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Anhembi Morumbi DL

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30/03/2022 20:28 Fundamentos das Artes Visuais
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FUNDAMENTOS DAS ARTES VISUAIS
UNIDADE 4 - PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES
DA COMUNICAÇÃO VISUAL
Luciara Bruno Garcia
30/03/2022 20:28 Fundamentos das Artes Visuais
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Introdução
Já parou para pensar o quanto das imagens que observa diariamente foram realmente escolhidas por você? O que
elas dizem sobre a sua personalidade? Qual mensagem elas passam? O que elas estão tentando comunicar ou
vender?
Não basta apenas ver uma imagem, temos que compreender sua mensagem, independentemente do meio que foi
usado para isso. Uma pintura, animação ou propaganda, nosso universo conectado segue tentando nos comunicar ou
convencer a comprar algo — um produto, uma ideia ou um estilo, por exemplo —. Assim, ao ler as mensagens,
entendemos e selecionamos melhor o que queremos e o que não queremos, em qualquer nível.
Vamos, então, continuar nosso caminho para desvendar a comunicação visual. Até aqui, entendemos quais são os
elementos da linguagem visual, suas características e como eles podem se comportar em uma composição para criar
uma mensagem. Estudamos, também, a Teoria da Gestalt, que trata de como a percepção humana interpreta as
informações recebidas, principalmente as visuais.
A partir de agora, iremos nos aprofundar quanto a outros fatores importantes para a criação da comunicação visual,
sem os quais a mensagem pode não ser construída de forma eficiente e se tornar incompreensível. Dessa forma,
veremos técnicas visuais para ordenar os elementos, como equilíbrio, instabilidade, simetria e assimetria, tensão,
nivelamento, aguçamento, atração e agrupamento, positivo e negativo, ritmo e harmonia. Ainda, estudaremos sobre
representação, simbolismo e abstração nas comunicações, bem como a composição na fotografia.
Bons estudos! 
4.1 Técnicas de comunicação visual
A comunicação visual se trata de uma criação humana. Por conta disso, possui alguns princípios para ordenar os
elementos da linguagem dentro de uma composição. A disposição desses itens, os espaços vazios, os volumes e as
proporções são organizados a fim de criar a comunicação. Essas escolhas afetam o modo como a mensagem é
recebida e interpretada pelo leitor ou observador.
Nesse contexto, ao longo deste tópico, iremos conhecer um pouco mais sobre a linguagem e suas técnicas de criação
e comunicação.
4.1.1 Equilíbrio e instabilidade
O equilíbrio está na nossa natureza humana. Quando nos movimentamos, nosso corpo busca, constante e
inconscientemente, restabelecer o equilíbrio na nova posição, para que não sejamos vencidos pela força da
gravidade, entrando em desequilíbrio e caindo.
Por nos locomovermos sobre dois membros, a manutenção do equilíbrio para os seres humanos é fundamental.
Assim, precisamos saber que estamos firmes e eretos, apoiados no chão. Para a nossa percepção visual, não é
diferente.
Conforme nos explica Dondis (2015, p. 32), o
[…] equilíbrio é, então, a referência visual mais forte e firme do homem, sua base consciente e
inconsciente para fazer avaliações visuais. O extraordinário é que, enquanto todos os padrões visuais
têm um centro de gravidade que pode ser tecnicamente calculável, nenhum método de calcular é tão
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rápido, exato e automático quanto o senso intuitivo de equilíbrio inerente às percepções do homem.
Na comunicação visual, o equilíbrio se dá da mesma forma, visto que, quando ele não existe em algo que vemos,
ficamos muito desconfortáveis e, até mesmo, incomodados. Além disso, por andarmos eretos, a relação vertical x
horizontal acaba sendo essencial para os indivíduos. É a principal referência para a nossa percepção. Isso porque
buscamos na natureza a relação de equilíbrio estável.
Quando avistamos a Torre de Pisa, na Itália, sua inclinação indica um desequilíbrio na relação vertical x horizontal,
o que nos causa estranhamento e sensação de instabilidade, como se a qualquer momento a torre pudesse vir ao
chão. 
#PraCegoVer: na figura, temos a Torre de Pisa, na Itália, ao lado do prédio da catedral de Pisa do lado esquerdo da
fotografia. A torre é muito conhecida por sua inclinação, como se estivesse caindo.
 
Dessa maneira, a relação dos eixos vertical e horizontal é esperada do artista ao criar uma comunicação visual.
Quando não a encontramos, o desequilíbrio e a instabilidade se estabelecem, causando tensão. 
Na expressão ou interpretação visual, esse processo de estabilização impõe a todas as coisas vistas e
planejadas um "eixo" vertical, com um referente horizontal secundário, os quais determinam, em
conjunto, os fatores estruturais que medem o equilíbrio. Esse eixo visual também é chamado de eixo
sentido, que melhor expressa a presença invisível mas preponderante do eixo no ato de ver. Trata-se de
uma constante inconsciente. (DONDIS, 2015, p. 33, grifos do autor)
Dentro desse assunto, fica o questionamento: como conseguimos obter o equilíbrio em uma composição visual? De
acordo com Arnheim (2016, p. 11), o
[…] equilíbrio é o estado no qual as forças, agindo sobre um corpo, compensam-se mutuamente.
Consegue-se o equilíbrio, na sua maneira mais simples, por meio de duas forças de igual resistência que
puxam em direções opostas. A definição é aplicável para o equilíbrio visual.
Figura 1 - Torre de Pisa, na Itália
Fonte: James Pintar, iStock, 2020.
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Seja no mundo físico, seja nas criações visuais, conseguimos obter o equilíbrio com a compensação das forças dos
pesos, que integram uma composição. Quando conseguimos, anularmos suas forças e chegamos ao equilíbrio.
Gomes Filho (2015) menciona que, em uma composição equilibrada, a relação de configuração estabelecida entre a
localização dos elementos e a direção se apoia reciprocamente de forma que qualquer alteração parece não ser
possível, pois causaria a quebra do equilíbrio estabelecido.
Assim, equilíbrio e peso visual estão diretamente ligados à percepção, sendo que o equilíbrio visual será alcançado
quando os pesos forem equilibrados a partir da compensação dos volumes na composição. Então, a posição ou
localização das massas ou dos volumes no campo visual vai ser determinante.
Peso e direção são propriedades que exercem influência particular sobre o equilíbrio. O peso é sempre
um efeito dinâmico. O peso sofre influência da localização. Uma “posição” forte no esquema estrutural
pode sustentar mais peso do que uma localizada fora do centro ou afastada dos eixos das linhas vertical
e horizontal centrais. Isso significa, por exemplo, que um objeto colocado no centro pode ser
contrabalançado por outros menores colocados fora dele. O peso conseguido por intermédio da cor
pode ser contrabalançado, por exemplo, pelo peso por meio da localização. (GOMES FILHO, 2015, p.
58)
Um exemplo de equilíbrio dos pesos — que usa apenas formas geométricas e o contraste entre preto e branco —
está na figura a seguir, que retrata o logo da Escola Bauhaus do ano de 1922.
Figura 2 - Logo da Bauhaus, desenho de Oskar Schlemmer, em 1922
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.].
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#PraCegoVer: na figura, temos um quadrado preto e, dentro dele, um círculo branco. O eixo vertical posicionado no
centro do círculo representa um rosto estilizado de perfil e, à esquerda desse eixo, na parte superior, há um quadrado
pequeno que representa umolho do rosto.
 
Outro fator que influencia o peso é o tamanho de um elemento, ou seja, objetos maiores terão maior peso na
composição quando outros fatores forem iguais em relação a esse quesito. A cor também é um indicativo que altera
o peso, sendo que “[…] o vermelho é mais pesado do que o azul, e as cores claras são mais pesadas do que as
escuras” (ARNHEIM, 2016, p. 16).
Temos, ainda, que o material de que se constitui um objeto representado pode indicar maior ou menor peso visual,
como o metal e a pedra, que são visualmente mais pesados que materiais como as fibras naturais e o algodão. Por
fim, ainda há o isolamento de um elemento, que determina maior peso visual que se ele estiver rodeado por outros
elementos na composição.
Para nos ajudar a organizar o pensamento sobre a compensação dos pesos na composição, a fim de se criar
equilíbrio, Parramon (1988, p. 34) formula as seguintes regras: 
1º - Em composição, o equilíbrio baseia-se na composição de uns volumes em relação a outros.
2º - A compensação de uns volumes por meio de outros é dada pela combinação dos seguintes fatores:
a) as dimensões de uns volumes em relação a outros;
b) a distância que separa uns volumes dos outros;
c) o valor total de uns volumes em relação aos outros.
Vale ressaltar que, para conseguir o equilíbrio em uma composição, não precisamos, necessariamente mudar os
elementos que a constituem, pois o desequilíbrio pode ser modificado apenas com uma mudança no layout. Isto é,
alterando a disposição dos elementos no mesmo espaço, pode ser suficiente para conseguir o equilíbrio que se deseja
alcançar.
Caso não seja eficiente, podemos alterar algum dos outros fatores que modificam o peso, como a cor, o contraste, a
direção ou o tamanho dos elementos. 
VOCÊ QUER VER?
No filme “Renoir”, dirigido por Gilles Bourdos, podemos apreciar a fotografia que imprime
ao filme o estilo de Pierre-Auguste Renoir, bem como observar um pouco do seu processo de
criação ao encontrar uma nova musa. Retrata, ainda, como o artista lida com a luz e as cores
ao criar suas obras, em uma tentativa de colocar nelas sua visão diante do mundo. Nas obras
exibidas no longa, a busca pelo equilíbrio por meio das relações criadas pelos volumes, pelas
luzes e pelas cores harmoniza as criações de Renoir. Vale assistir!
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O desequilíbrio ou a instabilidade, por usa vez, é o contrário do equilíbrio, ou seja, “[…] é o estado no qual as
forças, agindo sobre um corpo, não conseguem equilibrar-se mutuamente” (GOMES FILHO, 2015, p. 61).
#PraCegoVer: na figura, temos formas geométricas — como círculos, semicírculos e retângulos pretos e vermelhos
— formando uma diagonal, além de palavras que criam diagonais e semicírculos.
 
Na figura anterior, fica claro que se trata de uma composição em desequilíbrio. Ela é extremamente inquietante e
provocadora, estando em total instabilidade, o que nos causa a sensação de que vai cair a qualquer momento.
Nesse contexto, será que podemos criar uma composição desequilibrada para reforçar determinada
mensagem? Arnheim (2016) nos explica que, se a ideia for causar incomodo ou provocar o observador, mais que
qualquer coisa que se queira comunicar, é possível. No entanto, é necessário lembrar que, em uma
[…] composição equilibrada, todos os fatores como configuração, direção e localização determinam-se
mutuamente de tal modo que nenhuma alteração parece possível, e o todo assume o caráter de
"necessidade" de todas as partes. Uma composição desequilibrada parece acidental, transitória, e,
Figura 3 - Pôster da exposição de Bauhaus em Weimar, em 1923
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.].
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portanto, inválida. Seus elementos apresentam uma tendência para mudar de lugar ou forma a fim de
conseguir um estado que melhor se relacione com a estrutura total. (ARNHEIM, 2016, p. 13)
Quando optamos por uma composição desequilibrada, corremos o risco de o desconforto ser tão grande que a
mensagem ficará em segundo plano, não será lida pelo observador ou se torne incompreensível.
Essa ambiguidade pode, ainda, fazer parecer que o processo de criação da mensagem ficou no meio do caminho, de
modo aleatório ou acidental.
4.1.2 Simetria e assimetria
A simetria é quando dividimos algo ao meio — seja um objeto, seja uma imagem — e as duas metades resultantes
são idênticas ou semelhantes quando sobrepostas. Em outras palavras, temos que ela
[…] é um equilíbrio axial que pode acontecer em um ou mais eixos, nas posições: horizontal, vertical,
diagonal ou de qualquer inclinação. É uma configuração que dá origem a formulações visuais iguais, ou
seja, as unidades de um lado são idênticas às do outro lado. Ou ainda, dentro de um certo relativismo,
pode-se considerar também como equilíbrio simétrico lados opostos que, sem serem exatamente iguais,
guardam uma forte semelhança. (GOMES FILHO, 2015, p. 59)
Trata-se do jeito mais fácil de se conseguir uma composição equilibrada, já que dois ou mais lados na composição
serão semelhantes, fazendo com que os pesos fiquem naturalmente equilibrados.
Além disso, a simetria é facilmente percebida e entendida pela nossa percepção, geralmente mais lógica e
simplificada, porém pode tornar a composição estática e mais tediosa. Ainda assim, tem a capacidade de criar
composições harmônicas.
De acordo com Munari (2016, p. 170), existem cinco casos básicos em que verificamos a simetria: identidade,
translação, rotação, reflexão especular e dilatação.
Diz respeito à sobreposição de uma forma sobre si mesma ou na rotação total de 360º sobre seu próprio
eixo.
É a repetição de uma forma no decorrer de uma linha — a qual pode ser reta ou curva — ou de outra
natureza.
Trata-se de quando a forma gira em torno de um eixo, o qual pode ser interior ou exterior a ela.
•
•
•
•
Identidade 
Translação 
Rotação 
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A utilização dessas regras da simetria, quando combinadas, pode levar à criação de formas ou composições mais
complexas.
Por outro lado, a assimetria é oposta à simetria ou diz respeito a ausência desta. Assim, nas composições
assimétricas, os lados não são iguais ou semelhantes, não importa o eixo que se use para a divisão. 
É a simetria bilateral obtida quando se coloca algo em frente a um espelho, considerando o conjunto da
composição com sua imagem.
Referente à ampliação de uma forma, a qual não sofre alteração, apenas expansão.
•
Reflexão especular 
Dilatação 
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CASO
Composições assimétricas podem ser equilibradas tanto quanto as simétricas. Contudo, são
mais complexas e desafiadoras, pois necessitam que mais forças sejam equilibradas. Geram,
no entanto, resultados interessantes e instigantes.
É o que pode ser visto na obra arquitetônica do Auditório de Tenerife Adám Martín, na
cidade Santa Cruz de Tenerife, capital das Ilhas Canárias, na Espanha. O projeto é do
arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava Valls.
Fonte: Andrew Shompolov, iStock, 2020.
#PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia do Auditório de Tenerife Adám Martín. Na
vista do prédio representado há sua entrada em forma de arco em uma parede como se fosse
um semicone que, em seu ponto mais alto, toca uma estrutura de concreto, localizada do
lado direito do prédio, que começa no chão e sobe em formato de onda. Ela cobre a
estrutura e vai se tornando mais fina até virar uma ponta direcionada para o chão.Nessa vista do auditório, podemos observar que se trata de uma composição assimétrica e
equilibrada. O peso do lado direito — dado pela curva que sai do chão e cobre o prédio
como uma onda, tocada pelo teto em forma de cones — é balanceado pelo vazio do lado
esquerdo da estrutura, deixado pelo vão entre o final da estrutura em curva e a base na cor
branca. A cor clara também ajuda no equilíbrio das forças.
A curva que cobre a construção foi deixada incompleta, fazendo com que a percepção do
observador faça esse trabalho de preencher os espaços vazios, criando uma composição
instigante e provocativa.
Agora observe uma das vistas laterais do mesmo auditório.
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Entendido sobre esses dois elementos, vamos seguir nossos estudos com outros recursos para criar interesse e
dinamismo à comunicação visual.
4.1.3 Tensão, nivelamento e aguçamento
Buscamos a estabilidade visual em uma forma ou composição, porém, quando não a encontramos, temos a tensão.
O círculo, por exemplo, é uma forma instável que nossa percepção busca estabilizar. Já as formas regulares, como o
quadrado e o triângulo, são mais estáveis por natureza.
Segundo Dondis (2015, p. 35), esse processo
[…] de ordenação, de reconhecimento intuitivo da regularidade ou de sua ausência, é inconsciente e não
requer explicação ou verbalização. Tanto para o emissor quanto para o receptor da informação visual, a
falta de equilíbrio e regularidade é um fator de desorientação. Em outras palavras, é o meio visual mais
eficaz para criar um efeito em resposta ao objetivo da mensagem, efeito que tem um potencial direto e
Fonte: Tommy Cahill, iStock, 2020. 
 
#PraCegoVer: na figura, temos a vista lateral do auditório anterior, em que podemos
observar um eixo vertical central de onde partem duas paredes que avançam para o fundo
da foto em diagonal. Acima e nas laterais, há duas estruturas de cada lado que formam
curvas, como ondas que brotam do chão. Já no alto, de baixo para cima, há uma estrutura
em concreto que avança sobre o prédio como uma onda.
 
Contornando a construção, nos deparamos com uma visão completamente diferente da
estrutura, quase como se não pertencesse ao mesmo prédio. Note que o equilíbrio e a
harmonia são dados pela simetria das formas, pois, colocando um eixo vertical no centro da
estrutura, vemos que os dois lados são espelhados. Ao contrário do que vimos no outro lado
da construção, a composição é mais estável.
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econômico de transmitir a informação visual. As opções visuais são polaridades, tanto de regularidade
quanto de simplicidade [...] de um lado, ou de variação complexa e inesperada [...] de outro. A escolha
entre essas opções determina a resposta relativa do espectador, tanto em termos de repouso e
relaxamento quanto de tensão.
Para a comunicação visual, ter ou não ter tensão é uma escolha que deve fazer sentido, se reforçar a intensão da
mensagem. Criar tensão pode significar lidar com o inesperado, o irregular, o complexo e o instável na composição.
Na linguagem visual, o que cria estabilidade e harmonia é chamado de nivelamento, enquanto o que cria o
inesperado é chamado de aguçamento.
#PraCegoVer: na figura, temos dois retângulos à esquerda e dois à direita. No primeiro à esquerda, temos um ponto
no centro, enquanto que o próximo traz o mesmo ponto, mas com traçados horizontais e verticais para indicar o
centro geométrico do retângulo. No primeiro retângulo à direita, temos um ponto no canto superior direito, enquanto
que o próximo traz o mesmo ponto, mas com traçados horizontais e verticais para indicar o centro geométrico.
 
Observando a figura anterior, podemos observar que nos dois retângulos à esquerda um ponto colocado no centro.
Verificando os eixos vertical e horizontal traçados, encontramos o centro geométrico da figura e um exemplo de uma
composição estável e harmoniosa, portanto, nivelada.
Já nos dois retângulos à direita, o ponto foi deslocado do centro para o canto superior direito da forma, próximo ao
limite do retângulo. Esse deslocamento gerou instabilidade e tensão, assim como maior dinamismo, criando uma
composição aguçada, ou seja, de aguçamento.
Portanto, podemos resumir que o
[…] nivelamento caracteriza-se por alguns artifícios como unificação, realce da simetria, redução das
características estruturais, repetição, omissão de detalhes não integrados, eliminação da obliquidade. O
aguçamento realça as diferenças, intensifica a obliquidade. O nivelamento e o aguçamento
frequentemente ocorrem no mesmo desenho [...].
É evidente que o nivelamento e o aguçamento diferem não apenas nas configurações que criam, mas em
seu efeito sobre a dinâmica. O nivelamento envolve também uma redução da tensão inerente ao padrão
visual. O aguçamento aumenta essa tensão. (ARNHEIM, 2016, p. 58-59)
Na pintura retratada a seguir, intitulada “Escola de Atenas”, temos um exemplar da arte do Renascimento em que
encontramos uma composição equilibrada, simétrica e nivelada, com evidente busca pela simplificação das formas e
redução de tensões. 
Figura 4 - Exemplos de nivelamento e aguçamento, respectivamente
Fonte: DONDIS, 2015, p. 38.
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#PraCegoVer: na figura, temos, no primeiro plano da pintura, um grande arco com colunas na sua base, as quais
servem de moldura para a cena representa. Além disso, há várias figuras humanas retratadas dos dois lados do
quadro. No centro, há uma escada com quatro degraus e, no alto da escada, temos dois homens que ocupam o centro
da tela, os filósofos Platão e Aristóteles, cercados por mais pessoas. Sobre eles, há uma estrutura formada por
colunas e arcos que se repetem até o fundo, criando uma sensação de grande profundidade no espaço.
 
Já na pintura de Franz Marc, exposta a seguir, podemos observar uma composição cheia de tensões, formas
irregulares, assimetria e organização visual muito complexa. Trata-se, então, de uma obra aguçada.
Figura 5 - Pintura intitulada “Escola de Atenas”, de 1509 a 1511
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.].
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#PraCegoVer: na figura, temos uma pintura que retrata várias formas coloridas, sem muita definição, criando
diagonais que se cruzam no centro da imagem e ocupam todo o quadro. Ainda no centro, na metade inferior, há um
animal, nas cores azul e branco, com o corpo esticado e a cabeça levantada formando uma curva.
 
Além desses três recursos, é possível estudarmos outros dois: atração e agrupamento, sobre os quais veremos no
próximo item.
4.1.4 Atração e agrupamento
Como vimos até aqui — relembrando o que estudamos a respeito das leis da Gestalt —, os elementos no espaço
compositivo se relacionam e estão sujeitos a forças que os atraem ou repelem, formando dinâmicas e leituras
possíveis.
Vamos analisar, por exemplo, a figura na sequência.
Figura 6 - Pintura de Franz Marc, de 1913
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.].
Figura 7 - Exemplos de atração e agrupamento
Fonte: DONDIS, 2015, p. 44.
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#PraCegoVer: na figura, temos três quadrados brancos alinhados. No primeiro, a esquerda, há um ponto preto
localizado na parte superior direita. No segundo, no centro, há dois pontos pretos colocados na parte superior, um à
esquerda e outro entre o cento e a direitado quadrado. Eles estão afastados e sugerem uma diagonal. O terceiro
quadrado, à direita, os dois pontos pretos estão colocados no canto inferior direito, bem próximos, sugerindo uma
linha horizontal paralela à base do quadrado.
 
Observando a figura, no primeiro quadrado, à esquerda, o ponto é um elemento de atração, pois, mesmo estando
sozinho no espaço, cria uma relação com a forma. No quadrado do meio, temos dois pontos que, embora sejam
elementos semelhantes, em função da posição no espaço em que ambos se encontram, estão disputando a atenção,
não se atraindo, mas em conflito. Por fim, no terceiro quadrado, à direita, os dois pontos são semelhantes e estão
posicionados muito próximos um do outro no espaço, o que gera forte atração entre eles, criando um agrupamento.
Dondis (2015, p. 45) cita que, na “[…] linguagem visual, os opostos se repelem, mas os semelhantes se atraem”,
sendo que, quando a atração ocorre, também há o agrupamento de elementos ou conjuntos destes, já que podemos
ter mais de um agrupamento na mesma composição. 
4.1.5 Positivo e negativo
O positivo e o negativo, em uma composição só, podem ser entendidos quando analisamos a relação dos elementos
que fazem parte da cena e o seu espaço. Assim, “[...] o que domina o olho na experiência visual seria visto como
elemento positivo, e como elemento negativo consideraríamos tudo aquilo que se apresenta de maneira mais
passiva” (DONDIS, 2015, p. 47).
Simplificando, o espaço positivo pode ser melhor compreendido como a área de uma obra de arte que é o foco
principal. Por outro lado, o espaço negativo é a área ao redor da imagem principal.
#PraCegoVer: na figura, temos três quadrados alinhados. No primeiro, à esquerda, há apenas um quadrado branco.
O segundo, no meio, é branco com um ponto preto localizado na parte superior direita. No último, à direita, temos
um quadrado preto com um ponto branco colocado exatamente na mesma posição que o ponto do quadrado do meio.
 
Na figura anterior, o primeiro quadrado, à esquerda, sozinho como está, representa um espaço positivo. Já dentro do
segundo e terceiro quadrados, existe um ponto no canto superior direito de cada um. Com essa mudança nas duas
composições, gerada pela relação que se criou entre o quadrado e o ponto, fica claro que o elemento de atenção
agora é o ponto. Isso porque ele gera tensão e, assim, passou a ser o espaço positivo, tornando o quadrado um
espaço negativo.
Figura 8 - Exemplos de espaços positivo e negativo
Fonte: DONDIS, 2015, p. 47.
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Vale ressaltar que a relação do espaço positivo e negativo é independente da cor ou luminosidade dos elementos ou
da composição, já que o que determina é o elemento principal, que chama mais a atenção, considerado espaço
positivo; e tudo o que não faz parte do elemento principal é considerado espaço negativo.
4.1.6 Ritmo e harmonia
A harmonia, na comunicação visual — assim como o significado da palavra —, é a combinação de elementos de
forma equilibrada para produzir uma sensação agradável de prazer, paz e ausência de conflito. Em outras palavras,
[…] diz respeito à disposição formal bem organizada e proporcional no todo ou entre as partes de um
todo. Na harmonia plena, predominam os fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade visual
inscritos em um objeto ou numa composição, possibilitando, geralmente, uma leitura simples e clara. É,
em síntese, o resultado de uma perfeita articulação visual na integração e coerência formal das unidades
ou partes daquilo que é apresentado, daquilo que é visto. (GOMES FILHO, 2015, p. 51)
O ritmo, por sua vez, vai existir quando houver a repetição compassada de tempos ou partes (unidade e variedade)
semelhantes na composição. Ele pressupõe uma unidade dentro da variedade, organizada de modo a criar ordem e
diversidade (linear, formal, tonal, espacial etc.), as quais são combinadas harmoniosamente.
Geralmente, o ritmo está associado ao movimento da composição e pode
[…] ser caracterizado como um movimento regrado, medido e, também, como um conjunto de
sensações de movimentos encadeados ou de conexões visuais ininterruptas. Na maior parte das vezes,
pode ser considerado com relação a disposição de unidades uniformemente contínuas, sequenciais,
iguais ou semelhantes. E, ainda, com relação à alternância de elementos com valores de diferentes
intensidades. (GOMES FILHO, 2015, p. 69)
O ritmo é, portanto, algo que se verifica quando se tem ordem, diversidade e harmonia na organização equilibrada
do espaço. Normalmente, está associado à ideia de movimento visual na composição.
VOCÊ SABIA?
Muitas vezes, somos enganados pela relação de espaços negativo e positivo, pois
determinadas imagens nos fazem enxergar algo que não está lá, causando ambiguidade
visual. Isso ocorre porque, segundo a Teoria da Gestalt, nossa percepção busca
simplificar a informação visual do que é o objeto principal (figura) e o que mais estiver
na cena (fundo). O exemplo clássico é o vaso de Rubin.
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#PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia do Coliseu, em Roma, em que há a repetição compassada e ordenada
de arcos e colunas, com variedade formal e linear, constituindo uma construção harmônica e equilibrada.
 
O Coliseu é um bom exemplo de ritmo criado pela repetição compassada e ordenada de unidades semelhantes (arcos
e colunas), variando na diversidade formal e linear, de forma harmônica e equilibrada no espaço. Isso gera
movimento visual na obra, que também é reforçada pelo formato circular da construção.
4.1.7 Representação, simbolismo e abstração
A realidade é a referência primeira dada pela percepção captada pelos nossos sentidos. A representação, então, é o
modo que aproxima a comunicação visual da visão humana daquilo que é real, e produz imagens buscando a
reprodução da realidade, que é o oposto dos modos simbólicos e abstratos.
A abstração procura se desvencilhar da reprodução fiel da realidade, mas pode ou não se manter referenciada nela.
Nesse caso, ela tenta simplificar a referência visual com o uso de elementos visuais básicos para gerar a abstração.
Segundo Dondis (2015, p. 95), a abstração “[…] pode existir não apenas na pureza de uma manifestação visual
reduzida à mínima informação representacional, mas […] como abstração pura e desvinculada de qualquer relação
com dados visuais conhecidos […]”. Ademais, ela não precisa ser simbólica ou ter relação com o simbólico.
Por último, mas não menos importante, o simbolismo é uma forma de abstração que busca simplificação radical da
representação realista, reduzindo ao mínimo irreduzível os detalhes da informação visual. No entanto, pode, ainda,
preservar algum dado de realidade.  
A eliminação ulterior dos detalhes, até se atingir a abstração total, pode seguir dois caminhos: a
abstração voltada para o simbolismo, às vezes com um significado identificável, outras vezes com um
significado arbitrariamente atribuído, e a abstração pura, ou redução da manifestação visual aos
elementos básicos, que não conservam relação alguma com qualquer representação representacional
extraída da experiência do meio ambiente. (DONDIS, 2015, p. 91)
Figura 9 - Coliseu, em Roma
Fonte: Marco Rubino, iStock, 2020.
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O modo simbolista, por vezes, ganha significados próprios para as abstrações criadas, sobretudo para as que não
guardam nenhum dado de realidade visível. Com isso, cria-se um sistema de informações codificadas baseado na
utilização de símbolos à máxima informação condensada, com a finalidade de ser facilmente comunicada para os
receptoresdas mensagens.
VAMOS PRATICAR?
Vamos usar o que aprendemos em uma nova prática, com um pequeno desafi
uma composição visual abstrata. Para tanto, você pode pegar uma fotografia
uma colagem recortando-a em partes iguais. Pode cortar em tiras no sentido ver
horizontal e, depois, reorganizar os pedaços de modo a criar uma imagem a
Lembre-se, também, de empregar os conceitos estudados aqui sobre as técn
comunicação visual.
4.2 Composição na fotografia
Pensar a composição de uma fotografia não é diferente de pensar na composição em qualquer outra técnica
disponível à serviço da linguagem visual. Afinal, todos os conceitos estudados também se aplicam à fotografia e ao
audiovisual. 
A fotografia é dominada pelo elemento visual em que interatuam o tom e a cor, ainda que dela também
participem a forma, a textura e a escala. Mas a fotografia também põe diante do artista e do espectador
o mais convincente simulacro da dimensão, pois a lente, como o olho humano, vê, e expressa aquilo vê
em uma perspectiva perfeita. Em conjunto, os elementos visuais essenciais da fotografia reproduzem o
ambiente, e qualquer coisa, com enorme poder de persuasão. (DONDIS, 2015, p. 215)
Contudo, nessa área, os recursos técnicos disponíveis e em constante evolução são um grande diferencial — por
vezes, facilitador — na criação de imagens. 
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Um grande facilitador para a criação fotográfica é o visor da câmera, que delimita o espaço, o campo visual que será
usado para criar a composição. Isso ajuda muito na hora de enquadrar o assunto ou elemento principal, bem como
organizar os demais itens, ou seja, decidir o que entra e o que sai do enquadramento, a fim de a visualizar de
antemão como será o resultado.
Contudo, com esse recurso, ficamos tentados a frequentemente colocar o elemento principal no centro do
enquadramento, o que resulta em fotografias equilibradas, muitas vezes simétricas e harmônicas. Contudo, se
deslocarmos o assunto do centro, podemos agrupar os elementos de maneiras diversas, gerando novas relações e
criando imagens mais dinâmicas, com maior nível de aguçamento, atração visual e interesse.
Para ajudar com esse trabalho mais complexo, existe a regra dos terços, sobre a qual estudaremos a seguir.
Acompanhe!
4.2.1 Regra dos terços
A regra dos terços é uma técnica usada para garantir que o ponto focal da pintura não esteja diretamente no centro, e
que a imagem não seja sempre simétrica. Para isso, dividimos o quadro — ou o retângulo que usamos para
enquadrar a cena — em partes iguais, colocando guias na vertical e na horizontal, como em terços. Isso gera nove
retângulos iguais, como mostrado na figura a seguir.
VOCÊ QUER LER?
O texto “O momento decisivo”, de 1952, escrito por Henri Cartier-Bresson, é um marco na
história da fotografia e um divisor de águas para se pensar a respeito da composição
fotográfica. Vale a pena a leitura para você se aprofundar na temática e conhecer mais sobre
esse tipo de composição!
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#PraCegoVer: na figura, temos dois retângulos. O da esquerda está disposto na horizontal, dividido em nove
retângulos iguais, marcando o do meio com quatro pontos em cada canto. O da direita segue a mesma ideia, porém
está disposto na vertical.
 
O cruzamento dos eixos verticais e horizontais criam pontos-chave (pontos azuis na figura) para o posicionamento
dos elementos principais da composição. Assim, os itens não ficarão centralizados e criarão grande atração visual e
aguçamento. Veja como exemplo a figura na sequência.
#PraCegoVer: na figura, temos uma pintura de um nu feminino em uma paisagem marinha. A mulher está de perfil,
em pé, no canto esquerdo da cena, formando um eixo vertical que ocupa toda a altura do quadro. Atrás da figura, ao
fundo, temos a representação do céu e do mar.
 
Figura 10 - Eixos utilizados na regra dos terços
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Figura 11 - Regra dos terços aplicada à pintura
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, [s. d.].
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Fica claro, pelo exemplo da pintura, que o posicionamento da mulher retratada nos pontos de interesse — seguindo a
regra dos terços —, cria uma composição mais aguçada e dinâmica do que se a figura estivesse no centro. Neste
caso, criaria uma composição simétrica, porém mais estática e nivelada, de menor atração e interesse visual, já que a
tensão foi criada pelo deslocamento da mulher para o lado esquerdo, formando um eixo vertical pesado. Este, por
sua vez, é contrabalanceado com a grande massa de tons claros e orientação horizontal correspondente ao mar, que
ocupa dois terços da pintura. 
A maioria das câmeras, hoje, trazem a opção de visualizar opções de grids no visor ou display. Eles são muito úteis
para criar fotografias seguindo a regra dos terços.
Portanto, essa regra é considerada uma simplificação das proporções da razão áurea, que tem sido usada por artistas
há séculos como um auxílio à composição.
VOCÊ O CONHECE?
Henri Cartier-Bresson é considerado uma das maiores referências da fotografia da segunda
metade do século XX, e um dos pais do fotojornalismo. Desde 1947 — quando fundou junto
com Robert Capa, David (Chim) Seymour, William Vandivert e George Rodger — a
Agência Magnum, realizou grandes reportagens sobre a Europa, o Oriente e a antiga URSS.
Esses artigos lhe renderam fama mundial como cronista gráfico.
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VAMOS PRATICAR?
Para colocar em prática a utilização da regra dos terços, crie composições foto
na horizontal e vertical utilizando o grid, caso esteja disponível na sua câmera. C
o elemento principal da cena primeiro no centro do seu enquadramento e, 
desloque-o para um dos pontos de interesse determinado pela regra.
Registre as duas imagens e compare os resultados. Analise qual deles cri
composição mais dinâmica e aguçada, e qual criou uma mais estática e n
equilibradas, simétrica ou assimétrica.
Conclusão
Chegamos ao final de mais uma unidade. Aqui, pudemos estudar a respeito das técnicas da comunicação visual que
buscam criar composições de forma mais clara para que as mensagens sejam lidas e interpretadas de acordo com a
intensão de quem as criou. Além disso, vimos sobre a composição fotográfica e a regra dos terços.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer os conceitos de equilíbrio, instabilidade, simetria,
assimetria, ritmo e harmonia;
entender a importância e as formas de utilizar nas composições as
técnicas de tensão, nivelamento, aguçamento, atração e
agrupamento;
compreender o conceito de positivo e negativo e a sua
importância para a construção da comunicação visual;
conhecer três formas de construção da comunicação
(representação, simbolismo e abstrato);
aprender sobre a composição na fotografia;
observar a utilização da regra dos terços para a fotografia.
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Cengage Learning, 2016. 
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 9. ed. São Paulo: Escrituras Editora,
2015.
MUNARI, B. Design e comunicação visual. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
PARRAMON, J. M. Assim secompõe um quadro. 2. ed. Barcelona: Instituto Parramón Ediciones, 1988.
RENOIR. Direção: Gilles Bourdos. França: Europa Filmes, 2012. 112 min., son., color.
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WIKIMEDIA COMMONS. The fate of the animals. [S. l.], [s. d.]. Online. Disponível em:
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https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%22The_School_of_Athens%22_by_Raffaello_Sanzio_da_Urbino.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Franz_Marc-The_fate_of_the_animals-1913.jpg?uselang=pt-br

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