Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa

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PERDAS ESTIMADAS COM CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
Trata-se de uma conta retificadora do ativo que tem por objeto estimar as perdas que a 
empresa tenha no ano seguinte referente às suas vendas a prazo.
PROVISÕES DO PASSIVO
Obs.: o mais correto não seria Provisões do Passivo, e sim Obrigações a Pagar.
• Segue um quadro sobre as despesas que geram obrigações (provisões do passivo), 
de acordo com as bancas:
Resultado = debitar Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante = creditar
Despesa com IR Provisão para imposto de Renda (IR)
Despesa com CSLL Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Despesa de Férias Provisão de Férias
Despesa de 13º salário Provisão para 13º salário
• No caso da Provisão para Imposto de Renda (IR), o mais correto seria IR a Pagar;
• No caso da Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o mais correto 
seria CSLL a Pagar;
• No caso de Provisão de Férias, o mais correto seria Férias a Pagar;
• No caso da Provisão de 13º Salário, o mais correto é 13º Salário a Pagar.
ATENÇÃO
O lançamento é igual ao das provisões do CPC 25, sendo o correto ser Obrigações a pagar. 
Entretanto, em provas poderão ocorrer variações entre as nomenclaturas de provisões.
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PROVISÕES DO PASSIVO
A própria legislação do imposto de renda reforça, pois admite a Constituição como 
custo ou despesa operacional, das seguintes provisões (Lei n. 9.249, de 1995, art. 13, I, e 
RIR/2018, art. 339):
Obs.: reforça provisões do Passivo que seriam apropriações pelo regime de competência.
• Provisões constituídas para o pagamento de férias de empregados (RIR/2018, 
art. 342); 
• Provisões para o pagamento de décimo terceiro salário (RIR/2018, art. 343);
• Provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das 
entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida em lei especial a elas 
aplicável (RIR/2018, art. 340).
Apesar das normas internacionais de contabilidade, por meio dos pronunciamentos con-
táveis, avisar que essas apropriações não são, em verdade, provisões, e sim obrigações a 
pagar, a legislação fiscal ainda chama isso de provisão. Assim, apesar de o nome não estar 
correto, algumas bancas continuam a usar o termo Provisão.
PROVISÕES REDUTORAS DO ATIVO
Obs.: o termo Provisões era para ser substituído para Perdas Estimadas, que são contas 
retificadoras do ativo.
Segue um quadro sobre as despesas que geram reduções nos respectivos ativos (contas 
retificadoras do ativo), de acordo com as bancas:
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Resultado = Débito Retificadora do ativo = Crédito
Despesa com ajuste do valor do estoque Provisão para ajuste ao valor de mercado
Despesa com devedores duvidosos Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD)
Despesa com perdas de investimentos Provisão para perdas em investimentos
• No caso da Provisão para ajuste ao valor de mercado, o nome mais correto seria Perda 
Estimada para Ajuste de Valor de Mercado.
• No caso da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD), o nome mais cor-
reto seria Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD).
• No caso da Provisão para perdas em investimentos, o nome mais correto seria Perda 
Estimada com Investimentos.
PERDAS ESTIMADAS PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PECLD) 
Imagine que uma empresa, ao vender à prazo, realiza uma venda que alguns valores que 
chegam ao seu balanço e ficam para receber ao ano seguinte. Nesse caso, a empresa pre-
cisa, com base no regime de competência, estimar, com base em perdas anteriores, quanto 
será perdido no ano seguinte referente a essas vendas. Em seguida, é empreendida uma 
média das perdas dos últimos três a cinco anos.
Logo, com base nesse percentual específico, deve-se ainda observar os valores a rece-
ber, bem como multiplicar e estimar a perda para o ano seguinte, registrando uma despesa 
com perdas, além de creditar a perda estimada para crédito de liquidação duvidosa.
• As PECLDs se referem a ajustes no valor contábil de direitos a receber, em contas como 
“Contas a Receber”, “Duplicatas a Receber”, ou outra denominação, que ficam sujeitas 
ao risco de perda pelo não recebimento integral dos direitos, em razão da inadimplência 
dos clientes.
• A PECLD, em regra, é calculada mediante a aplicação de um percentual médio dos cré-
ditos não recebidos nos últimos três anos.
• A PECLD não é mais dedutível para fins de imposto de renda.
• Ao contrário, as perdas efetivas são dedutíveis, conforme Lei n. 9.430/1996.
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Obs.: ao estimar, atende-se aos conceitos e métodos contábeis. No caso dos conceitos fis-
cais, eles não são dedutíveis. Entretanto, essa estimativa não significa dizer que foi 
efetivamente perdida. E, quando for perdida, mediante comprovação, pode-se deduzir 
para fins de imposto de renda.
LEI N. 9.430/1996.
Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão 
ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste artigo.
Obs.: lucro real é a base de cálculo do imposto de renda.
§ 1º Poderão ser registrados como perda os créditos:
I – em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença ema-
nada do Poder Judiciário;
II – sem garantia, de valor:
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independente-
mente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos 
há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebi-
mento, porém, mantida a cobrança administrativa; 
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e 
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
III – com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos 
judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
IV – contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à 
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A empresa Sortudos possui valores a receber de clientes no montante de R$ 20.000,00, 
em 31.12.20X0. A taxa de inadimplência é de 3%.
Vamos supor que a conta de PECLD ainda não possui valores.
a. Calcule o valor da PECLD em 31.12.20X0.
b. Vamos supor que no ano de 20X1 os R$ 600,00 foram considerados incobráveis. Lan-
çamento Contábil.
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c. Vamos supor que no ano de 20X1 R$ 800,00 foram considerados incobráveis. Lança-
mento Contábil.
d. do valor de R$ 600,00 identificados como PECLD no balanço patrimonial de 20X0, R$ 
400,00 foram considerados incobráveis e o restante, no valor de R$ 200,00, foi recebido 
em razão do pagamento dos clientes.
COMENTÁRIO
a. PECLD = 20.000 x 3% = 600,00. No caso do lançamento contábil, deve-se debitar uma 
despesa com PECLD (no último dia 31/12/20x0). Deve-se ainda creditar a conta PECLD novalor de 600.00 (conta retificadora do ativo).
Ativo
Clientes 20.000
(-) PECLD 600.00
 19.400
Obs. 1: não é adequado constituir PECLD nos seguintes casos: 
• Créditos com garantia;
• Alienação fiduciária ou hipoteca;
Obs. 2: no caso de clientes em recuperação judicial, o credor, tomando como base a empre-
sa que tem os valores a receber, deve reconhecer como PECLD apenas o valor que 
o devedor não se compromete a pagar.
b.Empresa não recebeu. 
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Debita – PECLD 600.00
Credita – Clientes 600.00
Debita – Caixa
Credita – Clientes 19.400
Obs.: o lançamento será encerrar a conta de PECLD com 600.00, em contrapartida da conta 
de clientes. Quando o crédito for considerado, a baixa do crédito será em contrapar-
tida ao valor a receber. Logo, debita-se Caixa e credita Clientes no valor de 19.400 
(recebimento).
c. Imagine haver a conta de PECLD no valor de 600.00 e a conta clientes no valor de 20.000. 
A complementação será uma despesa, o que resulta em uma conta Perdas com Clientes no 
valor de 200.00. Logo, deve-se debitar 200.00 de Perdas com Clientes (despesa), debitar 
ainda o PECLD no valor de 600.00, e creditar a conta Clientes no valor de 800.00.
D – Perdas com Clientes = 200 (despesa)
D – PECLD 600
C – Clientes 800
Obs.: se a perda for maior do que o estimado, a diferença irá para o resultado em conta de 
despesa.
Recebimento
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Francisco Feliphe da Luz Araújo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa II
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PERDAS ESTIMADAS COM CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA II
D) do valor de R$ 600,00, identificados como PECLD no balanço patrimonial de 20X0, R$ 400,00 
foram considerados incobráveis, e o restante, no valor de R$ 200,00, foi recebido em razão do paga-
mento dos clientes.
PECLD
(1) 400,00 600,00
(2) 200,00
Clientes
20.000,00 400,00 (1)
19.600,00
Reversão
200,00 (2)
1 – Crédito incobráveis:
• debita: PECLD — 400,00;
• credita: clientes — 400,00.
2 – Reversão do que não foi considerado incobrável:
• debita: PECLD — 200,00;
• credita: reversão de PECLD —200,00.
 
Exemplo de crédito recuperado no futuro considerado incobrável no passado: a empresa 
Sortudos apresentou, no balanço patrimonial de 20X0, a conta Perdas Estimadas para Crédito 
de Liquidação Duvidosa (PECLD) com saldo de R$ 500,00. Ao final do exercício de 20X1, a 
empresa possuía duplicatas a receber no valor de R$ 100.000,00, com experiência de perdas 
no recebimento de créditos ocorrida nos últimos três anos, em média de 2%. Assim, ao conta-
bilizar uma nova provisão no exercício de 20X1:
a) Qual valor deve constar no balanço da conta PECLD?
Em 20X1, deve-se pegar o saldo PECLD de 100,000 e multiplicar por 2%, que resultará 
em 2.000,00. Então, deve haver um ativo com valor de duplicatas a receber, no montante de 
100.00, menos a PECLD de 2.000.
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Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa II
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b) Qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício?
1 – Teoria da reversão (de acordo com as normas contábeis, essa é a teoria correta). De 
acordo com essa teoria, é como se os 500,00 fossem recebidos em X1. 
Diante disso:
PECLD
A) 500,00 500,00 (20X0)2.000
2.000 (20X1)
A) Reversão:
• debita: PECLD — 500,00;
• reversão de PECLD — 500,00. 
B) Constituição da nova PECLD:
• debita: Despesa com PECLD — 2.000,00;
• credita: PECLD — 2.000,00.
Resposta: R$ 2.000,00.
Assim, o correto é reverter o valor recebido, e deverá ser registrada uma nova despesa 
para o ano seguinte.
Entretanto, há outra teoria:
2 – Teoria da complementação
De acordo com essa teoria, não há reversão, mas sim complementação.
PECLD
500,00
1.500 A)
2.000
A) Constituição complementar da PECLD:
• debita: Despesa com PECLD — 1.500,00;
• credita: PECLD — 1.500,00.
Resposta: R$ 1.500,00.
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Obs.: deve-se utilizar a teoria da reversão, exceto se a questão trouxer a teoria da comple-
mentação. Vale ressaltar que a banca que utilizava a teoria da complementação era a 
ESAF, no entanto, encontra-se em desuso.
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (INÉDITA) A firma Pipiripaco S/A, prevendo prováveis perdas no recebimento de seus cré-
ditos que, no balanço de 20X0, eram de R$ 85.000,00, mandou fazer provisão de 3% des-
se valor, mas, durante o exercício seguinte, contabilizou perdas de apenas R$ 1.300,00. 
Em dezembro de 20X1, pretendendo fazer provisão nos mesmos moldes anteriores, para 
proteger o valor de R$ 100.000,00 que tem a receber, vai contabilizar uma despesa com 
devedores duvidosos no valor de
a. R$ 3.000,00.
b. R$ 2.550,00.
c. R$ 1.750,00.
d. R$ 1.300,00.
e. R$ 1.250,00.
COMENTÁRIO
De acordo com a teoria da reversão:
Em 20X0, a firma tinha registrado 85.000 X 3%, que resulta em 2.550.
Despesa = 100.000 X 3% = R$ 3.000,00.
De acordo com a teoria da complementação:
• PECLD em 20X0 = 2.550 - 1.300 = 1.250;
• Nova PECLD = 100.000 X 3% = 3.000;
• Despesa = 3.000 - 1.250 = 1.750.
GABARITO
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