Buscar

Direito Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL
O direito penal serve para conter o exercício arbitrário do poder punitivo por parte do Estado. Ele protege o cidadão dessa arbitrariedade. 
TEMPO DO CRIME
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Aplica-se, portanto, a teoria da atividade no código penal.
Exemplo: João, contando com 17 anos de idade, atira em Maria, que morre semanas depois após João completar 18 anos. De acordo com a teoria da atividade, João será julgado na Vara da Infância e Juventude, pois cometeu um ato infracional. Ao tempo do crime João ainda era menor. 
LUGAR DO CRIME
Art. 6º. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Aplica-se, portanto, a teoria da ubiquidade ou mista no código penal.
LUTA
LU → lugar do crime: ubiquidade
TA → tempo do crime: atividade
PRINCÍPIOS
· Legalidade ou reserva legal: não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal. O princípio da legalidade impede que a lei penal mais gravosa retroaja. No entanto, lei posterior mais benéfica se aplica aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Se a lei posterior deixar de considerar crime um fato (abolitio criminis), cessam a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Compete ao juiz da execução essa aplicação. 
ATENÇÃO! Se tratando de lei excepcional ou temporária não se aplica a retroatividade da lei penal mais benéfica. Elas regeram um caso ainda que cessado o prazo de sua vigência ou ainda que surja lei posterior mais benéfica. O artigo 3º que dá essa previsão legal, segundo a doutrina está em conflito com o artigo 5º da Constituição Federal, ele não teria sido recepcionado. Esse artigo 3º não poderia excepcionar o artigo 5º, mas ao mesmo tempo a lei que o instituiu ainda está em vigor, logo ele está valendo. 
 O princípio da legalidade também exige que a lei seja escrita para criar crimes ou tipificar penas. É necessário uma lei escrita aprovada pelo Congresso Nacional. Não se pode incriminar qualquer pessoa por costuma. Além disso, não disso a lei penal não admite analogia para prejudicar o réu e é taxativa, não se admitindo interpretações extensivas.
· Intervenção mínima → insignificância. O direito penal só deve intervir naqueles casos mais graves. Só deve atuar quando nenhum outro ramo do direito for capaz de solucionar a controvérsia. Não existe previsão legal para o princípio da insignificância, foi a doutrina que o trouxe. Exclui a tipicidade material da conduta.
ATENÇÃO! Reincidência e maus antecedentes por si só não impedem a aplicação do princípio da insignificância. 
CONCEITO ANALÍTICO DO DELITO
Crime seria toda ação típica, antijurídica e culpável. Nessa ordem. Só analisa a culpabilidade se já tiver analisado a antijuricidade e a tipicidade. A ação típica e antijurídica diz respeito ao fato e a culpabilidade ao sujeito. 
Tipicidade
Para uma ação ser considerada típica, é necessário estar diante de uma conduta, um resultado, nexo de causalidade (vínculo entre a conduta e o resultado) e a tipicidade. 
Conduta é toda ação humana, exercício de uma atividade final. 
Ausência de conduta
- Acontecimentos da natureza
- Ataques de animais (quando não são usados como instrumentos)
- Pensamentos
- Coação física irresistível (exemplo: joão empurra pedro para que caia em cima de maria. Pedro não praticou crime diante da ausência de conduta). Coação moral exclui a culpabilidade.
- Estados de inconsciências (pessoa sonâmbula)
- Atos reflexos
É preciso que haja a morte para se falar em crime de homicídio, ela é o resultado da conduta. 
O nexo de causalidade é a relação entre o crime e o resultado. Exemplo: maria está morta. João deu um tiro. Foi o tiro de joão que matou maria? Se sim, há o nexo entre a conduta de joão e o resultado, que é a morte de maria. Contudo, se maria morreu por outra razão, não há nexo.
A tipicidade pode ser formal e material.
A formal é a adequação da conduta ao tipo penal. Necessidade de aferição de dolo ou culpa. Ex: dano culposo. Em regra, no direito penal, os crimes são dolosos. A exceção é o culposo quando o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Se não tiver a previsão do crime culposa, a pessoa não pode ser punida.
Exemplo: pessoa estava jogando futebol e quebra uma vidraça. Não se pode falar em crime de dano, pois esse crime não admite a modalidade culposa. Há atipicidade formal. 
Exemplo: homem está dirigindo e bate com o carro, sua esposa que estava grávida sofre um aborto. Fica provado que o crime ocorreu por imprudência, logo, foi culposo, mas não pode ser responsabilizado pelo aborto, pois não há modalidade culposa para o aborto. 
A material é a realização de juízo de valor. O princípio da insignificância e o princípio da adequação social excluem a tipicidade material da conduta.
Exemplo: farmacêutico que fura a orelha de um bebê para colocar um brinco. A conduta é materialmente atípica porque há adequação social. 
A tentativa, desistência voluntária e arrependimento também se enquadram na tipicidade formal. 
O crime de tentativa ocorre, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Exemplo: o agente quer praticar, mas não pode (foi impedido)
O crime de desistência voluntária ocorre, quando o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução. Exemplo: o agente pode praticar, mas não quer. Só responde pelos atos já praticados. O agente ainda está dentro dos atos executórios. Ele atira uma vez, ainda tem munição na arma, mas ele não quer atirar de novo. 
O crime de arrependimento eficaz ocorre, quando o agente, impede que o resultado se produza. Só responde pelos atos já praticados. A pessoa atira, mas socorre para impedir o resultado. Não está mais dentro do atos executórios. Já executou e agora impede que o resultado ocorra.
Ilicitude ou antijuricidade
Em regra toda ação típica é ilícita, mas existem algumas causas que excluem a ilicitude da conduta.
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
Praticou o ato para se salvar de perigo atual ou eminente.
Art. 25. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
Repele injusta agressão praticada por outra pessoa.
Além da legítima defesa e do estado de necessidade, também excluem a ilicitude o estrito cumprimento de um dever legal (exemplo: oficial de justiça que entra a força na casa de uma pessoa para cumprir o mandado), aquele que atua no exercício regular de um direito (exemplo: a pessoa tem direito de fazer aquilo, portanto, não pratica crime)
Culpabilidade
Juízo de reprovação realizado sobre a conduta típica e ilícita. Exigia-se atuação conforme o Direito. Se não é exigível que a pessoa atue conforme o direito, ela não é culpável. 
Elementos da culpabilidade
· Imputabilidade
· Potencial conhecimento da ilicitude
· Exigibilidade de conduta diversa (exigido que se comportassem de forma diversa)
Para uma pessoa ser considerada culpável ela tem que ter esses três elementos. 
IPÊ
I → imputabilidade
P → potencial conhecimento da ilicitude
E → exigibilidade de conduta diversa
Inimputável é a pessoa que não é culpável. Sanidade mental + maturidade.
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
Art. 28. § 1º. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Existem duas causas de inexigibilidade de conduta diversa: coação moral irresistível e obediência hierárquica (âmbito público).
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
Exemplo: mula de tráfico de drogas. Nesse caso, qualquer pessoa nessa situação transportaria a carga de droga por medo de ser morta ou de ver morrer algum familiar. É a coação moral irresistível.
Coação física irresistível exclui conduta.
Coação moral irresistível exclui culpabilidade.
Na obediência hierárquica deve ocorrer no âmbito público e a ordem não pode ser manifestamente ilegal. 
TEORIA DO ERRO
Erro é a falsa noção sobre algo. 
Erro de tipo. Art. 20. Tipicidade.
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal do crime exclui o dolo, mas permite a punição a título culposo, se previsto em lei.
Exemplo: agente, sem saber, pratica uma conduta típica. Não sabe o que faz.
Ex: Eu sei que furtar é crime, mas a coisa que eu estou pegando é minha – logo, não é crime. A pessoa leva um telefone pra casa pensando ser seu. 
Ex: eu sei que atirar em homem é crime, mas estou atirando em um animal. Digamos que a pessoa está em um local que permite atirar em animais, urso, por exemplo. Ela pensa ter atirado em um urso, mas, na verdade, atirou em uma pessoa. 
Erro de proibição. Art. 21. Culpabilidade.
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Erro sobre a existência de uma norma proibitiva. É a falsa noção sobre a norma proibitiva.
Exemplo: agente sabe o que faz, mas não sabe que aquilo é ilícito. Holandês vem para o Brasil, mas não sabe que aqui não é permitido o uso de droga porque na Holanda é permitido. Nesse caso, ocorre erro de proibição.
Ex: eu sei que tem uma pessoa se afogando, mas não sei que tenho que salvá-la. Omissão de socorro. Pessoa está na praia, vê uma pessoa se afogando, mas não salva, pois não sabe que tem que salvar.
Ex: eu sei que estou cortando árvore, mas não sei que preciso da licença.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
É o único instituto que exige que seja sem violência ou grave ameaça. A desistência voluntária, o arrependimento eficaz e a modalidade tentada não exigem que seja sem violência.
ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS
Causas que excluem a punibilidade.
Crimes patrimoniais sem violência ou grave ameaça
Art. 181. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Exemplo: filho que subtraiu a bolsa da mãe. Ele praticou uma conduta típica, antijurídica e culpável, no entanto, ele não sofrerá a aplicação da pena em razão da escusa absolutória. 
Favorecimento pessoal
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
Pena – detenção de um a seis meses, e multa.
[…]
§ 2º. Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. 
CONCURSO DE PESSOAS
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Elementar do crime é aquela que sem ela não ocorre o crime. Qual é a elementar do crime de peculato? O funcionário público. Só caracteriza o crime se for praticado por funcionário público. Qual é a elementar do crime de aborto? É a gestante. Qual é a elementar do crime de infanticídio? É a mãe em estado puerperal. Sem essas elementares não se está diante do crime que se pensa, mas de outro crime. Só se comunica se a circunstância ou condição de caráter pessoal for elementar do crime. 
A exemplo do art. 30 temos a seguinte situação: João Pedro em concurso com seu amigo furta a bolsa de sua mãe. O crime é típico, antijurídico e culpável para ambos, mas para João há a escusa absolutória por ter cometido crime patrimonial sem violência ou grave ameaça contra sua própria mãe, já seu amigo responderá pelo crime de furto em concurso. Logo, as circunstâncias de João Pedro não se aplicaram a ele. A circunstância de João Pedro ser filho da pessoa o qual furtou não é uma elementar do crime de furto.
Como no crime de peculato a elementar é o funcionário público e no Brasil todo mundo responde pelo mesmo crime, se o funcionário público cometer o peculato na companhia de um amigo que não é funcionário público, ele também responderá por peculato.
Em regra, pela teoria monista temperada, todo mundo que participou do crime, cada qual a sua maneira, responderá pelo mesmo crime. O concurso é aplicado quando o crime poderia ser praticado por uma pessoa só, mas é feito por mais de uma. 
Casos de impunibilidade 
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
CONCURSO DE CRIMES
Concurso material
Art. 69. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
Material → MA, associar a MAIS DE UMA AÇÃO
Concurso formal
Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais (as penas), somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
Se eu tive a intenção de praticar só um crime, mas acabei acertando também a pessoa que estava atrás dela, responde por um só crime, mas aumentada.
Concurso formal impróprio
As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Se eu tive a intenção de acertar duas pessoas com um tiro, aplica-se o concurso formal impróprio. Aplicando-se cumulativamente.
Crime continuado
Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Exemplo: pessoa que realiza diversos assaltos no mesmo local, todo dia, na mesma condição de tempo e lugar. 
Exemplo: o filho que furta dinheiro da carteira do pai todo dia. Mas devido a escusa absolutória não será apenado.
PENAS
Aplicação de pena
· Primeira fase da dosimetria da pena
Art. 59. culpabilidade, maus antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos, circunstâncias, consequências e o comportamento da vítima. Não estando presentes nenhum desses elementos, aplica-se a pena base. Não pode ficar abaixo do mínimo.
· Segunda fase da dosimetria da pena 
Analisa as agravantes e as atenuantes. A lei não diz, mas a jurisprudência pacificou em aumentar em 1/6 e diminuirem 1/6. Reincidência é agravante. A confissão e menoridade relativa são atenuantes mais comuns vistas na DP. Pode aumentar a pena base ou diminuir a pena, se não tiver sido fixada na base.
Súmula 231, STJ. Defensoria critica muito, pois é contra legem. Em nenhum momento a lei diz que a atenuante não pode reduzir a pena aquem do mínimo legal, mas a jurisprudência sumulou esse entendimento. É o que eu mencionei acima de não poder diminuir a pena até ela ficar abaixo do mínimo nem na primeira nem na segunda fase. 
Súmula 241, STJ. A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente como circunstância judicial, pois seria considerado bis in idem. 
· Terceira fase da dosimetria da pena 
Análise das majorantes e minorantes. A tentativa é uma causa de diminuição. Pode diminuir a pena abaixo do mínimo legal.
Súmula 444, STJ. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. SOMENTE se já tiver transitado em julgado e passado 5 anos. Antes dos 5 anos é reincidência.
Após o juiz definir a pena definitiva na terceira fase dosimétrica, ele fixará o regime. Se inicia o cumprimento da pena em regime fechado, semiaberto ou aberto. Depois analisará que a pena restritiva de liberdade pode ser substituída pela restritiva de direito.
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso; 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
REGIMES
Fechado: só para pena de reclusão. Pena superior a 8 anos.
Semiaberto: primário* com pena fixada entre 4 e 8 anos.
Aberto: primário* com pena inferior a 4 anos.
Pela literalidade do código penal, o sujeito reincidente deve iniciar a pena no regime fechado. Contudo, a súmula 269 do STJ traz a possibilidade de cumprir no semi-aberto se a pena for igual ou inferior a quatro anos.
Súmula 269, STJ. É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
STF admite regime aberto (HC 173845). Ocorre muito em crime de furto. 
Súmula 718, STF. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
Súmula 719, STF. A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.
Progressão e regressão de regime
Progressivo
Art. 112, LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: 
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.
O sistema no Brasil é o progressivo.
Regressivo
Art. 118, LEP. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; (o réu precisa ser ouvido antes de mudar o regime, se não for ouvido precisa impugnar essa decisão)
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. 
Livramento condicional
Art. 83. O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
REVOGAÇÃO: sempre com oitiva prévia do apenado.
Condenado em sentença irrecorrível por crime anterior, computar-se-à como tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida para a concessão de novo livramento, a soma do tempo das duas penas.
Condenado em sentença irrecorrível por crime praticado durante o livramento não se computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art. 107. Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: [...] 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. MENOR PRAZO PRESCRICIONAL DO CP.
O artigo 109 fala em pena cominada, mas se já tiver sentença, será baseado na pena aplicada, que normalmente costuma ser menor que a cominada. A cominada é a fixada pelo legislador, tem que usar a pena máxima fixada pelo legislador. Quando usa a pena cominada e já transcorreu o prazo de 3 anos entre o primeiro marco de interrupção e o segundo, ocorre a prescrição da pretensão punitiva em abstrato. (não deve cair, só se fosse prova discursiva).
Art. 114. A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; 
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.
*Consumo pessoal de drogas prescreve em 2 anos. Art. 28 da Lei 11.343/06.
Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
Recebeu a denúncia ou queixa, a contagem zera e começa a contar tudo de novo a partir dali. A mesma coisa serve para os outros incisos.
Art. 119. No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. Se a pessoa cometeu vários crimes de roubo, não será analisada a soma das penas, mas cada pena isoladamente. 
CRIMES CONTRA A PESSOA
Se forem dolosos serão julgados pelo tribunal do júri. Se for crime culposo será julgado na justiça comum. 
O feminicídio é uma qualificadora do crime de homicídio, ele não é crime autônomo. Não é todo crime praticado contra a mulher que é considerado feminicídio. Tal crime ocorre contra a mulher por razões da condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I – violência doméstica e familiar;
II – menosprezo ou discriminação à condiçãoda mulher;
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
A pesar da plenitude de defesa do tribunal do júri, foi proibido o uso da tese da legítima da defesa da honra no plenário do júri.
ATENÇÃO! Nem todos os crimes de homicídio são hediondos. O crime de homicídio simples só será considerado hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e em caso de homicídio qualificado.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Art. 155. Furto. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
O pacote anticrime, 23/01/2020 (pacote entrou em vigor), considerou como crime hediondo o furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum. Antes do pacote não havia crime de furto considerado crime hediondo. 
Em regra, os crimes do código penal são crimes de ação penal pública incondicionada. O MP é o titular da ação penal. Em alguns casos, essa ação penal pública é condicionada a representação da vítima para que o MP possa atuar. No crime de furto, em regra, é ação penal pública incondicionada, contudo, furto de coisa comum, ou seja, praticado pelo condômino, co-herdeiro ou sócio, a ação penal pública será condicionada à representação. 
No crime de roubo, o pacote aumentou a pena em 1/3 quando for crime de roubo praticado com arma branca. Antes da sua entrada em vigor, aplicava-se a pena do caput para o crime com arma branca e aumentava em 2/3 para crime com arma de fogo, que continua sendo. Se o crime foi praticado antes do pacote, aplica-se a pena do caput. 
No caso de crime de roubo com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, a pena aumenta ainda mais do que se ela for praticada com arma de uso permitido. 
Crime de porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso proibido é crime hediondo.
O pacote também alterou a natureza do crime de estelionato. Antes da entrada em vigor do pacote, era um crime regido por ação penal pública incondicionada. Com o advento do pacote anticrime, agora o crime de estelionato, em regra só se procede mediante representação. Se não tiver a representação ocorre a extinção da punibilidade. SALVO, se for a vítima for a administração pública, direta ou indireta; criança ou adolescente; pessoa com deficiência mental; ou maior de 70 anos de idade ou incapaz. 
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Estupro
Art. 210. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Importunação sexual
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro.
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade mental não tem o necessário discernimento para a prática de ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Súmula 593, STJ. O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.
A partir de agora todos esses crimes são de ação penal pública incondicionada.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Súmula 599, STJ. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
CRIMES DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
Art. 301, CTB. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. 
Art. 306, CTB. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: 
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. (é feita por perito)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
CRIMES HEDIONDOS
É crime hediondo aquilo que o legislador considera hediondo. Não cabe anistia, indulto, graça ou fiança nos crimes hediondos, além disso a pena será cumprida em crime inicialmente fechado e não integralmente.
O fato de ser vedada a imposição de fiança não impede que o juiz que o conceda liberdade provisória. 
CRIMES DA LEI MARIA DA PENHA
Os crimes de descumprimento de medidas protetivas de urgência.
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta lei:
§ 1º. A configuração do crime independe de competência civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas.
§ 2º. Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
§ 3º. O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
O crime do 24-A é o único crime previsto na lei Maria da Penha.
A Lei MP é híbrida, possui diversas previsões de natureza civil e criminal.
A lei Maria da Penha afasta todos os dispositivos da lei 9099 quando o crime é praticado com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista. LOGO, não são cabíveis sursis processuais e transação penal.
Súmula 536. A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da LMP.
A suspensão condicional da pena pode ser aplicada porque está prevista no código penal. 
Lesão corporal leve ou lesão culposa contra a mulher é ação penal pública incondicionada. Súmula 542. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Nos crimes de ameaça a ação penal pública é condicionada a representação, logo, em um crime de ameaça contra mulher em se tratando de violência doméstica e familiar também haverá a representação, pois o código penal se aplica a LMP.
Art. 16, LMP. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o MP. O juiz se retratará e será extinta a punibilidade.
SÓ CABE RETRATAÇÃO DE CRIME CUJA AÇÃO PENAL É CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
A vítima pode se retratar a qualquer tempo por escrito se o crime de ameaça não envolver violência. Se envolver violência, essa retratação seguirá o artigo 16.
Súmula 588, STJ. A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
Súmula 589, STJ. É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básicaou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
Se não envolver violência ou grave ameaça pode haver pena de cesta básica ou substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
CRIMES DO ECA
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
Súmula 500. A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
Art. 225. Este capítulo dispõe sobre crimes praticados contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão sem prejuízo do disposto na legislação penal.
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta lei as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
Art. 227. Os crimes definidos nesta lei são de ação pública incondicionada.
CRIMES DA LEI DE DROGAS
Uso de drogas
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
[…]
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
USO DE DROGAS NÃO ENSEJA REINCIDÊNCIA. NEM É CONDENADO COM PRISÃO.
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
Tráfico de drogas
É tráfico mesmo que fazendo o fornecimento de graça. 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
§ 4º tráfico privilegiado. É aplicado quando se está diante de réu primário, portador de bons antecedentes, não integra associação criminosa, não se dedica a atividade criminosa faz jus a essa causa de diminuição de pena. É irrelevante a quantidade de droga e a natureza da droga. 
Mula de tráfico também faz jus a esse parágrafo. 
Tráfico privilegiado não é crime hediondo. Cabe PRD, regime aberto e liberdade provisória.
Associação para o tráfico
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: 
Prova de estabilidade e permanência pra configurar associação.
Súmula 630, STJ. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio.
CRIMES DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Arma de uso permitido
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É crime inafiançável, salvo se a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.
Arma de uso restrito
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II - modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III - possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; (mesmo que a arma seja de uso permitido)
V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI - produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Armas de longo calibre, tipo fuzil ou aquelas que precisa de duas pessoas para carregar.
Arma de uso proibido
Art. 16. § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido foi considerado crime hediondo pelo pacote anticrime.
Enquadram-se aqui aquelas armas que os tratados internacionais mencionarem ou armas camufladas (caneta que atira, é um material de uso comum que atira).
A munição ou acessório de uso proibido é conduta formalmente atípica, ou seja, não encontra tipificação penal. Logo, se encontrar só as munições e os acessórios de uso proibido não será crime.

Continue navegando