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P3M3Pr2 - Incontinência urinária

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
Definição 
♥ Perda involuntária de urina; 
♥ Gera um problema de higiene ou ordem 
social; 
♥ 2x mais comum em mulheres, principalmente 
depois dos 50 anos; 
- MOTIVO EM IDOSOS: 
♥ A senescência favorece o desenvolvimento; 
♥ A continência depende, além do trato urinário 
inferior, da integridade das funções mentais e 
mobilidade; 
♥ Aumentam as contrações involuntárias do 
músculo detrusor; 
♥ A capacidade vesical e a habilidade em se 
adiar a micção diminuem; 
♥ Perda do pico noturno de secreção do ADH; 
♥ Em idosos demenciados os sintomas de ITU 
podem ser inespecíficos, como piora da 
cognição ou da incontinência; 
Fatores de agravo / risco 
♥ Antecedentes: 
- Cirurgias prévias; 
- Tabagismo; 
- Tosse; 
- Obesidade; 
- Neurológicos; 
- Farmacológicos; 
♥ Obesidade; 
♥ Envelhecimento; 
♥ Menopausa; 
♥ Diabetes Mellitus; 
♥ Múltiplas gestações; 
♥ Histerectomia (retirada do útero); 
♥ Traumas na região pélvica; 
♥ Hiperplasia Benigna da Próstata; 
♥ Parkinson, alzheimer e esclerose múltipla; 
♥ Obstruções do trato urinário; 
♥ Bebidas diuréticas: álcool, café, chá, 
refrigerantes, adoçantes artificiais, xarope de 
milho, alimentos ricos em açúcar; 
♥ Medicamentos para doenças cardíacas e 
pressão arterial, sedativos e relaxantes 
musculares; 
♥ Resumo 
- D: delirium (delírio); 
 · I: infection (infecção); 
· A: atrophy (uretrite ou vaginite atrófica); 
· P: pharmacologic agent (fármaco); 
· P: psychiatric disorders (psiquiátrico); 
· E: excess urine output (débito urinário 
excessivo, comum em ICC e DM); 
· R: restricted mobility (restrição de 
movimentos); 
· S: stool impactation (impactação fecal). 
CLASSIFICAÇÃO e Fisiopatologia 
♥ 4 tipos: 
- De esforço; 
- De urgência; 
- Por transbordamento; 
- Mista; 
TRANSITÓRIA 
♥ Causa reversível como infecção urinária, 
constipação intestinal, medicação, desordens 
psicológicas e outras doenças; 
 
NO IDOSO 
PERSISTENTES 
ESFORÇO OU ESTRESSE 
♥ Aumento da pressão intra-abdominal; 
♥ Quando tosse, espirra, agacha, corre; 
♥ Pode ser um problema de esfíncter ou de 
assoalho pélvico; 
URGÊNCIA 
♥ 50 a 60% das incontinências; 
♥ Contração involuntária do músculo detrusor 
ou alterações neurológicas (arco reflexo ou 
controle neuronal acometido); 
♥ Sensação repentina de urgência (micção 
precedida de desejo); 
TRANSBORDAMENTO OU PARADOXAL 
♥ Por acúmulo de urina dentro da bexiga por 
uma obstrução na saída, há um aumento da 
pressão vesical (do líquido dentro da bexiga); 
♥ Quando > pressão do esfíncter – 
transbordamento; 
♥ Mais comum no sexo masculino (hiperplasia 
prostática benigna); 
FUNCIONAL 
♥ Idosos com dificuldade de mobilidade; 
♥ Qualquer problema que não permita o 
paciente chegar a tempo no banheiro; 
Quadro clínico 
♥ Anamnese fundamental para: 
- Classificar; 
- Quantificar perdas; 
- Fatores de risco/causa; 
- Diferenciais; 
- Tipo de perda; 
- Uso de absorvente/forro; 
♥ Perguntar sobre hábitos: 
- Prende muito xixi; 
- Toma muito café; 
- Rotina miccional; 
- Medicamentos; 
♥ Atentar para sintomas associados: 
- Urinário; 
- Ginecológico/sexual; 
- Gastrointestinal; 
♥ Diário miccional: 
⤿ Durante 24h em 3 dias distintos, anotar a 
rotina urinária; 
⤿ Quanto perde, o que sentiu no momento da 
perda, se estava ou não associada a micção, 
quando foi a micção normal, se precisou trocar 
de roupa, estava em casa ou não, 
♥ Exame físico: 
- Trofismo local; 
- Identificar prolapso genital; 
- Diferenciais (divertículo de uretra); 
♥ Testes: 
- Manobra de valsava – estufar a barriga; 
- Tosse; 
♥ O exame abdominal e toque retal são 
necessários para afastar constipação intestinal 
como fator precipitante; 
♥ Avaliar sinais de dermatite; 
♥ Diferenciais: 
- Perda contínua de urina com micção reduzida 
ou ausente – fístula urinária; 
- Perda contínua de urina com micção presente 
– ureter ectópico; 
QUADRO CLÍNICO DE ESFORÇO 
♥ “Eu perco quando tusso”; 
♥ Exercício, levantar peso, levantar-se; 
♥ Não tem quando está dormindo; 
♥ Pequeno volume; 
QUADRO CLÍNICO DE URGÊNCIA 
♥ Acordo a noite várias vezes; 
♥ Da a vontade e não consigo chegar a tempo 
no banheiro; 
♥ Volume mais significativo; 
DIAGNÓSTICO 
♥ Investigação: 
- Urina I/ urocultura; 
 * Infecção urinária no idoso tende a se 
manifestar de forma muito mascarada; 
- Eletrólitos, glicemia, função renal em casos 
selecionados; 
- Imagem: USG de rins e vias urinárias; 
- Teste funcional: urodinâmica; 
URODINÂMICA 
♥ Cistometria; 
♥ Análise gráfica da micção; 
♥ Analisa o armazenamento, a complacência 
vesical, sinais de hiperatividade detrusora, 
perdas aos esforços; 
- Picos – manobra de valsava; 
- Se tossiu e o detrusor ativou – contração 
involuntária; 
 
 
 
 
 
 
 
♥ Esvaziamento – hipocontratilidade detrusora 
e resíduo miccional; 
♥ Pressão de perda ao esforço (PPE) = 
- Abaixo de 60 cm H2O – deficiência 
esfincteriana; 
- Entre 60 e 90 cm H2O – zona duvidosa; 
- Acima de 90 cm H2O - hipermobilidade 
uretral; 
* Acima de 90 mmHg – hipermobilidade do 
colo vesical por posição infrapúbica do mesmo 
durante o aumento da pressão abdominal 
TRATAMENTO 
♥ Medidas comportamentais: 
- Cessar tabagismo; 
- Perda de peso; 
- Evitar grandes ingestas hídricas em um curto 
espaço de tempo, distribuir melhor; 
- Treinamento vesical (horas); 
- Tratamento de condições associadas (HAS 
descompensada, IC descompensada, 
neurológico); 
- Eliminar barreiras físicas de acesso ao 
banheiro; 
- Eletroestímulos; 
♥ Exercícios de Kegel: específicos para fortalecer 
os músculos da região pélvica; 
- Recomendação da OMS como primeira linha 
de tratamento para incontinência urinária de 
esforço; 
1. Esvaziar a bexiga 
2. Identificar o músculo pubococcígeo, que 
pode ser feita ao interromper o jato de xixi, 
por exemplo; 
3. Voltar a contrair o músculo pubococcígeo 
depois de urinar para se certificar que sabe 
contrair o músculo corretamente; 
4. Realizar 10 contrações seguidas do 
músculo, evitando acionar outro músculo; 
5. Relaxar por alguns instantes; 
6. Retomar o exercício, fazendo pelo menos 
10 séries de 10 contrações todos os dias. 
♥ Fisioterapia: 
- Assoalho pélvico; 
- Biofeedback; 
Ele é dividido em etapas: 
1. Urofluxometria (avalia o esvaziamento da 
bexiga) 
2. Cistometrografia (avalia o enchimento da 
bexiga e manobras de força) 
3. Fluxometria de pressão (esvaziamento final da 
bexiga). 
Dessa forma, é possível caracterizar as perdas 
com dados objetivos para melhor planejamento 
terapêutico. 
 
♥ Medicamentos: 
- Anticolinérgicos (contraindicados para idosos – 
risco de déficit neurológico); 
 ⤿ Tratamento da hiperatividade detrusora 
primária – Tolterodina, oxibutinina, darifenacina; 
 ⤿ Efeitos colaterais: boca seca, aumento da 
pressão ocular, retenção urinária, constipação, 
agravo cognitivo e arritmias cardíacas; 
 ⤿ Iniciar o tratamento com a menor dose 
possível de avaliar; 
- Beta3agonistas; 
 ⤿ Mirabegrona; 
- Toxina botulínica intravesical; 
- Perda de trofismo genital feminino – 
estrógeno tópico; 
♥ Cirurgia: 
- Múltiplos procedimentos; 
- Avaliar prolapso genital; 
- IU de esforço simples – Sling de uretra média: 
 ⤿ Tela sintética ou aponeurose do 
retoabdominal; 
 ⤿ Também chamada de cirurgia de cinta; 
♥ Uso de absorventes e roupas de proteção; 
 
NOCTÚRIA 
♥ Exames básicos: função renal (para 
insuficiência renal), eletrólitos (cálcio e sódio e 
polaciúria), glicose (DM descompensada); 
♥ Evitar cafeína; 
♥ Rever diuréticos (ex trocar hidroclorotiazida 
por IECA ou bloqueadores de canal de cálcio); 
♥ Anticolinérgicos muscarínicos; 
♥ Exercícios do assoalho pélvico; 
♥ Orientar sobre prevenção de quedas; 
 
 
RELAÇÃO DA INCONTINÊNCIA COM A 
INFECÇÃO URINÁRIA 
♥ Uma das causas mais comuns de 
incontinência urinária é a infecção urinária; 
♥ Infecçãourinária: 
- Pode acometer: bexiga, uretra e rins; 
- Sintomas principais: poliúria, ardência e dor ao 
urinar, esvaziamento incompleto da bexiga; 
♥ Público feminino: 
- Proximidade do canal uretral, vagina e ânus; 
- Uretra menor – 3 a 5 cm (homens – 15 a 20 
cm); 
♥ Fisiopatologia da infecção urinária: 
- ITU NÃO COMPLICADA – sem anormalidade 
estrutural ou funcional do trato urinário; 
- ITU COMPLICADA – quando causa 
anormalidade estrutural do aparelho urinário ou 
funcional e obstrução do fluxo de urina, 
comorbidades que aumentem os riscos e 
instrumentação ou cirurgia recente no trato 
urinário; 
IATROGENIA 
♥ Pode ser consequência de diagnósticos 
incorretos por apresentações atípicas; 
♥ Pode se manifestar de modo atípico; 
♥ Mais frequente em idosos; 
♥ Um dos 7 gigantes da geriatria: iatrogenias, 
incontinências, incapacidade comunicativa, 
insuficiência familiar, insuficiência cognitiva, 
imobilidade e instabilidade postural; 
♥ “Síndrome não punível, caracterizada por um 
dano inculpável, no corpo ou na saúde do 
paciente, consequente de uma aplicação 
terapêutica, isenta de responsabilidade 
profissional” 
♥ Terminologia: Iatrós – médico / genia – dano; 
- Iatron – local onde os médicos guardavam 
seus instrumentos, davam consultas, faziam 
Visão além do alcance para prevenir 
futuros desfechos negativos 
curativos e operações; 
- Manifestações decorrentes do emprego de 
medicamentos em geral, atos cirúrgicos ou 
quaisquer processos de tratamento feitos pelo 
médico ou por seus auxiliares; 
♥ Qualquer prejuízo ao paciente não 
decorrente da sua doença, mas de qualquer 
intervenção da equipe de saúde; 
- Pode estar certa ou errada, justificada ou não, 
esperada ou inesperada; 
- Sinal ou sintoma de instalação subsequente ao 
início de um novo medicamento – suspeitar de 
causa farmacológica; 
IATROGENIA 
Possui nexo entre conduta e dano 
Conduta perita, prudente e diligente 
Dano previsível, conduta necessária 
Cumpre obrigação anterior 
Não gera dever de indenizar 
Âmbito da licitude 
 
♥ Quando suspeitar de efeito adverso 
medicamentoso no idoso? 
 ⤿ Surgimento agudo/subagudo de: 
- Confusão mental; 
- Declínio funcional; 
- Déficit cognitivo; 
- Distúrbios comportamentais; 
- Sintomas depressivos; 
- Tontura; 
- Alteração de marcha e equilíbrio; 
- Quedas repetidas; 
- Incontinência urinária ou fecal; 
- Síndrome extrapiramidal; 
♥ Deve-se pensar sempre nos princípios 
bioéticos: beneficência e não-maleficência; 
- Conduta necessária; 
♥ Diferente de erro médico: 
- Alguns erros médicos parram desapercebidos, 
mas alguns causam alguma iatrogenia; 
TIPOS 
♥ Por ação: diagnóstico, tratamento, prevenção 
/ por erro médico: imperícia e imprudência; 
♥ Por omissão: diagnóstico, prevenção, 
tratamento / por erro médico: negligência; 
♥ Por comunicação: deficiências do paciente e 
do profissional, conteúdo e modo de dar más 
notícias, grafia. 
EPIDEMIOLOGIA 
♥ Incidência internados: 3-4 a 34%; 
♥ Idosos – mais frequente (2x após os 65 anos) 
e mais graves; 
♥ Reação adversa a medicamentos (RAM): 
- Principal em todas as faixas etárias; 
- Idosos hospitalizados: 3-7x mais frequente; 
- 2 a 10% de mortes; 
♥ RAM em idosos: 
- 3x mais chance no idoso; 
- 7x mais quando internados; 
- Mais da metade das hospitalizações; 
CONSEQUÊNCIAS 
♥ Complicações e incapacidade; 
♥ Aumento de tempo de internação e 
terapêuticas; 
♥ Aumenta o custo e o uso dos recursos de 
saúde; 
FATORES DE RISCO EM IDOSOS 
♥ Múltiplas doenças crônicas e reserva funcional 
diminuída; 
♥ Farmacodinâmica e farmacocinética; 
♥ Múltiplos médicos/profissionais se saúde e 
polifarmácia (acima de 4 drogas); 
♥ Excesso ou falta de diagnóstico e/ou 
tratamento; 
♥ Hospitalizações e procedimento médicos ou 
cirúrgicos; 
♥ Sintomas atípicos e ocultos; 
♥ Dificuldade de comunicação e 
socioeconômicas; 
♥ Idade avançada, fragilidade, declínio cognitivo 
e polifarmácia; 
 
 
 
IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO IDOSO 
♥ Lesões perineais; 
♥ Quedas e fraturas; 
♥ Úlceras de pressão; 
♥ Prejuízo do sono; 
♥ Infecções urinárias; 
♥ Isolamento social; 
♥ Depressão; 
♥ Conotação de maus hábitos de higiene; 
♥ Mal-estar; 
♥ Perda da auto estima; 
♥ Constrangimento: 
- A cada 3 pessoas que sofrem de incontinência 
urinaria, apenas uma não se sente constrangida 
em falar sobre o assunto com familiares, amigos 
ou com profissionais médicos; 
♥ Consequências: sociais, psicológicas, 
ocupacionais, domésticas, sexuais; 
♥ Restrições de atividades; 
♥ Demora a procurar ajuda; 
♥ Sentimentos de ansiedade, receio, 
preocupação, baixa autoestima, frustração; 
♥ Autoexclusão do convívio social; 
♥ Sentimento de impotência; 
♥ Desconforto e constrangimento; 
♥ Perdas materiais; 
♥ Vergonha; 
♥ Demora na procura de ajuda profissional: 
- Relacionam com a velhice ou ao processo 
fisiológico da idade; 
Qualquer sintoma novo em um idoso é 
relacionado a medicamento até que se prove o 
contrário!

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