-se como referência o momento em que se fala, o fato expresso pelo verbo pode 
ocorrer: 
a) no presente: simultaneamente ao ato da fala. Ex.: Ele é o melhor aluno da sala. 
b) no passado ou pretérito: anteriormente ao ato da fala. Ex.: Ele foi o melhor aluno da sala. 
c) no futuro: posteriormente ao ato da fala. Ex.: Ele será o melhor aluno da sala. 
 
- ELEMENTOS QUE COMPÕEM UMA FORMA VERBAL: os elementos são: 
a) radical: é a parte invariável e expressa o significado básico do verbo. Ex.: fal-ei / fal-ava - 
(radical = fal). 
b) tema: é o radical seguido da vogal temática. A vogal temática indica a conjugação a que pertence o 
verbo. Ex.: fala-r (fala = tema; fal = radical; a = vogal temática). São três as conjugações: 
- primeira: vogal temática a. Ex.: falar. 
- segunda: vogal temática e. Ex.: beber. 
- terceira: vogal temática i. Ex.: partir. 
Obs.: o verbo pôr e derivados pertencem à segunda conjugação. 
c) desinência modo-temporal: é oelemento que designa o tempo e o modo do verbo. 
Ex.: falávamos - indica o pretérito imperfeito do indicativo. 
d) desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso e o número. 
Ex.: falamos - indica a 1ª pessoa do plural. 
 
- CLASSIFICAÇÃO: os verbos classificam-se em: 
a) regulares: são aqueles que apresentam as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão 
não provoca alterações no radical. Ex.: canto - cantei - cantará. 
b) irregulares: a flexão desses verbos provoca alterações no radical ou nas desinências. Ex.: faço - 
fiz - farei. 
c) defectivos: não apresentam conjugação completa (polir, falir) e os que indicam fenômenos da na- 
tureza (chover, trovejar, etc.) 
d) abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente essa 
característica ocorre no particípio. Ex.: matado - morto, enxugado - enxuto. 
e) anômalos: incluem mais de um radical em sua conjugação. Ex.: vou - irei - fui; sou - era - fomos. 
 
- FORMAS NOMINAIS: são: 
a) infinitivo: exprime a significação do verbo de modo vago, podendo ter valor de substantivo. 
Ex.: Viver é lutar (significa vida é luta). O infinitivo pode ser: 
- impessoal: pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). 
Ex.: É preciso fazer o trabalho. / Era preciso ter feito o trabalho. 
- pessoal: é o infinitivo conjugado. Ex.: O costume é os jovens falarem e os velhos escutarem. 
b) gerúndio: pode funcionar como adjetivo ou advérbio e é formado pela desinência -ndo. 
Ex.: Voltando da escola, encontrei meu irmão. 
c) particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio expressa 
geralmente o resultado de uma ação terminada, formando-se com as desinências -ado e -ido e flexio- 
nando-se como um adjetivo. Ex.: Terminadas as provas, todos se retiraram. 
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- TEMPOS VERBAIS: 
a) tempos do indicativo: 
1) presente: expressa um fato atual. Ex.: Ele trabalha nesta sala. 
2) pretérito imperfeito: expressa um fato que ocorreu num momento anterior ao atual mas que não 
foi completamente terminado. Ex.: Ele trabalhava naquele projeto quando foi interrompido. 
3) - pretérito perfeito (simples): expressa um fato ocorrido no momento anterior ao atual e que foi 
totalmente terminado. Ex.: Ele estudou matemática ontem. 
- pretérito perfeito (composto): expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolon- 
gar até o momento atual. Ex.: Tenho trabalhado muito neste projeto. 
4) pretérito mais que perfeito: expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. 
Ex.: Ele já tinha acabado a lição quando sua mãe chegou. 
5) - futuro do presente (simples): enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com re- 
lação ao momento atual Ex.: Ele estudará Português amanhã. 
- futuro do presente (composto): enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente ao momento 
atual mas já terminado antes de outro fato futuro. Ex.: Antes de bater o sinal, os alunos já terão ter- 
minado a prova. 
6) - futuro do pretérito (simples): enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determi- 
nado fato passado. Ex.: Se eu tivesse tempo, faria o trabalho para você. 
- futuro do pretérito (composto): enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente. 
Ex.: Se eu tivesse ganho muito dinheiro, teria viajado nas férias. 
 
b) tempos do subjuntivo: 
1) presente: enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Ex.: É necessário que estudes 
para a prova. 
2) pretérito imperfeito: expressa um fato passado mas posterior a outro já ocorrido. Ex.: Eu espera- 
va que ela passasse no exame. 
Cojugação do verbo intervir: se eu interviesse; se tu interviesses; se ele interviesse; se nós interviés- 
semos; se vós interviésseis; se eles interviessem. 
3) pretérito perfeito (composto): expressa um fato totalmente terminado num momento passado. 
Ex.: Embora tenha estudado bastante, tirou nota baixa na prova. 
4) pretérito mais que perfeito (composto): expressa um fato ocorrido antes de outro fato já termi- 
nado. Ex.: Embora já tivesse começado a aula, alguns alunos puderam entrar na sala. 
5) futuro do presente (simples): enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação 
ao atual. Ex.: Quando ele vier à escola, levará seu boletim. 
- futuro do presente (composto): enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado 
antes de outro fato futuro. Ex.: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. 
 
Obs.: O modo Imperativo pode ser afirmativo e negativo. Ex.: Prestem atenção! / Não guarde 
rancor! 
Conjugações: 
bate (tu); bata (ele); batamos (nós); batei (vós); batam (eles). 
sai (tu); saia (ele); saiamos (nós); saí (vós); saiam (eles). 
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entra (tu); entre (ele); entremos (nós); entrai (vós); entrem (eles). 
vê (tu); veja (ele); vejamos nós; vede (vós); vejam (eles). 
fecha (tu); feche (ele); fechemos, (nós); fechai (vós); fechem (eles). 
não feches (tu); não feche (ele); não fechemos (nós); não fecheis (vós); não fechem (eles). 
não fiques (tu); não fique (ele); não fiquemos (nós); não fiqueis (vós); não fiquem (eles). 
 
- VOZES DO VERBO: dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gra- 
matical é agente ou paciente. São: 
a) voz ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Ex.: Paulo escreve 
uma carta. (Paulo = sujeito agente; escreve = ação; uma carta = objeto - paciente). 
b) voz passiva: quando o sujeito é paciente, recebe a ação expressa pelo verbo. Ex.: A carta foi escrita 
por Paulo. (a carta = sujeito - paciente; foi escrita = ação; por Paulo = agente da passiva). 
c) voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a 
ação. Ex.:Paulo feriu-se com a faca. 
 
ADVÉRBIO: é uma palavra invariável que modifica um verbo, um adjetivo ou mesmo outro advérbio. 
Ex.: Ela saiu tarde. (advérbio de tempo) / Ele esteve aqui. (advérbio de lugar) / Ele escreve bem. 
(advérbio de modo), etc. Os advérbios podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com a 
ideia que transmitem: 
- de afirmação: sim, realmente, certamente, deveras, etc. 
- de dúvida: talvez, porventura, acaso, etc. 
- de intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, meio, muito, quase, tão, etc. 
- de lugar: abaixo, acima, adiante, além, ali, aqui, atrás, dentro, fora, lá, perto, longe, etc. 
- de modo: assim, bem, devagar, depressa, mal, pior, melhor, etc. 
- de negação: não. 
- de tempo: agora, ainda, amanhã, cedo, tarde, nunca, jamais, depois, já, logo, sempre, antes, etc. 
 
LOCUÇÃO ADVERBIAL: quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio. 
Ex.: Ela veio de longe. (locução adverbial de lugar) / Não saia à noite. (locução adverbial de tempo) 
Vejamos algumas: 
- de lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, por aqui, etc. 
- de afirmação: por certo, sem dúvida, de fato, etc. 
- de modo: às pressas, de cor, em vão, em geral, etc. 
- de negação: de jeito nenhum, de modo algum, etc. 
- de tempo: à noite, de dia, de vez em quando, hoje em dia, nunca mais, em breve, etc. 
 
GRAU DOS ADVÉRBIOS: Alguns advérbios admitem gradação: 
a) comparativo: 
- de superioridade - Ex.: Ele saiu mais cedo (do) que eu. 
- de inferioridade - Ex.: Ele saiu menos cedo (do) que eu. 
- de igualdade - Ex.: Ele saiu tão cedo quanto eu. 
 
b) superlativo absoluto: 
- analítico - Ex.: Ele saiu muito cedo. 
- sintético - Ex.: Ele saiu cedíssimo. 
Obs.: Os advérbios bem e mal transformam-se em melhor e pior no comparativo. Ex.: Ele escreve 
melhor (do) que eu. / Ela vive melhor aqui (do) que na roça. 
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INTERJEIÇÃO: são palavras invariáveis que exprimem emoções ou sensações. Ex.: Ai, que dor! O 
sentido da interjeição depende basicamente do contexto em que é usada e da entonação com que ela 
é pronunciada. Pode acontecer de uma mesma interjeição ter mais de um sentido. Ex.:Oh! que sur- 
presa desagradável! (ideia de contrariedade) / Oh! que bom te encontrar! (ideia de alegria) Abaixo, as 
interjeições mais usadas: 
- advertência: cuidado!, devagar!, calma!, atenção!, olha!, alerta! 
- afugentamento: fora!, passa!, rua!, xô! 
- alegria ou satisfação: oh!, ah!, oba!, viva! 
- animação ou estímulo: vamos!, força!, coragem!, ânimo! 
- aplauso: bravo!, bis!, viva! 
- desaprovação: credo!, fora!, chega! 
- desejo: tomara! 
- dor ou tristeza: ai!, ui! 
- espanto: oh!, uh!, puxa!, caramba! 
- pedido de auxílio: socorro!, piedade! 
- saudação, chamamento ou invocação: salve!, adeus!, ei!, psiu! 
- silêncio: psiu!, silêncio! 
LOCUÇÕES INTERJETIVAS: são duas ou mais palavras que formam uma expressão equivalente a 
uma interjeição. Ex.: Valha-me Deus! / Quem me dera! 
PREPOSIÇÃO: é a palavra invariável que liga duas ou mais palavras da oração, estabelecendo uma 
relação de dependência, sentido e valor. Ex.: brinquedo de plástico / casa de madeira. As preposições 
são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, so- 
bre, trás. 
LOCUÇÃO PREPOSITIVA: é o conjunto de duas ou mais palavras com função de preposição. 
Ex.: Moro longe de você. Algumas locuções prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, além de, 
ao redor de, apesar de, dentro de, diante de, em cima de, em lugar de, fora de, junto de, no caso de, 
perto de, longe de, etc. 
CONJUNÇÃO: é a palavra ou locução invariável que liga orações ou termos de uma oração com a 
mesma função sintática. Ex.: Ele levantou-se e foi escrever na lousa. (Ele levantou-se = oração; e = 
conjunção; foi escrever na lousa = oração.) As conjunções podem ser: 
- COORDENATIVAS: são aquelas que ligam orações independentes ou termos que exercem a mesma 
função sintática dentro de uma oração. Podem ser: 
1) aditivas: expressam ideia de acréscimo, adição: e, nem, não só ... mas também, não só ... como 
também, não só ... mas ainda, etc. Ex.: Ele não só bateu como também apanhou. 
2) adversativas: expressam ideia de oposição, adversidade: mas, porém, todavia, contudo, entretan- 
to, no entanto, etc. Ex.: Paulo tentou chegar mais cedo, porém não conseguiu. 
3) alternativas: expressam ideia de alternância, escolha, exclusão: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... 
quer, etc. Ex.: Ou sai você, ou sai ele desta sala. 
4) conclusivas: expressam ideia de conclusão: portanto, logo, pois, por isso, etc. Ex.: Ele fez um óti- 
mo trabalho, portanto merece nota dez. 
5) explicativas: expressam ideia de explicação, justificativa: pois, que, porque, etc. Ex.: Venha para 
dentro, pois está chovendo. 
- SUBORDINATIVAS: são aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A 
oração dependente, introduzida pela conjunção subordinativa, recebe o nome de oração subordinada. 
Ex.: Vamos começar a prova quando Pedro chegar. (Vamos começar a prova = oração principal/quando 
Pedro chegar = oração subordinada.) Podem ser: 
- integrantes: indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido 
da oração principal. São elas: que, se. Ex.: Espero que ele chegue logo. / Não sei se ele virá amanhã. 
- adverbiais: introduzem orações que expressam diferentes circunstâncias com relação à oração prin- 
cipal. Elas são: 
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1) causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da principal: porque, que, como = por- 
que, pois que, etc. Ex.: Não pude atendê-lo porque estava com um cliente. 
2) concessivas: expressam ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização: 
embora, ainda, apesar de que, por mais que, etc. Ex.: Fomos visitá-lo, embora fosse tarde. 
3) condicionais: indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência da principal: se, contanto que, 
salvo se, desde que, a menos que, a não ser que, etc. Ex.: Se precisar de dinheiro, fale com seu pai. 
4) conformativas: exprimem semelhança, conformidade de um fato com outro: conforme, 
como = conforme, segundo, consoante, etc. Ex.: Tudo aconteceu conforme planejamos. 
5) finais: expressam a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal: para que, a fim de que, 
porque = para que, etc. Ex.: Fiquem em silêncio para que possamos ouvir a música. 
6) proporcionais: expressam um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal: à 
medida que, à proporção que, ao passo que, etc. Ex.: O nervosismo aumentava à proporção que o 
tempo passava. 
7) temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao fato expresso na principal: quando, en- 
quanto, assim que, logo que, desde que, depois que, sempre que, etc. Ex.: Ninguém mais teve sossego 
depois que ele chegou. 
8) comparativas: expressam ideia de comparação com referência à oração principal: (do) que, como, 
assim como, tal como, como se, etc. Ex.: Ele escreve melhor (do) que seus colegas. 
9) consecutivas: expressam a consequência da principal: de sorte que, de modo que, de forma que, 
que (tendo como antecedente na principal uma palavra como tal, tão, tanto, tamanho, etc.). Ex.: A dor 
era tão forte que ela desmaiou. 
 
SINTAXE: é a parte da gramática que estuda as relações que há entre as palavras no interior de uma 
oração e entre as orações no interior de um período. 
FRASE: é um enunciado de sentido completo. Pode ser formada por uma ou mais palavras. 
Ex.: Silêncio! / Está frio. 
ORAÇÃO: é a frase construída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Ex.: Fomos ao teatro ontem. 
PERÍODO: é a frase organizada em orações. O período pode ser: 
- simples: quando é formado por uma só oração. Ex.: As meninas saíram. 
- composto: quando é formado por mais de uma oração. Ex.: As meninas saíram quando deu o sinal. 
(As meninas saíram = oração 1 / quando deu o sinal = oração 2). 
 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: são: sujeito (é o elemento a respeito do qual se declara 
alguma coisa) e predicado (é aquilo que se declara do sujeito). Ex.: Os convidados chegaram tarde. 
(Os convidados = sujeito; convidados = núcleo do sujeito (palavra básica do sujeito, ou seja, a mais 
importante); chegaram tarde = predicado). 
- TIPOS DE SUJEITO: 
1) simples (quando apresenta um só núcleo). Ex.: Os pássaros voam alto. 
2) composto (quando apresenta mais de um núcleo). Ex.: Eu e meu irmão fomos ao cinema ontem. 
(núcleos: eu/irmão) 
3) oculto (quando pode ser identificado mas não está explicitamente representado na oração). 
Ex.: Estivemos na fazenda. (sujeito nós, identificável pela desinência verbal) 
4) indeterminado (quando não há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo; 
o sujeito existe mas não pode ser identificado). Ex.: Roubaram meu carro! (verbo na 3ª pessoa do 
plural); Precisa-se de um ajudante (verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se). 
5) oração sem sujeito ou sujeito inexistente: a) quando o verbo SER indicar distância. Ex.: Daqui 
a Porto Feliz são cem quilômetros. b) quando o verbo é um fenômeno da natureza. Ex.: Trovejou 
muito, ontem. c) quando o verbo HAVER é empregado com o mesmo sentido do verbo existir. 
Ex.: Havia vários livros sobre a mesa. 
IMPORTANTE: quando o verbo haver é empregado com o sentido diferente do verbo existir, a oração 
tem sujeito! 
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- VERBO TRANSITIVO, INTRANSITIVO E DE LIGAÇÃO: 
1) verbo transitivo: é o verbo que exige outro termo para que seu sentido seja completo. Pode ser: 
a) verbo transitivo indireto: se o termo que completa o sentido do verbo vier regido de preposição, 
dizemos que o verbo é transitivo indireto e seu complemento, objeto indireto. Ex.: Ele gosta de 
chocolate. (gosta = verbo transitivo, indireto; de chocolate = objeto indireto) 
b) verbo transitivo direto: se o termo que completa o sentido do verbo não vier regido de pre- 
posição, dizemos que o verbo é transitivo direto e seu complemento, objeto direto. Ex.: O professor 
corrigiu os exercícios. (corrigiu = verbo transitivo direto; os exercícios = objeto direto) 
c) verbo transitivo diretoe indireto: pode ocorrer que um verbo venha seguido de dois complemen- 
tos: um preposicionado (objeto indireto) e outro não preposicionado (objeto direto). Nesse caso, 
dizemos que o verbo é transitivo direto e indireto. Ex.: O mensageiro entregou a carta ao chefe. 
(entregou = verbo transitivo direto e indireto; a carta = objeto direto; ao chefe = objeto indireto) 
d) verbo intransitivo: é o verbo que não necessita de nenhum complemento, pois tem sentido com- 
pleto. Encerra em si mesmo a ideia básica do predicado. Ex.: Os convidados partiram. (partiram = 
verbo intransitivo) 
e) verbo de ligação: é o verbo que não expressa ideia de ação. Indica estado ou condição do sujeito. 
Serve apenas como elemento de ligação entre o sujeito e um termo que o modifica, chamado pre- 
dicativo do sujeito. Ex.: O dia está quente. (está = verbo de ligação; quente = predicativo do sujei- 
to). Temos também o predicativo do objeto que é um termo que atribui características ao objeto, 
sempre por intermédio de um verbo transitivo. Ex.: A notícia deixou o homem preocupado. (deixou = 
verbo transitivo direto; o homem = objeto direto; preocupado = predicativo do objeto). 
TIPOS DE PREDICADO: 
1) predicado verbal: tem como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo. Ex.: As meninas saíram. 
(saíram = verbo intransitivo) / Aquela jovem comprou um belo colar. (comprar = verbo transitivo dire- 
to; um belo colar = objeto direto). O menino gosta de sorvete. (gostar = verbo transitivo indireto; de 
sorvete = objeto indireto) / Ela entregou os livros ao professor. (entregou = verbo transitivo direto e 
indireto; os livros = objeto direto; ao professor = objeto indireto) 
2) predicado nominal: tem como núcleo um nome, que indica estado ou característica do sujeito. É 
formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Ex.: O menino ficou triste (ficou = verbo 
de ligação; triste = predicativo do sujeito). 
3) predicado verbo-nominal: tem dois núcleos: um verbal e um nominal. Ex.: A enchente deixou a 
população apavorada. (deixou = verbo transitivo direto; a população = objeto direto; apavorada = pre- 
dicativo do objeto) / Todos nós observamos emocionados aquela cena. (observamos = verbo transitivo 
direto; emocionados = predicativo do sujeito; aquela cena = objeto direto) / Renata viajou contente. 
(viajou = verbo intransitivo; contente = predicativo do sujeito) 
 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: os termos integrantes completam o sentido de adjetivos, 
substantivos, verbos e advérbios. São: 
1 - Complementos verbais: 
a) objeto direto: é o complemento verbal que não vem introduzido por uma preposição. Ex.: Os alu- 
nos terminaram o exercício. (Os alunos = sujeito; terminaram = verbo transitivo direto; o exercício 
= objeto direto). 
b) objeto indireto: é o complemento verbal que vem introduzido por uma preposição. Ex.: Carlos 
gosta de música. (Carlos = sujeito; gosta = verbo transitivo indireto; de música = objeto indireto) 
Obs.: os pronomes oblíquos o, a, os, as e as variantes (lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sem- 
pre objeto direto; os pronomes oblíquos lhe, lhes são sempre objeto indireto; em alguns casos, o 
objeto direto pode vir acompanhado de uma preposição: Ex.: Adoremos a Deus / O professor elogiou a 
todos. 
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2 - Complemento nominal: é o termo que especifica ou completa o sentido de um substantivo, 
adjetivo ou advérbio. Vem sempre introduzido por uma preposição. Ex.: Ela tem inveja da colega. 
(inveja = substantivo; da colega = complemento ,nominal) 
3 - Agente da passiva: é o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo quando este se 
apresenta na voz passiva. Ex.: O trabalho foi feito pela classe. (o trabalho = sujeito paciente; foi feito 
= verbo na voz passiva; pela classe = agente da passiva). Passando-se a oração da voz passiva para 
a voz ativa, o agente da passiva passa a ter função de sujeito. Ex. A classe fez o trabalho. (A classe = 
sujeito; fez = verbo na voz ativa; o trabalho = objeto direto) 
 
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO: são os termos dispensáveis à compreensão básica da oração. 
Sua função é dar algumas informações sobre os substantivos e os verbos. São: 
1) adjunto adnominal: é o termo que acompanha, determina, qualifica e restringe um substantivo, 
qualquer que seja a função que ele exerça na oração. Ex.: Essa aluna fez uma boa prova. (sujeito = essa 
aluna; núcleo do sujeito = aluna; adjunto adnominal = essa; predicado verbal = fez uma boa prova; verbo 
transitivo direto = fez; objeto direto = uma boa prova; núcleo do objeto direto = prova; adjuntos adno- 
minais = uma, boa) Os adjuntos adnominais podem ser representados por: Adjetivos: Vimos um belo 
filme. / Locuções Adjetivas: Saímos num dia de chuva. / Artigos: Os alunos fizeram uma prova. / 
Numerais: Chegaram dez pessoas. / Pronomes Adjetivos: Você leu esse livro? 
2) adjunto adverbial: é o termo da oração que se refere ao predicado, indicando diferentes circuns- 
tâncias (modo, tempo, lugar, intensidade, etc.) Ex.: Fomos à festa. (lugar) / Sairemos à noite. (tem- 
po) / Desmaiou de fome. (causa) 
3) aposto: é um termo da oração que explica ou esclarece um outro termo da oração, não importando 
a função sintática que este termo exerça. Ex.: Essa obra foi escrita por Castro Alves, poeta brasileiro. 
(poeta brasileiro = aposto) 
VOCATIVO: é um termo de natureza exclamativa que tem como função invocar ou chamar alguém ou 
alguma coisa personificada. O vocativo é sempre separado por vírgulas e vem, geralmente, acompa- 
nhado de interjeição. Ex.: Tenho certeza, amigos, que tudo isso vai acabar bem (amigos = vocativo) / 
Ei, menino, venha cá! (ei, menino = vocativo) O vocativo não tem relação sintática com nenhum outro 
termo da oração, por isso sua classificação é à parte. 
 
TÉCNICAS DE REDAÇÃO: uma redação deve conter: introdução - é a apresentação dos 
personagens, do lugar, da ideia central; desenvolvimento - é o desenrolar dos acontecimentos e con- 
clusão - é o “fecho”, o final da história. 
 
 
- NARRAÇÃO: é o relato de fatos ou acontecimentos, reais ou fictícios, por meio da palavra. Numa 
narração, há seres que agem (personagens) e alguém que narra o que está acontecendo (narrador). 
Num texto narrativo aparecem alguns elementos: 
- personagens: são as pessoas que aparecem no texto participando das ações. Existem personagens 
principais e secundários. 
- fatos: são os acontecimentos de que as personagens participam. Na narrativa há um fato central, que 
estabelece o caráter do texto e há os fatos secundários, relacionados ao principal. 
- espaço: é o lugar onde as personagens vivem e praticam ações. 
- tempo: os acontecimentos se desenvolvem em um determinado tempo que são informados ao leitor. 
- foco narrativo: a história pode ser contada pelo narrador (narração em terceira pessoa) ou por um 
personagem (narração em primeira pessoa). 
- ideia central: toda narrativa tem uma ideia principal em torno da qual o narrador expõe a história. 
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Num texto narrativo, podemos ter: 
- discurso direto: quando a mensagem é transmitida pela personagem, isto é, quando a própria perso- 
nagem fala. Normalmente a mudança de fala das personagens é indicada por parágrafos e travessões. 
- discurso indireto: quando o narrador é o emissor da mensagem, isto é, ele transmite, com as pró- 
prias palavras, o pensamento expresso pela personagem. 
 
- DESCRIÇÃO: descrever é enumerar as características que distinguem um determinado ser de todos 
os outros. Na descrição, compomos uma espécie de “retrato” por meio das palavras, fazendo com que o 
leitor perceba as características marcantes do ser que estamos descrevendo, de modo a não confundi- 
lo com nenhum outro. Podemos fazer descrições de pessoas, ambientes, objetos, animais, paisagens, 
etc. A descrição pode ser técnica ou científica, quando dá a conhecer um objeto, destacando suas 
partes e sua finalidade, e literária, quando se busca produzir, pela forma do objeto descrito, a emoçãoestética. 
 
- DISSERTAÇÃO: é expor as ideias de um assunto, encadeando os argumentos até chegar a uma con- 
clusão. O objetivo desse tipo de texto é desenvolver o raciocínio sobre algum tema. 
 
CRASE: é a contração da preposição a com o artigo definido a ou as. Essa contração vem sempre 
marcada pelo acento grave (`). Ex.: Vou à cidade de Santos. = a (artigo) + a (preposição). Ocorre 
também a crase quando a preposição a é seguida dos pronomes demonstrativos aquele (s), aquela 
(s), aquilo, a, as. Ex.: Vamos àquela discoteca. = a + aquela. 
 
USA-SE CRASE: 
1 - Nas expressões que indicam horas. Ex.: Chegarei às dez horas. 
2 - Nas locuções conjuntivas e adverbiais formadas de substantivos femininos, tais como: à medida 
que, às vezes, às pressas, etc. Ex.: Ele fez o relatório às pressas. 
 
NUNCA SE USA CRASE: 
1 - Antes de palavra masculina. Ex.: Vou a pé para a escola. 
2 - Antes de verbo. Ex.: Ele começou a estudar ontem. 
3 - Entre expressões formadas de palavras repetidas. Ex.: Tome o remédio gota a gota. 
4 - quando um a (sem o s de plural) estiver diante de uma palavra no plural: Refiro-me a alunas 
interessadas. 
 
Obs.: 1) com referência às palavras casa (no sentido de próprio lar) e terra (no sentido de terra firme, 
em oposição a mar): 
a) o a não deve ser craseado quando essas palavras estiverem sozinhas na frase. Ex.: Voltei tarde a 
casa. / Os marinheiros desceram a terra. 
b) o a deve ser craseado quando essas palavras vierem modificadas por outras. Ex.: Voltei à casa de 
meus pais. / Voltaremos à terra amada. 
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PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO: 
ORAÇÕES COORDENADAS: são orações que não mantêm entre si nenhuma dependência sintática; 
elas são independentes, embora ligadas pelo sentido. Podem ser: 
a) assindéticas: quando não são introduzidas por uma conjunção. Ex.: Durante o jogo, os torcedores 
gritaram, sofreram, vibraram (durante o jogo, os torcedores gritaram = oração 1; sofreram = oração 
2; vibraram = oração 3); 
b) sindéticas: quando são introduzidas por uma conjunção e são classificadas de acordo com o sentido 
expresso por ela. Podem ser: 
- oração coordenada sindética aditiva: é introduzida por uma conjunção aditiva. Ex.: Saí da escola 
e fui ao cinema. 
- oração coordenada sindética adversativa: é introduzida por uma conjunção adversativa. 
Ex.: Estudei bastante mas não passei no vestibular. 
- oração coordenada sindética conclusiva: é introduzida por uma conjunção conclusiva. Ex.: Ele me 
ajudou muito, portanto merece meu agradecimento. 
- oração coordenada sindética alternativa: é introduzida por uma conjunção alternativa. Ex.: Seja 
mais educado ou retire-se da sala! 
- oração coordenada sindética explicativa: é introduzida por uma conjunção explicativa. 
Ex.: Vamos andar depressa que estamos atrasados. 
 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇAO: 
ORAÇÕES SUBORDINADAS: são orações que mantêm entre si uma certa relação sintática. Toda ora- 
ção que exerce uma função sintática em relação a outra denomina-se oração subordinada. Podem ser: 
1) orações subordinadas adverbiais: são aquelas que exercem sempre a função de adjunto adver- 
bial da oração principal. Elas são introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais, portanto, 
podem ser: 
a) oração subordinada adverbial causal: expressa a causa do fato ocorrido na oração principal. 
Ex.: Não fui ao cinema porque fiquei doente. (não fui ao cinema = oração principal; porque fiquei 
doente = oração subordinada adverbial causal) 
b) oração subordinada adverbial condicional: expressa hipótese ou condição para a ocorrência do 
que foi enunciado na oração principal. Ex.: Irei à sua casa se não chover. 
c) oração subordinada adverbial concessiva: expressa ideia contrária à da oração principal, sem, 
no entanto, impedir sua realização. Ex.: Ela saiu à noite, embora estivesse cansada. 
d) oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade com o fato enunciado na 
oração principal. Ex.: O trabalho foi feito conforme havíamos combinado. 
e) oração subordinada adverbial temporal: acrescenta uma circunstância de tempo ao que foi ex- 
presso na oração principal. Ex.: Ele saiu da sala assim que ela chegou. 
f) oração subordinada adverbial final: expressa finalidade ou o objetivo com que se realiza o que 
foi enunciado na oração principal. Ex.: Abri a porta da sala para que todos pudessem entrar. 
g) oração subordinada adverbial consecutiva: expressa a consequência do que foi enunciado na 
oração principal. Ex.: A chuva foi tão forte que inundou a minha casa. 
h) oração subordinada adverbial comparativa: expressa ideia de comparação com referência à 
oração principal. Ex.: Ele é bonito como o pai. 
i) oração subordinada adverbial proporcional: expressa uma ideia que se relaciona proporcio- 
nalmente ao que foi anunciado na oração principal. Ex.: Quanto mais reclamava, menos atenção 
conseguia. 
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2) orações subordinadas substantivas: são aquelas que, num período, exercem funções sintáticas 
próprias de substantivos e são introduzidas por uma conjunção integrante. As mais comuns são que e 
se ou ainda, por outros conectivos, tais como: quando, como, etc. Podem ser: 
a) oração subordinada substantiva objetiva direta: quando exerce a função de objeto direto do 
verbo da oração principal. Ex.: O grupo quer que você estude. 
b) oração subordinada substantiva objetiva indireta: quando exerce a função de objeto indireto 
do verbo da oração principal. Ex.: Necessito de que você me ajude. 
c) oração subordinada substantiva subjetiva: quando exerce a função de sujeito do verbo da ora- 
ção principal. Ex.: É importante que você ajude. 
d) oração subordinada substantiva completiva nominal: quando exerce a função de complemen- 
to nominal de um termo da oração principal. Ex.: Estou convencido de que ele é culpado. 
e) oração subordinada substantiva predicativa: quando exerce a função de predicativo do sujeito 
e vem sempre depois do verbo ser. Ex.: O importante é que você seja feliz. 
f) oração subordinada substantiva apositiva: quando exerce a função de aposto de um termo da 
oração principal. Ex.: Desejo uma coisa: que sejas feliz. 
 
 
 
3) oracões subordinadas adjetivas: são aquelas que exercem a função de adjunto adnominal de 
algum termo da oração principal e são introduzidas por um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, 
onde, etc.). Podem ser: 
a) oração subordinada adjetiva restritiva: quando restringe ou especifica o sentido da palavra a 
que se refere. Ex.: O público aplaudiu o cantor que ganhou em primeiro lugar. 
b) oração subordinada adjetiva explicativa: acrescenta uma qualidade à palavra a que se refere, 
esclarecendo um pouco mais seu sentido, sem restringi-lo ou especificá-lo. Ex.: Esse escritor, que 
mora na Bahia, lançou um novo livro. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Ex.: Ela ficou na 
escola. (ela = 3ª pessoa do singular; ficou = 3ª pessoa do singular) 
 
Observações: 
Quando o sujeito é simples: 
1 - se o sujeito for um substantivo coletivo, o verbo vai para o singular. Ex.: Um grupo entrou na sala. 
2 - se o sujeito for uma expressão que indica quantidade aproximada, o verbo geralmente irá para o 
plural. Ex.: Perto de cem alunos participaram da formatura. 
3 - se o sujeito for uma expressão que indica parte de um todo, o verbo poderá ir ou não para o plural, 
conforme se queira enfatizar a noção do todo ou dos elementos que o compõem. Ex.: A maior parte dos 
professores faltou (ou faltaram) hoje. 
4 - se o relativo vier antecedido pelas expressões um dos ou um dos + substantivo, o verbo geral- 
mente irá para a terceira pessoa do plural. Ex.: Ele é um dos que venceram o concurso. 
5 - se o sujeito for a expressão mais de um + substantivo, o verbo ficará no singular. Ex.: Mais de 
um aluno protestou contra a punição. 
6 - se o sujeito for constituído por nomes ou títulos de obras que possuem formas plurais, o verbo ficará 
no singular.Caso os nomes venham acompanhados de um artigo plural, o verbo geralmente vai para o 
plural. Ex.: Os Estados Unidos são uma grande potência. 
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Quando o sujeito é composto: 
1- se o sujeito vier antes do verbo, este vai para o plural. Ex.: A escuridão e o silêncio da casa assus- 
taram-me. 
2 - se o sujeito vier depois do verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo. Ex.: Assustou- 
me a escuridão e o silêncio da casa. 
3 - se os núcleos do sujeito constituem uma gradação, o verbo em geral fica no singular. Ex.: A indig- 
nação, a raiva, o ódio tomou conta dele. 
4 - se os núcleos do sujeito são sinônimos ou têm sentidos próximos, o verbo vai para o singular. 
Ex.: Sua calma e tranquilidade me transmitia segurança. 
5 - se os núcleos do sujeito forem resumidos por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, etc.), 
o verbo vai para o singular. Ex.: Aflição, dor, tristeza, nada o fazia desistir do projeto. 
 
Casos especiais: 
1 - o verbo ser concorda com o sujeito quando representa um nome de pessoa (ou nome referente à 
pessoa) ou pronome pessoal. Ex.: Patrícia era as alegrias da família. 
2 - o verbo ser vai para o singular quando o sujeito é constituído de uma expressão numérica em que 
se realça a ideia de conjunto. Ex.: Três horas é muito para se fazer este trabalho. 
3 - o verbo ser concorda com o predicativo quando o sujeito é um dos pronomes isso, isto, aquilo, tudo, 
o. Ex.: Tudo eram alegrias naquela festa. 
4 - o verbo ser concorda com o predicativo quando o sujeito é constituído de uma expressão de sentido 
coletivo. Ex. A maioria dos alunos eram jovens. 
5 - o verbo ser concorda com o predicativo em orações impessoais, indicando distância ou tempo. 
Ex.: São três horas da manhã. 
6 - quando o verbo ser é usado na expressão de datas, admite-se a concordância implícita com a pa- 
lavra dia, ficando o verbo no singular. Ex.: Hoje é três de agosto. 
7 - o verbo haver permanece na terceira pessoa do singular quanto é impessoal, ou seja, quando não 
tem sujeito. Isso ocorre quando significa “existir” ou é empregado em sentido temporal. Ex.: Há vários 
livros na mesa. / Há anos que não o vejo. 
8 - o verbo existir flexiona-se normalmente, concordando sempre com o sujeito. Ex.: Existem alunos 
estrangeiros nessa escola. 
9 - quando empregado em sentido temporal ou se refere a fenômenos atmosféricos, o verbo fazer é 
sempre impessoal, ficando na terceira pessoa do singular. Ex.: Faz cinco anos que ele foi embora. Nos 
últimos dias, fez 30 graus à sombra. 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam sem- 
pre em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se referem. 
Ex.: Essas duas alunas, fizeram um bom trabalho. Há, porém, algumas construções que podem 
causar dúvidas, tais como: 
1 - meio, bastante quando se referem a substantivos, são adjetivos, admitindo, portanto, flexão. 
Ex.: Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão. / Recebi bastantes projetos ontem. 
Quando forem empregadas como advérbio, referindo-se portanto a um verbo, adjetivo ou outro advér- 
bio, essas palavras permanecem invariáveis. Ex.: A menina parecia meio aborrecida. / Eles falaram 
bastante na reunião. 
2 - caro, barato quando se referem a substantivos, exercem a função de adjetivos, admitindo, portan- 
to, flexão. Ex.: Comprei alguns livros caros e uma bolsa barata. 
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Quando exercem a função de advérbio, são invariáveis. Ex.: Esses livros custam caro. / A bolsa custa 
barato. 
3 - alerta, menos são advérbios, portanto não variam. Ex.: Os vigilantes estão sempre alerta. / 
Recebi menos encomendas do que você. 
4 - anexo, obrigado, incluso, mesmo, próprio exercem função adjetiva, portanto, concordam com 
o substantivo a que se referem. Ex.: Anexos à carta, vão os convites. / Muito obrigada, disse a me- 
nina. / Elas mesmas prepararam essa bonita festa. / Na pasta, inclusas, vão as listas das notas. / 
Eles próprios entregaram o documento ao juiz. 
 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL: regência é a relação de subordinação que se estabelece entre um 
verbo ou um nome e seus complementos. O termo que pede complemento é chamado de termo re- 
gente e o complemento é chamado de termo regido. Quando o termo regente é um verbo, temos um 
caso de regência verbal. Ex.: Ele gosta de sorvete. (gosta = termo regente; de = preposição; sorvete 
= termo regido); e quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), temos 
um caso de regência nominal. Ex.: Ele é fanático por futebol. (fanático = termo regente; por = pre- 
posição; futebol = termo regido) Os termos regidos podem vir ligados aos termos regentes por meio 
de preposições ou diretamente, sem preposição. É importante saber que a mudança de regência pode 
alterar o sentido da frase. Ex.: Ele aspirou perfume. (aspirou = inspirou, cheirou) / Ele aspirou ao 
cargo de chefe. (aspirou = desejou, pretendeu) Abaixo, apresentamos alguns casos: 
 
 
 
REGÊNCIA VERBAL: 
1 - Aspire o ar da manhã. / Ele aspira ao sucesso. (o verbo aspirar não exige preposição quando sig- 
nifica “sorver”, “cheirar” e exige a preposição a quando significa “desejar”, “pretender”) 
2 - Assistimos a um belo espetáculo. / O médico assiste o ferido. (o verbo assistir exige a preposição 
a quando significa “ver”, “presenciar” e não exige preposição quando significa “socorrer’’) 
3 - Esqueci o livro. / Esqueci-me do livro. (os verbos esquecer e lembrar não pedem preposição 
quando não estão acompanhados de pronomes oblíquos e pedem a preposição de quando estão acom- 
panhados de pronomes oblíquos) 
4 - Ele visou o passaporte. / Ele visava ao posto de capitão. (o verbo visar exige a preposição a quan- 
do significa “ter em vista”, “desejar” e não exige preposição quando significa “apontar” ou “pôr o visto”) 
5 - Quero uma cópia desse documento. / Quero a esta criança como se fosse minha filha. (o verbo 
querer não exige preposição quando significa “desejar” e exige a preposição a quando significa “gos- 
tar”, “ter afeto”) 
 
- REGÊNCIA NOMINAL: abaixo, alguns substantivos e adjetivos com suas regências mais usuais: 
Acostumado (a, com); aflito (com, por); alheio (a, de); amor (a, para com, por); ansioso (de, para, 
por); antipatia (a, com, contra, por); atenção (a, com, para, para com, sobre); capaz (de); comum (a, 
entre); confiança (com, em); conforme (a, com); contente (com, em, de, por); contrário (a); desejoso 
(de); gosto (a, de, em, para, por); inclinação (a, por, para); inveja (a, de); horror (a, de, por); medo 
(a, de); preferência (por, sobre); próximo (a, de); relacionado (com), respeito (a, de, para com, por); 
último (a, de, em); único (a, entre); vizinho (a, com, de), etc. 
Ex.: Não estou acostumado a levantar tão cedo. / Será que ele é capaz de tal sacrifício? 
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL: quanto à posição, os pronomes átonos podem vir: 
- antes do verbo = próclise. Ex.: Não me esconderei. 
- depois do verbo = ênclise. Ex.: Escondi-me. 
- no meio do verbo = mesóclise. Ex.: Esconder-me-ei. 
 
1) Usa-se a próclise: 
a) quando antes do verbo houver palavras de sentido negativo, como nunca, jamais, não, nada, 
ninguém, etc. Ex.: Nunca te encontrei no clube. 
b) quando antes do verbo houver advérbios. Ex.: Nunca te vi, sempre te amei. 
c) quando antes do verbo houver pronomes relativos. Ex.: Há filmes que nos comovem bastante. 
d) quando antes do verbo houver conjunção subordinativa. Ex.: Espero que me ajudes. 
e) em frases exclamativas ou que expressam desejo. Ex.: Que Deus o proteja, meu filho! 
f) em frases iniciadas por pronomes interrogativos. Ex.: Quem te deu essa notícia? 
2) Usa-se a ênclise: 
a) quando o verbo está no infinitivo. Ex.: Vou procurá-lo amanhã. 
b) quando o verbo está no imperativo afirmativo. Ex.: Empreste-me aquele livro! 
c) quando o verbo está no gerúndio. Ex.: Levantando-se da mesa, começou a fazer um discurso. 
 
Obs.: quandoo gerúndio é precedido da preposição em, usa-se a próclise. Ex.: Em se falando de 
teatro, não pode faltar sua opinião. 
 
3) Usa-se a mesóclise: 
a) quando o verbo está no futuro do presente. Ex.: Contar-lhe-ei a verdade. 
b) quando o verbo está no futuro do pretérito. Ex.: Contar-lhe-ia a verdade. 
Obs.: se antes do verbo existirem palavras de sentido negativo, pronomes ou advérbios interrogativos, 
usa-se próclise. Ex.: Nunca lhe contarei a verdade. / Quem lhe contará a verdade? 
 
 
 
ALGUMAS ESPÉCIES DE NARRAÇÃO: 
 
- fábula: é uma pequena narrativa, cujas personagens são geralmente animais que pensam, falam, 
agem como se fossem seres humanos. A fábula pode uma lição moral. 
 
- história em quadrinhos: é uma narração que emprega a linguagem verbal e a não verbal. O autor 
usa normalmente esses dois recursos: 
a) desenho: que nos mostra a expressão fisionômica, os gestos das personagens, cores, etc. 
b) palavras: que aparecem dentro dos balões e nos comunicam a fala das personagens. 
- poema: é um tipo de composição em que: 
- as palavras estão dispostas em versos (cada linha constitui um verso); 
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HOMÔNIMO: 
Vocábulo com grafia ou pronúncia igual, porém com significado diferente. 
 
Tipos de homônimo: homônimo perfeito, homógrafo e homófono. 
 
Homônimo perfeito: vocábulo idêntico na grafia e na pronúncia, mas diferente no sentido. 
Ex.: Homem são. (saudável) / São João. (santo) / São várias as causas. (verbo ser) 
A manga rasgou. (roupa) / Aquela manga é doce. (fruta) 
Farei molho com extrato de tomate. (alimento) / Peguei o extrato no banco. (demonstrativo) 
Eu rio tanto. (verbo rir) / O rio está límpido. (curso d’água) 
 
Homógrafo: vocábulo com a mesma grafia, porém pronuncia e significado diferentes. 
Ex.: Começo trabalhar amanhã. (verbo começar) / O começo do filme foi ótimo. (início) 
Eu gosto de você. (verbo gostar) / Meu gosto é diferente do seu. (critério, estilo) 
Ela duvida da sinceridade dele. (verbo duvidar) / A dúvida me perturba. (crença vacilante) 
Ela está com sede. (vontade de beber água) / A sede do governo do Paraná é Curitiba. (lugar) 
 
Homófono: vocábulo com a mesma pronúncia, porém grafia e significado diferentes. 
Ex.: Acerca de um assunto. (a respeito de) / Há cerca de dois anos. (tempo decorrido) 
Vou por a carne para cozer. (cozinhar) / Ela vai coser uma blusa. (costurar) 
Amanhã, irei a um concerto. (sessão musical) / Este sapato deve ir para o conserto. (reparo) 
Na cela, o ladrão foi trancado. (prisão) / A sela não estava bem colocada. (arreio de cavalo) 
 
Parônimo: vocábulo com grafia e pronúncia parecidas, porém com significado diferente. 
Ex.: O jovem vez um alegre cumprimento. (saudação) / Medi o comprimento da sala. (tamanho) 
A área do lote foi demarcada. (superfície) / Ele cantou uma bela ária. (trecho de ópera) 
Ele mandou retificar o motor do carro. (alterar) / Amanhã, irei ratificar o convite. (confirmar) 
Ela agiu com discrição. (ser discreto) / Farei uma descrição daquele quadro. (detalhar) 
 
 
 
RESUMO 
 
 Escrita Pronúncia Significado 
Homônimo igual igual diferente 
Homógrafo igual diferente diferente 
Homófono diferente igual diferente 
Parônimo semelhante semelhante diferente 
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USO DA VÍRGULA: 
 
Veja alguns dos principais usos da vírgula: 
 
01- SEPARA O LUGAR DA DATA 
Ribeirão Preto, 25 de julho de 1996. 
 
02- SEPARA EXPRESSÕES EXPLICATIVAS OU CORRETIVAS COMO: ISTO É, QUER DIZER, 
POR 
 
POR EXEMPLO, OU MELHOR. 
Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários. 
 
03- SEPARA TERMOS COM A MESMA FUNÇÃO 
Passamos pela loja, ele comprou sapatos, camisas, calças, meias e cuecas. 
 
04- SEPARA VOCATIVO. 
Meu amigo, a vida é uma só. 
 
05- SEPARA APOSTO. 
Regina, aluna do 2º. colegial, fez uma excelente prova na Fuvest. 
 
06- INDICA A ELIPSE DO VERBO. 
Compramos um carro e vocês, apartamento. 
 
 
NÃO SE USA A VÍRGULA 
 
NÃO SE SEPARA SUJEITO DO VERBO NEM VERBO DO COMPLEMENTO. 
 
Ex.: O professor corrigiu as provas 
sujeito verbo complemento 
 
Porém, podemos usá-la dentro do sujeito ou dentro do complemento, caso haja uma enume- 
ração. 
 
 
Ex.: Marcos, Ana e eu fomos ao parque, ao teatro e ao restaurante. 
sujeito verbo complemento 
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FIGURAS DE LINGUAGEM OU DE ESTILO 
São modos de falar e escrever que dão mais beleza, mais força à expressão. 
 
Estudaremos aqui apenas algumas figuras: 
1 - Metáfora: alteração do sentido de uma palavra ou expressão, pelo acréscimo de um segundo sig- 
nificado, baseada numa relação de semelhança entre os elementos designados. Ex.: Eu sou uma ilha 
longe de você. / “Amor é fogo que arde sem se ver.” 
2 - Aliteração: repetição de fonemas consonantais idênticos ou semelhantes. Exs.: “Acho que a chuva 
ajuda a gente a se ver”. / Toda gente homenageia Januária na janela. 
3 - Pleonasmo: repetição desnecessária de uma ideia contida em outra palavra. Ex.: descer para bai- 
xo. / subir para cima. / almirante da marinha. / surpresa inesperada. 
3 - Antítese: confronta ideias opostas entre si. Ex: “Tristeza não tem fim, felicidade sim.” 
(V. Moraes e Tom Jobin) / A vida agita, a morte acalma. 
 
 
- Concordância de VERBOS + a partícula SE 
A língua exige que os verbos transitivos diretos + se concordem em número com o sujeito. 
(neste caso, SE = partícula apassivadora) 
 
Exs.: Alugam-se casas. (Casas são alugadas.) 
verbo sujeito sujeito verbo 
plural plural plural plural 
 
 
Exigem-se referências. (sujeito plural; verbo plural) Referências são exigidas. 
Tomaram-se vários copos de suco. 
Compram-se carros usados. 
Vende-se apartamento. (sujeito singular; verbo singular) Apartamento é vendido. 
Forra-se botão. 
Desperdiça-se muito dinheiro. 
 
 
Cuidado! Se os verbos forem de ligação, transitivos indiretos e intransitivos seguidos de SE ou se 
depois do verbo vier uma preposição, o verbo sempre ficará na 3ª pessoa do singular. 
(neste caso, SE = índice de indeterminação do sujeito) 
 
 
Exs.: Fala-se de festas nestes dias. 
Precisa-se de motoqueiros. 
Entra-se em portas abertas, somente. 
Olha-se para as estrelas à noite. 
Implica-se com os desobedientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cursos Preparatórios 
 
INGLÊS 
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PERSONAL PRONOUNS (PRONOMES PESSOAIS) 
 
 
 
 
SINGULAR: 
1ª pessoa I (eu) 
2ª pessoa YOU (tu) 
 
3ª pessoa 
HE (ele) 
SHE (ela) 
IT (ele, ela = usado somente para objetos, animais e locais) 
 
PLURAL: 
1ª pessoa WE (nós) 
2ª pessoa YOU (vós) 
3ª pessoa THEY (eles, elas) 
 
Obs.: Observe a correspondência dos pronomes do singular com os do plural. As terceiras pessoas do 
singular (He, She, It) fazem o plural com o pronome da terceira pessoa do plural: They. 
O pronome pessoal pode substituir o sujeito na frase. Ex.: Peter is American (Peter = ele = 
he) = He is American. / Ann is beautiful (Ann = ela = she) = She is beautiful. / Paul and Charles are 
friends (Paul e Charles = eles = they) = They are friends. 
 
ARTICLES (ARTIGOS) 
- DEFINITE ARTICLES (ARTIGOS DEFINIDOS): os artigos definidos são o, a, os, as que são 
representados em Inglês pela palavra THE. Usamos THE para o masculino singular ou plural e para o 
feminino singular ou plural. Ex.: The boy / The boys (o menino / os meninos) / The girl / The girls 
(a menina / as meninas). 
- INDEFINITE ARTICLES (ARTIGOS INDEFINIDOS): os artigos indefinidos são um, uma que são 
representados em Inglês pelas palavras A, AN e são usados só em orações no singular. Usamos A an- 
tes de palavras singulares começadas por som consonantal (consoante). Ex.: a pen, a door, a teacher, 
e usamos AN antes de palavras singulares começadas por som vocálico (vogal). Ex.: an orange, 
an animal, an egg. 
 
DEMONSTRATIVES (DEMONSTRATIVOS) 
 
- THIS/THESE (este, esta, isto): são pronomes demonstrativos usados para algo que está próximo. 
Singular = This 
Plural = These 
Ex.: This city is big.

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