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MODELO ADPF - PEÇAS CONSTITUCIONAL

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À PRESIDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DIRETÓRIO NACIONAL DO PARTIDO DOS APOSENTADOS BRASILEIROS - PDAB, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, com instrumento de mandato anexo e endereço constante no rodapé da presente para onde devem ser remetidas as intimações, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do artigo 102, §1º, 103, inciso VIII da Constituição Federal, Lei 9.882/1999 e arts. 319 e ss. do CPC, propor a presente
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
Em face da Lei Municipal Y originária pela Câmara Municipal, do Município Carmela Dutra, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I. DA LEGITIMIDADE ATIVA
	A Constituição Federal em seu artigo 103, incisos I a IX, estabelece rol de legitimados para proporem a presente ação, dentre os quais se inserem os partidos político com representação no Congresso Nacional. 
	Conforme entendimento do STF, independe de pertinência temática os partidos políticos para a propositura da ação. Isso independe da matéria versada na norma atacada. O controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais que justificam a existência	em nosso sistema normativo, dos partidos políticos (STF ADI 1396).	
	Dessa forma, sendo o partido político um legitimado ativo neutro e universal, não se exige comprovação da pertinência temática.
II. DA CONTROVÉRSIA CONSTITUCIONAL 
	Trata-se de existência de controvérsia na aplicação da Emenda Constitucional n° /2011, que modificou o art. 201, § 7º, II, da CRFB/88, alterando a idade de aposentadoria de homens de 65 anos para 60 anos e das mulheres de 60 anos para 55 anos. 
	Ocorre que a Lei Municipal Y editada em 1998, anterior a Emenda Constitucional mencionada, não foi modificada e os servidores municipais desse município apenas podem se aposentar com a idade maior e anterior. 
	Faz-se necessário discutir e tratar com isonomia essa controvérsia constitucional entre a emenda e a lei municipal que vem prejudicando os servidores municipais, consoante ao disposto no art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 9.882/1999.
III. DA SUBSIDIARIEDADE
Sendo a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, uma ação de caráter residual, não admitida quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, se faz necessário justificar que o seu cabimento no caso concreto é a única ação de controle concentrado de constitucionalidade cabível contra norma municipal e anterior à Constituição Federal, ante ao disposto no art. 1º, parágrafo único, inciso I, e do art. 4º, § 1º, ambos da Lei nº 9.882/99.
IV. DO DIREITO
Segundo o doutrinador Alexandre de Moraes: “a arguição de descumprimento de preceito fundamental deverá ser proposta em face de atos do poder público já concretizados, não se prestando para a realização de controle preventivo desses atos.”
Sendo certo que a presente ação trata de impugnação contra ato municipal, no caso a Lei Municipal Y/98, que afronta o disposto no Emenda Constitucional de 2011. O município não pode aplicar uma lei mais prejudicial aos seus servidores, sendo que existe previsão constitucional mais benéfica. Trata-se de questão isonômica que o Município modifique a Lei.
O entendimento do Supremo Tribunal versa no sentido de: 
Ementa: AGRAVO INTERNO EM AÇÃO CIVIL ORIGINÁRIA. EMISSÃO DE CERTIFICADO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA. LEI 9.717/1998. DECRETO 3.788/2001. PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 204/2008 E 403/2008. COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA UNIÃO, DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL PARA LEGISLAR SOBRE MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA. COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA ESTABELECER NORMAS GERAIS. ART. 24, XII, DA CF/88. ARTIGOS 7º, I A III, E 9º DA LEI FEDERAL 9.717/1998. EXTRAVASAMENTO DO CAMPO ALUSIVO A NORMAS GERAIS. INCOMPATIBILIDADE COM A CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (ACO 2634 Agr)
III. DA LIMINAR
	Considerando que a concessão de medida cautelar no caso concreto se encontra no art. 5º , §3º, da Lei 9.882, deve ser observado que há um fums boni iuris por todas a documentação apresentada, bem como o periculum in mora na demora de uma decisão que suste os efeitos dessa lei que vai contra a Constituição Federal.
IV. DOS PEDIDOS
De acordo com o que foi acima exposto, requer:
	Que seja concedida liminar para suspender os efeitos da Lei Municipal;
	A notificação das autoridades e órgão, responsáveis pela violação ao preceito fundamental da Constituição Federal, para querendo, manifestem-se, caso assim se entender;
	A notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União, para se manifestem-se, caso assim se entender;
	A oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República e do Ministério Público, nos termos do artigo 5º, § 2º, e do artigo 7º, parágrafo único da Lei nº 9.882/99.
	Seja julgado procedente o pedido para declarar a incompatibilidade com a Constituição da República da Lei Municipal Y, do Município Carmela Dutra.
DAS PROVAS
Requer a produção das provas admitidas em direito na forma do art. 3, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB

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