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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
História do surgimento da filosofia 
Raul António Raul 
Código: 708208233
	
Nampula Maio de 2021
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
História do surgimento da filosofia 
Raul António Raul 
Código: 708208233
 
Trabalho de carácter avaliativo, apresentado ao departamento de Ensino à Distância, cadeira de Introdução a Filosofia, Curso de Ensino de Educação Física 2o ano.
 Docente: Onesimo Martinho 
Nampula Maio de 2021
Índice
Introdução	4
Condições Históricas Para o Surgimento da Filosofia	5
Conclusão	9
Bibliografia	10
Introdução 
O presente trabalho aborda sobre o surgimento da filosofia. Entretanto, a filosofia como expoente do conhecimento racional pensado de maneira sistemática, surgiu na Grécia em meados do século VI a.C. Essa nova ciência surgiu a partir da necessidade de explicar o mundo de maneira racional. Até o surgimento dessa maneira de pensar e compreender o mundo, as explicações eram dadas através dos mitos.
A necessidade de entender o mundo a partir de explicações racionais, com apresentação de provas incontestáveis e de argumentos bem formulados e com boa base teórico racional, colaborou para o surgimento da filosofia.
O contexto sociopolítico e as manifestações religiosas e culturais que vigoravam também foram fundamentais para o surgimento e, posteriormente, para o crescimento e a expansão do pensamento filosófico.
No entanto, quanto a estrutura o presente trabalho esta estruturado em: introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. 
Condições Históricas Para o Surgimento da Filosofia
Segundo alguns historiadores da Filosofia, a mesma surgiu por volta do final do século VII e início do século VI a.C., na cidade grega de Mileto, na região Jônia. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Tales desenvolveu a ideia da Cosmologia, ou ordem da Natureza. Formulou um conhecimento racional e sintético da mesma. Cosmos significa “ordenação do mundo e das coisas naturais” e logos significa estudo, palavra, pensamento racional. Ou seja, a cosmologia é um estudo sobre as coisas da natureza: sua origem, suas causas, enfim.
De acordo com Pitágoras de Samos cunhou a palavra de filosofia: palavra composta por filo, que vem de philia, ou amizade, amor, e de sophia, que significa sabedoria. Por tanto philosophia significa amizade ou amor à sabedoria. Segundo Pitágoras de Samos, a sabedoria seria privilégio dos deuses, restando aos homens apenas a possibilidade de amá-la, desejá-la, serem seus amigos, ou seja, serem filósofos. O saber filosófico, como visto na história da filosofia, significa tanto conhecimento teórico sobre o mundo, como o conhecimento prático sobre a ética e a felicidade.
Portanto, as condições históricas que favoreceram o surgimento da filosofia são:
· As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos, e que nas regiões dos mares que os mitos diziam ser habitados por monstros e seres fabulosos não havia nenhum dos dois. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma nova explicação sobre sua origem;
· A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstracção nova, ou uma percepção do tempo como algo natural, e não como uma força divina incompreensível;
· A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza como escambo ou espécie (isto é, coisas trocadas por outras). Esse cálculo do valor semelhante de coisas diferentes revela uma nova capacidade de abstracção e de generalização;
· O desenvolvimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, que levou ao aprimoramento de técnicas de fabricação e de troca e diminuiu o prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados. Além disso, como a classe de comerciantes ricos que se consolidava precisava encontrar pontos de poder e de prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue, muitos procuraram o prestígio pelo patrocínio e estímulo às artes, às técnicas e aos conhecimentos. Consequentemente, criou-se um ambiente favorável ao desenvolvimento da filosofia;
· A invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstracção e de generalização. Isso porque as escritas fonéticas, como a alfabética, em vez de representar a imagem da coisa que está sendo dita como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses oferecem um sinal ou signo abstracto (uma palavra) dela;
· A invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia: 
a). A ideia da lei como expressão da vontade de uma colectividade humana que decide por si mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. Essa característica da polis grega um espaço legislado e regulado servirá de modelo para a filosofia propor que também o mundo é racionalmente legislado, regulado e ordenado. 
b). O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de discurso, diferente daquele que era preferido pelo mito. Neste, um poeta-vidente recebia das deusas ligadas à memória (a deus Mnemosyne, mãe das musas, entidades que guiavam o poeta) uma iluminação ou uma revelação sobrenatural e, então, dizia aos homens quais eram as decisões dos deuses que lês deveriam obedecer. Agora, com a polis, isto é, a cidade política, a palavra constitui-se como direito de cada cidadão emitir em público sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar uma decisão proposta por ele. Desse modo, surge o discurso político como palavra humana compartilhada, com o diálogo, discussão e deliberação humana, isto é, como decisão racional e exposição dos motivos ou das razões para fazer ou não fazer alguma coisa. Com a política, valorizou-se o pensamento racional, criando condições para que surgisse o discurso ou a palavra filosófica. 
c). A noção de discussão pública das opiniões e ideias, pois a política estimula um pensamento e um discurso públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos, que não sejam formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados. A ideia de um pensamento que todos podem compreender, discutir e transmitir é fundamental para a filosofia.
No entanto, as três características fundamentais dos mitos gregos que favoreceram o surgimento da filosofia por conduzirem à racionalização são:
· A humanização dos deuses (antropormofização: transformados em humanos, tanto em forma como em sentimento);
· O não temor aos mortos, pois as almas ou espíritos iam para Hades e não interferiam na vida dos homens;
· A exaltação dos valores da vida presente descritos em um mundo luminoso composto de deuses da luz. (exaltavam coragem, bravura, etc.).
Portanto, essas três características afastavam o monstruoso e traziam racionalidade e clareza, o que conduzirá à visão filosófica do universo governado pela razão. A palavra dios, genitivo de Zeus, dá origem aos termos deus e dia, ou seja, diferenças entre mito e logos, em que com isso obtiveram-se: 
· O pensamento mítico pertence ao campo do pensamento e da linguagem simbólica. O pensamento lógico pertence ao campo do pensamento e da linguagem conceitual;
· A imaginação cria mitos e o pensamento elabora conceitos;
· O mito possui carácter mágico-maravilhoso e simbólico, pode ser visto nas artes. Logos possui um carácter conceitual, próprio das ciências (filosofia). Ambas sempre existiram.
De acordo com o antropólogo Claude Leví-Strauss (1978: 15), o mito possui sua função social que:
· Explicativa: explica o presente por algumaacção passada. Exemplo: por algum erro passado estamos vivendo esta calamidade.
· Compensatória: os erros passados foram corrigidos no presente;
· Organizativa: organiza as relações sociais. Alguns mitos, por exemplo, o de Édipo, garentem a proibição do incesto.
Nesse sentido, o mito organiza a realidade dando às coisas um sentido analógico, metafórico e, portanto, simbólico. Os símbolos formados a partir de analogias e metáforas são imagens com sentidos múltiplos que encarnam a própria coisa, ou seja, o símbolo mítico encarna o objecto simbolizado, portanto, ele não o representa, mas é o próprio objecto.
De acordo com alguns historiadores da filosofia, existem controvérsias sobre o nascimento histórico da filosofia, na qual dois grupos se confrontam com duas linhas de interpretação, que são: os “orientalistas” que consideram o nascimento da filosofia a partir de transformações operadas na sabedoria oriental (que era extremamente prática), e a dos “ocidentalistas” que afirmam sua originalidade na Grécia, chamando-a até mesmo de “milagre grego”.
Assim, podemos afirmar que não há um “milagre grego” ou um orientalismo exacerbado, mas que a filosofia grega tem seus alicerces na sabedoria prática-oriental. Mas, se opondo ao conhecimento empírico e pragmático dos orientais, os gregos buscaram uma unidade racional que organiza e integra tanto os conhecimentos teóricos quanto os práticos. O que realmente importa, é que ouve uma passagem de uma mentalidade mito-poética “fazedora de mitos” para a mentalidade teorizam-te. E tal passagem resulta de um longo processo de racionalização da cultura.
Não há um milagre grego. A filosofia grega tem seus alicerces na filosofia prática-oriental. Mas ela busca dar uma unidade racional, ou seja, organiza e integra tanto o conhecimento teórico como prático. Exemplos: os rituais de cura dos orientais, que tornaram-se na grécia a medicina. Matemática = aritmética e geometria. Astrologia = astronomia. Então é fundamental distinguir mas não estabelecer uma ruptura radical.
Conclusão 
Concluímos que alguns factores sociopolíticos influenciaram directamente no surgimento da filosofia, sendo o mais relevante deles a formação das polis. Os primeiros agrupamentos sociais gregos eram chamados de genos, que eram compostos por pessoas com um antepassado em comum e com o poder de decisão concentrado nas mãos do pater, a figura mais velha desse grupo. Mas também notou-se que condição histórica para o surgimento da filosofia Grécia Antiga, geografia acidentada exigiu o domínio do mar. Muitas vezes conhecido como "milagre grego", o surgimento da filosofia não dependeu de um milagre. Foram uma série de factores que conduziram à relativização do pensamento, ou seja da racionalização. 
Bibliografia 
Claude LÉVI-STRAUSS. (2011). O homem nu. Mitológicas IV. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo, Cosac Naify. 752 páginas.
CHAUÍ, Marilena. (1997). Convite à filosofia. São Paulo: Ed. Ática. p. 33-35.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Unidade I, cap. 1 e cap. 2.
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