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ARTE FÁCIL 150 planos de aula- Fundamental I

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2 
 
ARTE FÁCIL- 150 PLANOS DE AULA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A Arte é a expressão maior de tudo o que se sente. É através 
dela que podemos dizer, muitas vezes sem palavras, quem somos, o que 
pensamos ou queremos. 
Muito mais que em uma galeria de obras, a Arte está em todos 
os lugares e momentos em nossa vida: na roupa que escolhemos para 
vestir, ou na comida que preferimos, nas palavras com as quais levamos 
paz e conforto às pessoas, no modo pelo qual olhamos a natureza, no 
sorriso de uma criança cheia de sonhos ou de um idoso que não se cansa 
de ter esperança. A Arte nos envolve e nos transforma; faz-nos ver que 
a vida se renova dia após dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
Agradecimentos: 
Primeiramente a Deus, que me proporcionou inteligência e ânimo para estudar. 
Ao meu grande amor Carlúcio, que tem sempre guardada uma porção de otimismo 
para me ofertar, cada vez que invento algum novo projeto, e que, com seu amor, 
salvou a minha vida em todos os sentidos. 
Aos meus filhos, Allan e Gabriela, minha força de viver. 
À Bibi (como prefere ser chamada), por ter colaborado intensamente na elaboração 
desse material, com seu dom juvenil para design. 
Aos meus pais José Barbosa e Elenita Barbosa, por terem me ensinado tudo sobre 
dignidade, respeito e fé. 
À minha irmãzinha Kelly, que já se foi, mas deixou a marca do verdadeiro amor 
cristão nesta Terra. 
A todos os meus irmãos: André, Eduardo, Alexandre, Keilly, Charles, Wellington, 
Alex, Jefferson, e Daniel. 
Ao meu sogro Mauro Norberto, que do alto de seus 80 anos e de toda a sua 
sabedoria, mostra-me o valor do conhecimento. 
A dois grandes amigos, que me incentivaram a publicar esta obra: Osmar Norberto 
e Ângela. 
E especialmente à Arlete, a pessoa que me inseriu no mundo das Artes, e a todos 
que foram meus alunos, na cidade de Januária, norte de Minas Gerais. Esse livro 
jamais seria uma realidade se eles não tivessem passado por minha vida. 
 
 
 4 
 
CONTEÚDO 
 Sobre mim..............................................................................................05 
 A importância da arte no desenvolvimento social de 
adolescentes........................................................................................09 
 Apresentação..........................................................................................12 
 As aulas começaram..............................................................................14 
 A Educação Infantil...............................................................................15 
 1º Ano 1-10............................................................................................17 
 1º Ano 11-20..........................................................................................29 
 1º Ano 21-30..........................................................................................37 
 2º Ano 1-10............................................................................................47 
 2º Ano 11-20.........................................................................................59 
 2º Ano 21-30.........................................................................................67 
 3º Ano 1-10..........................................................................................77 
 3º Ano 11-20.........................................................................................87 
 3º Ano 21-30........................................................................................95 
 4º Ano 1-10..........................................................................................106 
 4º Ano 11-20........................................................................................115 
 4º Ano 21-30........................................................................................124 
 5º Ano 1-10..........................................................................................136 
 5 
 5º Ano 11-20.......................................................................................147 
 5º Ano 21-30........................................................................................158 
 Bibliografia..........................................................................................169 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
Sobre Mim 
Em 2002, depois que exonerei um cargo efetivo que tinha no Estado, fiquei 
meio perdida. Havia terminando o meu curso de Letras, mas nunca havia 
lecionado. Meus filhos estudavam em uma escola particular, onde, gratuitamente, 
eu me aventurava a ensinar músicas aos alunos. Talvez por causa da boa vontade 
demonstrada, acabei recebendo um convite para lecionar na referida entidade, para 
crianças de 1ª a 4ª séries. Tudo bem; afinal, eu tinha um diploma de professora - de 
Português. 
 Estaria tudo bem, se as aulas que me ofereceram não fossem de Artes. 
Quando soube, quase desisti, mas essa é uma palavra que não cabe no meu 
dicionário. Achei melhor tentar. Então, solicitei da direção da escola o material de 
Artes que eles possuíam para que eu tivesse alguma base para começar. 
Qual não foi minha surpresa, quando descobri que não havia um livro sequer 
de Artes na escola. Então, eu supus que os professores anteriores tivessem algum 
material que pudessem me emprestar, mas eles simplesmente me disseram que eu 
podia ensinar as crianças a desenhar, pintar, colar, qualquer coisa; elas não 
gostavam das aulas de Arte, mesmo... 
Foi aí que eu percebi em que enrascada havia me metido. Nesse ponto, minha 
carteira já estava assinada. Eu havia assumido um compromisso e teria que me 
virar. No princípio, o que fazia nas aulas era ensinar as crianças a desenhar, pintar, 
cantar... mas me sentia extremamente incompetente agindo dessa forma. Por outro 
lado, as crianças também não se interessavam em fazer nada. Ficavam o tempo 
todo brincando. Isso durou umas três semanas. 
Comecei minha busca pelas bibliotecas na cidade. Nada, nem um livro de 
Artes sequer. Busquei na Internet. Havia muita coisa, mas solta. Para quem nunca 
havia lido nada sobre o assunto, ficava difícil até de procurar. Eu não sabia o que 
 7 
deveria ensinar aos pequenos. Resolvi, então, buscar nas livrarias, e por incrível 
que pareça, para conseguir algum material, eu tive que encomendar. Quando a 
primeira coleção chegou (caríssima, diga-se de passagem), eu vi que minha luta 
seria árdua, se quisesse apresentar um trabalho digno. Encomendei muitas outras 
coleções (durante alguns meses, meu salário era só para pagar os livros), e me pus 
a estudar com afinco. Aos poucos, fui me interessando e acabei fascinada pela 
Arte. 
Comecei a montar meus planos de aula, separadamente para cada turma, 
dependendo da idade, da série, do amadurecimento de cada turma. Para fazer isso, 
passei muitas horas trabalhando em casa, mas consegui: a primeira mostra de Artes 
realizada na escola, por mim, foi um grande sucesso. Meus pequeninos produziram 
trabalhos magníficos: Kandinsk, Miró, Picasso, enfim. O que se via, agora, eram 
crianças de 1ª a 4ª série, moradoras de uma cidadezinha no Norte de Minas, 
conheciam agora, o mundo maravilhoso da Arte. A repercussão foi tão grande, que 
até mesmo a televisão esteve presente. Foi maravilhoso! Dava gosto de ver a 
empolgação da garotada! 
No semestre seguinte, fui convidada a lecionar também para as séries 
seguintes, do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Nesse ponto, já estava 
craque no assunto, pois estudava sem parar. Aprendi muito, realizei muitos 
projetos e me emocionei imensamente por várias vezes, ao ver meus pequenos 
falando de coisas tão profundas! 
Certa vez, estava trabalhando a História da Arte com duas turmas de 7ª série, e 
viemos “viajando” por todos os momentos históricos. Falamos sobre Arte 
Rupestre, passeamos pelo Renascimento, navegamos pelo Rococó. Depois disso, 
solicitei às turmas que pesquisassemsobre o Neoclassicismo. Eu não iria falar 
nada. A aula seria dada por eles. Deixei por sua conta a apresentação. Poderiam 
apresentar, divididos em grupos, da maneira que quisessem. No dia combinado 
para as apresentações, sentei-me no final da sala, com meu caderno de anotações 
 8 
(eu sempre anotava tudo o que acontecia nas aulas) e eles começaram a falar. Falar, 
não: começaram a dar aula, literalmente. Sem exagero nenhum: dissertavam sobre 
o tema, como se tivessem vivido naquela época. Sem exceção, todos os alunos, à 
sua maneira, em verso, prosa, teatro, música, fantoche, enfim, de todas as formas, 
me fizeram chorar de emoção. Crianças que, em sua maioria, não conheciam nem 
mesmo a capital de seu estado, falando de Artes como qualquer pessoa 
extremamente culta. Acho que foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, 
como professora. 
No ano seguinte, fiz minha pós-graduação, e, então, fui convidada a dar aula 
de Metodologia de Arte no Normal Superior. Aceitei tranqüilamente, e felizmente, 
foi um sucesso: Belíssimos projetos, envolvendo teatro, música, artes plásticas, 
além de sempre focarmos o lado social. Meus alunos eram maravilhosos, sempre 
motivados; nossas aulas eram magníficas. Tenho saudade! 
Já não mais leciono, mas continuo envolvida com a Arte; continuo estudando 
muito para ajudar a outros professores, como os meus ex-alunos do Normal 
Superior, que viviam me procurando para dar-lhes algumas dicas para suas aulas. 
Por ter ciência da carência que há em se tratando de material de Artes, resolvi 
produzir esse material especialmente para você, professor de Artes, que passa pelo 
que eu passei. Que tem gasto todo o seu salário na compra de livros, e que tem 
perdido muito do seu tempo em buscas infindas na Internet. Garanto que o que 
vou lhe oferecer agora lhe será de muita utilidade, se você realmente quer se 
destacar como professor. 
É um trabalho que vai ajudá-lo, professor, principalmente aos que 
estão começando, em sua caminhada. Nele você encontrará aulas 
prontas, com lista de materiais, modo de fazer, dicas, conselhos, 
experiências, enfim, tudo o que for precisar para o ano letivo. Estão 
 9 
incluídos, também alguns projetos realizados por mim, juntamente com 
meus alunos. 
De acordo com o artigo 26, parágrafo II, a Lei de Diretrizes da Educação 
Nacional estabelece que: 
“O ensino de Arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos 
níveis de Educação Básica (Educação infantil, Ensino Fundamental e Médio), 
de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.” 
 
Neste trabalho, você terá a seu dispor, aulas completas de Artes para seus 
alunos da Educação Infantil, com projetos, planos de aula, listas de materiais, 
enfim, tudo o que você irá precisar para uma boa aula. È um planejamento anual, 
com 30 aulas para cada série, desde o 1° até ao 5ª ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
A IMPORTÂNCIA DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE 
ADOLESCENTES 
 
O estudo da Arte coloca o aluno em contato com a beleza, a emoção e a 
riqueza de informações que ela contém. Este projeto busca relacionar esse estudo 
com a vida social de adolescentes, procurando definir a forma pela qual a Arte 
possa influenciar o comportamento dos mesmos em relação a sua vida em 
sociedade. Ao observar alunos adolescentes de uma determinada escola, esta 
observadora pôde perceber que ao entrar em contato direto com a História da Arte 
e toda a sua influência para com a humanidade, os mesmos passaram a se tornar 
menos agressivos e preconceituosos para com a sociedade em geral, pois 
observando a história do mundo, em seu contexto geral, passaram a entender o 
porquê do modo de agir e pensar de civilizações anteriores à nossa. Nesse projeto, 
esta pesquisadora procura verificar de que maneira a História da Arte pode 
transformar o adolescente: se ao descobrir a beleza e a riqueza de diversas culturas, 
podem, realmente livrar-se de alguns preconceitos de fundo étnico. 
Para Briosch (2003: pág. 38), na Grécia antiga, a forma perfeita e a beleza 
estavam associadas a valores como a inteligência, respeito e conhecimento das leis 
e dos costumes. Essa autora mostra a importância de se valorizar a própria cultura, 
chamada de popular. 
Essa autora mostra ainda a importância da colagem na História da Arte, dentro 
dos movimentos intitulados Dadaísmo e Surrealismo, que davam extrema 
importância às manifestações do subconsciente e do inconsciente, abrindo espaço 
para o sonho, a loucura, as alucinações, o que veio ser importantíssimo para o 
tratamento de doentes mentais, na atualidade. 
Briosch (2003, pág. 56) deixa claro que a arte indígena e afro-brasileira são o 
marco da história do nosso povo, como também incentiva-nos a valorizar cada 
momento de nossa história, através do estudo da arte de nossos ancestrais. 
 11 
Demonstra também a arte e sua importância para a sociedade, ao citar obras de 
artistas do movimento pop no Brasil que protestaram contra a ditadura militar, 
como também mostra trabalhos de xilografia que enfatizam a vida sofrida de 
adolescentes e toda a sociedade. 
Strckland (2004, pág. 02) inicia sua exposição demonstrando a importância da 
arte, desde os tempos mais primitivos, enfatizando que cada objeto de arte 
encontrado conta a história do mundo e mostra crenças, mitos, ideologias e 
inúmeras formas de cultura. Em todo o livro, a autora deixa clara a importância de 
se respeitar e preservar a memória de um povo, o que se consegue através da arte 
desse povo. 
Em Garcez e Oliveira (2004, pág 26) vê-se uma infinidade de obras que 
contam a história do Brasil antes de Cabral trazer seus homens para explorar 
nossas terras e transformar nossa cultura, demonstrando assim, o quanto a arte 
pode mudar a mente e os atos de um povo, e que através das obras deixadas é 
possível entender o modo de agir de uma sociedade. Os autores enfatizam a 
importância do sentimento e da construção da identidade nacional, através da 
demonstração das diversas obras nas quais vários artistas declaram seu amor à 
Pátria. 
É possível perceber a importância da Arte ao longo da história da humanidade, 
o que nos faz acreditar que o objetivo deste trabalho, que é mostrar a importância 
da e sua influência no desenvolvimento social de adolescentes é corroborado por 
Aberastury e Knobel (1981, pág 12), que dão ênfase à importância de atividades 
diversas, principalmente as relacionadas às Artes, para que o adolescente tenha 
prazer em relacionar-se com a sociedade, e em viver a realidade do mundo atual, 
através do conhecimento de culturas diferentes das que ele tem vivenciado. 
Pereira e Santos (1957, pág. 41) mostram as relações sociais e qual o lugar do 
adolescente no quadro da vida, o que vem deixar explícito que em toda a história, o 
adolescente está sempre envolvido com a arte e suas manifestações, seja na escola, 
em família, na religião, ou dentro da sociedade, em geral. 
 12 
Miranda (1957, pág. 18) demonstra a importância da vida social do 
adolescente. Dentro dessas noções, pode-se perceber que a arte faz parte de tudo 
que nos rodeia, e que a importância que ela exerce sobre os adolescentes é imensa, 
já que é através da arte que ele consegue se expressar e, através do seu estudo 
conseguirá perceber que existe um lugar na sociedade para ele que é um sujeito 
capaz de modificar-se e também transformar o mundo através de sua expressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Em primeiro lugar, uma boa aula de Artes precisa de espaço e 
organização. De forma alguma, pode virar uma bagunça! É bom que haja 
uma sala específica para as atividades de Artes. Converse com a direção da 
sua escola e tentem conseguir um cantinho de Artes. Dessa forma, você não 
precisará terminar a aula antes do tempo para limpar a tinta das carteiras, 
ou pior ainda, ter que freqüentemente se desculpar com os demais 
professoresou com os zeladores da escola pela bagunça de seus alunos. 
 Vou usar aqui um chavão de propaganda de sabão em pó. “Se 
sujar faz bem”. Seus alunos irão se sujar, não tenha dúvida. Isso é 
perfeitamente normal, quando se trata de lidar com tintas, cola, papéis, etc. 
No entanto, se você começar o ano letivo com ordem e disciplina, eles irão 
entender que arte não é bagunça nem sujeira. Mostre a eles a importância 
de sua disciplina. Eles vão entender, pode ter certeza! 
Sempre planejei muito bem minhas aulas. No entanto, às vezes, 
mesmo planejando tudo, alguma modificação acaba sendo necessária. Se 
não houver planejamento, você se perde, a ponto de não conseguir ver 
resultados positivos, e acabará se desgastando e se frustrando. 
Procure sempre, a cada mês, ou trimestre, ou ainda, a cada 
semestre, planejar a sua aula, anotando todos os materiais que irá precisar. 
Se for o caso, isto é, se seus alunos tiverem condição financeira que lhes 
 14 
permita, entregue a eles uma lista de tudo o que irão precisar durante as 
aulas. Melhor ainda se puderem trazer com bastante antecedência, desde 
que em sua escola tenha armários para estocar os materiais. Lembre-se, no 
entanto, de que cada criança tem seu tempo e o material deverá ser 
escolhido de acordo com esse tempo. Por exemplo, estiletes, fósforos, 
pedaços de espelhos, ou outros materiais perigosos deverão ser muito bem 
analisados de acordo com a idade de sua turma. Em se tratando de 
Educação Infantil, então, a atenção deverá ser redobrada. 
Um bom professor de Arte deve saber que materiais recicláveis são 
extremamente úteis para as aulas. Guarde sempre papéis usados, jornais, 
bandejas de frutas, potinhos de iogurte, tampinhas de garrafa, enfim, tudo 
o que você consiga visualizar como material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
AS AULAS COMEÇARAM. AGORA É COM VOCÊ! 
A primeira aula deve ser a mais animada possível. As crianças 
estão chegando para um mundo totalmente novo, e se elas gostarem da 
primeira aula, você as conquistou! Planeje com muito carinho tudo o que 
vai acontecer durante o tempo em que estarão juntos. Lembre-se: você 
tem que ter tudo preparado para eventualidades, como por exemplo, se 
alguns de seus alunos não estiverem muito motivados com a aula, ou se 
eles se empolgarem demais e terminarem mais cedo do que o previsto, é 
preciso que você tenha um plano B. Há alguns anos, quando eu lecionava, 
tinha uma turma de 2ª série muito ativa. Para eles eu tinha que planejar 
de duas a três aulas por semana. Até eu descobrir que esse era o 
caminho para que eles se comportassem, sofri muito. Quando 
terminavam os trabalhos, ficavam ociosos e a bagunça começava; eu 
pedia a Deus que a aula terminasse logo. Depois que descobri que ao 
invés de odiarem a minha aula, eles queriam é sempre mais, essa passou 
a ser minha turma preferida. Esteja preparada, então, se por acaso 
surgir uma galerinha ativa em seu caminho. Uma ótima opção é preparar 
uma pasta ou mesmo um caderno com tudo o que vai precisar. Anote 
tudo, desde o seu planejamento até os resultados da aula, 
individualmente, aluno por aluno. Dessa forma, você poderá fazer 
mudanças que irão acrescentar muito em suas próximas aulas. 
 
 
 16 
O ENSINO FUNDAMENTAL I 
O Ensino Fundamental I é o primeiro e decisivo passo para se 
atingir a continuidade no ensino, com produção e eficiência desejáveis. 
Nesse período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos 
de sua formação, pois como ser bio-sócio-cultural dá os passos definitivos 
para uma futura escolarização e sociabilidade adequadas como membro do 
grupo social a que pertence. 
Sua personalidade começa a consolidar-se; o autocontrole e a 
segurança interna começam a firmar-se. 
Um cuidado especial deve ser tomado pelos educadores para, de 
forma integral e harmônica, desenvolver personalidades ajustadas, 
equilibradas, fundamento essencial para a boa formação. 
Para a maioria das crianças, a escola oferece possibilidades que a 
família muitas vezes não tem condição de proporcionar. 
Nesse período, a criança, transpondo o limiar da família, convive 
com outras de sua idade e descobre, à sua maneira, um novo centro social e 
intelectual. 
A socialização desenvolve-se harmoniosamente adquirindo 
superioridade sob o ponto de vista da independência, confiança em si, 
adaptabilidade e rendimento intelectual, vantagens que favorecem os 
estudos posteriores. 
 17 
Nessa idade, em que toda ela é muito diferente do adulto, isto é, 
pensa como pode, aprende o real de forma diferente, a criança não tem 
possibilidade de abstração e imaginação que lhe permitiam a concepção 
correta da realidade. Fica, pois, de certa forma, sujeita ao controle de uma 
autoridade exterior firme, mas ao mesmo tempo suave, e que ela se sinta 
amiga. Faz-se necessário guiá-la com dedicada cautela, dando-lhes 
explicações condizentes com sua idade, ajudando-a a descobrir a real 
utilidade das coisas. As atividades programadas devem basear-se em suas 
necessidades e interesses; crianças são ávidas a explorar, experimentar, 
colecionar, perguntar, aprender depressa e desejam exibir suas habilidades. 
Bem orientadas, seu grau de colaboração e desejo de fazer o melhor será 
evidenciado, concretizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
1º ANO 
Todos os trabalhos serão feitos em folhas avulsas, que serão guardadas em 
uma pasta, para posteriormente serem transformados em álbuns. 
AULA Nº 01 
DESENHOS NA AREIA 
 
Material necessário: Pauzinhos, palitos de picolé ou de churrasco 
(desde que sem ponta), ou, na falta de espaço (pátio ou caixa de areia), uma 
bandeja descartável ou mesmo folhas de papel usadas, para colocar os 
punhados de areia e formar quadros naturais para o trabalho. 
Leve seus alunos para o pátio. Se houver areia ou terra, ótimo; se 
não tiver, peça ao diretor para que providencie. Se isso não for possível, 
poderão ser usados punhados de areia sobre folhas de papel, ou bandejas 
de isopor, sem o menor problema. 
 É muito importante que as crianças sintam a natureza, e aprendam 
a amá-la. A escola, no entanto, deve ter um cuidado especial com a caixa de 
areia, mantendo-a coberta, sempre que os alunos não estiverem utilizando-
a. Você também deve procurar saber se na sua turma existe alguma criança 
alérgica, não só à areia, mas a qualquer outro material que vá utilizar em 
suas aulas. Para isso, é bom que converse com os pais separadamente. Se 
achar necessário, peça uma declaração por escrito, onde eles afirmem que 
seus filhos podem usar todo e qualquer material. Isso poderá livrar você de 
algumas surpresas desagradáveis. Se por acaso, alguma criança tiver algum 
 19 
tipo de alergia, você deverá conversar com ela antes, em particular, 
explicando-lhe o motivo pelo qual não vai poder praticar a mesma 
atividade dos outros, e incentivá-la a outra atividade similar àquela, que 
seja tão empolgante quanto. 
Distribua alguns pauzinhos às crianças. Com eles elas irão 
desenhar na areia, fazendo sulcos que formem lindos desenhos. Eles 
poderão trabalhar individualmente, em dupla, em grupo, do jeito que você 
achar melhor. O trabalho em grupo é importante para a socialização, mas 
às vezes é bom inovar. Nunca siga uma só regra. Em tudo, seja criativo. 
Antes da aula, é sempre bom você focar os objetivos daquela aula. Por 
exemplo, você pode falar sobre José de Anchieta, que muito mais que um padre, 
foi grande escritor, historiador, poeta e teatrólogo. Ele ministrava suas aulas aos 
índios, desenhando na areia. É sempre bom mesclar em suas aulas um pouco de 
conhecimentos diversos, como história, literatura, ciência; isso fará com que seus 
alunos cresçam muito enquanto aprendem arte. Por outro lado, você também 
adquirirá um enorme conhecimento e uma bagagem de cultura como poucos 
teriam. Aproveite cada minuto 
Você pode, para incentivá-los, promover um concurso do melhor 
desenho na areia, comdireito a prêmio para o vencedor (bala, pirulito); 
lembre-se de que eles não sabem perder. Por isso, deve haver premiação 
para todos. Escolha algumas categorias, como por exemplo: o melhor 
desenho, o melhor comportamento, a maior quantidade de desenhos 
(sempre com as opções de 1º, 2º e terceiros lugares, ou quantos mais forem 
necessários). Pode acrescentar prêmios de incentivo, para que na próxima 
 20 
aula, os menos animados se sintam mais encorajados a participarem. Não 
se esqueça de ninguém. 
Durante todo o tempo, esteja muito atento a tudo o que estiverem 
fazendo. Se tiver uma máquina fotográfica digital, melhor ainda. Anote 
cada detalhe de cada aluno, e deixe que eles percebam isso; dessa forma, 
sentirão a importância do trabalho que estão realizando. Quando faltarem 
10 a 15 minutos para o encerramento da aula, avise-os de que já saiu o 
resultado do concurso. Comece premiando os que mais se esforçaram. 
Lembre-se de que na Arte, o que vale é a expressão. A beleza é ilusória. O 
que eu acho bonito, pode não o ser para ou outros. Veja, por exemplo, o 
sapo. É bem provável que você o ache horrível, mas a sapa não pensa 
assim. Portanto, deixe a sua opinião de lado, e pense apenas como 
educador. 
Observe muito bem cada serzinho que está sob a sua 
responsabilidade. Isso é o mais importante numa aula. Sinta amor por cada 
um, principalmente os mais indisciplinados. É comum nos depararmos 
com casos de extremo sofrimento, nesses alunos problemáticos. Esteja 
atento. 
Alguns modelos de desenhos que seus alunos poderão fazer. Aos poucos 
as idéias vão surgindo, e logo, logo, serão tantas quanto os grãos da areia. 
 
 21 
 
Nota: É bom que você leve algumas formas de plástico com 
desenhos de estrelas ou bichinhos (encontradas em qualquer loja), ou 
latinhas, copinhos, forminhas. Se por acaso alguma criança estiver 
entediada em desenhar na areia, poderá optar pelo trabalho com as 
forminhas, que, após estarem cheias, e ao serem viradas, aparece uma 
infinidade de coisas. Esse trabalho também deverá ser premiado. 
 
AULA Nº 02 
DESENHANDO COM GIZ 
Material necessário: Giz de várias cores (quebrados ao meio, para 
que não se partam facilmente), papel- cartão e água. 
O giz comum (desses de escrever na lousa) é um excelente material 
para se fazer desenhos. Pode ser usado de várias formas. 
* Se houver um espaço bom na escola, leve os alunos para fora e 
deixe a imaginação fluir. Lembre-se sempre de avaliar todos os trabalhos. 
 22 
* Para fazer rabiscos de giz super brilhantes, peça que os alunos 
molhem uma folha de papel- cartão escuro (pode ser com pincéis ou com 
borrifadores, ou mesmo algodão embebido em água. Do jeito que for mais 
fácil e que faça menos bagunça, e depois, passarão o giz (de preferência, 
várias cores), e obterão desenhos ricos e brilhantes! Quando o papel secar, 
as crianças poderão molhar o giz e continuar desenhando. Surge o mesmo 
efeito. Uma boa técnica para que o papel secar rápido, é molhar com leite 
desnatado ou amido líquido. 
Uma boa dica também é levar uma folha grande de papel krafit 
para que as crianças façam um mural. 
 
 
AULA Nº 03 
O FEIXE DE RABISCAR 
Material necessário: Canetas hidrocor laváveis, pincel atômico fino, 
lápis de cor ou giz de cera fino, papel sulfite (pode-se usar cartolina ou 
qualquer outro tipo de papel) e fita adesiva. 
 23 
Geralmente, a preparação do feixe é feita pelo professor, mas por 
experiência própria, posso garantir que as crianças conseguem fazê-lo. Elas 
irão juntar alguns lápis ou canetinhas, ou giz (e se quiserem podem 
misturar esse material, desde que as pontas fiquem todas paralelas umas às 
outras), como um feixe, passarão fita adesiva para prender e depois, é só 
começar a desenhar, fazendo o efeito de arco-íris. Esse trabalho fica muito 
divertido se for feito em caixas de papelão (embalagens de 
eletrodomésticos, por exemplo). Melhor ainda se for coberta por um papel 
claro, como o krafit. Dá até para criar uma casa de brinquedo: as crianças 
poderão desenhar e pintar as portas e janelas, e os adultos, então, cortarão 
de forma a abrir e fechar, com o estilete. 
 
 
AULA Nº 04 
DESENHANDO NA LIXA 
 
 24 
Material necessário: Lixa e giz de cera (de preferência aqueles que 
estão quebrados, pois a lixa irá gastá-los rapidamente) 
As crianças farão desenhos com o giz na lixa. É só isso. Fica 
lindíssimo! 
 obs.: Uma maneira de o trabalho ficar muito mais bonito, é o 
professor levar um ferro de passar e algumas folhas de jornal. 
Quando os alunos terminarem o trabalho, é só colocar a lixa entre 
duas folhas de jornal e pressionar com o ferro quente. Isso 
derreterá o giz na lixa. O desenho ficará suave e brilhante. 
 
 
AULA Nº 05 
DESENHANDO COM GIZ MOLHADO 
Material necessário: Potinhos com água, giz comum e papel sulfite 
 25 
É uma técnica bastante usada entre as crianças. Distribua os 
recipientes mencionados (qualquer copinho) com um pouco de água 
(querendo, poderá adicionar algumas gotas de goma arábica), e vários 
pedaços coloridos. Eles irão molhando e livremente traçando sobre o papel. 
O desenho parecerá melhor depois de seco. 
 
 
AULA Nº 06 
DESENHANDO COM COLA COLORIDA 
 
Material necessário: Cola colorida de várias cores e papel sulfite. 
O mercado de colas coloridas está apto a fornecer material para 
essa técnica moderna de desenho. Existem cores com brilho, que dão uma 
beleza especial aos trabalhos. 
 26 
 
Para trabalhar com tinta é bom que o professor solicite dos pais, ou 
providencie aventais (com sacolas de plástico). Abra-as ao meio, 
preservando as alças. Dê um pique para aumentar a abertura de um dos 
lados, a fim de passar pela cabeça. Com o que sobrar da sacola, corte as 
tiras e amarre-as, formando duas cordinhas, que serão amarradas na 
cintura dos pequenos. Eles podem ajudá-lo nisso. 
AULA Nº 07 
O BARBANTE CAIU 
Material necessário: Tinta lavável, papel sulfite ou de desenho e 
barbante. 
A arte tem inúmeros matizes, e, muitas vezes, quanto mais simples, 
mais bonita, principalmente, a arte infantil. Neste trabalho, as crianças irão 
cortar vários tamanhos de barbante e molharão em tinta guache, várias 
cores. Depois jogarão aleatoriamente sobre o papel. Esperam secar e depois 
 27 
tiram. Fica uma obra, que podemos denominar de dadaísta. E linda! Peça-
lhes que dêem um título à obra. 
 
 
 
AULA Nº 08 
O BORRÃO 
Material necessário: Tinta lavável, papel sulfite, palitos e pincéis. 
Essa é uma técnica que as crianças adoram. Muitas delas, quando 
começamos a inserir as tintas nas aulas, acabam fazendo bagunça, e para 
que elas não se sintam frustradas, a técnica do borrão é ótima. Distribua 
uma folha (que pode ser reciclada) a cada aluno. Despeje um ou alguns 
punhados de tinta em cada folha, e incentive-os a produzir uma arte 
abstrata (podem usar o dedo, palitos, ou pincéis). Acredite: surgirão 
trabalhos belíssimos. 
Nota: Sempre que eles produzirem arte abstrata, peça-os para dar 
um título à sua obra (isso fará com que eles comecem a buscar no abstrato 
 28 
algum tipo de explicação, e não cresçam achando que arte é só rabiscos, 
como muitos adultos desavisados). Importante também pedir-lhes que 
assinem todos os trabalhos e coloquem a data. 
O pato louco 
AULA Nº 09 
DESENHANDO COM PINCÉIS 
Material necessário: Tinta, papel sulfite e pincéis. 
Depois da aula anterior, as crianças se sentirão mais animadas, pois 
verão que a beleza da obra está no que ela significa. Estarão mais confiantes 
para usar os pincéis. Dê preferência aos mais grossos, pois são mais fáceis 
de manusear, nessa idade; agora, deixe que a criatividade corra livre e 
solta. 
 29 
 
 
AULA Nº 10 
COM ESPONJA 
Material necessário: Um pedaço de espuma (que pode ser macia, 
ou mesmo de aço- tipo Bom Bril), anilina, ou guache misturado com água, e 
papel sulfite. 
As crianças molharão a esponja na tinta ou anilinae farão seus 
desenhos livremente. Não se esqueça que eles devem dar um título à obra, 
e melhor ainda, se houver tempo para que expliquem para a turma o 
porquê do título que deram. 
 30 
 
AULA Nº 11 
DESENHANDO COM MASSA 
 
Material necessário: Farinha de trigo, água, algumas vasilhas 
(copos descartáveis, por exemplo), cola branca, anilina de várias cores e 
papel sulfite. 
Numa vasilha maior, faça um mingau usando a água, farinha de 
trigo e um pouco de cola. Depois, divida essa massa nos copos 
descartáveis, e em cada um, coloque um pouco de anilina de cada cor. As 
crianças adoram pintar com os dedinhos. Deixe que sintam a maciez da 
mistura! 
 31 
Natal colorido 
AULA Nº 12 
TRABALHOS COM PARAFUSOS 
Material necessário: Parafusos de vários tamanhos, tinta guache e 
papel sulfite. 
Cada criança ficará com um ou mais parafusos (que no decorrer da 
aula podem ser compartilhados), molharão na tinta e farão os desenhos no 
papel. 
 32 
 
AULA Nº 13 
PANÔS 
Material necessário: Pedaços de cortiça, isopor, cartolina, madeira 
ou tecido. 
Todos os trabalhos feitos podem agora ser recapitulados, mas não 
deixe que eles recortem os anteriores. Deverão guardar sempre em uma 
pasta para que mais tarde, possam fazer uma exposição. Eles deverão 
refazer alguns dos que eles se interessaram mais, para que recortem e 
colem, formando panos. Observe: 
 
 33 
 
 
AULA Nº 14 
PINTURA COM PENEIRA 
 
Material necessário: Papel sulfite, anilina ou guache (uma só cor), 
vasilha para preparar a tinta, uma peneirinha, uma escova de dente ou de 
outro tipo, com as cerdas bem fina e macias, papel sulfite e jornal. 
 Forre bem a mesa com o jornal e coloque o papel d desenho 
(sulfite). Prepare a tinta não deve ficar fina nem grossa demais. Segurar a 
peneira com uma das mãos, e com a outra, segurar a escova e molhá-la na 
tinta. Esfregar, então, a escova na peneira. Fica lindo Esse trabalho, como 
tantos outros, pode ser usado para fazer capas de cadernos, cartões, etc. 
Uma boa alternativa é usar o mesmo processo em cima de recortes de 
 34 
flores, animais, para que, ao tirar o recorte, as figuras se destaquem em 
branco sobre o papel. 
Frutos do mar 
AULA Nº 15 
IMPRESSÃO 
Material necessário: Papel sulfite e legumes 
Existem nas lojas muitos modelos de carimbos pedagógicos, que já 
vêm com tinta própria para serem usados. No entanto, há uma maneira 
muito mais criativa de se produzir belíssimos trabalhos de impressão. Peça 
às crianças para levarem para a aula alguns legumes, como pimentão, 
quiabo, chuchu, batata, etc. 
O professor deverá cortar esses legumes ao meio, secá-los e 
entregar às crianças, que irão molhá-los na tinta e depois usa-los como 
carimbo. As mãos também podem servir de carimbo. 
 
 35 
 
Para recortar, no início, as crianças usarão as mãos, para que 
adquiram firmeza. Mais tarde é que receberão a tesourinha, mas atenção; 
Veja se todos estão com tesouras sem ponta, e ainda assim, fique sempre de 
olho neles! 
AULA Nº 16 
RECORTES COM A MÃO 
Material necessário: Jornais e revistas velhos, retalhos de papéis 
coloridos, cola, cartolina, barbante. 
As crianças estão acostumadas a recortar papéis com as mãos. 
Oriente-as para que produzam arte com essa brincadeira gostosa. 
 
 36 
 
AULA Nº 17 
RECORTES COM A TESOURA 
Material necessário: Os mesmos materiais utilizados na aula 
anterior; a diferença é que agora, eles cortarão com suas tesourinhas. 
 
 
 37 
AULA Nº 18 
DOBRAR E RECORTAR 
FLOR 
Material necessário: revistas ou jornais velhos, papel japonês ou 
qualquer tipo de papel que seja dobrável. 
Este trabalho é facilmente executável pelas crianças. Elas 
conseguem muito mais do que podemos imaginar! Faça um quadrado e 
dobre-o em diagonal três vezes. Com a tesoura, arredonde as pontas. Ao 
abrir, aparecem as pétalas. Várias delas sobrepostas farão uma linda flor. 
 
 
AULA Nº 19 
BONECOS 
Material necessário: Papéis de vários tipos, desde que sejam 
dobráveis. 
 38 
As crianças deverão ser orientadas a dobrar em forma de 
sanfoninha, uma tira de papel (o tamanho é opcional). Depois, aqueles que 
tiverem mais habilidade, poderão desenhar o bonequinho e recortar. Você 
poderá ajudá-los, mas encoraje-os a fazerem sozinhos, mesmo que tenham 
que tentar mais de uma vez. 
Aproveite para falar sobre a união. Um bonequinho só não fica tão 
bonito quanto se estiverem vários juntos. Assim também é a vida: não é 
bom que estejamos sós. Fale sobre a paz, o amor; deixe que eles contem 
algumas experiências de vida, envolvendo a família, os amigos. Faça um 
círculo entre eles e promova um debate sobre a violência. Você irá se 
surpreender com a sabedoria dessa galerinha. 
 
 
AULA Nº 20 
VESTINDO OS BONECOS 
 39 
Material necessário: Papéis de cores variadas. Um bom papel para 
essa atividade é o japonês. 
As crianças vão desenhar e depois recortar as roupinhas para vestir 
os bonequinhos. 
 
 
* Aproveite para falar sobre a importância de manter a roupinha 
limpa, andar calçado e vestido, enfim, mostre a eles o valor da higiene 
pessoal. Lembre-se: você faz parte do processo educativo dessas crianças. 
Faça a diferença positiva na vida delas. 
 
AULA Nº 21 
PINHEIRINHO 
Material necessário: O material é o mesmo empregado nas aulas 
anteriores. Se o papel for branco, as crianças poderão pintá-lo ou decorá-lo 
a gosto. 
 40 
Da mesma forma que os outros, os alunos dobrarão o papel, 
desenharão e depois cortarão as sobras. 
 
 
AULA Nº 22 
FOLHAS, PÁSSAROS, BORBOLETAS E PEIXINHOS 
 
AULA Nº 23 
TOALHINHAS DE RENDA 
 41 
A renda foi introduzida no Brasil através dos portugueses. Tecidos 
delicados, cheios de pequenos furos, que formam desenhos. As rendas 
podem ser confeccionadas de diversas maneiras, inclusive, com papel! 
 
 
AULA Nº 24 
TAPEÇARIA - FASE 1 
O desenvolvimento da coordenação motora e do interesse pelo 
artesanato pode ser iniciado pelo alinhavo. Nessa primeira fase, podemos 
começar com estopa, talagarça ou sacos de cebola, os quais conseguimos 
facilmente em supermercados. 
Material necessário: Estopa, talagarça, ou sacos de cebola, linha 
grossa ou lã e agulha para tapeçaria, sem ponta. 
 
 42 
 
AULA Nº 25 
TAPEÇARIA - FASE 2 
Material necessário: Pode-se usar linhas grossas, lã, tiras de tecido, 
fitas de cetim, barbante, etc. 
Agora iremos usar a trama - um quadrado de madeira com 
preguinhos nas extremidades (esse trabalho poderá envolver os pais, que 
com antecedência, prepararão a trama). Será feita uma rede, passando por 
cima e por baixo, da mesma forma com que se alinhavou. Depois é só soltar 
com cuidado, a linha dos pregos e está pronto o tapete, ou o pano, ou o que 
mais a imaginação da criançada puder inventar. 
 43 
 
TAPEÇARIA - FASE 3 
O professor deverá desenhar figuras e fazer alguns furos em torno 
da mesma. Os alunos passarão a linha em volta da figura. Se quiserem, 
poderão trançar. 
 
 
AULA Nº 26 
TAPEÇARIA - FASE 4 
Material necessário: Os mesmos usados anteriormente e uma placa 
de isopor ou cortiça. 
 44 
Agora, as crianças é que farão os furos. Para isso, usarão placas de 
isopor, onde desenharão (pode ser desenho abstrato, pois dessa forma, 
todos se sentirão encorajados a desenhar) 
 
 
AULA Nº 27 
COLAGEM COM PAPEL PICADO 
As crianças sentem um enorme prazer em colar. Comece pelas 
folhas de papel de desenho ou sulfite; depois vá para a cartolina, papelão, 
tecido, enfim, dá para colar tudo. Você poderá usar como material o 
algodão, folhas de plantas, sementes, palitos, etc. Vamos começar a colar o 
que a garotada cortou com as mãos. Lembre-se de não deixa-los usar o 
trabalhinho que fizeram na aula de nº 16. Eles devem fazer novos recortes 
para este trabalho. 
Material necessário: Cola e papéis de várias cores (podem ser reciclados). 
 
 45 
 
AULA Nº 28 
COLAGEM COM PAPEL INTEIRO 
Material necessário: Os mesmosmateriais da última aula. A 
diferença é que eles irão cortar o papel no formato da figura que irão 
produzir. 
 
 46 
AULA Nº 29 
COLAGEM COM MATERIAIS DIVERSOS 
Material necessário: Materiais de todo tipo: tudo o que se pensar 
em reciclagem, é possível de se obter trabalhos maravilhosos de colagem. 
 
 
AULA Nº 30 
MODELAGEM 
MESTRE VITALINO 
Mestre Vitalino nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 1909, e 
morreu em 1963. Tudo no povoado onde nasceu tem a marca do barro: as 
ruas são de chão batido, as casas são de adobe e os bonecos feitos de barro, 
por Mestre Vitalino e outros artesãos. 
O trabalho de modelagem é importantíssimo, pois proporciona à 
criança expressar-se livremente sobre o que pensa, mostrar suas 
 47 
habilidades, o que lhe proporciona grande desenvolvimento motor. Que tal 
fecharmos o ano fazendo um presépio de Natal? 
Material necessário: Massinha de modelagem de várias cores (pode 
ser substituída por argila ou massa feita com farinha, água e sal) e um 
pedaço de papelão ou papel cartão (para fazer a base). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
2º ANO 
Bem, chegamos a 1ª série. Agora, as brincadeiras vão se tornar um 
pouco mais sérias. As crianças vão começar a aprender sobre a História da 
Arte, seus grandes nomes e obras. Eles já conhecem quase todas as técnicas 
básicas: desenhar, pintar, colar, cortar. Agora, vamos colocar em prática, de 
uma forma um pouco mais madura. Lembre-se de pedir-lhes que 
providenciem uma pasta para guardar os trabalhos, que posteriormente, 
serão transformados em álbuns. Vamos começar a falar de 
Geometria, que mais tarde, se não for bem administrada pelo professor, 
pode vir a se tornar uma bela dor de cabeça para os pequenos. É claro que a 
nossa Geometria aqui é bem light, mas se eles a virem com olhos de 
artistas, quem sabe, alguns deles não passam a se interessar, no futuro, pela 
arquitetura, por exemplo? Então, vamos lá: 
AULA Nº 01 
O PONTO 
Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, 
lápis de cor, caneta hidrocor. 
O que é o ponto? Na verdade, um ponto sozinho pode não ser 
muita coisa, mas em uma página em branco, faz toda a diferença. E se 
olharmos ao nosso redor, veremos muitos pontos; por exemplo: as estrelas 
no céu, a nossos olhos, são pontos; os grãos de areia, são pontos, uma bola 
é um ponto. 
 49 
Procure despertar as crianças para o fato de que tudo é formado 
através de pontos. Leve-os para fora da sala, para que elas observem ao 
redor tudo o que significa, a seus olhos, um ponto. Anote o que eles 
disserem. Pode servir de material para suas próximas aulas. 
Como primeiro exercício, os alunos farão pontos de tamanhos e 
cores diferente; deverão encher uma parte da folha com pontos (risque um 
quadrado, não muito grande). O trabalho fica lindo! 
Diga-lhes para imaginarem uma criança cheia de catapora, e 
enquanto isso, fale da importância das vacinas, e de como se devem evitar 
as doenças, quais os cuidados, se por acaso vierem a pegar catapora, enfim, 
enfeite suas aulas com o máximo de informação possível para eles. 
Eles podem pensar, também, em pingos de chuva, caindo. Você, 
então, poderá falar sobre a água do planeta e o dever que cada um tem de 
preservá-la. 
 
AULA Nº 02 
 50 
PONTILHISMO-GEORGES SEURAT 
Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, 
lápis de cor, caneta hidrocor. 
O pintor francês Georges Seurat inventou um jeito de pintar 
fazendo pontos, técnica chamada de Pontilhismo. Seurat usava pontos 
minúsculos, ao invés de pinceladas normais, em suas telas. Ele fazia os 
diferentes tons, pintando pontos de cores puras próximos uns dos outros. 
Dessa forma, criava verde, misturando azul e amarelo. 
Seu quadro mais famoso é chamado de Um Domingo na Ilha de La 
Grande Jatte. 
 
 
Seus alunos poderão produzir um trabalho de pontilhismo. Distribua 
desenhos xerocados para que eles pintem, usando a técnica. 
 51 
 
AULA Nº 03 
COLAGEM COM BOLINHAS 
Material necessário: Papel crepom de várias cores e cola. 
Pique com as mãos, pequenos pedacinhos de papel crepom, faça 
bolinhas, separando em potinhos as cores. As crianças poderão ajudá-lo, 
porém, é um trabalho demorado; por isso, é melhor que o professor já leve 
pronto para a aula. Eles já vão ter muito o que fazer. 
 
 52 
 
 
 
AULA Nº 04 
CARTÕES PONTILHISTAS 
Material necessário: Guache de várias cores, cartolina ou papel 
cartão e cotonetes. 
As crianças poderão criar cartões para todas as ocasiões, usando o 
pontilhismo: Dia das Mães, do professor, dos pais, Natal, enfim. A tinta é 
mais uma opção. Você deverá cortar a cartolina dobrada, formando um 
cartão, que pode ter o formato quadrado, retangular, oval, em forma de 
coração, de flor, etc. Deixe a imaginação fluir. Belíssimos trabalhos surgirão 
para a exposição. 
 
 53 
 
AULA Nº 05 
A LINHA (RETILÍNEA) 
Material necessário: Papel sulfite ou de desenho, lápis de escrever, 
lápis de cor, caneta hidrocor e régua. 
Como já havia dito, um ponto sozinho significa pouca coisa, mas se 
começarmos a uni-los, quanta coisa pode surgir! Assim é a nossa vida: 
sozinhos, não somos quase nada, mas se nos unirmos, poderemos 
transformar e formar grandes coisas! A linha é a junção de pontos. 
Podemos trabalhar a linha de várias maneiras. Por exemplo: as crianças 
farão um quadro abstrato usando linhas de todas as cores, tamanhos e 
formatos diferentes. 
Obs.: No abstracionismo, o artista s abandona o compromisso de 
representar a realidade aparente e não reproduz figuras nem retrata temas. 
O que importa são as formas e cores da composição. 
As obras abandonam o representar a realidade aparente e não 
reproduzem figuras nem retratam temas. O que importa são as formas e 
cores da composição. As 
 54 
 
 
AULA Nº 06 
DESENHANDO COM UMA LINHA SÓ 
PAUL KLEE 
 
Paul Klee nasceu na Suíça. Além de pintor, era também músico. 
Por não possuir um ateliê, pintava na mesa da cozinha, que era muito 
pequena, o que explica o tamanho de seus primeiros quadros. Klee adorava 
a arte das crianças e tentava capturar sua criatividade. Sua arte combina 
arte popular, arte abstrata e humor. O trabalho que ele mais gostava era o 
desenho com uma linha só. 
 
 55 
 
 
Material necessário: Caneta hidrocor, lápis ou tinta guache e papel 
sulfite ou de desenho. 
As crianças deverão criar uma paisagem com uma linha só. O 
trabalho consiste em não tirar, de forma alguma a canetinha do papel. Você 
pode dar mais animação à aula, se marcar um tempo. Quando esse tempo 
terminar, todos devem parar com o desenho e começarem a pintá-lo. Então, 
colocam seus nomes, e trocam de trabalho uns com os outros. Após isso, 
cada criança deverá olhar atentamente o trabalho que está em suas mãos e 
procurar dar um título a ele. Os trabalhos voltarão para as mãos dos 
autores, que concordarão ou não com o título dado, explicando o porquê 
de concordar ou discordar. Esse trabalho pode ser feito com as crianças 
sentadas em círculo. 
 56 
 
 
 
AULA Nº 07 
POSIÇÕES DE UM SEGMENTO 
(ABSTRACIONISMO) 
Uma linha pode se apresentar em diversas posições: Vertical, 
horizontal e diagonal. Trabalhos abstratos lindos com linhas! 
 
 
 57 
 
AULA Nº 08 
LINHA SINUOSA OU ONDULADA 
Essas linhas podem ser lembradas nas ondas do mar, nas nuvens, 
no arco-íris. Leve-os para o pátio e peça que enumerem tudo o que virem 
ao seu redor que lembre linhas sinuosas. Não se esqueça de anotar tudo! 
Depois, poderão fazer um trabalho como este abaixo. O título no trabalho 
abstrato é muito importante. Seus alunos devem continuar guardando tudo 
para a exposição! 
 
 58 
 
AULA Nº 09 
PABLO PICASSO 
Pablo Picasso foi o pintor mais famoso do século XX, trabalhando 
com esculturas, gráficos, cerâmica, desenho e pintura. Era espanhol e seu 
estilo era o Cubismo (formas geométricas). Picasso pintava quadros que 
mais pareciam quebra-cabeças.59 
As crianças podem fazer um quadro inspirado em Picasso, usando 
as linhas que aprenderam até aqui. 
 
 
AULA Nº 10 
JOAN MIRÓ 
Joan Miró era contra a tudo o que significava tradição. Ele sempre 
queria buscar coisas novas. Em sua pintura e desenhos, tentou criar meios 
de descobrir como representar a natureza de forma poética e conseguiu! Os 
alunos podem, agora, fazer um trabalho de releitura. Releitura não é cópia: 
eles irão observar algumas obras de Miró e refazê-la, da maneira como 
acharem que devem. Podem até usar o mesmo título da obra original. 
 
 
 60 
AULA Nº 11 
LINHA MISTA-(DÁCIO BICUDO) 
Dácio Bicudo é um artista brasileiro. Ele faz pinturas, desenhos, 
cenários de teatro, de programas de tv, de filmes publicitários e de cinema. 
Ele usa vários tipos de linhas nesse desenho. Observe: 
 
 Flexa 
Os alunos deverão observar bem essa obra e apontar quais os tipos 
de linhas e as cores usadas nela. Depois farão uma releitura, dando novo 
título. Outro trabalho que podem fazer é criar uma obra própria, usando 
linhas mistas. 
 
 61 
 
AULA Nº 12 
LINHA QUEBRADA OU POLIGONAL 
Aqui, os alunos farão um trabalho livre, utilizando-se das linhas 
quebradas. 
 
AULA Nº 13 
LINHAS TRACEJADAS 
 62 
Com as linhas tracejadas, seus alunos poderão fazer trabalhos 
maravilhosos. Você poderá mostrar a eles todos os tipos dessas linhas, e 
cada um escolhe qual irá usar; se preferirem, poderão utilizar mais de um 
tipo, ou até mesmo, todos. 
 
 
AULA Nº 14 
BRIDGETE RILEY 
 63 
O trabalho dessa inglesa é magnífico! Observe o efeito que as linhas 
têm quando estão juntas. Ótimo exercício de coordenação motora para seus 
alunos. É aconselhável o uso de régua e caneta hidrocor. 
 
 
AULA Nº 15 
MORRIS LOUIS 
Material necessário: Tinta guache e papel ou cartolina 
Morris Louis participou da Semana da Arte Moderna. Seus 
trabalhos, muitas vezes, deixam grandes espaços em branco, talvez por 
esperar que os espectadores de sua obra participassem com ele da criação. 
Peça a seus alunos para fazerem uma releitura ou cópia de um dos 
trabalhos de Louis e depois, acrescentarão o que desejariam que estivesse 
pintado no espaço em branco. 
 64 
 
 
AULA Nº 16 
COLAGEM 
Vamos iniciar, agora, os trabalhos com colagem. Os alunos adoram 
colar! Solicite a eles revistas velhas para recortar. Nunca deixe que 
recortem livros, para que eles entendam que um livro JAMAIS deve ser 
recortado, por sua importância cultural. Incentive-os a que doem para 
escolas carentes ou bibliotecas, os livros que já não usam mais. 
As crianças irão recortar diversas figuras, que podem ser de 
paisagens ou vários animais, enfim, e formarão suas próprias paisagens. 
Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura sem ponta e 
papel sulfite ou cartolina. 
 
 65 
 
AULA Nº 17 
COLAGEM COM DUREX COLORIDO 
Com durex colorido podem-se fazer coisas lindas 
Material necessário: Durex colorido de várias cores e papel sulfite 
ou de desenho. 
 
 
AULA Nº 18 
 66 
COLAGEM QUE CONTA UMA HISTÓRIA 
Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura sem ponta e 
papel sulfite ou cartolina. 
Devemos sempre introduzir todo tipo de informação em nossas 
aulas. A Literatura, não só é uma informação importantíssima, com 
também, está totalmente envolvida com a arte. Todos os movimentos 
artísticos, em todo o mundo, tiveram na Literatura uma de suas maiores 
aliadas. 
Conte uma história para seus alunos. Melhor que seja da literatura 
infantil. Depois, peça-lhes que busquem nas revistas, figuras que possam 
contar essa história. 
 
AULA Nº 19 
COLAGEM COM PALITOS 
 67 
Material necessário: Palitos de fósforos, cola e papel sulfite ou 
cartolina. 
Esse é um trabalho que as crianças conseguem fazer 
tranqüilamente. Elas deverão colar os palitos, formando figuras e depois 
enfeitarão com os detalhes que quiserem. 
 
 
AULA Nº 20 
MAGO MERLIN 
Material necessário: Cartolina, canetinha, algodão, cola e tesoura. 
Recorte um círculo e feche com cola, formando um cone. Pinte o 
rosto e decore com motivos místicos. O chapéu é feito com cone menor e 
 68 
um círculo para a aba. Os braços são pequenos tubos de cartolina. A mão é 
feita com pequenas tiras de papel. Faça uma gola de algodão. 
 
AULA Nº 21 
PINTINHO 
Material necessário: Cola, tesoura, retalhos de papel preto e branco, 
papel cartão. 
Recorte os moldes em papel amarelo. As asas devem ser recortadas 
duas vezes, dobrando nos pontilhados. Faça a montagem, colando as 
partes do molde. Faça as pernas do pintinho, utilizando dois palitos de 
fósforos. Recorte a base e cole nas perninhas do pintinho. 
 
 69 
 
AULA Nº 22 
LÁPIS DEMAIS 
Material necessário: Cola, papel fantasia, tintas, fita, lã, bola de 
isopor pequena, forminhas de doce, cartolina e um lápis novo. 
As crianças irão enfeitar o lápis com o material que escolherem. 
Pode-se fazer o rostinho na bola de isopor ou diretamente no lápis. Os 
lacinhos e gravatinhas são feitos com lã e fitas. Para que fique mais firme, é 
preciso que o molde seja cortado em cartolina ou papel cartão. Para o 
cabelo do palhacinho, pode-se usar algodão ou lã grossa desfiada. 
 70 
 
AULA Nº 23 
CENTOPÉIA 
Material necessário: Papel japonês nas cores marrom e preto, 
caneta hidrocor preta, cartolina, tesoura e cola. 
Você pode fazer alguns moldes quadrados para que seus alunos 
recortem as extremidades, como também, ensiná-los a desenhar os 
quadrados. Depois é só colar as peças na cartolina, montando essa linda 
centopéia. 
 71 
 
AULA Nº 24 
PALHACINHO 
 
Material necessário: Uma bola de isopor, cartolina, pedaço de 
tecido, papel crepom, um pauzinho de churrasco e um copo de plástico. 
 72 
 
Fure o copo e atravesse o pauzinho de churrasco. Esse trabalho tem 
que ser feito pelo professor. As crianças poderão cortar uma tira de crepom 
e colá-la em baixo da bola de isopor, formando a gola. Os bracinhos podem 
ser feitos com um canudo feito de cartolina e coberto com papel colorido 
ou tecido. Os detalhes ficam por conta da imaginação dos pequenos. 
AULA Nº 25 
NO FUNDO DO MAR 
Material necessário: Papel japonês em cores variadas, papel 
crepom, palitos de dentes, cartolina, dois botões e glitter. 
Entregue às crianças os moldes dos peixinhos (você poderá 
criar outros) e peça que elas passem o molde para o papel colorido 
e recortem. Os palitos de dentes são para as riscas no corpo dos 
peixinhos e os botões, para os olhos. Com o papel crepom, as 
crianças poderão recortar, depois de riscar por trás do papel, as 
algas. 
 
 73 
 
AULA Nº 26 
MAMÃE GALINHA 
Material necessário: Papel japonês, caneta hidrocor, papel crepom, 
palitos de dentes, palito de picolé, três miçangas pretas, miçangas 
vermelhas, cartolina, tesoura e cola. 
 
Faça vários moldes de cada figura, distribua entre as crianças para 
que elas passem para o papel colorido. Cortados os moldes, serão 
separados. O palito de picolé será revestido com crepom, para fazer o caule 
da árvore. Os palitos de dentes serão os pezinhos das aves; as miçangas 
vermelhas são as frutinhas, e as pretas, os olhinhos. Para fazer as asinhas, é 
só desenhar um círculo, cortar pela metade e colar. Todo o trabalho será 
colado em cartolina. 
 74 
 
AULA Nº 27 
MOINHO 
Material necessário: Retalhos de papel colorido de várias cores, 
retalhos de papel dourado, nove palitos de fósforo, seis palitos de pirulito, 
pedrinhas coloridas, pazinha de sorvete, papel crepom verde picadinho. 
O professor deverá desenhar na lousa para que os alunos tenham 
uma base para reproduzir o desenho. 
 
 75 
 
AULA Nº 28 
MAIS RECORTE E COLAGEM 
Material necessário: Cartolina, papéis coloridos (várias cores e 
tipos), pauzinhos de picolé, farinha de mandioca colorida com anilina em 
pó (ou papel crepom picado bem pequeno) caneta hidrocor, cola e tesoura. 
Faça os moldes da casinha e distribua para os seusalunos, que irão 
desenhá-la, recortá-la e colá-la. O telhadinho será feito com os palitos de 
picolé. A grama poderá ser feita com farinha de mandioca colorida ou 
crepom picado verde. O restante, fica por conta da imaginação. 
 76 
 
AULA Nº 29 
LETRAS ILUSTRATIVAS 
Material necessário: Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de 
desenho. 
Eis alguns modelos de letras, mas seus alunos poderão usar a 
criatividade para fazer todas as outras; os números também poderão ser 
ilustrados, inclusive com motivos abstratos. O que vale é a imaginação. As 
letras poderão ser ilustradas como as onomatopéias: Um R bravo, para 
expressar raiva, um S triste, expressando saudade, e por aí em diante. 
 
 
 77 
 
AULA Nº 30 
ILUSTRANDO A POESIA 
Material necessário: Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de 
desenho. 
Nesse trabalho, além da importância de se incentivar a 
criatividade, você também mostrará a eles que música e poesia são formas 
maravilhosas de arte. Qualquer poema ou música poderão ser ilustrados. 
Neste caso, usaremos uma parte de Aquarela, de Vinícius de Morais e 
Toquinho. 
 
 
 
 
 
 78 
 
3º ANO 
FIGURAS GEOMÉTRICAS 
AULA Nº 01 
MALEVITCH 
Pintor russo, considerado o pioneiro do uso de elementos 
geométricos abstratos. Estudou artes em Moscou, criou um estilo que 
denominou suprematismo. Em sua arte procurou sempre elaborar 
composições puras e cerebrais, destituídas de toda sensualidade; morreu 
esquecido e pobre em Leningrado, atual São Petersburgo. 
(O CÍRCULO) 
 
Quadro negro sobre fundo branco 
 79 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Peça aos seus alunos para lembrarem-se de tudo o que se pode 
desenhar com um círculo. 
DESENHOS COM CÍRCULO 
 
AULA Nº 02 
PEIXINHO 
Material necessário: Papel japonês, cartolina, cola e tesoura. 
É bom que o professor desenhe na lousa este peixinho. Os alunos 
deverão cortar vários círculos de cores variadas e produzir este trabalho 
lindo. 
 
 80 
 
AULA Nº 03 
CÍRCULOS ABSTRATOS 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
O desenho abstrato é uma boa maneira de deixar que as crianças 
expressem seus sentimentos. Você irá observar que às vezes, sairá desenhos 
negros, outras vezes cinzas, outras vezes, totalmente coloridos. Procure 
observar a criança que usa sempre determinadas tonalidades; converse 
com elas, procurando saber como é a convivência em casa, seus sonhos, 
seus medos... Isso poderá ajudar em muito na disciplina e até mesmo no 
aproveitamento das aulas. 
 
 81 
 
AULA Nº 04 
ARTE EM REDONDO 
SANDRO BOTTICELLI 
Artista do início do Renascimento, nasceu na cidade italiana de 
Florença. É conhecido por muitas obras redondas criadas por ele, um 
formato de pintura bastante comum naqueles tempos. 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Para produzir este trabalho, as crianças deverão, antes de começar, 
desenhar um círculo, que pode ser do tamanho que preferirem. Podem 
usar o compasso (o professor deverá apresentar e ensinar como se usa), ou 
algum objeto redondo para servir de guia para o círculo. Dentro do círculo 
desenharão o que quiserem. O importante é que adquiriram coordenação 
motora para fazer os desenhos sem sair do círculo. 
 
 82 
 
AULA Nº 05 
COLAGEM EM REDONDO 
Material necessário: Revistas velhas, papel sulfite ou cartolina, cola 
e tesoura. 
O objetivo deste trabalho é o mesmo do anterior, porém, iremos 
executá-lo utilizando a técnica de colagem. Podem-se usar paisagens, 
animais, enfim, o que as crianças preferirem. É sempre bom incentivá-las a 
usar figuras sempre com um propósito definido, isto é, formando paisagem 
de praia, ou de mata; colagem representando algum esporte, ou animais, 
ou outro tema. 
 
 83 
 
AULA Nº 06 
O TRIÂNGULO 
Para inserir figuras geométricas, é bom que se usem motivos do dia 
a dia das crianças; por isso, procure sempre levá-los ao pátio da escola, 
para que procurem na natureza e em tudo o que os cerca, as figuras 
inseridas nas aulas. No caso do triângulo, se você já jogou bolinha de gude 
alguma vez, leve algumas para a aula, ou peça-lhes que levem e ensine-os o 
jogo de triângulo. Se você não sabe, é fácil: 
Para a aula, o jogo não deve ser “à vera”, isto é, não deve haver 
vencedor, pois pode gerar uma briga. 
- Será desenhado, de um lado, um triângulo e do outro, uma linha. 
Cada um deverá colocar a mesma quantidade de bolinhas dentro do 
triângulo, o que chamamos de “casar as bolinhas”. As crianças ficarão 
 84 
perto do triângulo e cada uma jogará sua bolinha em direção à linha para 
ver qual jogará mais perto da mesma, o que dará o direito ao jogador de ser 
o primeiro. Depois disso, cada um vai tentando tirar mais números de 
bolinhas do triângulo e “tecar” o adversário. Ao final, ganha quem tiver 
“destruído” todos os adversários. 
 
AULA Nº 07 
O QUADRADO 
Seguindo a idéia da aula anterior, você pode inserir o quadrado, 
usando a amarelinha para ilustrar. Talvez tenha que haver vários grupos, 
mas isso não tem importância: faça um mini - campeonato; o importante é 
que eles entendam as figuras, e com aulas desse tipo, você poderá resgatar 
um tipo de brincadeira deliciosa, que muitas crianças não sabem, e poderá 
se divertir com eles. 
 85 
 
 
AULA Nº 08 
ABSTRATOS 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Aqui, iremos unir o triângulo e o quadrado. Procure sempre usar a 
régua com as crianças. Acredite, se eles não aprenderem enquanto 
pequenos, podem ter muito mais dificuldade quando estiverem maiores. 
Alguns alunos meus de faculdade, não conseguiam usar uma régua, ou 
esquadro, e muito menos o compasso. 
Este trabalho abstrato com figuras pode ser feito com colagem; fica 
muito bonito também. 
 
 86 
 
AULA Nº 09 
PIET MONDRIAN 
Mondrian nasceu na Holanda em 1872. Sempre procurou um jeito 
mais simples para pintar. Por isso, desenhava retas, formando triângulos, 
quadrados e retângulos. Usava muito as cores: preto, branco, azul, amarelo 
e vermelho. 
 
 
 87 
 
Composição com vermelho, amarelo, azul e preto. 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Os alunos farão a releitura ou a cópia dessa obra de Mondrian. 
AULA Nº 10 
GUARDA DE TRÂNSITO 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
 
 
 88 
Olha que guardinha mais fofo! Tente desenhá-lo na lousa, ou faça 
várias cópias para que os alunos sigam o modelo. Esse trabalho fica lindo 
também se feito com colagem. Para isso, use papel japonês. 
 
 
 
AULA Nº 11 
O RETÂNGULO 
 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Trabalho abstrato. Pode ser feito com colagem. 
AULA Nº 12 
MALEVITCH 
Malevitch foi o primeiro a usar o abstracionismo geométrico. 
 89 
 
 
 
Os alunos deverão fazer a releitura ou cópia deste trabalho. 
AULA Nº 13 
TRENZINHO 
Material necessário: Papel japonês, cartolina, cola e tesoura. 
Desenhe na lousa ou faça várias cópias para que as crianças 
possam usar o modelo para fazer a colagem. 
 
 90 
 
AULA Nº 14 
LOSANGOS 
Material necessário: Papel de desenho ou sulfite, lápis de cor e 
caneta hidrocor. 
Trabalhar o losango de vários tamanhos e cores, usando o 
abstracionismo geométrico. 
 
AULA Nº 15 
 91 
PIPAS 
Material necessário: Papel de seda de várias cores, varetinhas, linha 
para pipa, cola e tesoura. 
As varetas, o professor deverá cortar e lixar, para que não fiquem 
farpas. Para esse tipo de pipa, são necessárias duas varetas, colocadas em 
forma de cruz. Para prender, enrolar a linha no cruzamento das duas 
varetas. Depois, vá enrolando a linha, subindo pela varetinha, até chegar 
em cima, quando a linha deverá descer até encontrar a segunda vareta.Vá 
fazendo assim, até formar um losango, que não deve ficar frouxo. Depois, é 
só colar o papel de seda, fazer as rabiolas, e pronto: a criançada pode ir se 
divertir, aprendendo. 
Aproveite para falar do perigo que há em soltar pipa perto de 
fiação elétrica, em lugares de grande movimento de carros, etc. 
 
 
AULA Nº 16 
 92 
FLORES 
Material necessário: Papel japonês, cola e tesoura. 
Estas flores são feitas, basicamente, com losangos e círculos. Os 
alunos poderão copiar este desenho, ou criar, com as mesmas figuras 
geométricas, o desenho que quiserem. 
 
 
AULA Nº 17 
COLCHA DE RETALHOS 
Material necessário: Retalhos de papel ou de pano, cola e tesoura. 
As crianças recortarão vários quadrados ou losangos, que podem 
ser de tecido ou de papéis diverso, inclusive, recortes de revistas, o que dá 
uma maior possibilidade de retalhos diferentes. Depois é só ir montando a 
colcha. Fica lindo! 
 93 
 
 
AULA Nº 18 
BANDEIRA DO BRASIL 
Material necessário: * Lápis de cor, caneta hidrocor e papel de 
desenho; 
 * Recortes de papel japonês nas cores da bandeira, cola e tesoura. 
Acredito que o amor e o respeito à nossa Pátria são importantes 
para a cidadania. Uma pessoa que não respeite a sua terra, não respeita 
nada, afinal, é a nossa casa maior. 
Mostre para os seus alunos que apesar dos problemas que temos 
em nosso país, ainda é uma das melhores pátrias para se viver. Não temos 
catástrofes, nem guerra; todos os problemas que enfrentamos são criados 
única e exclusivamente pelos homens, por causa do respeito que se perdeu 
com tudo: a pátria, a natureza, as coisas espirituais. 
 94 
Aproveite e apresente para eles o Hino à Bandeira. É de uma 
melodia e uma música belíssima. 
Peça às crianças que indiquem quais as formas geométricas 
apresentadas na bandeira, e fale sobre o significado das cores. 
 
 
AULA Nº 19 
PAISAGEM 
Material necessário: Papel japonês de cores variadas, cola e tesoura. 
Neste trabalho, serão usadas todas as figuras geométricas que as 
crianças conhecem. O professor desenhará na lousa e os alunos cortarão as 
figuras e colarão para formar esta linda paisagem. 
 
 95 
 
AULA Nº 20 
DECOMPOSIÇÃO DE FIGURAS GEOMÉTRICAS 
Material necessário: Para os três trabalhos que se seguem, o 
material será o mesmo: papel japonês de cores variadas, cola e tesoura. 
Trabalho simples, de fácil execução, mas que se transforma em 
verdadeiras obras de arte abstrata. As crianças deverão desenhar a figura 
geométrica, e no verso do desenho, riscar para fazer os recortes. É bom que 
se numere cada parte, para que não se misturem na hora de colar. 
 O CÍRCULO 
 96 
 
AULA Nº 21 
O QUADRADO 
 
 
 
AULA Nº 22 
O TRIÂNGULO 
 97 
 
AULA Nº 23 
DECOMPOSIÇÃO DE GRAVURAS 
Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. 
Este trabalho consiste em decompor figuras. As crianças escolherão 
uma figura, cortarão aleatoriamente, e colarão. É bom que numerem as 
partes cortadas, pelo verso, para que não se percam na hora de colar. 
 
 98 
 
AULA Nº 24 
SALVADOR DALI 
 
O grupo de artistas chamados surrealistas acreditava que o 
inesperado e o inacreditável podiam acontecer na arte. Um relógio poderia 
se derreter e se transformar em uma forma estranha pingando. Uma 
cadeira poderia ter as patas de um gato. 
O surrealismo é a arte do irreal, onde leis, como a da gravidade, 
não se aplicam, e tudo pode acontecer. 
 
 99 
 
A persistência da memória 
Os alunos deverão fazer releitura ou cópia deste quadro de Dali. É 
uma das obras mais importantes do mundo. Para fazer a releitura, eles 
deverão produzir algum desenho, distorcendo-o da maneira que quiserem. 
AULA Nº 25 
 DISTORÇÃO 
A distorção é um exercício que as crianças adoram! Eles podem 
produzir seus próprios desenhos, inventando o que quiserem: podem 
esticar o nariz do palhaço, ou encurtar o pescoço da girafa, enfim, deixe 
que eles criem à vontade. Este trabalho pode ser realizado de várias 
maneiras: pintado com lápis, canetinha ou tinta, ou sob a forma de 
colagem. 
 
 
 100 
 
AULA Nº 26 
COLAGEM HUMORÍSTICA 
Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. 
As crianças irão recortar figuras de pessoas conhecidas, como 
artistas, por exemplo, e fazer montagens, trocando o rosto de um pelo 
braço ou a perna do outro. 
 
 101 
 
AULA Nº 27 
EL GRECO 
El Greco nasceu na ilha grega de Creta, mas viveu na Espanha, 
onde se tornou um grande pintor, escultor e arquiteto. Mais tarde foi 
estudar em Veneza, na Itália. Quando voltou para a Espanha, começou a 
pintar cenas religiosas. Só que suas pinturas eram um tanto quanto 
diferentes: ele pintava as pessoas espichadas. 
 
 102 
 
 
Material necessário: Revistas velhas, cola e tesoura. 
Nesse trabalho, as crianças farão figuras espichadas, como El Greco 
fazia, e através das quais ficou famoso. Elas deverão procurar figuras 
humanas, corta-las e espichá-las, usando tinta, lápis de cor ou canetinha, ou 
ainda, colando pedacinhos de papel no tom do pedaço da figura que vão 
colar. 
 
 103 
 
AULA Nº 28 
O TANGRAM 
(PARA COLORIR E RECORTAR) 
Algumas lendas: 
* Um dia, na China há 4000 anos, o Imperador Tan partiu o seu 
espelho quadrado 
quando o deixou cair ao chão. O espelho partiu-se em sete bocados. 
Tan, apesar de um pouco aborrecido com a perda do espelho, descobriu 
uma forma 
de se entreter, foi construindo figuras e mais figuras usando sempre as sete 
 104 
peças, 
sem as sobrepor. 
* Um mensageiro deveria levar uma pedra de jade, de formato 
quadrado, ao imperador. Mas, no caminho a pedra partiu-se em sete 
pedaços. Preocupado, o mensageiro foi juntando as sete peças, a fim de 
remontar o quadrado. Enquanto tentava resolver o problema, o mensageiro 
criou centenas de formas de pessoas, animais, plantas, até conseguir refazer 
o quadrado. 
Material necessário: Papel japonês (sete cores), cola e tesoura. 
 
AULA Nº 29 
O TANGRAM 
(PARA MONTAR) 
 105 
Monte o tangram em um papel groso, como a cartolina. Se as peças 
forem feitas em cartolina ou papel cartão, as crianças poderão brincar de 
montar, como um quebra-cabeça. 
 
AULA Nº 30 
SILHUETAS 
Material necessário: Papel colorido de várias cores, cola e tesoura. 
Para fazer este trabalho, as crianças deverão dobrar o papel, várias 
vezes, em forma de sanfoninha, desenhar as silhuetas. Depois, vão recortar 
seguindo as linhas desenhadas, com o papel ainda dobrado. Desdobrar o 
papel e pronto! 
 
 106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 107 
4º ANO 
AULA Nº 01 
O ABSTRATO (BORRÃO DOBRADO AO MEIO) 
SIMETRIA 
As figuras que têm dois lados idênticos são chamadas de 
simétricas. Os lados do nosso corpo são simétricos. Tudo o que é simétrico, 
é belo. 
Material necessário: Tinta guache e papel de desenho. 
As crianças irão riscar uma folha verticalmente, ao meio, 
dividindo-a. De um dos lados, irão derramar um ou mais bocados de tinta, 
aleatoriamente, sem exagerar na quantidade. Quando terminarem, irão 
dobrar o papel para que a tinta passe para a outra parte. Voltar o papel 
para a posição anterior e deixar secar. Dar um título ao trabalho. 
 
AULA Nº 02 
 108 
CALDER 
Os artistas do século XX desenham, pintam e criam esculturas para 
representar seus sentimentos, suas sensações. Em vez de desenhar, 
copiando as coisas do mundo, eles inventam novas formas de expressar 
seus sentimentos e seus pensamentos. Geralmente, o título dos desenhos 
nos dá dicas do que o artista estava pensando quando desenhava. Nesta 
obra, Calder demonstra o brilho e as cores da amizade. Peça a seus alunos 
para fazerem, antes de ver esse, um desenho que mostre a amizade. Eles 
deverão pensar em um amigo e desenhar, de acordo com essa amizade. 
Pode haver mais de um trabalho. 
Material necessário: Caneta hidrocor, lápis ou guache e papel de 
desenho ou sulfite. 
AMIZADE 
 
 
Amizade- Alexander Calder 
 109 
AULA Nº03 
DESENHANDO O AMIGO 
Material necessário: Lápis preto, borracha e papel de desenho ou 
sulfite 
Cada aluno se sentará de frente a um colega; ambos terão o 
material para desenhar, e farão o desenho do amigo. Peça-lhes que 
observem os menores detalhes, antes de começarem a desenhar. 
Enquanto eles vão se observando, aproveite para falar do valor da 
amizade, de como a vida é triste quando não se tem um amigo. 
AULA Nº 04 
PINTURAS ABSTRATAS 
Material necessário: Tinta guache de várias cores, purpurina em pó, 
verniz fixador, cartolina, água e canudinho de refrigerante. 
Sobre a superfície do papel, aplicar, primeiramente uma camada de 
verniz. Isso deverá ser feito pelo professor. Passe em cada carteira e 
aplique, com um pincel grosso. Depois o professor deverá, da mesma 
forma, passar uma pincelada de água em cada desenho. Após isso, da 
mesma maneira, pingue alguns bocados de tinta de várias cores em cima 
do papel. As crianças pegarão seus canudinhos e soprarão para espalhar a 
tinta até que que misturem, umas as outras. Deixe secar e agora, distribua, 
da mesma forma, um punhado de purpurina, que também será assoprada 
com o canudinho. 
 110 
As crianças deverão dar um título a sua obra. 
 
AULA Nº 05 
AQUARELA SELVAGEM 
Material necessário: Papel canson com aproximadamente 30 x 40 
cm, tinta à base de água, pincel, caneta hidrocor e frasco com água. 
Os alunos deverão fazer um retângulo para a base do desenho, e 
marcar três linhas horizontais dentro dele, usando lápis de escrever. Depois 
molharão a folha sem encharcá-la demais. Eles deverão escolher que tipo 
de paisagem irão desenhar. No exemplo abaixo, estão retratados, o céu, ao 
anoitecer, o rio e um gramado. Eles poderão seguir este exemplo, ou 
poderão criar uma paisagem de praia, de montanhas, etc. é só ir passando a 
tinta com o pincel, que a água se incumbirá de espalha-la para dar um 
efeito especial 
 
 111 
 
AULA Nº 06 
GRAFISMO 
Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de 
desenho. 
Coloque uma música ao fundo e peça que seus alunos fechem os 
olhos e ouçam. Quando estiverem bem calmos e em silêncio, dê-lhes alguns 
minutos e, ainda de olhos fechados, irão fazendo desenhos aleatórios no 
papel. Ao término do tempo estipulado, abrirão os olhos, colorirão da 
maneira como acharem melhor, e depois, darão um título à sua obra. 
 
 112 
 
AULA Nº 07 
TOULOUSE – LAUTREC 
Quando era criança, Toulose - Lautrec adorava desenhar e andar a 
cavalo. Quando suas pernas foram gravemente feridas em sua 
adolescência, descobriu que tinha um talento magnífico que viria a se 
tornar sua e sua vida. Ele adorava especialmente desenhar cavalos. À 
medida que ficava mais velho, passava muito tempo no circo, e lá 
desenhava todo o espetáculo. Ficou muito conhecido pela pintura de mais 
de trezentos cartazes para a divulgação de espetáculos circenses. Em seus 
cartazes, ele contornava seus modelos com linhas grossas. 
 
 113 
 
Material necessário: Tinta guache, lápis de cor ou caneta hidrocor, 
ou recortes de revistas velhas. 
As crianças farão um cartaz anunciando que o circo está chegando 
à cidade. Este trabalho poderá ser feito com desenho e pintura ou colagem, 
ou ainda, mesclando as duas técnicas. 
AULA Nº 08 
DÉCOUPAGE 
Découpage é arte de adornar objetos, recortando e colando figuras 
em papel. P trabalho em découpage dá margem a obras lindíssimas. 
Podem-se cobrir móveis, portas, enfim, o que a imaginação quiser. 
Neste trabalho iremos aguçar a vontade de ler nas crianças, pois 
elas terão que escolher muito bem que propagandas irão colocar em sua 
obra. Mas poderão também escolher outros tipos, como paisagens, animais, 
etc. 
Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura e cartolina. 
 114 
 
 
AULA Nº 09 
GEORGES BRAQUE 
Braque começou a vida de pintor, pintando casas, trabalhando com 
seu pai, na França. Ele, juntamente com Picasso, praticamente inventou o 
Cubismo, usando a idéia de formas abstratas e geométricas. 
Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de 
desenho. 
Para realizar este trabalho, as crianças deverão desenhar figuras 
que estão acostumadas, só que de forma mais reta, usando principalmente, 
retângulos, quadrados e triângulos. 
 115 
 
AULA Nº 10 
COLAGEM CUBISTA 
 
Material necessário: Revistas velhas, cola, tesoura e cartolina. 
Este trabalho também é uma forma de découpage, porém, só 
usaremos recortes que formam figuras geométricas, como os cubistas 
faziam. 
 
 
 116 
AULA Nº 11 
VAN GOGH 
 
Vincent Van Gogh pintou mais de 800 quadros. È conhecido por 
suas cores contrastantes e sua técnica de pintura impasto, cheio de riscos e 
movimentos oscilantes de seu pincel. 
 
Material necessário: Tinta guache e pincel, ou caneta hidrocor, 
papel ou cartolina. 
Por sua importância, deve-se solicitar que os alunos façam a 
releitura ou cópia dos dois trabalhos. Se possível, pesquise mais alguns 
para que os alunos possam ter mais opções, e quem sabe, possam fazer 
uma exposição apenas com obras de Van Gogh. 
AULA Nº 12 
IMPASTO 
 117 
Material necessário: Para a experiência de pintura impasto, iremos 
produzir uma tinta caseira muito grossa, que proporciona um acabamento 
de textura irregular. 
Receita de impasto: Em meia xícara de guache grosso, adicione 
uma colher de sopa de detergente em pó branco, mexendo bem, até que se 
misturem. Ao invés de detergente, pode-se usar amido de milho ou farinha 
de trigo: a mesma quantidade. Se a tinta ficar grossa demais, é bom colocar 
um pouquinho de água e misturar bem. Caso contrário, é só engrossá-la. 
Coloque colheradas de tinta colorida numa bandeja e vá aplicando-
a no papel ou na cartolina com um palito de picolé ou pincel duro. As 
crianças verão texturas, formas e linhas totalmente diferentes do que já 
viram. O empasto deve secar por uma noite ou um dia. 
 
AULA Nº 13 
TINTAS COM TEXTURAS 
 118 
Material necessário: Tinta guache ou acrílica, frascos para mistura, 
materiais para textura, como massa corrida com cola, farinha de trigo, sal, 
purpurina, serragem ou areia; papel cartão, ou cartolina, pincéis variados e 
palitos de picolé. 
Coloque um pouco de tinta em cada frasco; uma cor em cada um. É 
interessante que as crianças façam misturas com os materiais diferentes; 
Por exemplo, tinta vermelha misturada com areia, com trigo, com 
purpurina; tinta azul misturada com areia, etc. Dessa forma, haverá uma 
infinidade de texturas coloridas, e poderão trocar uns com os outros. 
 
AULA Nº 14 
SUPERFÍCIE E TEXTURA 
Material necessário: Caneta hidrocor ou lápis de cor e papel de 
desenho. 
Ao desenhar ou pintar, colocamos nossa marca sobre uma 
superfície, seja no papel, na areia; aliás, deixamos nossa marca em tudo o 
 119 
que tocamos: nossas impressões digitais, que são totalmente diferentes de 
todas as outras no universo. Somos únicos, cada um de nós. 
Neste trabalho, as crianças desenharão alguns tipos de superfície, 
que poderá ser enrugada, lisa, esponjada, etc. 
 
 
AULA Nº 15 
TEXTURAS 
Material necessário: folhas vegetais de vários tipos, lixa, papéis de 
vários tipos e texturas, e todo o material que proporcionar sensações 
diferentes, no tato. 
Leve seus alunos para o pátio e procurem todo tipo de material 
com texturas diferentes. Recolham o máximo que puderem. Ao voltar para 
a sala, as crianças terão seus olhos vendados e receberão, aos poucos, cada 
material, para sentirem a diferença de texturas, e dirão como sentem o que 
pegaram: se macio, áspero, delicado, etc. Depois, poderão usar as folhas de 
 120 
vegetais para fazer trabalhos lindos, como coloca-las embaixo de uma folha 
de desenho e passar o giz de cera por cima, para obterem um efeito 
artístico. 
 
 
AULA Nº 16 
GRAVURAS NA SELVA 
Material necessário: Várias folhas de vegetais, guache, rolinho para 
pintura, ou espuma, cartolina e uma bandeja de isopor

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