Buscar

[Pensar Criminalista]_ Entendendo a prisão temporária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

jusbrasil.com.br
26 de Julho de 2021
[Pensar Criminalista]: Entendendo a prisão temporária
Olá pessoal, tudo bem?
Hoje vamos conversar sobre a prisão temporária, cautelar
prisional utilizada exclusivamente na fase de investigação
policial. A disciplina e regulamentação da prisão temporária estão na
Lei 7.960/1989.
Nos termos do art. 1º da lei, a prisão temporária será cabível quando
imprescindível para as investigações do inquérito policial (inciso I)
OU quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade (inciso II)
desde que, em ambos os casos, haja razoável prova da autoria ou
participação (fumus comissi delicti) do indiciado em quaisquer dos
crimes a seguir elencados:
homicídio doloso
sequestro ou cárcere privado
roubo
extorsão
extorsão mediante sequestro
estupro
epidemia com resultado de morte
envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou
medicinal qualificado pela morte
associação criminosa
genocídio (Lei 2.889/1956)
tráfico de drogas (Lei 11.343/2006)
contra o sistema financeiro (Lei 7.492/1986)
previstos na Lei de Terrorismo (Lei 13.260/2016)
O rol de crimes acima descrito é taxativo, de modo que sua
inobservância implica em constrangimento ilegal que impõe o imediato
relaxamento da prisão. Ademais, como frisa Nucci, “(...) o art. 2.º, §
4.º, da Lei 8.072/90, possibilitou a decretação da temporária a todos
os delitos hediondos e equiparados (...)” (NUCCI, 2020).
O prazo da temporária é de 5 dias, contados da efetiva prisão do
indiciado, prorrogáveis por igual período uma única vez, em
casos extremos e de comprovada necessidade (art. 2º, caput).
Sendo caso de crime hediondo ou equiparado, o prazo se eleva
para 30 dias, prorrogáveis por igual período, conforme art. 2º,
§4º, da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/1990).
Finalizado o prazo da temporária, sem sua renovação, e não
decretada a preventiva, a soltura do aprisionado prescinde
da expedição de alvará judicial (art. 2º, §7º), sob pena de
configuração do delito de abuso de autoridade (art. 12,
parágrafo único, IV, da Lei 13.869/2019). De outro modo, se antes de
encerrado o prazo da temporária a autoridade policial entender por sua
desnecessidade, não poderá determinar a imediata soltura do
indiciado. Será devida a requisição ao magistrado que deferiu a medida
para que este possa cassá-la.
O prazo para o decreto da temporária é de 24 horas, a contar
do recebimento do requerimento do Ministério Público ou
representação da autoridade policial.
Uma vez decretada a prisão, o magistrado deverá expedir o mandado
de prisão em 2 vias, contando a expressa indicação dos dias de prisão.
Uma dessas vias será entregue ao indiciado como nota de culpa (art.
2º, §4º), sem a qual não poderá o acusado ser recolhido (art. 2º, §5º),
sob pena de restar configurado o abuso de autoridade.
Por fim, deve-se mencionar que os presos temporários devem ficar
isolados dos demais detentos (art. 3º).
____________________ 
Referências:
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.
Código Penal. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del2848compilado.htm >
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
________. Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956. Define e
pune o crime de genocídio. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm >
________. Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986. Define os
crimes contra o sistema financeiro nacional, e dá outras providências.
Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7492.htm
>
________. Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989. Dispõe
sobre prisão temporária. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7960.htm >
________. Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os
crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição
Federal, e determina outras providências. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm >
________. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece
normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de
drogas; define crimes e dá outras providências. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11343.htm#art75 >
________. Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016. Regulamenta
o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal,
disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e
processuais e reformulando o conceito de organização terrorista; e
altera as Leis n º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e 12.850, de 2 de
agosto de 2013. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2016/Lei/L13260.htm#art18 >
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7492.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art75
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm#art18
________. Lei nº 13.869, de 5 de setembro de 2019. Dispõe
sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei nº 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e
revoga a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/L13869.htm >
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal.
17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
____________________
Quem sou?
Advogada, especialista em Direito Penal, Processo Penal e Direito
Tributário. Apaixonada pela produção de conteúdo jurídico online.
Entusiasta na confecção de materiais jurídicos práticos para estudantes
e profissionais do Direito.
Também estou no LinkedIn. Você pode me encontrar por lá:
https://www.linkedin.com/in/anna-paula-
cavalcantegfigueiredo
Disponível em: https://annapaulacavalcante.jusbrasil.com.br/artigos/1252431245/pensar-
criminalista-entendendo-a-prisao-temporaria
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm
https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?aplicacao=informativo.ea
https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcantegfigueiredo

Outros materiais