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NOÇÕES SOBRE FORÇA INTRODUÇÃO FORÇA: · É um daqueles conceitos que todos compreendem, mas dificilmente conseguem definir. · Para criar uma força, um objeto precisa atuar sobre o outro. · A força pode ser um empuxo, que cria uma compressão, ou uma tração, que cria uma tensão. · O movimento ocorre se um lado empurra (ou puxa) mais forte do que o outro. QUANTIDADE DE FORÇA · Há 2 quantidades que descrevem forças: · Escalar: descreve apenas a magnitude, sendo os termos mais comuns, comprimento, área, volume e peso (ex. 1,5 m, 4.000 m², 340 ml e 70 kg). · Vetorial: descreve tanto magnitude quanto a direção. Ex. Uma pessoa puxando uma carga pesada com uma corda. A tensão na corda representa a magnitude do vetor e a direção da corda representa a direção do vetor. REPRESENTAÇÃO DAS FORÇAS · O uso de um vetor é classicamente utilizado para representar uma força. · Características: · Ponto de aplicação (origem do vetor, inserção muscular, ponto de aplicação do movimento). · Intensidade (representado pelo comprimento do vetor). · Direção (Representado pelo segmento de reta que representa o vetor). Sentido (representado pela extremidade do vetor indicando o sentido da força). EFEITOS PRODUZIDOS PELAS FORÇAS · FORÇA LINEAR: resulta quando duas ou mais forças estão ao longo da mesma linha ou plano. · Exemplos: Duas pessoas puxando um barco com a mesma corda, na mesma direção, com a mesma força. Duas pessoas empurrando a cama de um hospital na mesma direção com a mesma força. Duas pessoas empurrando em lados opostos da cama com igual força, mas no mesmo plano. · FORÇAS PARALELAS: ocorrem no mesmo plano e direção com uma força contrária no meio, mas na direção oposta. · Exemplos: Duas crianças sentadas em uma gangorra. As forças são a duas crianças e a força contrária é a barra de apoio no meio, que permite um movimento de rotação quando uma força é maior do que a outra. E Colete ou braçadeira corporal. · FORÇAS CONCORRENTES: duas ou mais forças atuam a partir de um ponto em comum, mas puxam em direções contrárias (divergentes).O efeito destas duas forças é chamado de FORÇA RESULTANTE, e se situa em algum lugar no meio. (Regra do Paralelogramo) · Exemplo: Duas pessoas puxando uma caixa em direções contrárias. · FORÇA CONJUGADA: Ocorre quando duas forças atuam em uma mesma direção,porém opostas, resultando em um efeito rotatório. · Exemplo: Os dedos da mão (força a) e o polegar (força b ) desapertando uma tampa. RESOLUÇÃO DE VETORES · Quando se realiza uma análise biomecânica é necessário ter o entendimento claro das forças que estão aplicadas ao segmento corporal. · Quando pensamos em sistemas de alavancas, devemos estabelecer uma resolução de vetores a partir de um vetor de força pré-estabelecido (do músculo ou da resistência). · Esta resolução é fator determinante dos componentes das forças atuantes de um músculo ou de uma resistência, dentro de um sistema de alavanca articular. CÁLCULO DOS COMPONENTES DE FORÇA · QUAIS OS OBJETIVOS? · Efeito de uma carga sobre o exercício · Posição vantajosa para colocar uma parte do corpo de modo a obter uma resultado máximo. COMPOSIÇÃO DE FORÇAS · É utilizado para visualizar e simplificar melhor a magnitude e direção de forças múltiplas. · Forças situadas em mesma direção e sentido: · Soma-se as forças, e a direção e sentidos são mantidos. · Ex: os pesos da perna e do aparelho de exercício, que estão num sistema linear de forças, causam uma tração sobre a articulação do joelho. · Forças situadas em mesma direção e sentidos opostos: · Soma-se as forças de mesmo sentido e subtrai-se as de sentido oposto, a resultante terá o sentido da somatória maior e a intensidade será o resultado da soma algébrica das forças componentes. · Forças concorrentes: · Deve ser usado o método do paralelogramo. · MÉTODO DO PARALELOGRAMO: · Forças que agem em ângulos. · Se duas forças estão tracionando sobre o mesmo ponto, a força resultante pode ser encontrada graficamente. · Desenhe os vetores para as duas forças (linhas sólidas). Complete o paralelogramo usando linhas pontilhadas. Finalmente, desenhe na diagonal do paralelogramo (linha do meio e seta). Esta linha diagonal representa a força resultante. · MÉTODO DO PARALELOGRAMO: · Exemplo 1: Partes clavicular (anterior) e espinal (posterior) do músculo deltóide. Ambas as partes têm uma fixação comum (a inserção – tuberosidade deltóidea do úmero), mas puxam em direções diferentes. Quando ambas as forças paralelas são iguais, a força resultante abduz o ombro. Se a tração de duas forças não for igual, isto é, se a tração da parte anterior for maior que a posterior, a força resultante mostraria que o movimento seria mais na direção da parte anterior do deltóide, ocorrendo a flexão e abdução em uma direção diagonal para frente. · Exemplo 2: Tração sobre a perna, se o paciente se move em direção à cabeceira da cama, o ângulo entre as cordas se tornará menor, e a força de tração vai aumentar. Se o paciente se move na direção oposta, para os pés da cama, o ângulo entre elas se tornará maior, e a força de tração diminui. COMPONENTE ROTATÓRIO · Atua em ângulos retos sobre o osso e representa a força que tende a girar o osso ao redor de um ponto de apoio: EIXO. · Componente rotatório grande: · Maior velocidade, maior amplitude e menor estabilidade. · Componente rotatório pequeno: · Menor velocidade, menor amplitude e maior fixação (estabilidade). COMPONENTE DE ESTABILIZAÇÃO · Atua sobre o eixo longo do osso e tende a tracioná-lo no sentido da estabilização (fixação) articular (efeito positivo) ou no sentido desestabilizante (efeito negativo).
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