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Fisiologia Reprodutiva do Macho

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Fis���o��� Rep����ti�� �� Mac��
A atividade reprodutiva dos machos domésticos é comandada
pelo eixo HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE- GÔNADAS
Hipotálamo
O GnRH secretado pelo Hipotálamo é considerado um
transdutor neuroendócrino, uma vez que as células do
Hipotálamo são capazes de transformar estímulos nervosos
em sinais hormonais
O GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas) é
um neurohormônio proteico liberado em secreções
pulsáteis que através do sistema porta-hipofisário
chega à receptores na Adenohipófise (ou Hipófise
anterior), induzindo a liberação das
gonadotrofinas/gonadotropinas
OBS: o sistema porta-hipofisário é uma rede complexa de
capilares que levam o GnRH diretamente do Hipotálamo até a
Hipófise, sem passar pela circulação sistêmica
Isso é importante porque o volume de GnRh secretado é
baixo e, caso passasse pela circulação sistêmica, não
chegaria à Hipófise na concentração necessária
OBS²: o garanhão apresenta mudanças reprodutivas
sazonais, assim como a égua (porém, menos intensas)
A melatonina produzida pela glândula Pineal tem
influência direta sobre a atividade reprodutiva na espécie
equina, uma vez que o aumento na secreção e concentração
sérica de melatonina está associada a menor liberação de
GnRH pelo Hipotálamo (feedback negativo)
Em países ou regiões e que as estações do ano são bem
definidas, durante o outono e inverno (estações com
menor fotoperíodo), os garanhões apresentam redução
da libido, do volume testicular e da produção
diária de espermatozóides
Hipófise
A Hipófise libera as gonadotrofinas (hormônios que tem
tropismo ou atração pelas gônadas), hormônios que
vão agir diretamente sobre os testículos, estimulando a
gametogênese e produção de Testosterona
O FSH (Hormônio Folículo Estimulante) atua sobre as
células de Sertoli (células estruturais formadoras dos
túbulos seminíferos), estimulando a produção de gametas
(juntamente com a Testosterona)
O LH (Hormônio Luteinizante) age sobre as células de
Leydig (células intersticiais do parênquima testicular),
estimulando a produção de Testosterona
O sistema de feedback promove a manutenção dos níveis
hormonais
O aumento de FSH circulante induz a produção do
hormônio Inibina, que faz feedback negativo sobre a
Hipófise, reduzindo a secreção de FSH
De forma oposta, quando os níveis de FSH estão baixos,
as células de Sertoli produzem o hormônio Ativina, gerando
um feedback positivo para o FSH na Hipófise
OBS: o FSH e o LH são hormônios proteicos,
transportados de maneira livre na corrente sanguínea e
possuem meia-vida curta
Células de Sertoli
As células de Sertoli têm função estrutural de formar os
túbulos seminíferos, local de ocorrência da
espermatogênese
Na gametogênese tem função de nutrir as células
espermáticas, além de realizar a fagocitose de células
mortas e/ou defeituosas (por isso, as células de Sertoli
são ricas em lisossomos)
As células de Sertoli estão em contato direto com
células germinativas em vários estágios de
divisão/diferenciação
Também formam a barreira hematotesticular - essa
barreira impede que componentes do sistema imune
tenham contato com os espermatozóides haplóides (n),
considerados estranhos ao organismo, desencadeando uma
resposta autoimune
As células de Sertoli produzem e secretam as ABP
(Proteínas Transportadoras de Andrógenos), que
realizam o transporte da Testosterona tanto para a
circulação sistêmica quanto para dentro dos próprios
túbulos seminíferos e epidídimo, auxiliando e
estimulando a produção de gametas
OBS: no garanhão, a concentração de Testosterona
dentro dos testículos é 40x maior do que a
concentração sistêmica
Outras proteínas secretadas pelas células de Sertoli são a
Transferrina e Ceruloplasmina, responsáveis pelo
transporte de Ferro e Cobre, respectivamente, minerais
importantes na gametogênese
A produção dessas proteínas é estimulada pelo FSH,
Testosterona e Retinol (Vitamina A)
OBS: animais sub ou desnutridos, carentes de
Vitaminas A, D e E podem apresentar falhas
reprodutivas e até mesmo azoospermia
Células de Leydig
As células de Leydig compõem o interstício testicular e
são responsáveis pela produção de Testosterona, por
estímulo do LH
A produção da Testosterona ocorre no retículo
endoplasmático das células de Leydig e a conversão da
Testosterona em 5-dihidrotestosterona (forma mais
biologicamente ativa) é realizada diretamente nos
tecidos-alvo
A fonte primária de produção da Testosterona (assim
como do Estrógeno) é a reserva de colesterol no citoplasma
das célula de Leydig e, em menor escala, do colesterol
sistêmico
O colesterol é inicialmente convertido a Pregnenolona nas
mitocôndrias, pelas enzimas do citocromo P450
A Pregnenolona pode chegar à Androstenediona por duas
vias: via Progesterona ou via
dehidroepiandrosterona
OBS: a via utilizada depende da espécie
Ao fim, a Androstenediona é convertida à Testosterona
por ação da 17β-desidrogenase
OBS: O estresse ocasiona aumento da secreção de ACTH
(Hormônio Adrenocorticotrófico), inibindo a secreção de LH
no macho, e portanto inibindo a síntese de testosterona,
desfavorecendo a espermatogênese e a libido
OBS²: parece existir uma correlação entre a função
reprodutiva e a glândula Tireoide; animais com
Hipotireoidismo ou que ingeriram alguma substância
bociogênica podem apresentar alterações de libido e
espermatogênese
As principais ações dos Andrógenos no macho são:
(A) Diferenciação sexual
(B) Espermatogênese, juntamente com o FSH
(C) Produção de Transferrina e Ceruloplasmina,
juntamente com o FSH e o retinol
(D) Desenvolvimento de características secundárias ou
ornamentais, como cristas, chifres, coloração de
pelagem ou plumagem, deposição de massa
muscular
(E) Comportamento combativo e de dominância

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