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Anatomia e importância do pericárdio • Pericárdio seroso – visceral e parietal – separados pelo líquido pericárdico • Pericárdio fibroso: tecido conjuntivo mais denso e resistente • Proteção do coração • Redução do atrito e sobrecarga volumétrica • Barreira física contra infecções Pericardites • Definição: Inflamação do pericárdio – envolve as duas membranas ou somente uma delas • Doença generalizada ou complicação de outra doença • Pode representar a única lesão cardíaca, ou estar acompanhada de lesão do endocárdio e/ou do miocárdio Pericardite Aguda – Manifestação clínica • Lesão inflamatória do pericárdio sem aumento significativo do líquido pericárdico / Péríodo < 6 semanas • Dor torácica como principal marcador • Localização precordial ou retroesternal, do tipo contínua de longa duração (horas, dias), irradiando para a região cervical e trapézio. • Tipo pleurítica • Dor de caráter constritivo, podendo simular uma dor anginosa • Dispneia e sintomas de um quadro gripal comum • Exame físico: Taquicardia e taquipneico • Atrito pericárdico – presente em 85% dos casos – áspero, geralmente sisto-diastólico, mais audível com o paciente sentado inclinado pra frente. Exames complementares e diagnóstico • Diagnóstico = quadro clínico + exames complementares • ECG: repercussões em 90% dos casos • Supradesnível de ST (aspecto côncavo) e onda T positiva e apiculada. Exceto em V1 e aVR / Infradesnivelamento de PR • ST voltam ao normal para as ondas T se inverterem • Fase I: no momento da dor, tendo supradesnivelamento do segmento ST em várias derivações com onda T positiva e apiculada. • Fase II: dias após tem-se volta do segmento ST para linha de base, mas com onda T ainda apiculada. • Fase III: cerca de 1 a 2 semanas após o quadro inicial, tendo inversão da onda T. • Fase IV: semanas ou meses após o quadro inicial, em que se tem normalização do ECG. • Principal diagnóstico diferencial: IAM / O que sugere pericardite é: (1) a concavidade mantida do ST quando supradesnivelado; (2) o infradesnível do PR; (3) o fato da inversão da onda T só ocorrer quando o ST já voltou à linha de base; (4) e a ausência de onda Q de necrose na evolução do ECG. • No ecocardiograma pode -se encontrar derrame pericárdico • A radiografia de tórax geralmente é normal
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