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2 ARTE FÁCIL- 150 PLANOS DE AULA EDUCAÇÃO INFANTIL A Arte é a expressão maior de tudo o que se sente. É através dela que podemos dizer, muitas vezes sem palavras, quem somos, o que pensamos ou queremos. Muito mais que em uma galeria de obras, a Arte está em todos os lugares e momentos em nossa vida: na roupa que escolhemos para vestir, ou na comida que preferimos, nas palavras com as quais levamos paz e conforto às pessoas, no modo pelo qual olhamos a natureza, no sorriso de uma criança cheia de sonhos ou de um idoso que não se cansa de ter esperança. A Arte nos envolve e nos transforma; faz-nos ver que a vida se renova dia após dia. 3 Agradecimentos: Primeiramente a Deus, que me proporcionou inteligência e ânimo para estudar. Ao meu grande amor Carlúcio, que tem sempre guardada uma porção de otimismo para me ofertar, cada vez que invento algum novo projeto, e que, com seu amor, salvou a minha vida em todos os sentidos. Aos meus filhos, Allan e Gabriela, minha força de viver. À Bibi (como prefere ser chamada), por ter colaborado intensamente na elaboração desse material, com seu dom juvenil para design. Aos meus pais José Barbosa e Elenita Barbosa, por terem me ensinado tudo sobre dignidade, respeito e fé. À minha irmãzinha Kelly, que já se foi, mas deixou a marca do verdadeiro amor cristão nesta Terra. A todos os meus irmãos: André, Eduardo, Alexandre, Keilly, Charles, Wellington, Alex, Jefferson, e Daniel. Ao meu sogro Mauro Norberto, que do alto de seus 80 anos e de toda a sua sabedoria, mostra-me o valor do conhecimento. A dois grandes amigos, que me incentivaram a publicar esta obra: Osmar Norberto e Ângela. E especialmente à Arlete, a pessoa que me inseriu no mundo das Artes, e a todos que foram meus alunos, na cidade de Januária, norte de Minas Gerais. Esse livro jamais seria uma realidade se eles não tivessem passado por minha vida. 4 CONTEÚDO Sobre mim..............................................................................................05 A importância da arte no desenvolvimento social de adolescentes........................................................................................09 Apresentação..........................................................................................12 As aulas começaram..............................................................................14 A Educação Infantil...............................................................................15 1º Ano 1-10............................................................................................17 1º Ano 11-20..........................................................................................29 1º Ano 21-30..........................................................................................37 2º Ano 1-10............................................................................................47 2º Ano 11-20.........................................................................................59 2º Ano 21-30.........................................................................................67 3º Ano 1-10..........................................................................................77 3º Ano 11-20.........................................................................................87 3º Ano 21-30........................................................................................95 4º Ano 1-10..........................................................................................106 4º Ano 11-20........................................................................................115 4º Ano 21-30........................................................................................124 5º Ano 1-10..........................................................................................136 5 5º Ano 11-20.......................................................................................147 5º Ano 21-30........................................................................................158 Bibliografia..........................................................................................169 6 Sobre Mim Em 2002, depois que exonerei um cargo efetivo que tinha no Estado, fiquei meio perdida. Havia terminando o meu curso de Letras, mas nunca havia lecionado. Meus filhos estudavam em uma escola particular, onde, gratuitamente, eu me aventurava a ensinar músicas aos alunos. Talvez por causa da boa vontade demonstrada, acabei recebendo um convite para lecionar na referida entidade, para crianças de 1ª a 4ª séries. Tudo bem; afinal, eu tinha um diploma de professora - de Português. Estaria tudo bem, se as aulas que me ofereceram não fossem de Artes. Quando soube, quase desisti, mas essa é uma palavra que não cabe no meu dicionário. Achei melhor tentar. Então, solicitei da direção da escola o material de Artes que eles possuíam para que eu tivesse alguma base para começar. Qual não foi minha surpresa, quando descobri que não havia um livro sequer de Artes na escola. Então, eu supus que os professores anteriores tivessem algum material que pudessem me emprestar, mas eles simplesmente me disseram que eu podia ensinar as crianças a desenhar, pintar, colar, qualquer coisa; elas não gostavam das aulas de Arte, mesmo... Foi aí que eu percebi em que enrascada havia me metido. Nesse ponto, minha carteira já estava assinada. Eu havia assumido um compromisso e teria que me virar. No princípio, o que fazia nas aulas era ensinar as crianças a desenhar, pintar, cantar... mas me sentia extremamente incompetente agindo dessa forma. Por outro lado, as crianças também não se interessavam em fazer nada. Ficavam o tempo todo brincando. Isso durou umas três semanas. Comecei minha busca pelas bibliotecas na cidade. Nada, nem um livro de Artes sequer. Busquei na Internet. Havia muita coisa, mas solta. Para quem nunca havia lido nada sobre o assunto, ficava difícil até de procurar. Eu não sabia o que 7 deveria ensinar aos pequenos. Resolvi, então, buscar nas livrarias, e por incrível que pareça, para conseguir algum material, eu tive que encomendar. Quando a primeira coleção chegou (caríssima, diga-se de passagem), eu vi que minha luta seria árdua, se quisesse apresentar um trabalho digno. Encomendei muitas outras coleções (durante alguns meses, meu salário era só para pagar os livros), e me pus a estudar com afinco. Aos poucos, fui me interessando e acabei fascinada pela Arte. Comecei a montar meus planos de aula, separadamente para cada turma, dependendo da idade, da série, do amadurecimento de cada turma. Para fazer isso, passei muitas horas trabalhando em casa, mas consegui: a primeira mostra de Artes realizada na escola, por mim, foi um grande sucesso. Meus pequeninos produziram trabalhos magníficos: Kandinsk, Miró, Picasso, enfim. O que se via, agora, eram crianças de 1ª a 4ª série, moradoras de uma cidadezinha no Norte de Minas, conheciam agora, o mundo maravilhoso da Arte. A repercussão foi tão grande, que até mesmo a televisão esteve presente. Foi maravilhoso! Dava gosto de ver a empolgação da garotada! No semestre seguinte, fui convidada a lecionar também para as séries seguintes, do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Nesse ponto, já estava craque no assunto, pois estudava sem parar. Aprendi muito, realizei muitos projetos e me emocionei imensamente por várias vezes, ao ver meus pequenos falando de coisas tão profundas! Certa vez, estava trabalhando a História da Arte com duas turmas de 7ª série, e viemos “viajando” por todos os momentos históricos. Falamos sobre Arte Rupestre, passeamos pelo Renascimento, navegamos pelo Rococó. Depois disso, solicitei às turmas que pesquisassemsobre o Neoclassicismo. Eu não iria falar nada. A aula seria dada por eles. Deixei por sua conta a apresentação. Poderiam apresentar, divididos em grupos, da maneira que quisessem. No dia combinado para as apresentações, sentei-me no final da sala, com meu caderno de anotações 8 (eu sempre anotava tudo o que acontecia nas aulas) e eles começaram a falar. Falar, não: começaram a dar aula, literalmente. Sem exagero nenhum: dissertavam sobre o tema, como se tivessem vivido naquela época. Sem exceção, todos os alunos, à sua maneira, em verso, prosa, teatro, música, fantoche, enfim, de todas as formas, me fizeram chorar de emoção. Crianças que, em sua maioria, não conheciam nem mesmo a capital de seu estado, falando de Artes como qualquer pessoa extremamente culta. Acho que foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, como professora. No ano seguinte, fiz minha pós-graduação, e, então, fui convidada a dar aula de Metodologia de Arte no Normal Superior. Aceitei tranqüilamente, e felizmente, foi um sucesso: Belíssimos projetos, envolvendo teatro, música, artes plásticas, além de sempre focarmos o lado social. Meus alunos eram maravilhosos, sempre motivados; nossas aulas eram magníficas. Tenho saudade! Já não mais leciono, mas continuo envolvida com a Arte; continuo estudando muito para ajudar a outros professores, como os meus ex-alunos do Normal Superior, que viviam me procurando para dar-lhes algumas dicas para suas aulas. Por ter ciência da carência que há em se tratando de material de Artes, resolvi produzir esse material especialmente para você, professor de Artes, que passa pelo que eu passei. Que tem gasto todo o seu salário na compra de livros, e que tem perdido muito do seu tempo em buscas infindas na Internet. Garanto que o que vou lhe oferecer agora lhe será de muita utilidade, se você realmente quer se destacar como professor. É um trabalho que vai ajudá-lo, professor, principalmente aos que estão começando, em sua caminhada. Nele você encontrará aulas prontas, com lista de materiais, modo de fazer, dicas, conselhos, experiências, enfim, tudo o que for precisar para o ano letivo. Estão 9 incluídos, também alguns projetos realizados por mim, juntamente com meus alunos. De acordo com o artigo 26, parágrafo II, a Lei de Diretrizes da Educação Nacional estabelece que: “O ensino de Arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis de Educação Básica (Educação infantil, Ensino Fundamental e Médio), de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.” Neste trabalho, você terá a seu dispor, aulas completas de Artes para seus alunos da Educação Infantil, com projetos, planos de aula, listas de materiais, enfim, tudo o que você irá precisar para uma boa aula. È um planejamento anual, com 30 aulas para cada série, desde o 1° até ao 5ª ano. 10 A IMPORTÂNCIA DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE ADOLESCENTES O estudo da Arte coloca o aluno em contato com a beleza, a emoção e a riqueza de informações que ela contém. Este projeto busca relacionar esse estudo com a vida social de adolescentes, procurando definir a forma pela qual a Arte possa influenciar o comportamento dos mesmos em relação a sua vida em sociedade. Ao observar alunos adolescentes de uma determinada escola, esta observadora pôde perceber que ao entrar em contato direto com a História da Arte e toda a sua influência para com a humanidade, os mesmos passaram a se tornar menos agressivos e preconceituosos para com a sociedade em geral, pois observando a história do mundo, em seu contexto geral, passaram a entender o porquê do modo de agir e pensar de civilizações anteriores à nossa. Nesse projeto, esta pesquisadora procura verificar de que maneira a História da Arte pode transformar o adolescente: se ao descobrir a beleza e a riqueza de diversas culturas, podem, realmente livrar-se de alguns preconceitos de fundo étnico. Para Briosch (2003: pág. 38), na Grécia antiga, a forma perfeita e a beleza estavam associadas a valores como a inteligência, respeito e conhecimento das leis e dos costumes. Essa autora mostra a importância de se valorizar a própria cultura, chamada de popular. Essa autora mostra ainda a importância da colagem na História da Arte, dentro dos movimentos intitulados Dadaísmo e Surrealismo, que davam extrema importância às manifestações do subconsciente e do inconsciente, abrindo espaço para o sonho, a loucura, as alucinações, o que veio ser importantíssimo para o tratamento de doentes mentais, na atualidade. Briosch (2003, pág. 56) deixa claro que a arte indígena e afro-brasileira são o marco da história do nosso povo, como também incentiva-nos a valorizar cada momento de nossa história, através do estudo da arte de nossos ancestrais. 11 Demonstra também a arte e sua importância para a sociedade, ao citar obras de artistas do movimento pop no Brasil que protestaram contra a ditadura militar, como também mostra trabalhos de xilografia que enfatizam a vida sofrida de adolescentes e toda a sociedade. Strckland (2004, pág. 02) inicia sua exposição demonstrando a importância da arte, desde os tempos mais primitivos, enfatizando que cada objeto de arte encontrado conta a história do mundo e mostra crenças, mitos, ideologias e inúmeras formas de cultura. Em todo o livro, a autora deixa clara a importância de se respeitar e preservar a memória de um povo, o que se consegue através da arte desse povo. Em Garcez e Oliveira (2004, pág 26) vê-se uma infinidade de obras que contam a história do Brasil antes de Cabral trazer seus homens para explorar nossas terras e transformar nossa cultura, demonstrando assim, o quanto a arte pode mudar a mente e os atos de um povo, e que através das obras deixadas é possível entender o modo de agir de uma sociedade. Os autores enfatizam a importância do sentimento e da construção da identidade nacional, através da demonstração das diversas obras nas quais vários artistas declaram seu amor à Pátria. É possível perceber a importância da Arte ao longo da história da humanidade, o que nos faz acreditar que o objetivo deste trabalho, que é mostrar a importância da e sua influência no desenvolvimento social de adolescentes é corroborado por Aberastury e Knobel (1981, pág 12), que dão ênfase à importância de atividades diversas, principalmente as relacionadas às Artes, para que o adolescente tenha prazer em relacionar-se com a sociedade, e em viver a realidade do mundo atual, através do conhecimento de culturas diferentes das que ele tem vivenciado. Pereira e Santos (1957, pág. 41) mostram as relações sociais e qual o lugar do adolescente no quadro da vida, o que vem deixar explícito que em toda a história, o adolescente está sempre envolvido com a arte e suas manifestações, seja na escola, em família, na religião, ou dentro da sociedade, em geral. 12 Miranda (1957, pág. 18) demonstra a importância da vida social do adolescente. Dentro dessas noções, pode-se perceber que a arte faz parte de tudo que nos rodeia, e que a importância que ela exerce sobre os adolescentes é imensa, já que é através da arte que ele consegue se expressar e, através do seu estudo conseguirá perceber que existe um lugar na sociedade para ele que é um sujeito capaz de modificar-se e também transformar o mundo através de sua expressão. 13 APRESENTAÇÃO Em primeiro lugar, uma boa aula de Artes precisa de espaço e organização. De forma alguma, pode virar uma bagunça! É bom que haja uma sala específica para as atividades de Artes. Converse com a direção da sua escola e tentem conseguir um cantinho de Artes. Dessa forma, você não precisará terminar a aula antes do tempo para limpar a tinta das carteiras, ou pior ainda, ter que freqüentemente se desculpar com os demais professoresou com os zeladores da escola pela bagunça de seus alunos. Vou usar aqui um chavão de propaganda de sabão em pó. “Se sujar faz bem”. Seus alunos irão se sujar, não tenha dúvida. Isso é perfeitamente normal, quando se trata de lidar com tintas, cola, papéis, etc. No entanto, se você começar o ano letivo com ordem e disciplina, eles irão entender que arte não é bagunça nem sujeira. Mostre a eles a importância de sua disciplina. Eles vão entender, pode ter certeza! Sempre planejei muito bem minhas aulas. No entanto, às vezes, mesmo planejando tudo, alguma modificação acaba sendo necessária. Se não houver planejamento, você se perde, a ponto de não conseguir ver resultados positivos, e acabará se desgastando e se frustrando. Procure sempre, a cada mês, ou trimestre, ou ainda, a cada semestre, planejar a sua aula, anotando todos os materiais que irá precisar. Se for o caso, isto é, se seus alunos tiverem condição financeira que lhes 14 permita, entregue a eles uma lista de tudo o que irão precisar durante as aulas. Melhor ainda se puderem trazer com bastante antecedência, desde que em sua escola tenha armários para estocar os materiais. Lembre-se, no entanto, de que cada criança tem seu tempo e o material deverá ser escolhido de acordo com esse tempo. Por exemplo, estiletes, fósforos, pedaços de espelhos, ou outros materiais perigosos deverão ser muito bem analisados de acordo com a idade de sua turma. Em se tratando de Educação Infantil, então, a atenção deverá ser redobrada. Um bom professor de Arte deve saber que materiais recicláveis são extremamente úteis para as aulas. Guarde sempre papéis usados, jornais, bandejas de frutas, potinhos de iogurte, tampinhas de garrafa, enfim, tudo o que você consiga visualizar como material. 15 AS AULAS COMEÇARAM. AGORA É COM VOCÊ! A primeira aula deve ser a mais animada possível. As crianças estão chegando para um mundo totalmente novo, e se elas gostarem da primeira aula, você as conquistou! Planeje com muito carinho tudo o que vai acontecer durante o tempo em que estarão juntos. Lembre-se: você tem que ter tudo preparado para eventualidades, como por exemplo, se alguns de seus alunos não estiverem muito motivados com a aula, ou se eles se empolgarem demais e terminarem mais cedo do que o previsto, é preciso que você tenha um plano B. Há alguns anos, quando eu lecionava, tinha uma turma de 2ª série muito ativa. Para eles eu tinha que planejar de duas a três aulas por semana. Até eu descobrir que esse era o caminho para que eles se comportassem, sofri muito. Quando terminavam os trabalhos, ficavam ociosos e a bagunça começava; eu pedia a Deus que a aula terminasse logo. Depois que descobri que ao invés de odiarem a minha aula, eles queriam é sempre mais, essa passou a ser minha turma preferida. Esteja preparada, então, se por acaso surgir uma galerinha ativa em seu caminho. Uma ótima opção é preparar uma pasta ou mesmo um caderno com tudo o que vai precisar. Anote tudo, desde o seu planejamento até os resultados da aula, individualmente, aluno por aluno. Dessa forma, você poderá fazer mudanças que irão acrescentar muito em suas próximas aulas. 16 O ENSINO FUNDAMENTAL I O Ensino Fundamental I é o primeiro e decisivo passo para se atingir a continuidade no ensino, com produção e eficiência desejáveis. Nesse período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua formação, pois como ser bio-sócio-cultural dá os passos definitivos para uma futura escolarização e sociabilidade adequadas como membro do grupo social a que pertence. Sua personalidade começa a consolidar-se; o autocontrole e a segurança interna começam a firmar-se. Um cuidado especial deve ser tomado pelos educadores para, de forma integral e harmônica, desenvolver personalidades ajustadas, equilibradas, fundamento essencial para a boa formação. Para a maioria das crianças, a escola oferece possibilidades que a família muitas vezes não tem condição de proporcionar. Nesse período, a criança, transpondo o limiar da família, convive com outras de sua idade e descobre, à sua maneira, um novo centro social e intelectual. A socialização desenvolve-se harmoniosamente adquirindo superioridade sob o ponto de vista da independência, confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual, vantagens que favorecem os estudos posteriores. 17 Nessa idade, em que toda ela é muito diferente do adulto, isto é, pensa como pode, aprende o real de forma diferente, a criança não tem possibilidade de abstração e imaginação que lhe permitiam a concepção correta da realidade. Fica, pois, de certa forma, sujeita ao controle de uma autoridade exterior firme, mas ao mesmo tempo suave, e que ela se sinta amiga. Faz-se necessário guiá-la com dedicada cautela, dando-lhes explicações condizentes com sua idade, ajudando-a a descobrir a real utilidade das coisas. As atividades programadas devem basear-se em suas necessidades e interesses; crianças são ávidas a explorar, experimentar, colecionar, perguntar, aprender depressa e desejam exibir suas habilidades. Bem orientadas, seu grau de colaboração e desejo de fazer o melhor será evidenciado, concretizado. 18 1º ANO Todos os trabalhos serão feitos em folhas avulsas, que serão guardadas em uma pasta, para posteriormente serem transformados em álbuns. AULA Nº 01 DESENHOS NA AREIA Material necessário: Pauzinhos, palitos de picolé ou de churrasco (desde que sem ponta), ou, na falta de espaço (pátio ou caixa de areia), uma bandeja descartável ou mesmo folhas de papel usadas, para colocar os punhados de areia e formar quadros naturais para o trabalho. Leve seus alunos para o pátio. Se houver areia ou terra, ótimo; se não tiver, peça ao diretor para que providencie. Se isso não for possível, poderão ser usados punhados de areia sobre folhas de papel, ou bandejas de isopor, sem o menor problema. É muito importante que as crianças sintam a natureza, e aprendam a amá-la. A escola, no entanto, deve ter um cuidado especial com a caixa de areia, mantendo-a coberta, sempre que os alunos não estiverem utilizando- a. Você também deve procurar saber se na sua turma existe alguma criança alérgica, não só à areia, mas a qualquer outro material que vá utilizar em suas aulas. Para isso, é bom que converse com os pais separadamente. Se achar necessário, peça uma declaração por escrito, onde eles afirmem que seus filhos podem usar todo e qualquer material. Isso poderá livrar você de algumas surpresas desagradáveis. Se por acaso, alguma criança tiver algum 19 tipo de alergia, você deverá conversar com ela antes, em particular, explicando-lhe o motivo pelo qual não vai poder praticar a mesma atividade dos outros, e incentivá-la a outra atividade similar àquela, que seja tão empolgante quanto. Distribua alguns pauzinhos às crianças. Com eles elas irão desenhar na areia, fazendo sulcos que formem lindos desenhos. Eles poderão trabalhar individualmente, em dupla, em grupo, do jeito que você achar melhor. O trabalho em grupo é importante para a socialização, mas às vezes é bom inovar. Nunca siga uma só regra. Em tudo, seja criativo. Antes da aula, é sempre bom você focar os objetivos daquela aula. Por exemplo, você pode falar sobre José de Anchieta, que muito mais que um padre, foi grande escritor, historiador, poeta e teatrólogo. Ele ministrava suas aulas aos índios, desenhando na areia. É sempre bom mesclar em suas aulas um pouco de conhecimentos diversos, como história, literatura, ciência; isso fará com que seus alunos cresçam muito enquanto aprendem arte. Por outro lado, você também adquirirá um enorme conhecimento e uma bagagem de cultura como poucos teriam. Aproveite cada minuto Você pode, para incentivá-los, promover um concurso do melhor desenho na areia, comdireito a prêmio para o vencedor (bala, pirulito); lembre-se de que eles não sabem perder. Por isso, deve haver premiação para todos. Escolha algumas categorias, como por exemplo: o melhor desenho, o melhor comportamento, a maior quantidade de desenhos (sempre com as opções de 1º, 2º e terceiros lugares, ou quantos mais forem necessários). Pode acrescentar prêmios de incentivo, para que na próxima 20 aula, os menos animados se sintam mais encorajados a participarem. Não se esqueça de ninguém. Durante todo o tempo, esteja muito atento a tudo o que estiverem fazendo. Se tiver uma máquina fotográfica digital, melhor ainda. Anote cada detalhe de cada aluno, e deixe que eles percebam isso; dessa forma, sentirão a importância do trabalho que estão realizando. Quando faltarem 10 a 15 minutos para o encerramento da aula, avise-os de que já saiu o resultado do concurso. Comece premiando os que mais se esforçaram. Lembre-se de que na Arte, o que vale é a expressão. A beleza é ilusória. O que eu acho bonito, pode não o ser para ou outros. Veja, por exemplo, o sapo. É bem provável que você o ache horrível, mas a sapa não pensa assim. Portanto, deixe a sua opinião de lado, e pense apenas como educador. Observe muito bem cada serzinho que está sob a sua responsabilidade. Isso é o mais importante numa aula. Sinta amor por cada um, principalmente os mais indisciplinados. É comum nos depararmos com casos de extremo sofrimento, nesses alunos problemáticos. Esteja atento. Alguns modelos de desenhos que seus alunos poderão fazer. Aos poucos as idéias vão surgindo, e logo, logo, serão tantas quanto os grãos da areia. 21 Nota: É bom que você leve algumas formas de plástico com desenhos de estrelas ou bichinhos (encontradas em qualquer loja), ou latinhas, copinhos, forminhas. Se por acaso alguma criança estiver entediada em desenhar na areia, poderá optar pelo trabalho com as forminhas, que, após estarem cheias, e ao serem viradas, aparece uma infinidade de coisas. Esse trabalho também deverá ser premiado. AULA Nº 02 DESENHANDO COM GIZ Material necessário: Giz de várias cores (quebrados ao meio, para que não se partam facilmente), papel- cartão e água. O giz comum (desses de escrever na lousa) é um excelente material para se fazer desenhos. Pode ser usado de várias formas. * Se houver um espaço bom na escola, leve os alunos para fora e deixe a imaginação fluir. Lembre-se sempre de avaliar todos os trabalhos. 22 * Para fazer rabiscos de giz super brilhantes, peça que os alunos molhem uma folha de papel- cartão escuro (pode ser com pincéis ou com borrifadores, ou mesmo algodão embebido em água. Do jeito que for mais fácil e que faça menos bagunça, e depois, passarão o giz (de preferência, várias cores), e obterão desenhos ricos e brilhantes! Quando o papel secar, as crianças poderão molhar o giz e continuar desenhando. Surge o mesmo efeito. Uma boa técnica para que o papel secar rápido, é molhar com leite desnatado ou amido líquido. Uma boa dica também é levar uma folha grande de papel krafit para que as crianças façam um mural. AULA Nº 03 O FEIXE DE RABISCAR Material necessário: Canetas hidrocor laváveis, pincel atômico fino, lápis de cor ou giz de cera fino, papel sulfite (pode-se usar cartolina ou qualquer outro tipo de papel) e fita adesiva. 23 Geralmente, a preparação do feixe é feita pelo professor, mas por experiência própria, posso garantir que as crianças conseguem fazê-lo. Elas irão juntar alguns lápis ou canetinhas, ou giz (e se quiserem podem misturar esse material, desde que as pontas fiquem todas paralelas umas às outras), como um feixe, passarão fita adesiva para prender e depois, é só começar a desenhar, fazendo o efeito de arco-íris. Esse trabalho fica muito divertido se for feito em caixas de papelão (embalagens de eletrodomésticos, por exemplo). Melhor ainda se for coberta por um papel claro, como o krafit. Dá até para criar uma casa de brinquedo: as crianças poderão desenhar e pintar as portas e janelas, e os adultos, então, cortarão de forma a abrir e fechar, com o estilete. AULA Nº 04 DESENHANDO NA LIXA 24 Material necessário: Lixa e giz de cera (de preferência aqueles que estão quebrados, pois a lixa irá gastá-los rapidamente) As crianças farão desenhos com o giz na lixa. É só isso. Fica lindíssimo! obs.: Uma maneira de o trabalho ficar muito mais bonito, é o professor levar um ferro de passar e algumas folhas de jornal. Quando os alunos terminarem o trabalho, é só colocar a lixa entre duas folhas de jornal e pressionar com o ferro quente. Isso derreterá o giz na lixa. O desenho ficará suave e brilhante. AULA Nº 05 DESENHANDO COM GIZ MOLHADO Material necessário: Potinhos com água, giz comum e papel sulfite 25 É uma técnica bastante usada entre as crianças. Distribua os recipientes mencionados (qualquer copinho) com um pouco de água (querendo, poderá adicionar algumas gotas de goma arábica), e vários pedaços coloridos. Eles irão molhando e livremente traçando sobre o papel. O desenho parecerá melhor depois de seco. AULA Nº 06 DESENHANDO COM COLA COLORIDA Material necessário: Cola colorida de várias cores e papel sulfite. O mercado de colas coloridas está apto a fornecer material para essa técnica moderna de desenho. Existem cores com brilho, que dão uma beleza especial aos trabalhos. 26 Para trabalhar com tinta é bom que o professor solicite dos pais, ou providencie aventais (com sacolas de plástico). Abra-as ao meio, preservando as alças. Dê um pique para aumentar a abertura de um dos lados, a fim de passar pela cabeça. Com o que sobrar da sacola, corte as tiras e amarre-as, formando duas cordinhas, que serão amarradas na cintura dos pequenos. Eles podem ajudá-lo nisso. AULA Nº 07 O BARBANTE CAIU Material necessário: Tinta lavável, papel sulfite ou de desenho e barbante. A arte tem inúmeros matizes, e, muitas vezes, quanto mais simples, mais bonita, principalmente, a arte infantil. Neste trabalho, as crianças irão cortar vários tamanhos de barbante e molharão em tinta guache, várias cores. Depois jogarão aleatoriamente sobre o papel. Esperam secar e depois 27 tiram. Fica uma obra, que podemos denominar de dadaísta. E linda! Peça- lhes que dêem um título à obra. AULA Nº 08 O BORRÃO Material necessário: Tinta lavável, papel sulfite, palitos e pincéis. Essa é uma técnica que as crianças adoram. Muitas delas, quando começamos a inserir as tintas nas aulas, acabam fazendo bagunça, e para que elas não se sintam frustradas, a técnica do borrão é ótima. Distribua uma folha (que pode ser reciclada) a cada aluno. Despeje um ou alguns punhados de tinta em cada folha, e incentive-os a produzir uma arte abstrata (podem usar o dedo, palitos, ou pincéis). Acredite: surgirão trabalhos belíssimos. Nota: Sempre que eles produzirem arte abstrata, peça-os para dar um título à sua obra (isso fará com que eles comecem a buscar no abstrato 28 algum tipo de explicação, e não cresçam achando que arte é só rabiscos, como muitos adultos desavisados). Importante também pedir-lhes que assinem todos os trabalhos e coloquem a data. O pato louco AULA Nº 09 DESENHANDO COM PINCÉIS Material necessário: Tinta, papel sulfite e pincéis. Depois da aula anterior, as crianças se sentirão mais animadas, pois verão que a beleza da obra está no que ela significa. Estarão mais confiantes para usar os pincéis. Dê preferência aos mais grossos, pois são mais fáceis de manusear, nessa idade; agora, deixe que a criatividade corra livre e solta. 29 AULA Nº 10 COM ESPONJA Material necessário: Um pedaço de espuma (que pode ser macia, ou mesmo de aço- tipo Bom Bril), anilina, ou guache misturado com água, e papel sulfite. As crianças molharão a esponja na tinta ou anilinae farão seus desenhos livremente. Não se esqueça que eles devem dar um título à obra, e melhor ainda, se houver tempo para que expliquem para a turma o porquê do título que deram. 30 AULA Nº 11 DESENHANDO COM MASSA Material necessário: Farinha de trigo, água, algumas vasilhas (copos descartáveis, por exemplo), cola branca, anilina de várias cores e papel sulfite. Numa vasilha maior, faça um mingau usando a água, farinha de trigo e um pouco de cola. Depois, divida essa massa nos copos descartáveis, e em cada um, coloque um pouco de anilina de cada cor. As crianças adoram pintar com os dedinhos. Deixe que sintam a maciez da mistura! 31 Natal colorido AULA Nº 12 TRABALHOS COM PARAFUSOS Material necessário: Parafusos de vários tamanhos, tinta guache e papel sulfite. Cada criança ficará com um ou mais parafusos (que no decorrer da aula podem ser compartilhados), molharão na tinta e farão os desenhos no papel. 32 AULA Nº 13 PANÔS Material necessário: Pedaços de cortiça, isopor, cartolina, madeira ou tecido. Todos os trabalhos feitos podem agora ser recapitulados, mas não deixe que eles recortem os anteriores. Deverão guardar sempre em uma pasta para que mais tarde, possam fazer uma exposição. Eles deverão refazer alguns dos que eles se interessaram mais, para que recortem e colem, formando panos. Observe: 33 AULA Nº 14 PINTURA COM PENEIRA Material necessário: Papel sulfite, anilina ou guache (uma só cor), vasilha para preparar a tinta, uma peneirinha, uma escova de dente ou de outro tipo, com as cerdas bem fina e macias, papel sulfite e jornal. Forre bem a mesa com o jornal e coloque o papel d desenho (sulfite). Prepare a tinta não deve ficar fina nem grossa demais. Segurar a peneira com uma das mãos, e com a outra, segurar a escova e molhá-la na tinta. Esfregar, então, a escova na peneira. Fica lindo Esse trabalho, como tantos outros, pode ser usado para fazer capas de cadernos, cartões, etc. Uma boa alternativa é usar o mesmo processo em cima de recortes de 34 flores, animais, para que, ao tirar o recorte, as figuras se destaquem em branco sobre o papel. Frutos do mar AULA Nº 15 IMPRESSÃO Material necessário: Papel sulfite e legumes Existem nas lojas muitos modelos de carimbos pedagógicos, que já vêm com tinta própria para serem usados. No entanto, há uma maneira muito mais criativa de se produzir belíssimos trabalhos de impressão. Peça às crianças para levarem para a aula alguns legumes, como pimentão, quiabo, chuchu, batata, etc. O professor deverá cortar esses legumes ao meio, secá-los e entregar às crianças, que irão molhá-los na tinta e depois usa-los como carimbo. As mãos também podem servir de carimbo. 35 Para recortar, no início, as crianças usarão as mãos, para que adquiram firmeza. Mais tarde é que receberão a tesourinha, mas atenção; Veja se todos estão com tesouras sem ponta, e ainda assim, fique sempre de olho neles! AULA Nº 16 RECORTES COM A MÃO Material necessário: Jornais e revistas velhos, retalhos de papéis coloridos, cola, cartolina, barbante. As crianças estão acostumadas a recortar papéis com as mãos. Oriente-as para que produzam arte com essa brincadeira gostosa. 36 AULA Nº 17 RECORTES COM A TESOURA Material necessário: Os mesmos materiais utilizados na aula anterior; a diferença é que agora, eles cortarão com suas tesourinhas. 37 AULA Nº 18 DOBRAR E RECORTAR FLOR Material necessário: revistas ou jornais velhos, papel japonês ou qualquer tipo de papel que seja dobrável. Este trabalho é facilmente executável pelas crianças. Elas conseguem muito mais do que podemos imaginar! Faça um quadrado e dobre-o em diagonal três vezes. Com a tesoura, arredonde as pontas. Ao abrir, aparecem as pétalas. Várias delas sobrepostas farão uma linda flor. AULA Nº 19 BONECOS Material necessário: Papéis de vários tipos, desde que sejam dobráveis. 38 As crianças deverão ser orientadas a dobrar em forma de sanfoninha, uma tira de papel (o tamanho é opcional). Depois, aqueles que tiverem mais habilidade, poderão desenhar o bonequinho e recortar. Você poderá ajudá-los, mas encoraje-os a fazerem sozinhos, mesmo que tenham que tentar mais de uma vez. Aproveite para falar sobre a união. Um bonequinho só não fica tão bonito quanto se estiverem vários juntos. Assim também é a vida: não é bom que estejamos sós. Fale sobre a paz, o amor; deixe que eles contem algumas experiências de vida, envolvendo a família, os amigos. Faça um círculo entre eles e promova um debate sobre a violência. Você irá se surpreender com a sabedoria dessa galerinha. AULA Nº 20 VESTINDO OS BONECOS 39 Material necessário: Papéis de cores variadas. Um bom papel para essa atividade é o japonês. As crianças vão desenhar e depois recortar as roupinhas para vestir os bonequinhos. * Aproveite para falar sobre a importância de manter a roupinha limpa, andar calçado e vestido, enfim, mostre a eles o valor da higiene pessoal. Lembre-se: você faz parte do processo educativo dessas crianças. Faça a diferença positiva na vida delas. AULA Nº 21 PINHEIRINHO Material necessário: O material é o mesmo empregado nas aulas anteriores. Se o papel for branco, as crianças poderão pintá-lo ou decorá-lo a gosto. 40 Da mesma forma que os outros, os alunos dobrarão o papel, desenharão e depois cortarão as sobras. AULA Nº 22 FOLHAS, PÁSSAROS, BORBOLETAS E PEIXINHOS AULA Nº 23 TOALHINHAS DE RENDA 41 A renda foi introduzida no Brasil através dos portugueses. Tecidos delicados, cheios de pequenos furos, que formam desenhos. As rendas podem ser confeccionadas de diversas maneiras, inclusive, com papel! AULA Nº 24 TAPEÇARIA - FASE 1 O desenvolvimento da coordenação motora e do interesse pelo artesanato pode ser iniciado pelo alinhavo. Nessa primeira fase, podemos começar com estopa, talagarça ou sacos de cebola, os quais conseguimos facilmente em supermercados. Material necessário: Estopa, talagarça, ou sacos de cebola, linha grossa ou lã e agulha para tapeçaria, sem ponta. 42 AULA Nº 25 TAPEÇARIA - FASE 2 Material necessário: Pode-se usar linhas grossas, lã, tiras de tecido, fitas de cetim, barbante, etc. Agora iremos usar a trama - um quadrado de madeira com preguinhos nas extremidades (esse trabalho poderá envolver os pais, que com antecedência, prepararão a trama). Será feita uma rede, passando por cima e por baixo, da mesma forma com que se alinhavou. Depois é só soltar com cuidado, a linha dos pregos e está pronto o tapete, ou o pano, ou o que mais a imaginação da criançada puder inventar. 43 TAPEÇARIA - FASE 3 O professor deverá desenhar figuras e fazer alguns furos em torno da mesma. Os alunos passarão a linha em volta da figura. Se quiserem, poderão trançar. AULA Nº 26 TAPEÇARIA - FASE 4 Material necessário: Os mesmos usados anteriormente e uma placa de isopor ou cortiça. 44 Agora, as crianças é que farão os furos. Para isso, usarão placas de isopor, onde desenharão (pode ser desenho abstrato, pois dessa forma, todos se sentirão encorajados a desenhar) AULA Nº 27 COLAGEM COM PAPEL PICADO As crianças sentem um enorme prazer em colar. Comece pelas folhas de papel de desenho ou sulfite; depois vá para a cartolina, papelão, tecido, enfim, dá para colar tudo. Você poderá usar como material o algodão, folhas de plantas, sementes, palitos, etc. Vamos começar a colar o que a garotada cortou com as mãos. Lembre-se de não deixa-los usar o trabalhinho que fizeram na aula de nº 16. Eles devem fazer novos recortes para este trabalho. Material necessário: Cola e papéis de várias cores (podem ser reciclados). 45 AULA Nº 28 COLAGEM COM PAPEL INTEIRO Material necessário: Os mesmosmateriais da última aula. A diferença é que eles irão cortar o papel no formato da figura que irão produzir. 46 AULA Nº 29 COLAGEM COM MATERIAIS DIVERSOS Material necessário: Materiais de todo tipo: tudo o que se pensar em reciclagem, é possível de se obter trabalhos maravilhosos de colagem. AULA Nº 30 MODELAGEM MESTRE VITALINO Mestre Vitalino nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 1909, e morreu em 1963. Tudo no povoado onde nasceu tem a marca do barro: as ruas são de chão batido, as casas são de adobe e os bonecos feitos de barro, por Mestre Vitalino e outros artesãos. O trabalho de modelagem é importantíssimo, pois proporciona à criança expressar-se livremente sobre o que pensa, mostrar suas 47 habilidades, o que lhe proporciona grande desenvolvimento motor. Que tal fecharmos o ano fazendo um presépio de Natal? Material necessário: Massinha de modelagem de várias cores (pode ser substituída por argila ou massa feita com farinha, água e sal) e um pedaço de papelão ou papel cartão (para fazer a base). 48 2º ANO Bem, chegamos a 1ª série. Agora, as brincadeiras vão se tornar um pouco mais sérias. As crianças vão começar a aprender sobre a História da Arte, seus grandes nomes e obras. Eles já conhecem quase todas as técnicas básicas: desenhar, pintar, colar, cortar. Agora, vamos colocar em prática, de uma forma um pouco mais madura. Lembre-se de pedir-lhes que providenciem uma pasta para guardar os trabalhos, que posteriormente, serão transformados em álbuns. Vamos começar a falar de Geometria, que mais tarde, se não for bem administrada pelo professor, pode vir a se tornar uma bela dor de cabeça para os pequenos. É claro que a nossa Geometria aqui é bem light, mas se eles a virem com olhos de artistas, quem sabe, alguns deles não passam a se interessar, no futuro, pela arquitetura, por exemplo? Então, vamos lá: AULA Nº 01 O PONTO Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, lápis de cor, caneta hidrocor. O que é o ponto? Na verdade, um ponto sozinho pode não ser muita coisa, mas em uma página em branco, faz toda a diferença. E se olharmos ao nosso redor, veremos muitos pontos; por exemplo: as estrelas no céu, a nossos olhos, são pontos; os grãos de areia, são pontos, uma bola é um ponto. 49 Procure despertar as crianças para o fato de que tudo é formado através de pontos. Leve-os para fora da sala, para que elas observem ao redor tudo o que significa, a seus olhos, um ponto. Anote o que eles disserem. Pode servir de material para suas próximas aulas. Como primeiro exercício, os alunos farão pontos de tamanhos e cores diferente; deverão encher uma parte da folha com pontos (risque um quadrado, não muito grande). O trabalho fica lindo! Diga-lhes para imaginarem uma criança cheia de catapora, e enquanto isso, fale da importância das vacinas, e de como se devem evitar as doenças, quais os cuidados, se por acaso vierem a pegar catapora, enfim, enfeite suas aulas com o máximo de informação possível para eles. Eles podem pensar, também, em pingos de chuva, caindo. Você, então, poderá falar sobre a água do planeta e o dever que cada um tem de preservá-la. AULA Nº 02 50 PONTILHISMO-GEORGES SEURAT Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, lápis de cor, caneta hidrocor. O pintor francês Georges Seurat inventou um jeito de pintar fazendo pontos, técnica chamada de Pontilhismo. Seurat usava pontos minúsculos, ao invés de pinceladas normais, em suas telas. Ele fazia os diferentes tons, pintando pontos de cores puras próximos uns dos outros. Dessa forma, criava verde, misturando azul e amarelo. Seu quadro mais famoso é chamado de Um Domingo na Ilha de La Grande Jatte. Seus alunos poderão produzir um trabalho de pontilhismo. Distribua desenhos xerocados para que eles pintem, usando a técnica. 51 AULA Nº 03 COLAGEM COM BOLINHAS Material necessário: Papel crepom de várias cores e cola. Pique com as mãos, pequenos pedacinhos de papel crepom, faça bolinhas, separando em potinhos as cores. As crianças poderão ajudá-lo, porém, é um trabalho demorado; por isso, é melhor que o professor já leve pronto para a aula. Eles já vão ter muito o que fazer. 52 AULA Nº 04 CARTÕES PONTILHISTAS Material necessário: Guache de várias cores, cartolina ou papel cartão e cotonetes. As crianças poderão criar cartões para todas as ocasiões, usando o pontilhismo: Dia das Mães, do professor, dos pais, Natal, enfim. A tinta é mais uma opção. Você deverá cortar a cartolina dobrada, formando um cartão, que pode ter o formato quadrado, retangular, oval, em forma de coração, de flor, etc. Deixe a imaginação fluir. Belíssimos trabalhos surgirão para a exposição. 53 AULA Nº 05 A LINHA (RETILÍNEA) Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, lápis de cor, caneta hidrocor e régua. Como já havia dito, um ponto sozinho significa pouca coisa, mas se começarmos a uni-los, quanta coisa pode surgir! Assim é a nossa vida: sozinhos, não somos quase nada, mas se nos unirmos, poderemos transformar e formar grandes coisas! A linha é a junção de pontos. Podemos trabalhar a linha de várias maneiras. Por exemplo: as crianças farão um quadro abstrato usando linhas de todas as cores, tamanhos e formatos diferentes. Obs.: No abstracionismo, o artista s abandona o compromisso de representar a realidade aparente e não reproduz figuras nem retrata temas. O que importa são as formas e cores da composição. As obras abandonam o representar a realidade aparente e não reproduzem figuras nem retratam temas. O que importa são as formas e cores da composição. As 54 AULA Nº 06 DESENHANDO COM UMA LINHA SÓ PAUL KLEE Paul Klee nasceu na Suíça. Além de pintor, era também músico. Por não possuir um ateliê, pintava na mesa da cozinha, que era muito pequena, o que explica o tamanho de seus primeiros quadros. Klee adorava a arte das crianças e tentava capturar sua criatividade. Sua arte combina arte popular, arte abstrata e humor. O trabalho que ele mais gostava era o desenho com uma linha só. 55 Material necessário: Caneta hidrocor, lápis ou tinta guache e papel sulfite ou de desenho. As crianças deverão criar uma paisagem com uma linha só. O trabalho consiste em não tirar, de forma alguma a canetinha do papel. Você pode dar mais animação à aula, se marcar um tempo. Quando esse tempo terminar, todos devem parar com o desenho e começarem a pintá-lo. Então, colocam seus nomes, e trocam de trabalho uns com os outros. Após isso, cada criança deverá olhar atentamente o trabalho que está em suas mãos e procurar dar um título a ele. Os trabalhos voltarão para as mãos dos autores, que concordarão ou não com o título dado, explicando o porquê de concordar ou discordar. Esse trabalho pode ser feito com as crianças sentadas em círculo. 56 AULA Nº 07 POSIÇÕES DE UM SEGMENTO (ABSTRACIONISMO) Uma linha pode se apresentar em diversas posições: Vertical, horizontal e diagonal. Trabalhos abstratos lindos com linhas! 57 AULA Nº 08 LINHA SINUOSA OU ONDULADA Essas linhas podem ser lembradas nas ondas do mar, nas nuvens, no arco-íris. Leve-os para o pátio e peça que enumerem tudo o que virem ao seu redor que lembre linhas sinuosas. Não se esqueça de anotar tudo! Depois, poderão fazer um trabalho como este abaixo. O título no trabalho abstrato é muito importante. Seus alunos devem continuar guardando tudo para a exposição! 58 AULA Nº 09 PABLO PICASSO Pablo Picasso foi o pintor mais famoso do século XX, trabalhando com esculturas, gráficos, cerâmica, desenho e pintura. Era espanhol e seu estilo era o Cubismo (formas geométricas). Picasso pintava quadros que mais pareciam quebra-cabeças.59 As crianças podem fazer um quadro inspirado em Picasso, usando as linhas que aprenderam até aqui. AULA Nº 10 JOAN MIRÓ Joan Miró era contra a tudo o que significava tradição. Ele sempre queria buscar coisas novas. Em sua pintura e desenhos, tentou criar meios de descobrir como representar a natureza de forma poética e conseguiu! Os alunos podem, agora, fazer um trabalho de releitura. Releitura não é cópia: eles irão observar algumas obras de Miró e refazê-la, da maneira como acharem que devem. Podem até usar o mesmo título da obra original. 60 AULA Nº 11 LINHA MISTA-(DÁCIO BICUDO) Dácio Bicudo é um artista brasileiro. Ele faz pinturas, desenhos, cenários de teatro, de programas de tv, de filmes publicitários e de cinema. Ele usa vários tipos de linhas nesse desenho. Observe: Flexa Os alunos deverão observar bem essa obra e apontar quais os tipos de linhas e as cores usadas nela. Depois farão uma releitura, dando novo título. Outro trabalho que podem fazer é criar uma obra própria, usando linhas mistas. 61 AULA Nº 12 LINHA QUEBRADA OU POLIGONAL Aqui, os alunos farão um trabalho livre, utilizando-se das linhas quebradas. AULA Nº 13 LINHAS TRACEJADAS 62 Com as linhas tracejadas, seus alunos poderão fazer trabalhos maravilhosos. Você poderá mostrar a eles todos os tipos dessas linhas, e cada um escolhe qual irá usar; se preferirem, poderão utilizar mais de um tipo, ou até mesmo, todos. AULA Nº 14 BRIDGETE RILEY 63 O trabalho dessa inglesa é magnífico! Observe o efeito que as linhas têm quando estão juntas. Ótimo exercício de coordenação motora para seus alunos. É aconselhável o uso de régua e caneta hidrocor. AULA Nº 15 MORRIS LOUIS Material necessário: Tinta guache e papel ou cartolina Morris Louis participou da Semana da Arte Moderna. Seus trabalhos, muitas vezes, deixam grandes espaços em branco, talvez por esperar que os espectadores de sua obra participassem com ele da criação. Peça a seus alunos para fazerem uma releitura ou cópia de um dos trabalhos de Louis e depois, acrescentarão o que desejariam que estivesse pintado no espaço em branco. 64 AULA Nº 16 COLAGEM Vamos iniciar, agora, os trabalhos com colagem. Os alunos adoram colar! Solicite a eles revistas velhas para recortar. Nunca deixe que recortem livros, para que eles entendam que um livro JAMAIS deve ser recortado, por sua importância cultural. Incentive-os a que doem para escolas carentes ou bibliotecas, os livros que já não usam mais. As crianças irão recortar diversas figuras, que podem ser de paisagens ou vários animais, enfim, e formarão suas próprias paisagens. Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura sem ponta e papel sulfite ou cartolina. 65 AULA Nº 17 COLAGEM COM DUREX COLORIDO Com durex colorido podem-se fazer coisas lindas Material necessário: Durex colorido de várias cores e papel sulfite ou de desenho. AULA Nº 18 66 COLAGEM QUE CONTA UMA HISTÓRIA Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura sem ponta e papel sulfite ou cartolina. Devemos sempre introduzir todo tipo de informação em nossas aulas. A Literatura, não só é uma informação importantíssima, com também, está totalmente envolvida com a arte. Todos os movimentos artísticos, em todo o mundo, tiveram na Literatura uma de suas maiores aliadas. Conte uma história para seus alunos. Melhor que seja da literatura infantil. Depois, peça-lhes que busquem nas revistas, figuras que possam contar essa história. AULA Nº 19 COLAGEM COM PALITOS 67 Material necessário: Palitos de fósforos, cola e papel sulfite ou cartolina. Esse é um trabalho que as crianças conseguem fazer tranqüilamente. Elas deverão colar os palitos, formando figuras e depois enfeitarão com os detalhes que quiserem. AULA Nº 20 MAGO MERLIN Material necessário: Cartolina, canetinha, algodão, cola e tesoura. Recorte um círculo e feche com cola, formando um cone. Pinte o rosto e decore com motivos místicos. O chapéu é feito com cone menor e 68 um círculo para a aba. Os braços são pequenos tubos de cartolina. A mão é feita com pequenas tiras de papel. Faça uma gola de algodão. AULA Nº 21 PINTINHO Material necessário: Cola, tesoura, retalhos de papel preto e branco, papel cartão. Recorte os moldes em papel amarelo. As asas devem ser recortadas duas vezes, dobrando nos pontilhados. Faça a montagem, colando as partes do molde. Faça as pernas do pintinho, utilizando dois palitos de fósforos. Recorte a base e cole nas perninhas do pintinho. 69 AULA Nº 22 LÁPIS DEMAIS Material necessário: Cola, papel fantasia, tintas, fita, lã, bola de isopor pequena, forminhas de doce, cartolina e um lápis novo. As crianças irão enfeitar o lápis com o material que escolherem. Pode-se fazer o rostinho na bola de isopor ou diretamente no lápis. Os lacinhos e gravatinhas são feitos com lã e fitas. Para que fique mais firme, é preciso que o molde seja cortado em cartolina ou papel cartão. Para o cabelo do palhacinho, pode-se usar algodão ou lã grossa desfiada. 70 AULA Nº 23 CENTOPÉIA Material necessário: Papel japonês nas cores marrom e preto, caneta hidrocor preta, cartolina, tesoura e cola. Você pode fazer alguns moldes quadrados para que seus alunos recortem as extremidades, como também, ensiná-los a desenhar os quadrados. Depois é só colar as peças na cartolina, montando essa linda centopéia. 71 AULA Nº 24 PALHACINHO Material necessário: Uma bola de isopor, cartolina, pedaço de tecido, papel crepom, um pauzinho de churrasco e um copo de plástico. 72 Fure o copo e atravesse o pauzinho de churrasco. Esse trabalho tem que ser feito pelo professor. As crianças poderão cortar uma tira de crepom e colá-la em baixo da bola de isopor, formando a gola. Os bracinhos podem ser feitos com um canudo feito de cartolina e coberto com papel colorido ou tecido. Os detalhes ficam por conta da imaginação dos pequenos. AULA Nº 25 NO FUNDO DO MAR Material necessário: Papel japonês em cores variadas, papel crepom, palitos de dentes, cartolina, dois botões e glitter. Entregue às crianças os moldes dos peixinhos (você poderá criar outros) e peça que elas passem o molde para o papel colorido e recortem. Os palitos de dentes são para as riscas no corpo dos peixinhos e os botões, para os olhos. Com o papel crepom, as crianças poderão recortar, depois de riscar por trás do papel, as algas. 73 AULA Nº 26 MAMÃE GALINHA Material necessário: Papel japonês, caneta hidrocor, papel crepom, palitos de dentes, palito de picolé, três miçangas pretas, miçangas vermelhas, cartolina, tesoura e cola. Faça vários moldes de cada figura, distribua entre as crianças para que elas passem para o papel colorido. Cortados os moldes, serão separados. O palito de picolé será revestido com crepom, para fazer o caule da árvore. Os palitos de dentes serão os pezinhos das aves; as miçangas vermelhas são as frutinhas, e as pretas, os olhinhos. Para fazer as asinhas, é só desenhar um círculo, cortar pela metade e colar. Todo o trabalho será colado em cartolina. 74 AULA Nº 27 MOINHO Material necessário: Retalhos de papel colorido de várias cores, retalhos de papel dourado, nove palitos de fósforo, seis palitos de pirulito, pedrinhas coloridas, pazinha de sorvete, papel crepom verde picadinho. O professor deverá desenhar na lousa para que os alunos tenham uma base para reproduzir o desenho. 75 AULA Nº 28 MAIS RECORTE E COLAGEM Material necessário: Cartolina, papéis coloridos (várias cores e tipos), pauzinhos de picolé, farinha de mandioca colorida com anilina em pó (ou papel crepom picado bem pequeno) caneta hidrocor, cola e tesoura. Faça os moldes da casinha e distribua para os seusalunos, que irão desenhá-la, recortá-la e colá-la. O telhadinho será feito com os palitos de picolé. A grama poderá ser feita com farinha de mandioca colorida ou crepom picado verde. O restante, fica por conta da imaginação. 76 AULA Nº 29 LETRAS ILUSTRATIVAS Material necessário: Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de desenho. Eis alguns modelos de letras, mas seus alunos poderão usar a criatividade para fazer todas as outras; os números também poderão ser ilustrados, inclusive com motivos abstratos. O que vale é a imaginação. As letras poderão ser ilustradas como as onomatopéias: Um R bravo, para expressar raiva, um S triste, expressando saudade, e por aí em diante. 77 AULA Nº 30 ILUSTRANDO A POESIA Material necessário: Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de desenho. Nesse trabalho, além da importância de se incentivar a criatividade, você também mostrará a eles que música e poesia são formas maravilhosas de arte. Qualquer poema ou música poderão ser ilustrados. Neste caso, usaremos uma parte de Aquarela, de Vinícius de Morais e Toquinho. 78 3º ANO FIGURAS GEOMÉTRICAS AULA Nº 01 MALEVITCH Pintor russo, considerado o pioneiro do uso de elementos geométricos abstratos. Estudou artes em Moscou, criou um estilo que denominou suprematismo. Em sua arte procurou sempre elaborar composições puras e cerebrais, destituídas de toda sensualidade; morreu esquecido e pobre em Leningrado, atual São Petersburgo. (O CÍRCULO) Quadro negro sobre fundo branco 79 Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Peça aos seus alunos para lembrarem-se de tudo o que se pode desenhar com um círculo. DESENHOS COM CÍRCULO AULA Nº 02 PEIXINHO Material necessário: Papel japonês, cartolina, cola e tesoura. É bom que o professor desenhe na lousa este peixinho. Os alunos deverão cortar vários círculos de cores variadas e produzir este trabalho lindo. 80 AULA Nº 03 CÍRCULOS ABSTRATOS Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. O desenho abstrato é uma boa maneira de deixar que as crianças expressem seus sentimentos. Você irá observar que às vezes, sairá desenhos negros, outras vezes cinzas, outras vezes, totalmente coloridos. Procure observar a criança que usa sempre determinadas tonalidades; converse com elas, procurando saber como é a convivência em casa, seus sonhos, seus medos... Isso poderá ajudar em muito na disciplina e até mesmo no aproveitamento das aulas. 81 AULA Nº 04 ARTE EM REDONDO SANDRO BOTTICELLI Artista do início do Renascimento, nasceu na cidade italiana de Florença. É conhecido por muitas obras redondas criadas por ele, um formato de pintura bastante comum naqueles tempos. Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Para produzir este trabalho, as crianças deverão, antes de começar, desenhar um círculo, que pode ser do tamanho que preferirem. Podem usar o compasso (o professor deverá apresentar e ensinar como se usa), ou algum objeto redondo para servir de guia para o círculo. Dentro do círculo desenharão o que quiserem. O importante é que adquiriram coordenação motora para fazer os desenhos sem sair do círculo. 82 AULA Nº 05 COLAGEM EM REDONDO Material necessário: Revistas velhas, papel sulfite ou cartolina, cola e tesoura. O objetivo deste trabalho é o mesmo do anterior, porém, iremos executá-lo utilizando a técnica de colagem. Podem-se usar paisagens, animais, enfim, o que as crianças preferirem. É sempre bom incentivá-las a usar figuras sempre com um propósito definido, isto é, formando paisagem de praia, ou de mata; colagem representando algum esporte, ou animais, ou outro tema. 83 AULA Nº 06 O TRIÂNGULO Para inserir figuras geométricas, é bom que se usem motivos do dia a dia das crianças; por isso, procure sempre levá-los ao pátio da escola, para que procurem na natureza e em tudo o que os cerca, as figuras inseridas nas aulas. No caso do triângulo, se você já jogou bolinha de gude alguma vez, leve algumas para a aula, ou peça-lhes que levem e ensine-os o jogo de triângulo. Se você não sabe, é fácil: Para a aula, o jogo não deve ser “à vera”, isto é, não deve haver vencedor, pois pode gerar uma briga. - Será desenhado, de um lado, um triângulo e do outro, uma linha. Cada um deverá colocar a mesma quantidade de bolinhas dentro do triângulo, o que chamamos de “casar as bolinhas”. As crianças ficarão 84 perto do triângulo e cada uma jogará sua bolinha em direção à linha para ver qual jogará mais perto da mesma, o que dará o direito ao jogador de ser o primeiro. Depois disso, cada um vai tentando tirar mais números de bolinhas do triângulo e “tecar” o adversário. Ao final, ganha quem tiver “destruído” todos os adversários. AULA Nº 07 O QUADRADO Seguindo a idéia da aula anterior, você pode inserir o quadrado, usando a amarelinha para ilustrar. Talvez tenha que haver vários grupos, mas isso não tem importância: faça um mini - campeonato; o importante é que eles entendam as figuras, e com aulas desse tipo, você poderá resgatar um tipo de brincadeira deliciosa, que muitas crianças não sabem, e poderá se divertir com eles. 85 AULA Nº 08 ABSTRATOS Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Aqui, iremos unir o triângulo e o quadrado. Procure sempre usar a régua com as crianças. Acredite, se eles não aprenderem enquanto pequenos, podem ter muito mais dificuldade quando estiverem maiores. Alguns alunos meus de faculdade, não conseguiam usar uma régua, ou esquadro, e muito menos o compasso. Este trabalho abstrato com figuras pode ser feito com colagem; fica muito bonito também. 86 AULA Nº 09 PIET MONDRIAN Mondrian nasceu na Holanda em 1872. Sempre procurou um jeito mais simples para pintar. Por isso, desenhava retas, formando triângulos, quadrados e retângulos. Usava muito as cores: preto, branco, azul, amarelo e vermelho. 87 Composição com vermelho, amarelo, azul e preto. Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Os alunos farão a releitura ou a cópia dessa obra de Mondrian. AULA Nº 10 GUARDA DE TRÂNSITO Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. 88 Olha que guardinha mais fofo! Tente desenhá-lo na lousa, ou faça várias cópias para que os alunos sigam o modelo. Esse trabalho fica lindo também se feito com colagem. Para isso, use papel japonês. AULA Nº 11 O RETÂNGULO Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Trabalho abstrato. Pode ser feito com colagem. AULA Nº 12 MALEVITCH Malevitch foi o primeiro a usar o abstracionismo geométrico. 89 Os alunos deverão fazer a releitura ou cópia deste trabalho. AULA Nº 13 TRENZINHO Material necessário: Papel japonês, cartolina, cola e tesoura. Desenhe na lousa ou faça várias cópias para que as crianças possam usar o modelo para fazer a colagem. 90 AULA Nº 14 LOSANGOS Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e caneta hidrocor. Trabalhar o losango de vários tamanhos e cores, usando o abstracionismo geométrico. AULA Nº 15 91 PIPAS Material necessário: Papel de seda de várias cores, varetinhas, linha para pipa, cola e tesoura. As varetas, o professor deverá cortar e lixar, para que não fiquem farpas. Para esse tipo de pipa, são necessárias duas varetas, colocadas em forma de cruz. Para prender, enrolar a linha no cruzamento das duas varetas. Depois, vá enrolando a linha, subindo pela varetinha, até chegar em cima, quando a linha deverá descer até encontrar a segunda vareta.Vá fazendo assim, até formar um losango, que não deve ficar frouxo. Depois, é só colar o papel de seda, fazer as rabiolas, e pronto: a criançada pode ir se divertir, aprendendo. Aproveite para falar do perigo que há em soltar pipa perto de fiação elétrica, em lugares de grande movimento de carros, etc. AULA Nº 16 92 FLORES Material necessário: Papel japonês, cola e tesoura. Estas flores são feitas, basicamente, com losangos e círculos. Os alunos poderão copiar este desenho, ou criar, com as mesmas figuras geométricas, o desenho que quiserem. AULA Nº 17 COLCHA DE RETALHOS Material necessário: Retalhos de papel ou de pano, cola e tesoura. As crianças recortarão vários quadrados ou losangos, que podem ser de tecido ou de papéis diverso, inclusive, recortes de revistas, o que dá uma maior possibilidade de retalhos diferentes. Depois é só ir montando a colcha. Fica lindo! 93 AULA Nº 18 BANDEIRA DO BRASIL Material necessário: * Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de desenho; * Recortes de papel japonês nas cores da bandeira, cola e tesoura. Acredito que o amor e o respeito à nossa Pátria são importantes para a cidadania. Uma pessoa que não respeite a sua terra, não respeita nada, afinal, é a nossa casa maior. Mostre para os seus alunos que apesar dos problemas que temos em nosso país, ainda é uma das melhores pátrias para se viver. Não temos catástrofes, nem guerra; todos os problemas que enfrentamos são criados única e exclusivamente pelos homens, por causa do respeito que se perdeu com tudo: a pátria, a natureza, as coisas espirituais. 94 Aproveite e apresente para eles o Hino à Bandeira. É de uma melodia e uma música belíssima. Peça às crianças que indiquem quais as formas geométricas apresentadas na bandeira, e fale sobre o significado das cores. AULA Nº 19 PAISAGEM Material necessário: Papel japonês de cores variadas, cola e tesoura. Neste trabalho, serão usadas todas as figuras geométricas que as crianças conhecem. O professor desenhará na lousa e os alunos cortarão as figuras e colarão para formar esta linda paisagem. 95 AULA Nº 20 DECOMPOSIÇÃO DE FIGURAS GEOMÉTRICAS Material necessário: Para os três trabalhos que se seguem, o material será o mesmo: papel japonês de cores variadas, cola e tesoura. Trabalho simples, de fácil execução, mas que se transforma em verdadeiras obras de arte abstrata. As crianças deverão desenhar a figura geométrica, e no verso do desenho, riscar para fazer os recortes. É bom que se numere cada parte, para que não se misturem na hora de colar. O CÍRCULO 96 AULA Nº 21 O QUADRADO AULA Nº 22 O TRIÂNGULO 97 AULA Nº 23 DECOMPOSIÇÃO DE GRAVURAS Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. Este trabalho consiste em decompor figuras. As crianças escolherão uma figura, cortarão aleatoriamente, e colarão. É bom que numerem as partes cortadas, pelo verso, para que não se percam na hora de colar. 98 AULA Nº 24 SALVADOR DALI O grupo de artistas chamados surrealistas acreditava que o inesperado e o inacreditável podiam acontecer na arte. Um relógio poderia se derreter e se transformar em uma forma estranha pingando. Uma cadeira poderia ter as patas de um gato. O surrealismo é a arte do irreal, onde leis, como a da gravidade, não se aplicam, e tudo pode acontecer. 99 A persistência da memória Os alunos deverão fazer releitura ou cópia deste quadro de Dali. É uma das obras mais importantes do mundo. Para fazer a releitura, eles deverão produzir algum desenho, distorcendo-o da maneira que quiserem. AULA Nº 25 DISTORÇÃO A distorção é um exercício que as crianças adoram! Eles podem produzir seus próprios desenhos, inventando o que quiserem: podem esticar o nariz do palhaço, ou encurtar o pescoço da girafa, enfim, deixe que eles criem à vontade. Este trabalho pode ser realizado de várias maneiras: pintado com lápis, canetinha ou tinta, ou sob a forma de colagem. 100 AULA Nº 26 COLAGEM HUMORÍSTICA Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. As crianças irão recortar figuras de pessoas conhecidas, como artistas, por exemplo, e fazer montagens, trocando o rosto de um pelo braço ou a perna do outro. 101 AULA Nº 27 EL GRECO El Greco nasceu na ilha grega de Creta, mas viveu na Espanha, onde se tornou um grande pintor, escultor e arquiteto. Mais tarde foi estudar em Veneza, na Itália. Quando voltou para a Espanha, começou a pintar cenas religiosas. Só que suas pinturas eram um tanto quanto diferentes: ele pintava as pessoas espichadas. 102 Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. Nesse trabalho, as crianças farão figuras espichadas, como El Greco fazia, e através das quais ficou famoso. Elas deverão procurar figuras humanas, corta-las e espichá-las, usando tinta, lápis de cor ou canetinha, ou ainda, colando pedacinhos de papel no tom do pedaço da figura que vão colar. 103 AULA Nº 28 O TANGRAM (PARA COLORIR E RECORTAR) Algumas lendas: * Um dia, na China há 4000 anos, o Imperador Tan partiu o seu espelho quadrado quando o deixou cair ao chão. O espelho partiu-se em sete bocados. Tan, apesar de um pouco aborrecido com a perda do espelho, descobriu uma forma de se entreter, foi construindo figuras e mais figuras usando sempre as sete 104 peças, sem as sobrepor. * Um mensageiro deveria levar uma pedra de jade, de formato quadrado, ao imperador. Mas, no caminho a pedra partiu-se em sete pedaços. Preocupado, o mensageiro foi juntando as sete peças, a fim de remontar o quadrado. Enquanto tentava resolver o problema, o mensageiro criou centenas de formas de pessoas, animais, plantas, até conseguir refazer o quadrado. Material necessário: Papel japonês (sete cores), cola e tesoura. AULA Nº 29 O TANGRAM (PARA MONTAR) 105 Monte o tangram em um papel groso, como a cartolina. Se as peças forem feitas em cartolina ou papel cartão, as crianças poderão brincar de montar, como um quebra-cabeça. AULA Nº 30 SILHUETAS Material necessário: Papel colorido de várias cores, cola e tesoura. Para fazer este trabalho, as crianças deverão dobrar o papel, várias vezes, em forma de sanfoninha, desenhar as silhuetas. Depois, vão recortar seguindo as linhas desenhadas, com o papel ainda dobrado. Desdobrar o papel e pronto! 106 107 4º ANO AULA Nº 01 O ABSTRATO (BORRÃO DOBRADO AO MEIO) SIMETRIA As figuras que têm dois lados idênticos são chamadas de simétricas. Os lados do nosso corpo são simétricos. Tudo o que é simétrico, é belo. Material necessário: Tinta guache e papel de desenho. As crianças irão riscar uma folha verticalmente, ao meio, dividindo-a. De um dos lados, irão derramar um ou mais bocados de tinta, aleatoriamente, sem exagerar na quantidade. Quando terminarem, irão dobrar o papel para que a tinta passe para a outra parte. Voltar o papel para a posição anterior e deixar secar. Dar um título ao trabalho. AULA Nº 02 108 CALDER Os artistas do século XX desenham, pintam e criam esculturas para representar seus sentimentos, suas sensações. Em vez de desenhar, copiando as coisas do mundo, eles inventam novas formas de expressar seus sentimentos e seus pensamentos. Geralmente, o título dos desenhos nos dá dicas do que o artista estava pensando quando desenhava. Nesta obra, Calder demonstra o brilho e as cores da amizade. Peça a seus alunos para fazerem, antes de ver esse, um desenho que mostre a amizade. Eles deverão pensar em um amigo e desenhar, de acordo com essa amizade. Pode haver mais de um trabalho. Material necessário: Caneta hidrocor, lápis ou guache e papel de desenho ou sulfite. AMIZADE Amizade- Alexander Calder 109 AULA Nº03 DESENHANDO O AMIGO Material necessário: Lápis preto, borracha e papel de desenho ou sulfite Cada aluno se sentará de frente a um colega; ambos terão o material para desenhar, e farão o desenho do amigo. Peça-lhes que observem os menores detalhes, antes de começarem a desenhar. Enquanto eles vão se observando, aproveite para falar do valor da amizade, de como a vida é triste quando não se tem um amigo. AULA Nº 04 PINTURAS ABSTRATAS Material necessário: Tinta guache de várias cores, purpurina em pó, verniz fixador, cartolina, água e canudinho de refrigerante. Sobre a superfície do papel, aplicar, primeiramente uma camada de verniz. Isso deverá ser feito pelo professor. Passe em cada carteira e aplique, com um pincel grosso. Depois o professor deverá, da mesma forma, passar uma pincelada de água em cada desenho. Após isso, da mesma maneira, pingue alguns bocados de tinta de várias cores em cima do papel. As crianças pegarão seus canudinhos e soprarão para espalhar a tinta até que que misturem, umas as outras. Deixe secar e agora, distribua, da mesma forma, um punhado de purpurina, que também será assoprada com o canudinho. 110 As crianças deverão dar um título a sua obra. AULA Nº 05 AQUARELA SELVAGEM Material necessário: Papel canson com aproximadamente 30 x 40 cm, tinta à base de água, pincel, caneta hidrocor e frasco com água. Os alunos deverão fazer um retângulo para a base do desenho, e marcar três linhas horizontais dentro dele, usando lápis de escrever. Depois molharão a folha sem encharcá-la demais. Eles deverão escolher que tipo de paisagem irão desenhar. No exemplo abaixo, estão retratados, o céu, ao anoitecer, o rio e um gramado. Eles poderão seguir este exemplo, ou poderão criar uma paisagem de praia, de montanhas, etc. é só ir passando a tinta com o pincel, que a água se incumbirá de espalha-la para dar um efeito especial 111 AULA Nº 06 GRAFISMO Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de desenho. Coloque uma música ao fundo e peça que seus alunos fechem os olhos e ouçam. Quando estiverem bem calmos e em silêncio, dê-lhes alguns minutos e, ainda de olhos fechados, irão fazendo desenhos aleatórios no papel. Ao término do tempo estipulado, abrirão os olhos, colorirão da maneira como acharem melhor, e depois, darão um título à sua obra. 112 AULA Nº 07 TOULOUSE – LAUTREC Quando era criança, Toulose - Lautrec adorava desenhar e andar a cavalo. Quando suas pernas foram gravemente feridas em sua adolescência, descobriu que tinha um talento magnífico que viria a se tornar sua e sua vida. Ele adorava especialmente desenhar cavalos. À medida que ficava mais velho, passava muito tempo no circo, e lá desenhava todo o espetáculo. Ficou muito conhecido pela pintura de mais de trezentos cartazes para a divulgação de espetáculos circenses. Em seus cartazes, ele contornava seus modelos com linhas grossas. 113 Material necessário: Tinta guache, lápis de cor ou caneta hidrocor, ou recortes de revistas velhas. As crianças farão um cartaz anunciando que o circo está chegando à cidade. Este trabalho poderá ser feito com desenho e pintura ou colagem, ou ainda, mesclando as duas técnicas. AULA Nº 08 DÉCOUPAGE Découpage é arte de adornar objetos, recortando e colando figuras em papel. P trabalho em découpage dá margem a obras lindíssimas. Podem-se cobrir móveis, portas, enfim, o que a imaginação quiser. Neste trabalho iremos aguçar a vontade de ler nas crianças, pois elas terão que escolher muito bem que propagandas irão colocar em sua obra. Mas poderão também escolher outros tipos, como paisagens, animais, etc. Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura e cartolina. 114 AULA Nº 09 GEORGES BRAQUE Braque começou a vida de pintor, pintando casas, trabalhando com seu pai, na França. Ele, juntamente com Picasso, praticamente inventou o Cubismo, usando a idéia de formas abstratas e geométricas. Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de desenho. Para realizar este trabalho, as crianças deverão desenhar figuras que estão acostumadas, só que de forma mais reta, usando principalmente, retângulos, quadrados e triângulos. 115 AULA Nº 10 COLAGEM CUBISTA Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura e cartolina. Este trabalho também é uma forma de découpage, porém, só usaremos recortes que formam figuras geométricas, como os cubistas faziam. 116 AULA Nº 11 VAN GOGH Vincent Van Gogh pintou mais de 800 quadros. È conhecido por suas cores contrastantes e sua técnica de pintura impasto, cheio de riscos e movimentos oscilantes de seu pincel. Material necessário: Tinta guache e pincel, ou caneta hidrocor, papel ou cartolina. Por sua importância, deve-se solicitar que os alunos façam a releitura ou cópia dos dois trabalhos. Se possível, pesquise mais alguns para que os alunos possam ter mais opções, e quem sabe, possam fazer uma exposição apenas com obras de Van Gogh. AULA Nº 12 IMPASTO 117 Material necessário: Para a experiência de pintura impasto, iremos produzir uma tinta caseira muito grossa, que proporciona um acabamento de textura irregular. Receita de impasto: Em meia xícara de guache grosso, adicione uma colher de sopa de detergente em pó branco, mexendo bem, até que se misturem. Ao invés de detergente, pode-se usar amido de milho ou farinha de trigo: a mesma quantidade. Se a tinta ficar grossa demais, é bom colocar um pouquinho de água e misturar bem. Caso contrário, é só engrossá-la. Coloque colheradas de tinta colorida numa bandeja e vá aplicando- a no papel ou na cartolina com um palito de picolé ou pincel duro. As crianças verão texturas, formas e linhas totalmente diferentes do que já viram. O empasto deve secar por uma noite ou um dia. AULA Nº 13 TINTAS COM TEXTURAS 118 Material necessário: Tinta guache ou acrílica, frascos para mistura, materiais para textura, como massa corrida com cola, farinha de trigo, sal, purpurina, serragem ou areia; papel cartão, ou cartolina, pincéis variados e palitos de picolé. Coloque um pouco de tinta em cada frasco; uma cor em cada um. É interessante que as crianças façam misturas com os materiais diferentes; Por exemplo, tinta vermelha misturada com areia, com trigo, com purpurina; tinta azul misturada com areia, etc. Dessa forma, haverá uma infinidade de texturas coloridas, e poderão trocar uns com os outros. AULA Nº 14 SUPERFÍCIE E TEXTURA Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de desenho. Ao desenhar ou pintar, colocamos nossa marca sobre uma superfície, seja no papel, na areia; aliás, deixamos nossa marca em tudo o 119 que tocamos: nossas impressões digitais, que são totalmente diferentes de todas as outras no universo. Somos únicos, cada um de nós. Neste trabalho, as crianças desenharão alguns tipos de superfície, que poderá ser enrugada, lisa, esponjada, etc. AULA Nº 15 TEXTURAS Material necessário: folhas vegetais de vários tipos, lixa, papéis de vários tipos e texturas, e todo o material que proporcionar sensações diferentes, no tato. Leve seus alunos para o pátio e procurem todo tipo de material com texturas diferentes. Recolham o máximo que puderem. Ao voltar para a sala, as crianças terão seus olhos vendados e receberão, aos poucos, cada material, para sentirem a diferença de texturas, e dirão como sentem o que pegaram: se macio, áspero, delicado, etc. Depois, poderão usar as folhas de 120 vegetais para fazer trabalhos lindos, como coloca-las embaixo de uma folha de desenho e passar o giz de cera por cima, para obterem um efeito artístico. AULA Nº 16 GRAVURAS NA SELVA Material necessário: Várias folhas de vegetais, guache, rolinho para pintura, ou espuma, cartolina e uma bandeja de isopor
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