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Apresentação adaptabilidade dos caprinos no semi-árido brasileiro

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Adaptabilidade dos caprinos no semi-árido brasileiro
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Alunas: Adriele Bruna Silva 
Amanda Cristina Andrade
Dayane Christina Torres de Lima 
Leticia Freitas da Silva 
Thainara Aparecida Cincinato
Thaylla Gabriela Domingos Morais
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INTRODUÇÃO
Os caprinos são animais fortes, resistentes, com grande rapidez de crescimento, de boa conversão alimentar e adaptáveis a várias condições de clima.
 A Criação de caprinos, além de ser uma atividade de fácil manejo, pode tornar-se muito rentável, desde que sejam utilizados bons animais e o trabalho seja executado com dedicação. 
O Nordeste brasileiro, por apresentar um clima semi-árido, torna-se propício ao desenvolvimento da Caprinocultura na região, fator que poderá trazer muitos benefícios à população local, pois, produtos como carne e leite poderão ser explorados de acordo com as circunstâncias do mercado e dentro de uma perspectiva progressiva, onde hajam um aprimoramento das raças somado ao desenvolvimento tecnológico aplicado nessa produção. 
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A CAPRINOCULTURA
O primeiro registro da presença dos caprinos no Nordeste foi em 1535.
Oriundas dos Pireneus , trazidas pelos colonizadores portugueses, principalmente para o ambiente seco nordestino;
enfrentando secas avassaladoras e sofrendo intenso processo de cruzamentos entre si ;
 resultou em animais improdutivos em termos de função leiteira (as fêmeas mal produzem leite para o sustento de suas crias),
 mas detentores de características genéticas valiosas: a rusticidade, prolificidade e qualidade de pele.
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A CAPRINOCULTURA
Devido à dominância genética de algumas raças e ao zelo no manejo demonstrado por alguns criadores ao longo de muitos anos, fatores esses essenciais para o início de um trabalho de melhoramento e, portanto, de resgate da produtividade perdida.
Raças: Moxotó (animal branco com lista preta no dorso e membros igualmente pretos), Parda Sertaneja (pelagem parda), Graúna (pelagem preta), Azul (pelagem cinza-azulada), Canindé (pelagem escura com a barriga e região em torno dos olhos claras), Marota (pelagem branca), etc..
A rentabilidade: produção do leite, da pele e, por último, da carne. 
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NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE CAPRINOS NO SEMIÁRIDO 
Os caprinos, principalmente na região nordestina, têm uma grande importância econômica e social para os agricultores. Esses animais são utilizados para o consumo das famílias, podendo ainda serem comercializados com facilidade nos mercados regionais. Além disso, são uma das principais alternativas para produtores do semiárido brasileiro, como ajuda para a sobrevivência com alimento e melhoria da renda.
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NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE CAPRINOS NO SEMIÁRIDO 
Diante das temperaturas quentes que assolam o Nordeste brasileiro, os caprinos se destacam entre os outros animais de pequeno porte de ruminantes, pois sua maleabilidade é essencial para que ele se adapte a condições de seca em algumas áreas.
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NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE CAPRINOS NO SEMIÁRIDO 
Há diversas vantagens na criação de caprinos e ovinos: a pele tem uma maior maleabilidade, sendo usada para a confecção de vestuário; a carne desses animais, principalmente a dos caprinos, apresenta baixa taxa de colesterol; já o leite de cabra apresenta um alto valor biológico e nutricional
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EFEITOS DO AMBIENTE NA FISIOLOGIA DOS CAPRINOS
Os caprinos são animais considerados rústicos, mas quando expostos em regiões quentes como o Nordeste brasileiro com altas temperaturas, e em outras com altas umidades do ar e radiação esses animais sofrem alterações no seu comportamento fisiológico como aumento da temperatura da pele, elevação da temperatura retal.
Gráfico 1. Relação entre bem estar animal e produtividade (McInerney, 2004)
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Sistema Silvipastoril 
Sistema Silvipastoril (SSP) é a combinação intencional de árvores, pastagem e criação de ruminantes numa mesma área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada, com o objetivo de incrementar a produtividade por unidade de área.
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EFEITOS DO AMBIENTE
Sombreamento
 Os elementos climáticos: radiação, temperatura, umidade e vento, podem causar redução na taxa de crescimento e produção animal. Sendo assim, diversas práticas vêm sendo desenvolvidas para minimizar os efeitos climáticos, assim como o seu efeito estressante, de acordo com os limites da zona de termoneutralidade de cada raça caprina
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Modelos Produtivos
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Os sistemas de produção de caprinos são importantes para o desenvolvimento sustentável de regiões inseridas em zonas áridas e semiáridas, já que nesses ambientes, os riscos de insucesso com as atividades agrícolas são maiores pro conta dos fatores climáticos.
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Modelos Produtivos
Sistemas Extensivos Tradicionais 
 Vantagens 
É o sistema predominante na criação de caprinos no Brasil.
Base alimentar é a vegetação nativa.
Aproveitamento das condições naturais 
Baixo investimento 
 Desvantagens
 Deficiência alimentar e infertilidade.
 Baixa inversão de capital.
 Alta no tempo de abate.
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Modelos Produtivos 
Sistema CBL 
CBL = C = caatinga 67% da área. Período de 2 a 4 meses.
 B = bufel (Cenchrus ciliaris L.) . 30% da área Período de 8 a 10 meses.
L =leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.) 3% da área
 Vantagens
Produção de suplementos durante o ano todo.
Maiores ganhos por animal.
Baixo custo.
Manipulação da caatinga.
 Desvantagens
Necessita de um espaço grande da vegetação caatinga.
Necessidade de recursos forrageiros.
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Modelos Produtivos 
Sistema CBL
Permite modelo de criação mista (bovinos e caprinos).
Manejo sanitário utiliza-se de vacinações e aplicações de
anti-helmínticos, de acordo com as recomendações das 
agências regionais de defesa sanitária.
Reprodução : sistema de estações de monta ou estações
de reprodução. 
As crias são submetidas a uma alimentação variável,
em função da época do ano :
um a 20-30 dias -amamentação exclusiva junto às mães; 
21-31 a 90-120 dias – amamentação controlada (duas vezes ao dia) suplementadas 
com misturas múltiplas confeccionadas a partir das culturas forrageiras implantadas
 na área do sistema de produção associadas com o pastejo na caatinga ou nos pastos
 cultivados;
A partir dos 91-121 dias após o nascimento, os animais poderão acompanhar as 
matrizes na caatinga ou nos pastos cultivados e até mesmo serem terminados em 
confinamento. 
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Modelos Produtivos
Cabrito ecológico da Caatinga
Sistema parecido com o CBL na estratégia de alimentação.
Valoriza o emprego de fertilizantes naturais, de coquetéis
vegetais e leguminosas como estratégias para melhorar a 
fertilidade dos solos ou repor,pelo menos em parte, a quantidade
de nutrientes extraídos pelas plantas produzidas. 
Maiores números de partos, crias nascidas e crias desmamadas por
matriz criada ao ano, além de menores taxas de mortalidade dos 
animais em crescimento e adultos.
O sistema Cabrito Ecológico visa à produção de animais jovens 
para serem abatidos, com peso corporal que varia de 22 a 28 kg e 
pesos de carcaça superiores a 10g, o que representa um avanço
considerável aos modelos tradicionais do Semiárido brasileiro. 
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Modelos Produtivos
O Sistema Sipro (Sistema Integrado de Produção Experimental) 
Tem como base alimentar a caatinga e os pastos de capim-bufel.
Contudo, abrange além da silvicultura a agricultura irrigada e de
sequeiro . A área da agricultura de sequeiro é baseada no 
cultivo de sorgo, algodão, mamona, milho e feijão. Na irrigada,
 cultivam-se milho e feijão. A pecuária enfoca a utilização de três
categorias animais: bovinos cruzados, caprinos e animais de trabalho, 
em sistema de produção misto 
Os animais são submetidos a três aplicações de anti-helmínticos 
ao ano.
Proporcionou aumentos de 22%, 31% e 72% no número de parições,
crias nascidas e crias desmamadas, respectivamente, por matriz 
 exposta ao ano. 
Obtenção de animais com 20 kg de peso corporal aos oito meses 
de idade,valores bastante superiores aos obtidos nos sistemas tradicionais
na região .
 
17Viabilidade Econômica
O crescimento do rebanho no Nordeste, que alcançou 8,25 milhões de cabeças foi acompanhado do aumento do número de estabelecimentos agropecuários, e do crescimento do número de caprinos comercializados. A cifra de R$ 290 milhões em 2017 supera em cerca de 300% a verificada em 2006 (R$ 73 milhões). Já o preço médio de venda dos animais passou de R$ 63,64 para R$ 153,06, correspondendo a um aumento nominal de 14% ao ano. O valor médio do litro de leite alcançou um aumento nominal de 76% no período, passando de R$ 1,22 para R$ 2,15/litro, representando uma taxa de crescimento de 6,94% ao ano. 
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Realidade Atual
“Enquanto as demais regiões do país, como Sul e Sudeste, apresentaram redução do rebanho, a região Nordeste apresentou um crescimento de 18%, mesmo após os últimos cinco anos de secas severas registradas na região, evidenciando a grande adaptabilidade do rebanho, e em muitos municípios, constituindo-se em uma das principais fontes de segurança alimentar e de renda para os agricultores”
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 Conclusão
A criação de caprinos no semi-árido deu um grande impulso na economia da região , mesmo apresentando dificuldade de adaptação devido a restrição de recursos no local. Ao ser inserido no semi-árido sua alteração fisiológica mais os Sistema Silvipastoril, Sombreamento, Sistema CBL,etc... que conseguiram controlar a radiação, temperatura, umidade e vento e tornado os caprinos aptos a viver na região. Atualmente os caprinos geram a fonte de renda das famílias da região crescendo a cada dia mais sua produção, ao mesmo tempo em que outras regiões o ganho não é o mesmo.
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Obrigada!
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