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Enterobíase: Parasitose Intestinal

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Enterobíase
Introdução
A enterobíase ou oxiuríase se trata de uma parasitose
intestinal causada pelo Enterobius vermicularis (antes
Oxyurus vermicularis). Essa doença é cosmopolita,
concentrada em regiões de clima temperado.
Taxonomia: trata-se de um parasito do filo Nematoda e
da família Oxyuridae, sendo a espécie causadora da
doença em humanos o Enterobius vermicularis.
Epidemiologia: trata-se de uma doença que prevalece na
faixa etária de 5 a 15 anos de idade e está associada a
hábitos higiênicos precários e aglomerações, sendo fácil
a reinfecção pela doença e sua manutenção.
Morfologia
Verme adulto: os vermes adultos apresentam como
característica serem brancos e filiformes, possuindo uma
pequena boca (com asas cefálicas laterais), esôfago e um
bulbo cardíaco. A fêmea é maior, possuindo cerca de 1
cm, possuindo cauda pontiaguda e longa. Já o macho é
menor (5 mm), possui cauda recurvada e com espículo.
A fêmea possui uma vagina que se comunica com dois
pequenos úteros e o macho possui um único testículo.
Ovo: apresenta aspecto de um D, com uma dupla
membrana lisa e transparente, sendo que a oviposição já
inclui a forma larvária em seu interior (são infectantes),
de modo que é difícil encontrá-la.
Ciclo Biológico
Habitat: o habitat dos vermes é no ceco e apêndice,
embora as fêmeas migrem para realizar a ovipostura na
região perianal, podendo esses ovos chegar À vagina ou
bexiga nas mulheres, pela proximidade.
Ciclo biológico: consiste em um ciclo monoxênico em
que os ovos embrionados precisam de poucas horas para
se tornar infectantes e, ao serem ingeridos pelo
hospedeiro, liberam a larva no intestino delgado. Essas
larvas passam para o ceco, onde se tornam vermes
adultos, em que após a cópula com as fêmeas, os machos
morrem e são levados pelas fezes. As fêmeas gravídicas
se desprendem do ceco e migram até o ânus (geralmente
à noite), liberando os ovos pelo seu rompimento após o
trauma ou dessecamento. O período pré-patente é de 1 a
2 meses e como tanto os machos quanto as fêmeas
morrem em seu ciclo de vida, se não há reinfecção, o
parasitismo é extinguido.
Transmissão: pode haver heteroinfecção ou
primoinfecção, através de ovos presentes nos alimentos
(associados a vetores mecânicos como moscas). Uma
vez infectado, pode haver autoinfecção externa indireta
(por fômites), ou direta (pelo contato boca-ânus),
autoinfecção interna (quando as larvas eclodem no reto e
retornam ao ceco), ou ainda retroinfecção (quando as
larvas eclodem na região perianal e retornam pelo ânus).
Vale destacar que os ovos podem resistir por até 3
semanas na poeira doméstica, sendo fácil a reinfecção,
por exemplo, ao dobrar e balançar roupas de cama.
Manifestações Clínicas
A maioria dos casos se procede com um parasitismo
despercebido ou somente com prurido anal, que ocorre
principalmente à noite, com a migração das fêmeas. Esse
prurido também facilita a ocorrência da reinfecção.
Doença clínica: o prurido noturno é a principal queixa,
sendo incômodo e associado a nervosismo e perda de
sono. O prurido intenso deixa a mucosa anal congesta e
recoberta de muco, podendo favorecer infecções
associadas. Pode haver complicações como irritação do
ceco e apêndice, com enterite catarral ou apendicite.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela história clínica característica
de prurido anal noturno. Porém, caso a criança não esteja
desconfortável no momento, pode-se realizar o teste da
fita gomada ou pelo método de graham (exame direto
utilizando fita adesiva para capturar os parasitos).
Tratamento
O albendazol pode ser utilizado na dose de 100 mg em
dose única (pode repetir após 20 dias), ou ivermectina.
Profilaxia
As medidas gerais incluem educação sanitária,
engenharia sanitária e adoção de medidas de higiene.
Para a enterobíase, destacam-se não balançar as roupas
de cama pela manhã (enrolar e escaldá-la), tratar as
pessoas da casa, cortar unhas e tomar banho ao levantar.
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Enterobíase

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