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Anhembi Morumbi DL

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04/03/2022 21:04 Fundamentos das Artes Visuais
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FUNDAMENTOS DAS ARTES VISUAIS
UNIDADE 2 - COMPOSIÇÃO VISUAL
Luciara Bruno Garcia
04/03/2022 21:04 Fundamentos das Artes Visuais
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Introdução
Você já parou para pensar sobre como os elementos formam uma imagem e determinam o seu significado? Se você
escolhesse uma obra de arte muito conhecida e modificasse a posição e relação dos seus elementos dentro da sua
composição, será que mudaria a mensagem transmitida? Ou, ainda, já se perguntou como o conhecimento da
linguagem visual afeta a leitura das imagens e a nossa interpretação de mundo?
Vivemos cercados por mensagens visuais, por isso, a comunicação visual é, em muitos casos, a única ou melhor
maneira para transmitir uma mensagem. No entanto, as informações devem ser precisas, com sinais claros, sem
erros de interpretação, justamente para que o significado seja transmitido de modo coerente. Além disso, para que
haja, de fato, uma comunicação, as partes envolvidas precisam ser capazes de codificar e decodificar a mensagem.
Para tanto, elas necessitam conhecer os códigos da linguagem que está sendo usada, ou seja, os códigos da
linguagem visual.
Nesse contexto, portanto, ao longo desta unidade, vamos estudar a composição e os elementos da linguagem visual,
os quais estruturam tais composições e a comunicação visual como um todo.
Bons estudos!
2.1 Composição visual
As artes visuais, a fotografia, o design, a publicidade e o cinema utilizam a linguagem visual para expressarem
ideias e mensagens. Sejam imagens figurativas, sejam imagens abstratas ou simbólicas, o que elas têm em comum é
que não podem ser construídas sem a gramática visual, com seus elementos e conceitos de organização espacial, a
fim de transmitirem eficientemente uma mensagem. Por isso, entender o que e como se faz uma composição visual é
fundamental para quem trabalha com criação e produção de conteúdos desse tipo.
Hallawell (1994) nos explica que a composição é um fator primordial, pois organiza os elementos visuais em um
espaço delimitado, orientado pelos princípios da linguagem visual. Geralmente, tem a intensão de transmitir uma
mensagem, uma ideia por meio da visualidade.
Assim, fazer uma composição é arranjar ou organizar os elementos visuais em uma obra de arte, um layout de uma
peça gráfica ou em qualquer outra criação visual.
Dessa forma, Hallawell (1994, p. 15) nos traz que compor 
[…] é organizar os elementos do desenho, as linhas, os pontos, as manchas, as cores e os espaços vazios
de maneira equilibrada no espaço disponível. É a mesma coisa que se faz quando se arranja flores num
vaso, ou quando se faz a decoração de uma sala; compor é o que o diagramador faz; e, também, o
fotógrafo, quando enquadra o assunto da fotografia. Compor é o primeiro passo a ser dado em qualquer
trabalho visual.
Nesse sentido, uma boa obra visual leva em consideração a disposição dos elementos, o equilíbrio, o ritmo, a
utilização dos espaços cheios e vazios, o movimento, bem como a relação entre os valores e as cores. Tudo isso
pensado em função do tema e do que está no centro de interesse da mensagem.
A composição não se trata do tema da criação, mas da maneira como se utiliza essa gramática visual para que a
mensagem seja compreensível para o observador.
De acordo com Parramon (1988, p. 7), o valor da arte moderna
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[…] e, em especial, da arte abstrata, apoia-se quase exclusivamente na arte de compor. Matisse dizia
que: “A disposição da minha pintura tende inteiramente para a expressão pela composição. O lugar
ocupado por figuras e objetos, os espaços vazios que os cercam, as proporções, tudo tem seu papel”. A
maioria dos quadros abstratos — como, por exemplo, os de Piet Mondrian — antepõe ao título da obra
o termo “Composição”.
Contudo, a arte contemporânea, às vezes, quebra algumas regras, privilegiando o tema em detrimento do equilíbrio e
da simetria, buscando instabilidade ou outro recurso que reforce a mensagem da obra.
Já no caso da publicidade ou de outro uso mais comercial da composição, ela é, geralmente, muito bem elaborada
para que a mensagem chame a atenção do público-alvo e desperte interesse e desejos. Isso porque, do contrário, uma
composição equivocada pode criar um discurso que não seja compreendido corretamente ou que seja indesejado,
ambíguo e confuso, falhando em sua comunicação.
VOCÊ QUER VER?
O filme “Cézanne e Eu”, dirigido por Danièle Thompson, trata da amizade de Paul Cézanne
e Émile Zola. Cézanne — que lançou as bases do que seriam os movimentos artísticos do
começo do século XX — revolucionou com suas pinturas, as quais transmitiam o
pensamento de simplificação das formas. Para além das suas relações pessoais, o filme
retrata alguns momentos em que o artista trabalha em suas composições. Vale a pena assistir
à obra e se aprofundar um pouco no assunto e na história retratada!
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VAMOS PRATICAR?Agora que você aprendeu um pouco mais sobre as composições visuais, que ta
um pouco mais o olhar e praticar? Escolha duas obras de artistas que são infl
importantes para você, mas dê preferência para artistas de períodos e estilos di
na história da Arte. Encontre boas reproduções dessas obras e as observe.
Avalie as duas composições, seus elementos principais (pessoas, objetos ou
abstratas) e como cada artista fez para criar o espaço nas suas composições
usadas cores, formas, texturas e variação tonal para construir luz e sombra?
Faça uma lista comparando as imagens, ressaltando as maneiras criativas que ca
usou para que os recursos visuais criassem mensagens. Em seguida, cria sua 
composição inspirada no que você aprendeu.
2.2 Elementos da linguagem visual
Os elementos visuais são estruturas das composições em todas as criações visuais, tanto nas artes quanto na
comunicação visual. No caso, o artista é quem escolhe como usar esses elementos em função da sua criatividade,
expressividade e mensagem que deseja transmitir.
Dondis (2007) cita que os elementos da linguagem visual se assemelham às palavras de um texto: são combinadas e
reordenados de diferentes formas, criando significados visuais e estilos variados. Assim, cada vez que esses itens são
reorganizados e misturados em uma nova composição, trazem à tona sentidos e textos visuais únicos.
A autora ainda menciona que não se deve
[…] confundir os elementos visuais com os materiais ou o meio de expressão, a madeira ou a argila, a
tinta ou o filme. Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número
é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o
movimento. Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções
e combinações seletivas. A estrutura da obra visual, e com qual ênfase essa presença ocorre. (DONDIS,
2007, p. 51)
Vamos, então, ao longo deste tópico, estudar mais a fundo sobre esses elementos visuais, a fim de conhecermos suas
particularidades.
2.2.1 Ponto
Marília Lima
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O ponto é o primeiro elemento, o mais simples e básico, ou seja, a forma mais concisa de uma composição. Ainda
que possua dimensão e forma, ele carrega em si a ideia de unidade. Mesmo variando de tamanho, é irredutível e
estável.
Quando em um espaço, o pontotem a capacidade de atrair o olhar do observador, sendo uma referência visual, um
indicador de espaço. Observe, por exemplo, a figura a seguir.
#PraCegoVer: na figura, temos três pontos e duas formas geométricas. O primeiro ponto está do lado esquerdo. O
segundo ponto está no canto direito superior de um quadrado, o qual se encontra centralizado. Já o último ponto está
no canto direito da figura, ao lado de um triângulo.
Vale mencionar que o ponto pode ser usado em conjunto, cobrindo áreas da composição e criando variações de tons
e texturas na imagem. Quando assim são dispostos no espaço, geram forças de atração e agrupamento.
Na figura na sequência, podemos observar o desenho de Vincent van Gogh, intitulado “Colheita – Planície de La
Crau”. Nela, fica evidente como os pontos que compõem grande parte do desenho são de tamanhos diferentes, com
leves variações de forma e quantidade.
Figura 1 - Pontos como referências, indicadores que atraem a atenção do observador
Fonte: DONDIS, 2007, p. 53.
VOCÊ SABIA?
O ponto é um elemento essencial nas composições visuais, especialmente para as artes
gráficas, nos processos de impressão e para a fotografia. Isso graças à sua capacidade de
formar tons e cores variados em uma imagem quando estão agrupados de modo muito
próximo.
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#PraCegoVer: na figura, temos um desenho de van Gogh que ilustra uma área de colheita, com uma carroça ao
centro, casas e montanhas mais ao fundo, além de produtores rurais. O quadro é composto por pontos e linhas, com
o uso de uma única cor (monocromático).
Em algumas partes, como no céu, os pontos estão bem agrupados e em maior quantidade, preenchendo o espaço e
criando textura e um tom médio. Já no primeiro plano, há menos pontos, maiores e mais espaçados, deixando
aparecer a cor do papel e formando uma área mais luminosa e com outro tipo de textura.
Essas variações encontradas no quadro de van Gogh mostram o uso expressivo dos pontos para gerar significados,
produzindo variações tonais: maior número e concentração de pontos geram tons mais escuros; enquanto menor
número e maior espaçamento geram tons mais claros.
Figura 2 - Desenho de Vincent van Gogh
Fonte: NATIONAL GALLERY OF ART, [s. d.].
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Georges Seurat estava à frente com suas análises baseadas nas teorias óticas e de cores. Segundo suas pesquisas, ele
desenvolveu um sistema para a pintura que consistia em colocar pequenos pontos de cores puras, uma ao lado da
outra, para que a misturas das primárias acontecesse no olho do observador, podendo, assim, enxergar diferentes
matizes e tonalidades compostas.
O artista produziu grandes telas usando sua técnica, pois ele acreditava que pequenos pontos de cores puras em
justaposição resultavam em uma vibração de cor maior nos olhos do espectador do que a mistura das tintas feitas
previamente na paleta, a fim de formar as cores nas pinturas.
O fenômeno perceptivo da fusão visual foi explorado por Seurat em seus quadros pontilhistas, de cor e
tom extraordinariamente variados, ainda que ele só tenha utilizado quatro cores – amarelo, vermelho,
azul e preto – e tenha aplicado a tinta com pincéis muito pequenos e pontiagudos. Todos os
impressionistas exploram os processos de fusão, contraste e organização, que se concretizavam nos
olhos do espectador. [...] Mas ninguém investigou essas possibilidades tão completamente quanto
Seurat, que, em seus esforços, parece ter antecipado o processo de quadricromia a meio-tom, pelo qual
são atualmente reproduzidos, na impressão em grande escala, as fotos e os desenhos em cores, de tom
contínuo (DONDIS, 2007, p. 54-55).
CASO
Georges Seurat (1859-1891) foi um artista francês que ficou conhecido por ter sido pioneiro
no Divisionismo, Pontilhismo ou, ainda, Neoimpressionismo. Ele teve uma carreira curta,
em que se dedicou a realizar poucos quadros de grandes dimensões e muitos estudos
preliminares. No entanto, se tornou importante ao levar adiante as ideias do
Impressionismo, ampliando suas possibilidades, assim como os outros artistas do Pós-
Impressionismo.
Os artistas impressionistas buscavam pintar aquilo que realmente viam, com a mesma
objetivada da fotografia na captura da luz de um instante. Ao olharem para uma cena,
focavam nos tons das cores e nas suas formas mais naturais. Eles queriam reproduzir na tela
o jogo de luzes e sombras, deixando o tema em segundo plano (DONDIS, 2007).
Os impressionistas pintavam ao ar livre, observando a luz nas diferentes horas do dia.
Dessa maneira, puderam constatar que a luz muda a aparência das coisas e que ela possui
os próprios valores de cor.
O Pontilhismo foi além e radicalizou a autonomia da pintura em relação ao objeto. A
técnica pretendia uma representação científica baseada no estudo da óptica e na percepção
visual de como as cores são percebidas pelos nossos olhos. Os temas eram mero pretextos
para experimentações, realizadas com rigor científico, cujo objetivo era aproximar as
representações da visão (DONDIS, 2007). 
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A técnica de Seurat pode ser observada na figura a seguir, na pintura “Uma tarde de domingo na Grande-Jatte”. O
artista, inclusive, produziu vários estudos entre 1884 até chegar à pintura final, em 1886.
#PraCegoVer: na figura, temos uma pintura de Georges Seurat ilustrando um parque em período diurno com
diversos frequentadores. As pessoas sentadas na grama, aquelas observando o lago e, ainda, os animais se
divertindo, todos foram pintados com a técnica do pontilhismo.
 
Nessa pintura de Georges Seurat, temos a representação da técnica do Pontilhismo ou Divisionismo, com pequenos
pontos produzidos por pequenas pinceladas irregulares que contrastam para formar a cena representada. Vale
observar como são utilizados os pontos para que as formas sejam claras e, até mesmo, detalhadas.
Voltando aos elementos visuais, podemos dizer que o ponto ainda surge associado a outro item: a linha, usada,
muitas vezes, de forma semelhante, criando diferentes texturas e variações de tamanho, quantidade e intensidade, as
quais estruturam as formas e o espaço na composição de um desenho.
2.2.2 Linha
Podemos dizer que a linha é a história do deslocamento de um ponto no espaço, com uma direção. Ou, ainda, que é a
junção de vários pontos agrupados, colocados muito próximos e ordenados em uma mesma direção. No caso, eles
permanecem tão juntos que perdem a sua individualidade e se tornam indistinguíveis, transformando-se em um novo
elemento visual. Desse modo, nosso olhar é direcionado para o agrupamento de pontos que, por estarem
extremamente próximos e ordenados, geram uma ilusão de direção.
O ponto é facilmente encontrado na natureza. A linha, no entanto, raramente é vista, o que a torna muito mais uma
abstração. Ainda assim, ela possui muita energia e dinamismo, sendo que seus recursos expressivos são dados pela
sua capacidade de variar em espessura e intensidade.
Ela é aplicada para contorno de forma e limitação de áreas no espaço e entre tons, mas também pode ser um
elemento expressivo por si mesma, sem delimitar coisa alguma.
Figura 3 - Pintura de Georges Seurat, chamada “Uma tarde de domingo na Grande-Jatte”
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.]e.
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Segundo Arnheim (1997, p. 2010), a “[…] linha se apresenta de três modos basicamente diferentes: como linha
objeto, linha hachurada e linha de contorno”. Com sua natureza lineare fluída, permite liberdade na experimentação,
como acontece nas composições abstratas. Para entender melhor, veja a figura a seguir.
#PraCegoVer: na figura, temos o quadro “Composition VIII”, de Wassily Kandinsky, que traz linhas, círculos,
triângulos e quadrados para compor uma arte abstrata.
 
Nesse contexto, podemos perceber que a linha tem um papel importante como instrumento para a representação de
ideias quando usada para esboços preliminares, dando forma para algo que está só na imaginação do artista. 
Figura 4 - Quadro abstrato de Wassily Kandinsky com uso de linhas
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.]a.
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Seja em um desenho técnico, seja em uma produção mais livre, a linha é decidida e certeira, mostrando direção e
intenção. Dondis (2007, p. 57) complementa que a
[…] linha pode assumir formas muito diversas para expressar uma grande variedade de estados de
espírito. Pode ser muito imprecisa e indisciplinada, como nos esboços ilustrados, para tirar proveito de
sua espontaneidade de expressão. Pode ser muito delicada e ondulada, ou nítida e grosseira, nas mãos
do mesmo artista. Pode ser hesitante, indecisa e inquiridora, quando é simplesmente uma explosão
visual em busca de um desenho. Pode ser ainda tão pessoal quanto um manuscrito em forma de rabisco
nervoso, reflexo de uma atividade inconsciente sob a pressão do pensamento, ou um simples
passatempo. Mesmo no formato frio e mecânico dos mapas, nos projetos para uma casa ou nas
engrenagens de uma máquina, a linha reflete a intenção do artífice ou artista, seus sentimentos e
emoções mais pessoais e, mais importante que tudo, sua visão.
O que Dondis (2007) destaca sobre as qualidades da linha pode ser observado na figura na sequência, que retrata um
desenho de Vincent van Gogh. 
VOCÊ QUER LER?
“Ponto, linha, plano”, de Wassily Kandinsky, traz diversas contribuições para a análise de
três elementos da composição visual, escrito por esse importante artista representante da arte
abstrata que, inclusive, também foi professor da Bauhaus. O livro é uma continuação das
ideias de Kandinsky apresentadas em sua obra anterior, intitulada “Do espiritual na arte”, em
que o autor busca construir uma ciência da arte abstrata, relacionando-a com nossas
estruturas mentais e emoções para chegar à uma nova arte. Vale a pena a leitura!
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#PraCegoVer: na figura, temos um desenho de Vincent van Gogh que retrata um homem com barba longa, bigode e
um chapéu antigo de carteiro. No caso, o artista utilizou apenas linhas para criar o retrato.
 
O desenho demonstra o uso da linha de forma expressiva na composição, criando significados, sentimentos e
explicitando a visão do artista sobre o tema. Aliás, da mesma forma que vimos com o ponto, as linhas muito
próximas umas das outras são igualmente capazes de produzir tons e texturas variadas.
2.2.3 Direção
A direção aparece nas composições visuais decorrente de outros elementos, como os pontos, as linhas e as formas.
Como vimos, diversos pontos colocados em sequência de modo ordenado formam uma direção, assim como uma ou
mais linhas também produzem uma ou mais direções no espaço.
Figura 5 - “Retrato do carteiro Joseph Roulin”, desenho de Vincent van Gogh
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.]c.
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As direções espaciais são, basicamente, horizontal, vertical, diagonal e curva. Segundo Dondis (2007, p. 59), todas
“[…] as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical
[...]; o triângulo, a diagonal [...]; o círculo, a curva [...]”.
Wong (2010, p. 43-44), por sua vez, ressalta que a “[…] direção de um formato depende do modo como está
relacionado com o observador, com a moldura que o contém ou com os demais formatos próximos”.
A atração que o peso dos demais elementos vizinhos na composição exercem sobre determinado elemento
posicionado no espaço, forma diferentes direções. Portanto, a posição dos volumes e das massas dos elementos
criam sentidos visuais na composição.
A direção também pode ser criada pelo tema retratado na composição. Por exemplo, se temos figuras humanas
representadas em uma pintura, os corpos na cena podem aparecer em uma disposição de modo que seus membros ou
troncos criem direções no espaço ou a posição de suas cabeças transmitam o encontro dos olhares. A direção pode
ser construída pela simples disposição de objetos em sequência, dentro do campo da composição.
Agora, observe com atenção a próxima figura, também retratando uma pintura de Vincent van Gogh, inclusive bem
conhecida.
#PraCegoVer: na figura, temos a pintura “A noite estrelada”, uma das mais famosas de Vincent van Gogh. Nela, o
artista utiliza linhas e formas para dar direção aos elementos, como é o caso do céu retratado.
 
Nesse caso, quando pensamos no significado das direções, temos as que nos causam sensação de equilíbrio, como as
horizontais e verticais; ou as que causam instabilidade e dinamismo, como as diagonais; ou, ainda, a ideia de
repetição e abrangência, como na direção curva. Essas características podem ser muito bem destacadas na figura
anterior.
2.2.4 Forma 
Figura 6 - Uma das pinturas mais conhecidas de Vincent van Gogh, “A noite estrelada”
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.]d.
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A forma é tudo o que vemos. É a aparência exterior de um corpo material, a qual descreve sua natureza. Ela é
definida ou contornada por uma ou mais linhas e sempre contém um princípio organizador e estruturante, uma
ordenação.
Gomes Filho (2015, p. 39) conceitua que “[…] a forma pode se constituir em um único ponto (singular), ou em uma
linha (sucessão de pontos), ou em um plano (sucessão de linhas) ou, ainda, num volume (uma forma completa,
contemplando todas as propriedades citadas)”. Lembrando que, para que a forma seja percebida, ela precisa de
delimitadores, mas eles não são limitantes, são definidores e estruturantes.
Podemos dividir a forma em dois tipos: as figurativas e as abstratas. Já as formas básicas são três: quadrado, círculo
e triângulo equilátero, que são figuras planas e simples, de fácil construção. Para Dondis (2007), essas três formas
básicas podem ser combinadas e variadas infinitamente para criar todas as formas da natureza ou aquelas construídas
pelo ser humano.
Segundo a autora, cada uma
[…] das formas básicas tem suas características específicas, e a cada uma se atribui uma grande
quantidade de significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros ainda
através de nossas próprias percepções psicológicas e fisiológicas. Ao quadrado se associam enfado,
honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez,
proteção. (DONDIS, 2007, p. 57-58)
Outra possibilidade de construção da forma é com a utilização de vários planos. Nesse caso, a forma passa a ter
volume, diferentemente das planas constituídas de um único plano. Nas duas situações, ela possui tamanho, cor,
textura e ocupa um lugar no espaço. Contudo, só passa a ser tridimensional quando adquire espessura e, nas
representações visuais, podemos construí-las por meio da técnica da perspectiva.
2.2.5 Textura
A textura diz respeito à superfície e natureza das coisas que representa. Ela é uma experiência sensível e
enriquecedora quando se dá pelo sentido do tato, porém a maioria de nossas experiências com a texturase dá pelo
sentido da visão.
Quando estamos reproduzindo a textura de algum material, estamos criando um estímulo visual para uma sensação
tátil que conhecemos desse item. Assim sendo, criamos de acordo com a qualidade sinestésica que a textura tem.
Wong (2010, p. 119) nos explica que 
[...] a textura se refere às características da superfície de um formato. Cada formato tem uma superfície,
e toda superfície deve ter determinadas características, as quais podem ser descritas como suave ou
áspera, lisa ou decorada, fosca ou polida, macia ou dura. Ainda que em geral consideremos uma
superfície uniformemente pintada como não tendo textura alguma, na verdade a uniformidade da
pintura é um tipo de textura, além da textura do material sobre o qual o formato é criado.
Encontramos vários exemplos de texturas na natureza, em seus diversos tipos e variações, como a da madeira, da
pedra e das folhas. No entanto, também podemos encontrá-las nos itens criados pelo ser humano, como padronagens
de tecidos, trançados de fios etc.
As texturas podem ter características variadas, como lisa ou áspera, macia ou rugosa, ondulada, pregueada, pastosa,
molhada, pedregosa, entre outras. Além disso, elas podem ser criadas a partir do uso de técnicas distintas. Os
próprios elementos compositivos servem para isso, como o uso de linhas para criar padrões.
Outra opção é utilizar materiais para produzir texturas diferentes, como a transferência de uma superfície por fricção
ou colagem, pulverização ou gotejamento por meio de materiais líquidos, raspagem de superfícies, entre outras
possibilidades. 
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2.2.6 Escala
A escala, em uma definição para a composição visual, é a relação entre os tamanhos, as proporções e os valores de
objetos de uma cena ou entre eles e o ambiente em que estão inseridos.
Ela é relativa entre os elementos que estão sendo relacionados e pode ser modificada com a introdução de novos
itens no espaço, ou seja, a escala não é absoluta. Dessa forma, o que era parecia pequeno pode parecer grande
quando comparado a uma nova referência. Em outra situação, a cor que parecia clara pode parecer mais escura com
a introdução de uma nova cor mais clara.
Em outras palavras, conforme Dondis (2007, p. 72), todos os
[…] elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros. Em outras palavras, o
grande não pode existir sem o pequeno. Porém, mesmo quando se estabelece o grande através do
pequeno, a escala toda pode ser modificada pela introdução de outra modificação visual. A escala pode
ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações
com o campo ou com o ambiente. Em termos de escala, os resultados visuais são fluídos, e não
absolutos, pois estão sujeitos a muitas variáveis modificadoras. 
A escala possui outras definições em função do seu uso, como uma das que o Dicionário Michaelis oferece: “Linha
ou faixa dividida em partes iguais, que indica tal proporção e é colocada na parte inferior de um mapa ou uma
planta” (ESCALA, 2016). Nesse caso, estamos nos referindo à escala que é utilizada nos projetos técnicos,
arquitetônicos e mapas, a qual relaciona as medidas reais do que está sendo representado com as do desenho. 
2.2.7 Dimensão
Outro elemento visual de grande importância é a dimensão, que se trata da medida ou extensão de dado corpo dentro
de um espaço. Essa medida pode ser a amplitude ou longitude de uma superfície em qualquer direção, bem como
pode ser o volume do corpo no espaço, quando adicionamos uma terceira dimensão (profundidade).
Para a Geometria, a dimensão é cada uma das três extensões: comprimento, largura e altura. Atualmente, temos
teorias que consideram quatro ou mais dimensões.
A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A
dimensão existe no mundo real. Não só podemos senti-la, mas também vê-la, com o auxílio de nossa
visão estereóptica e binocular. Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, como
o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, existe uma dimensão real; ela é apenas
implícita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a
convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela
manipulação tonal, através do claro-escuro, a dramática enfatização de luz e sombra. (DONDIS, 2007,
p. 75)
Observe a figura a seguir para compreender melhor o assunto.
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#PraCegoVer: na figura, podemos analisar um desenho em perspectiva. No lado esquerdo, há duas entradas na
parede (uma baixa e outra alta) mais ao fundo para formar a porta e uma espécie de janela. No lado direito, também
há essas duas entradas, porém mais próximas, com uma cidade ao fundo. No meio do desenho, temos uma cadeira e
uma estante.
 
Veja que a dimensão do volume, nas representações bidimensionais, é criada a partir do uso da técnica da
perspectiva. Esta “[…] recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de
realidade” (DONDIS, 2007, p. 75). Podemos analisar isso com a figura anterior.
2.2.8 Movimento
O último elemento que iremos estudar nesta unidade é o movimento, que, na linguagem visual, é dado pela sensação
de velocidade e ação.
Figura 7 - Desenho em perspectiva de Henricus Hondius
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.]b.
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O movimento, nas representações bidimensionais, aparece como sugestão, ou seja, a composição é organizada de
forma a causar a ideia de ação e dinamismo no observador, diferentemente do que acontece em obras
tridimensionais, em que o movimento pode ser efetivo com algo que se move, que está em ação, como nos móbiles
de Alexander Calder.
Dondis (2007, p. 80) cita que as técnicas da linguagem visual para se criar movimento 
[...] podem enganar o olho; a ilusão de textura ou dimensão parecem reais graças ao uso de uma intensa
manifestação de detalhes, como acontece com a textura, e ao uso da perspectiva e luz e sombra
intensificadas, como no caso da dimensão. A sugestão de movimento nas manifestações visuais
estáticas é mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita
em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida. Em parte,
essa ação implícita se projeta, tanto psicológica quanto cinestesicamente, na informação visual estática.
Afinal, a exemplo do universo tonal do cinema acromático que tão prontamente aceitamos, as formas
estáticas das artes visuais não são naturais a nossa experiência.
Observe a seguir o exemplo de movimento em uma obra abstrata bidimensional da artista Tomie Ohtake.
VOCÊ O CONHECE?
Alexander Calder (1898 - 1976) foi um escultor e pintor abstrato norte-americano que ficou
conhecido por seus móbiles. Ele vem de uma família de artistas, estudou engenharia e artes
nos Estados Unidos. Estudou, também, em Paris, onde teve contato com artistas como Joan
Miró, que se tornou seu amigo.
Calder utilizava arames em suas esculturas e, posteriormente, introduziu o metal e o
movimento em suas obras, buscando um equilíbrio delicado entre peso e suspenção.
Foi de uma visita à Piet Mondrian, em 1930, que o artista teve a ideia que levou à criação de
seus móbiles. Feitos sem a base ou o pedestal da escultura tradicional, os móbiles ficam
suspensos no ar. Contudo, Calder foi o pioneiro no uso do movimento e do metal juntos em
sua arte cinética, fazendo formas e linhas dançarem no espaço.
Você pode conhecermais sobre a vida e a obra desse artista visitando o site:
http://www.calder.org/ (http://www.calder.org/).
http://www.calder.org/
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#PraCegoVer: na figura, temos um auditório pouco iluminado com apenas uma das paredes das laterais bem
iluminada. Nela, há uma tapeçaria de 70 metros de comprimento, a qual forma uma espécie de onda, nas cores
vermelho, laranja e amarelo.
 
Observando a tapeçaria, temos a sensação de movimento visual criada pelas linhas curvas que se repetem pelo
espaço, em uma mesma direção, dando dinamismo ao espaço. Essa sensação é reforçada pelo contraste entre as
linhas coloridas e luminosas com o fundo escuro.
Note, ainda, que a sensação de movimento também pode ser criada pela repetição, alternância ou progressão de um
ou mais elementos visuais no espaço compositivo, o que pode gerar um ritmo para a composição.
O movimento visual está muito presente no cinema, provocado pela repetição seguida de imagens com pequenas
alterações entre elas, em uma sequência determinada para causar a ilusão de que as cenas estão em movimento.
Nesse caso, o movimento não existe tal qual observamos na realidade, uma vez que só pode ser criado pelo
fenômeno da persistência da visão ou persistência retiniana.
Esse fenômeno ocorre quando o olho humano observa uma cena e esta persiste na retina por uma fração de
segundos. Quando novas imagens são projetadas acima de 12 quadros por segundo com pequenas variações entre
elas, nossa percepção associa uma imagem a outra, criando a ilusão de que a cena está se movimentando. O cinema
em geral trabalha com 24 quadros ou frames por segundos (ARNHEIM, 1997).
Para finalizarmos com chave de ouro, veja um resumo dos elementos estudados a seguir.
É um assunto muito interessante e fundamental para os estudos das artes visuais. Por conta disso, tenha atenção ao
estudá-lo e procure colocar em prática sempre que puder, até para se recordar com conceitos e utilizá-los em prol de
suas composições. Clique no recurso a seguir.
Figura 8 - Tapeçaria com 70 metros de comprimento, com ideia de movimento
Fonte: INSTITUTO TOMIE OHTAKE, [s. d.].
Ponto
Indica posição no espaço e pode ser usado para chamar a atenção do observador. Quando
agrupado com outros pontos, cria variação de tons e texturas. Trata-se de um elemento
estável e irredutível. 
Linha
Indica limitação de espaço, mas também pode ser usada para o abstrato. Apesar de sua
liberdade, tem propósito e direção, sendo que, como o ponto, pode variar em espessura e
quantidade. 
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Direção
Indica um conjunto de elementos, como pontos, linhas e formas, criando uma direção para
a composição. Ao todo, são três direções: horizontal, vertical, diagonal e curva. A direção
é muito usada para passar mensagens, como estabilidade, equilíbrio e abrangência. 
Forma
Indica linhas e pontos que se juntam para criar uma forma. Ao todo, são três: quadrado,
círculo e triângulo equilátero. De modo geral, trata-se de tudo o que vemos, com contorno
e delimitação. 
Textura
Indica a substituição, na maioria das vezes, do tato, mas, também, da visão. É tudo aquilo
que pode ser observado de modo singular, como a textura de um tecido ou da madeira. Ela
pode ser criada de diferentes formas, com elementos distintos. 
Escala
Indica variação de tamanhos, proporções e valores em uma composição. Um exemplo são
dois itens lado a lado do mesmo tamanho, mas, ao substituir um deles por outro menor, a
escala do que permaneceu intacto será alterada. 
Dimensão
Indica a medida ou extensão de algo dentro do espaço. Pode ser de amplitude, longitude e
volume. Ela trabalha com formas e linhas que criam uma ilusão ao observador, a partir de
efeito bidimensional ou tridimensional. 
Movimento
Indica a organização de elementos que transmitem a sensação de dinamismo e ação ao
observador da composição. Geralmente é associado à repetição, alternância ou progressão
de um ou mais elementos visuais. 
VAMOS PRATICAR?Estudar a linguagem visual é fundamental, mas, para consolidar os conhecime
assunto, é muito importante praticar. Para isso, sugerimos que você crie um 
com o material e tema à sua escolha, utilizando apenas o ponto e a linh
elementos visuais. Lembre-se de combinar dimensões, quantidades e proximida
linhas e dos pontos no espaço para criar tons, texturas e formas na construção
composição.
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Conclusão
Chegamos ao final de mas uma unidade de estudos. Aqui, pudemos estudar a respeito da importância da composição
visual para a linguagem visual e como os elementos visuais são usados para estruturar a comunicação visual.
Inclusive, estudamos com detalhes cada um desses elementos e de que forma eles influenciam no olhar do
observador para com a composição.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer o conceito de composição visual;
entender a importância dessa composição para a comunicação
visual;
aprender sobre os elementos da linguagem visual: ponto, linha,
direção, forma, textura, escala, dimensão e movimento;
compreender as características dos elementos visuais e a
importância de cada um deles para a construção da linguagem
visual;
compreender que a comunicação visual não pode ser construída
sem conhecimento da linguagem visual.
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. 11. ed. São Paulo: Pioneira; Editora da
Universidade de São Paulo, 1997.
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CÉZANNE e Eu. Direção: Danièle Thompson. França: Media Bridge, 2019. 114 min., son., color.
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