Buscar

Manejo alimentar, sanitário e reprodutivo dos coelhos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Manejo alimentar, sanitário e reprodutivo de coelhos 
ANATOMIA 
A cecotrofia é um mecanismo fisiológico típico do coelho Durante o dia, as fezes expelidas pelos coelhos são duras e grandes, neste caso não ocorre a coprofagia.
Cecotrofia 
1º ciclo: denominado cecotrofismo, caracteriza-se pela ingestão dos alimentos, nos quais passam obrigatoriamente pelo ceco, onde serão selecionados e submetidos a digestão microbiana.
2º período em que ocorre cecotrofagia, caracterizada pela ingestão dos cecotrofos diretamente do ânus por sucção oral, propiciando a segunda passagem da digesta pelo trato digestivo; completando-se no estômago, a digestão microbiana, e no intestino delgado, sofre digestão enzimática, e absorção de seus nutrientes. Na segunda passagem pelos intestinos, a digesta não passa necesariamente pelo ceco 
· As fezes noturnas são moles, menores e contém um revestimento mucoso, e os coelhos as comem logo após serem expelidas 
· O processo digestivo do coelho se efetua em uma segunda ingestão, a dos alimentos cecotrofos, o excremento mole que o animal consome diretamente do ânus, nos momentos de máxima quietude durante a noite.
· Os cecotrofos contém alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B, sintetizados no intestino ceco, que são essenciais para a saúde e desenvolvimento do animal 
· Função: reter no ceco produtos da digestão gástrica e entérica a fim de que as bactérias cecais atuem sintetizando as proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas, que graças a funcionalidade do cólon podem ser ingeridas e aproveitadas pelo animal
ALIMENTAÇÃO 
· Faltam estudos no Brasil 
· Necessidade de ração peletizada
· Quantidade de “pó” deve ser máxima de 3% 
· Recomenda o peneiramento antes do fornecimento
· Energia necessária fornecida por carboidratos, lipídeos e proteínas
· Aproximadamente 2% do p.v. em ração (2.100 a 2.500 Kcal)
· Fornecer feno de gramínea ou leguminosas e folhas (verduras) escuras
· Nunca fornecer alface ou verduras com folhas claras = diarreia!!!!
· As verduras mais recomendadas são: couve, almeirão, folhas de repolho, folhas de uva, de mostarda, de brócolis, rama de batata doce
· As frutas podem incluir maçã, mamão e caqui
· Os tubérculos, a batata doce, beterraba, cenoura
CONCENTRADO
· Peletizados! 
· Não devemos fornecer alimentos farelados, pois o coelho pode inalar algum fragmento, causando um quadro de pneumonia por aspiração 
· Quantidades a serem fornecidas:
MINERAIS E VITAMINAS
· Minerais: altas para láparos e coelhas em lactação
· Vitaminas: coelhos adultos sintetizam vit. C e do complexo B = cecotrofia 
· Fornecer: vitaminas lipossolúveis: A, D e E independente da idade 
ÁGUA
· Bebedouros automáticos 
· Água limpa e de boa qualidade 
· Necessidade: 2 L / kg de matéria seca 
· Falta de água: pouca chance de sobrevivência
MANEJO REPRODUTIVO 
Reprodução 
· Maturidade sexual: Raças médias: fêmeas alcançam a idade de reprodução aos 4 ½ meses e os machos aos 5 meses 
· Raças pesadas: fêmeas aos 6 meses e machos aos 7 meses
· A proporção é de 1 macho para cada 10 fêmeas (1:10), sendo que cada macho só pode cobrir uma fêmea por dia, pois várias coberturas influenciará na qualidade do ejaculado • Sinais de cio: inquietação, vulva edemaciada e arroxeada 
· Mudanças de comportamento similares aos machos: marcação com urina, inquietação, agressividade ou tentativa de montar
· Logo que o macho e a fêmea se vêem, ele iniciará a aproximação. 
· Ele vai cheirá-la, especialmente na região anogenital. A fêmea pode fazer o mesmo. 
· O farejamento se realiza com os animais quietos ou se movimentando em círculos.
· O macho correrá em repetidas ocasiões ao seu redor, emitindo um barulho. Logo que puder, marcará a fêmea passando o queixo sobre ela. Também pode urinar
· Se a coelha está receptiva, se deitará para favorecer a monta. Caso contrário, pode se mostrar agressiva e escapar.
· O coelho a montará durante alguns segundos com rápidos movimentos de pélvis.
· Para isso, segura os lados da fêmea com sua patas dianteiras e a morde na região do pescoço. 
· Em um último movimento ejaculará, gritará e se deixará cair ao lado da fêmea. 
· A cópula estimula a ovulação e em algumas horas se produzirá a fecundação. 
· Se os coelhos são deixados juntos, podem repetir a monta.
· Manter machos e fêmeas separados desde pequenos, senão não cruzam na idade reprodutiva 
· Colocar fêmea na baia/gaiola do macho (no território dela, a fêmea tende a ser agressiva e ataca o macho) 
· Não deixar eles juntos mais de 30 min
· Gestação de aproximadamente 30 dias
· O macho é capaz de copular a cada poucos minutos sempre que encontre uma fêmea receptiva. 
 Esta, por sua vez, pode aceitar o macho também continuamente, inclusive recém parida e enquanto amamenta. Portanto, não se pode falar de um número concreto de cópulas diárias. 
· Porém o macho não vai emitir sêmen em todas as montas, e quanto mais cópulas efetue menor a probabilidade de emissão. 
· Este tipo de cópula pode desencadear na coelha uma pseudogestação, ou seja, seu corpo vai reagir como se tivesse acontecido a fecundação para gerar coelhos filhotes.
· Anotar o dia da cobertura para previsão do parto ou programar descartes (a fêmea que repetir o cio 4 vezes consecutivas deve ser descartada) 
· Após 10 dias realizar a palpação para verificar se a coelha está prenhe, caso contrário colocá -la novamente em linha de cobertura
· Colocar um ninho na gaiola do 23° ao 25° dia de gestação 
· Ninho = caixote de madeira deve possuir uma abertura e estar cheio maravalha, capim ou material semelhante, sempre limpo e seco e sem odor forte. É completado com pelos da coelha, que ela retira do ventre na véspera do parto.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 
· A IA permitiu multiplicar, de forma quase geométrica, genótipos superiores identificados, contribuindo para, de certa forma, "democratizar" o acesso à genética superior 
· Também possibilita que um menor número de machos seja selecionado para reprodução, proporcionado aumento da intensidade de seleção de machos 
· Aumenta as taxas de fertilidade em épocas estacionais desfavoráveis, particularmente com altas temperaturas, onde normalmente observa-se redução da qualidade do sêmen de reprodutores e melhor controle sanitário
· A coleta do sêmen é feita utilizando-se vagina artificial 
· A fertilidade da coelha é influenciada por vários fatores, como temperatura, luminosidade e alimentação 
· O aumento da exposição diária à luz pode levar a um aumento do tamanho da prole em coelhas púberes 
· A inseminação artificial pode ser utilizado dois hormônios para indução da ovulação,como GnRH e hCG, depois faz-se todo o procedimento para inseminar a coelha utilizando uma pipeta
 PARTO 
· Dura em média 15 a 30 minutos 
· 1 a 20 animais, normal 7 a 10 animais 
· Normalmente na madrugada 
· Dia do parto, consome pouca ração, pouca água 
· Após o parto o consumo de água é elevado → ausência pode causar canibalismo 
· Normalmente 4 pares de tetos
· Láparos - Animais com até 12 dias de vida 
· Eles nascem sem pelos, com os olhos e ouvidos fechados. Com 4 dias o pelo começa a crescer e a abertura dos olhos e ouvidos ocorrem por volta dos 12 dias de idade 
· 15 a 20 dias já saem do ninho e começam a comer mesma comida que a coelha, embora ainda estejam sendo amamentados, essa é uma fase muito importante pois introduz uma nova dieta aos láparos 
· Retirar o ninho com 20 dias
DESMAME 
· Desmama com 30 dias - embora com 18 de dias de vida os láparos já comecem a ingerir sólidos 
· Após o desmame as crias devem separadas por sexo e em número correspondente ao sistema de criação adotado
MANEJO SANITÁRIO 
Biosseguridade
· Interna: medidas que evitam a propagação e a difusão de agentes patógenos dentro de uma granja 
· Externa: medidas de biosseguridade desenvolvidas a prevenir a entrada de novas enfermidades 
· Isolamento do criatório
· Controle da introdução de outros animais na criação 
· Aplicação de um plano sanitário preventivo 
· Controle de pragas (ratos e insetos) 
· Medidas de higiene
Desinfecção: 
· Desinfecçãofinal: é aquela que se realiza a cada final de um ciclo produtivo, quando os animais se destinam ao abate 
· Limpeza a seco: para eliminar restos de matéria orgânica
· Limpeza e saneamento: lava-se com água e detergente
· Desinfecção contínua: se realiza como proteção dos animais que se encontram na criação: pedilúvios, isolamento de animais doentes e higienização de gaiolas e ninhos.
· As criações que utilizam um correto plano de desinfecção, alcançam um melhor estado sanitário.
· Limpeza das gaiolas: cada vez que se desocupe uma gaiola por troca ou principalmente morte de um animal, a mesma deve ser lavada e desinfetada 
· • Usar a vassoura de fogo (lança-chamas) nas gaiolas de arame a fim de eliminar-se: pelos, ácaros e materiais que possam desenvolver doenças.
· • Lavar as gaiolas, comedouros, bebedouros, eliminando restos de matéria fecal, de alimentos, e outros com uso de algum tipo de desinfetante 
· É importante a limpeza prévia dos materiais para que os desinfetantes possam agir de maneira mais eficaz, não tendo diminuída sua eficiência pela presença de algum tipo de matéria orgânica 
· Pintar com cal periodicamente as instalações 
· Retirar periodicamente os dejetos do criatório evitando que fique amontoado dentro do mesmo.
· Combater exaustivamente as moscas e ratos uma vez que estes sujam e contaminam os comedouros. Além do que os ratos transmitem enfermidades, se introduzem nos ninhos, matam os filhotes e assustam as coelhas podendo provocar inclusive casos de canibalismo 
· Eliminação de vazamentos e poças de água para evitar a proliferação de moscas e mosquitos 
· Moscas e mosquitos podem atuar como transmissores de enfermidades infectocontagiosas como a mixomatose, para a qual praticamente não existe tratamento 
· Para controlar moscas e mosquitos se deve pulverizar com produtos a base de piretroide, dentro, debaixo das gaiolas e em toda a área do galpão
· Retirar o esterco e os animais mortos 
· Todo animal que apresente sinais de enfermidade será isolado e medicado 
· Incinerar e/ou enterrar coberto com cal os animais mortos 
· Os coelhos novos, que sejam adquiridos de outras criações devem ser isolados e mantidos em observação, devendo ser desparasitados 
· Manter limpos e em boas condições, os depósitos de alimentos 
· Limpar e desinfetar periodicamente as instalações para água e bebedouros 
· Restringir a entrada de visitas na criação
MIXOMATOSE
A face pode tornar-se muito inchado 
 Pus espesso é libertado pelo nariz e o coelho pode ter dificuldade em respirar 
A maioria dos coelhos com estes sintomas pode morrer dentro de 14 dias
Doença viral, transmissão por pulgas e mosquitos 
 Conjuntivite (vermelho, olhos lacrimejantes) 
 Febre alta, Perda de apetite e letargia 
Membranas mucosas e outros tecidos ficam edemaciados, incluindo os olhos, nariz, boca, orelhas (que se tornam caídos) e áreas genitais e anais
DOENÇA HEMORRÁGICA VIRAL 
Causada por um calicivírus, é altamente contagiosa 
 Transmissão: contato direto ou indireto (através de objetos contaminados, roedores e insetos). 
Os sintomas podem manifestar-se cerca de 48 horas após a infecção e a mortalidade pode variar entre os 50 e 100% 
Perda de apetite, Letargia, Febre alta, Espasmos, Incoordenação, excitação, Sangramento do nariz ou outros orifícios naturais e Morte súbita
VACINAÇÃO 
Devem ser: contra pasteurelose (necessária) e mixomatoe (só lugares ou zonas infectadas)
SARNA
Sarna auricular (sarna da orelha)
· A sarna auricular é uma doença de rápido contágio, ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis , que se localizam dentro do ouvido do animal, na parte profunda da pele . 
· A primeira manifestação de sarna auricular começa pelo aparecimento de forte irritação no interior de um dos ouvidos do coelho seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna - se serosa e amarelada . 
· Como prevenção, deve -se manter a limpeza das instalações, não permitir a entrada de animais doentes no rebanho e realizar o exame periodicamente dos animais .
 Manifestações Clínicas
· Os animais atacados pela sarna auricular: ficam inapetentes; mostram-se fracos; emagrecem rapidamente. 
• Tratamento 
• Realizar a limpeza do ouvido para aplicação de sarnicida.
· A profilaxia contra as sarnas é obtida através da higiene
C OCCIDIOSE
· A coccidiose é uma infecção causada por protozoários intracelulares que é altamente contagiosa entre coelhos. 
· É causada por espécies de protozoários do gênero Eimeria, parasitas microscópicos e unicelulares. 
· Má absorção de nutrientes, desequilíbrio eletrolítico, anemia e desidratação. As manifestações são muito inespecíficas: apetite reduzido, depressão, dor abdominal, crescimento retardo, diarreia e anemia. As fezes podem conter sangue ou muco
· Infelizmente o diagnóstico de coccidiose em coelhos vivos é muito difícil de ser feito. Um exame de fezes pode indicar a dos oocistos, no entanto, os oocistos de coccidiose são frequentemente difíceis de distinguir da levedura específica de coelho (Cyniclomyces guttulatus)
· O tratamento envolve a administração de antibióticos. O tratamento com anticoccidianos geralmente só é bem-sucedido para coelhos que foram infectados por menos de cinco ou seis dias. Mesmo se o tratamento for bem-sucedido, a diarreia e a mortalidade podem ainda ser observadas durante alguns dias após o início do tratamento. A recidiva também pode ocorrer e é observada regularmente após uma ou duas semanas. O papel dos antibióticos é de controlar as infecções secundarias e protozoários até que a imunidade do coelho se desenvolva. O coelho pode se tornar imune a doença, porem isso só ocorre após o animal passar por infecções leves. No entanto, a imunidade é específica da espécie e, portanto, a kexposição a uma espécie não protege contra outras espécies

Continue navegando