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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome..., nacionalidade..., estado civil..., Advogado, devidamente inscrito na 
Ordem dos Advogados do Brasil, seção..., sob o nº... com escritório profissional, sito na 
Rua..., onde recebe intimações e notificações vêm mui respeitosamente, perante uma 
das Colendas Câmaras desse Egrégio Tribunal, impetrar o presente: 
 
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE 
LIMINAR 
 
em benefício do paciente JOAQUIM BASTOS, brasileiro, solteiro, médico, residente e 
domiciliado na Rua X, RJ, o qual vem sofrendo violenta coação em sua liberdade, por 
ato ilegal e abusivo do r. juízo da 2ª Vara de Família da Capital do Rio de Janeiro, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir delineados: 
 
I- SÍNTESE DOS FATOS 
 
O paciente teve sua liberdade privada em razão do não pagamento de pensão 
alimentícia para seus filhos menores, que foi determinada pela 2° Vara de Família da 
Capital. 
Ocorre, Excelência que o paciente não efetuou o pagamento dos alimentos na data 
determinada pelo juízo, porque estava desempregado há seis meses e não tinha condições 
de pagar. Ademais, esta foi a razão pela qual havia passado os últimos quatro meses sem 
efetuar o pagamento. 
Salienta-se que o Débito foi devidamente quitado, depositado de forma integral 
pelo vizinho do paciente na conta bancária da mãe dos menores. Porém ao prosseguir até 
a vara de família para apresentação do comprovante de depósito, o paciente fora 
surpreendido com o mandado de prisão e seu recolhimento à mesma. 
 
DO DIREITO 
Não obstante o fato de o paciente não ter quitado os débitos alimentares em virtude 
da sua impossibilidade financeira, teve decretada a sua prisão por esse motivo. Nota-se, 
que a decisão em questão não levou em consideração o Entendimento da nossa Suprema 
Corte, que entende que a prisão por ausência de pagamento da pensão alimentícia, é 
excepcional, somente sendo aplicada em situação de não pagamento indesculpável, se 
não veja o entendimento firmado em sede do HABEAS CORPUS 121.426/SP, que teve 
como relator o Ministro Marco Aurélio: 
 
PRISÃO CIVIL – EXCEPCIONALIDADE – PRESTAÇÃO 
ALIMENTÍCIA X SALDO DEVEDOR. A prisão por dívida de 
natureza alimentícia está ligada ao inadimplemento inescusável 
de prestação, não alcançando situação jurídica a revelar 
cobrança de saldo devedor. 
 
Com efeito, constata-se que decisão pela prisão do paciente não houve 
proporcionalidade e nem razoabilidade, sendo aplicada de forma indiscriminada pela 
autoridade coatora, sem levar em considerações as razões que levaram àquela situação. 
Ao restringir o direito de ir e vir do impetrante, o M.M. juiz da 2° Vara de Família 
da Capital, infringe norma constitucional que assegura o direito à liberdade do indivíduo, 
e uma vez que haja violação desse direito, cabe a concessão de habeas corpus para pôr 
fim a coação da liberdade de locomoção. É o que infere da leitura do Art. 5°, inciso 
LXVIII da CF, in verbis: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer 
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
DO PEDIDO DE LIMINAR 
 
Diante da antijuricidade na decretação da prisão do paciente, é indubitável que, 
seja concedida liminarmente o direito à liberdade dele, por ser medida de justiça. 
Importar destacar a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da 
liminar, quais sejam, o “periculum in mora” e “fummus boni iure”. Que se solidificam no 
comprovante de pagamento dos débitos alimentares e na decisão que decreta a prisão do 
paciente. Sendo a medida liminar asseguradora de um direito do paciente, qual seja a sua 
liberdade, até o julgamento de mérito por esta colenda câmara. 
Cabe citar o artigo 660, § 2º do Código de Processo Penal, que contempla a 
concessão da liminar, haja vista que textualmente impõe: “Se os documentos que 
instruem a petição evidenciam a ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal ordenará que 
cesse imediatamente o constrangimento.” 
Frente ao exposto, a presente ordem de habeas corpus deve ser concedida 
liminarmente com o fim de obstar a prisão do paciente. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, resta induvidoso que o paciente sofreu constrangimento ilegal 
por ato da autoridade coatora, o Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 2° Vara de 
Família da Capital, circunstância “contra legem” que deve ser remediada por esse 
Colendo Tribunal. Isto posto, com base no artigo 5º, LXVIII, da CF, requer: 
a) A oitiva da Douta Procuradoria de Justiça na condição de fiscal da lei, para que 
apresente parecer; 
b) A requisição de informações ao Meritíssimo Juiz da 2° Vara de Família da Capital, 
ora apontado como autoridade coatora; 
c) A confirmação no mérito da liminar pleiteada para que se consolide, em favor do 
paciente, a competente ordem de “habeas corpus”, para fazer cessar o 
constrangimento ilegal que o mesmo vem sofrendo, como medida da mais inteira 
Justiça, expedindo-se, imediatamente, o competente ALVARÁ DE SOLTURA, a 
fim de que seja o paciente posto em liberdade; 
 
 
Nesses termos, 
Pede e aguarda deferimento. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
 
OAB/UF n°.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTIDO POLÍTICO X, pessoa jurídica de direito privado, regularmente 
inscrito no CNPJ ..., e no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº ..., por meio de seu Diretório 
Nacional, com sede em ..., por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional 
localizado ..., vem propor a presente 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE 
LIMINAR 
 
com fundamento no art. 102, I, a, da Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 9868/99, 
em defesa da Lei Federal nº 0002/00, pelas razões de fato e de direito abaixo expostas: 
 
I- DO CABIMENTO 
 É cediço que a Ação Declaratória de Constitucionalida é remédio utilizado sempre 
que uma lei ou ato normativo federal estiver sendo amplamente debatido, quanto a sua 
constitucionalidade. 
Nesse diapasão nota-se que a pertinência da presente ação para que se ponha fim 
a controvérsias nas decisões judiciais acerca da constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade do art. 1° da Lei 11.340/2006. Lei esta que foi decretada pelo 
Congresso e sancionada pelo Presidente da República versando sobre matéria de direito 
material e processual penal. 
Desta feita, forçosa é a constatação do preenchimentos dos requisitos para a 
propositura desta ação, nos termos do art. 14 da Lei 9.868/99. 
 
II- DA LEGITIMIDADE ATIVA: 
 
 O Art. 103 da Constituição Federal dispõe sobre aqueles que seriam partes 
legítimas para ingressar com a Ação Declaratória de Constitucionalidade, dividindo-os 
em legitimados universais que não precisam demonstrar a pertinência temática, e os 
legitimados especiais, que precisam demonstrar a pertinência temática. 
O Diretório Nacional do partido político X possui legitimidade ativa para a 
propositura da presente ação, conforme preceitua o art. 103, VIII, da Carta Magna, sendo 
desnecessária a comprovação de pertinência temática para tanto, haja vista que se trata de 
tema com manifesta importância para o regime democrático, na forma do art. 17, da CF. 
Ademais, possui representação no Congresso Nacional, tendo sido criado de acordo com 
a Lei nº 9096/95. 
 
III- DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL: 
 
Conforme acima mencionado, existe forte controvérsia nas decisões judiciais 
acercada aplicação da lei Maria da Penha. Dentre os argumentos apresentados, estão o 
Princípio da Isonomia e Igualdade previsto no artigo 5°, caput e inciso I, da CF. 
 Desta forma, resta demonstrada a existência de relevante controvérsia judicial, 
cumprindo-se o requisito essencial para a propositura da presente demanda, previsto no 
art. 14, III, da Lei nº 9868/99. 
 
IV- DA TUTELA DE URGÊNCIA: 
O art. 21, da Lei nº 9868/99, trata sobre o cabimento de medida cautelar na seara 
de Ação Declaratória de Constitucionalidade, in verbis: 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus 
membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os 
Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação 
da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal 
fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva 
da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento 
da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
Não obstante, para que se efetue consiga o que foi pedido de forma liminar, é 
necessário que se demonstre a probabilidade do direito daquilo que está sendo pedido e o 
perigo da demora, no tocante a probabilidade do direito, tem-se que este resta 
demonstrado pelos fatos e documentos anexos à presente demanda. Já o perigo da demora 
é comprovado pela demonstração de controvérsia judicial relevante, com inúmeras ações 
pendentes de julgamento, fato este que pode gerar grave insegurança jurídica. 
 
V- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS: 
 
 A Carta Magna consigna no artigo 5°, inciso I, o princípio da isonomia e da 
igualdade entre homens e mulheres. Porém a igualdade aqui mencionada não significar 
trata-los de forma idêntica, mas conferir a eles condições para que se ponham em simetria. 
Nas palavras José Afonso da Silva (1999, página 221) o princípio constitucional 
da igualdade como direito fundamental sob o prisma da função jurisdicional: 
A igualdade perante o Juiz decorre, pois, da igualdade perante a 
lei, como garantia constitucional indissoluvelmente ligada à 
democracia. O princípio da igualdade jurisdicional ou perante o 
juiz apresenta-se, portanto, sob dois prismas: (1) como 
interdição ao juiz de fazer distinção entre situações iguais, ao 
aplicar a lei; (2) como interdição ao legislador de editar leis que 
possibilitem tratamento desigual a situações iguais ou tratamento 
igual a situações desiguais por parte da Justiça. 
 Neste sentido, nota-se que a igualdade tratada no referido dispositivo diz respeito 
a igualdade material que assegura às pessoas oportunidades iguais, considerando suas 
condições diferentes. Outrossim, tem-se que a Lei Maria da Penha, tenta resguardar as 
mulheres de situações de violência que são efetuadas por outras pessoas, que pela atitude, 
demonstram-se superiores. Tentando coloca-las em condições iguais ao homem, na 
medida em que veda as violações físicas, psicológicas e financeiras. 
Em virtude do fato de violência contra a mulher constituir uma violação dos 
direitos humanos e das liberdades fundamentais e limitar total ou parcialmente à mulher 
ao reconhecimento, gozo e exercício de tais direitos e liberdades, foi Adotada pela 
Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos em 6 de junho de 1994 e 
ratificada pelo Brasil em 27 de novembro de 1995, a Convenção Interamericana para 
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, conhecida como "Convenção de 
Belém do Pará" (1994) 
Estes que se achavam convencidos de que a eliminação da violência contra a 
mulher é condição indispensável para seu desenvolvimento individual e social e sua 
plena igualitária participação em todas as esferas da vida. 
 
VI- DOS PEDIDOS: 
Por todo o exposto, requer: 
1) A concessão cautelar a fim de determinar a suspensão do julgamento dos processos 
que envolvam a aplicação da Lei Federal nº 13.340/06 (Lei Maria da Penha), até o 
julgamento da presente ação; 
2) Que sejam solicitadas informações às autoridades competentes, segundo o art. 6º, da 
Lei nº 9868/99; 
3) A oitiva do Procurador Geral da República, consoante o disposto no art. 19, da Lei nº 
9868/99; 
4) 4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade do artigo 1º da 
Lei nº 11.340/2006 (Lei “Maria da Penha”), com efeitos ex tunc, erga omnes e 
vinculante. 
 
Valor da causa.... 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local... data... 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE, inscrita no CNPJ sob 
nº... e no Ministério do Trabalho sob o n°..., com sede em..., ..., por meio de seu 
advogado infra-assinado, com escritório profissional localizado ..., com fulcro no art. 103, 
δ2º, da CF e na Lei nº 9868/99vem propor a presente 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO COM 
PEDIDO DE CAUTELAR 
 
em face da Mesa do Congresso Nacional, tendo em vista a falta de norma 
regulamentadora do art. 37, V II, conforme especificará ao longo desta petição, pelas 
razões de fato e de direito abaixo expostas: 
 
I- DO OBJETO DA AÇÃO – INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 Primeiramente, cumpre mencionar que a omissão a ser impugnada deve ser de 
cunho normativo, sendo que o termo normativo abrange os atos gerais, abstratos e 
obrigatórios de Poderes diversos daquele competente para elaborar o direito positivo. 
(BARROSO, 2012) 
 Com efeito, além da inércia em editar os atos normativos primários, também será 
suscetível de controle, a omissão em elaborar os atos normativos secundários, de 
competência do Poder Executivo. 
 No caso em apresso a omissão está na ausência de norma reguladora do direito de 
greve dos servidores públicos, que é previstos na Constituição Federal no art. 37, inciso 
VII. 
 
II- DA LEGITIMIDADE ATIVA DA CONFEDERAÇÃO E DA PERTINÊNCIA 
TEMÁTICA 
Os artigos 103, IX, da Constituição Federal e 12-A, da Lei 9868/99 preveem a 
legitimidade ativa para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão. No caso em apreço, a autora da presente ação é Entidade de Classe de Âmbito 
Nacional, e, portanto, legitimado especial para a propositura da presente ação. 
No que tange à pertinência temática, a Confederação Nacional do Transporte, 
possui interesse, porquanto, representa seus associados, que em todo território nacional 
vem sofrendo atrasos e defasagens em seus vencimentos sem nada poder fazer, já que 
estão sendo impedidos de exercerem o direito constitucional de greve em razão da não 
edição da norma. 
IV- DA MEDIDA CAUTELAR: 
 
A lei 12.063/2009 trouxe a possibilidade de medida cautelar em Ação Direta de 
Constitucionalidade (BARROSO, 2012). Nos termos do artigo 12-F da lei 9.868/99, em 
caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal poderá conceder Medida 
Cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão 
inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
O artigo 12-F, § 1º, da lei estabelece que a medida cautelar poderá determinar a 
suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão 
parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos 
administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. 
Sobre o assunto, Hely Lopes Meirelles, Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes 
lecionam que: 
É certo que em muitos casos a suspensão de aplicação da norma em 
sede de cautelar acarretará, inevitavelmente, a suspensão de processos 
judiciais ou administrativos que demandem aplicação da norma 
controvertida. Em alguns casos é provável que a medida cautelar acabe 
por adquiriro significado especial de uma tutela antecipada em 
relação à decisão de mérito, que poderá se revestir de uma declaração 
de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade. Em outros casos 
poderá o Tribunal determinar a suspensão de processos judiciais ou 
administrativos sem que haja a suspensão de uma norma. A 
possibilidade de que o Congresso venha a aprovar lei sobre o tema 
pode justificar tal suspensão. (MEIRELLES; WALD; MENDES, 2010, 
p. 518) 
 
V- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS: 
Conforme se observa no caso em apreço, não há norma regulamentando o 
exercício do direito de greve dos servidores públicos, previsto no artigo 37, inciso VII da 
Constituição, que assim dispõe: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei complementar; 
 
Nessa esteira, nota-se que existe a necessidade de legislação específica para 
regulamentar tal direito, o que nos faz deparar com uma norma de eficácia limitada, como 
preleciona José Afonso da Silva, em sua obra intitulada “Aplicabilidade das Normas 
Constitucionais”: 
De acordo com o estudo realizado, todas as normas 
constitucionais possuem eficácia jurídica. Todavia, certas 
normas não apresentam o grau de aplicabilidade pretendido pelo 
constituinte, no momento de sua elaboração. Essas normas 
constitucionais necessitam de regulamentação posterior. (SILVA, 
1998). 
 
No que tange a eficácia das referidas normas, esclarecedoras são as palavras do 
doutrinador José Afonso da Silva: “enquanto as normas de eficácia limitada são de 
aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre 
esses interesses após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a eficácia”. 
Desta feita, as normas de eficácia limitada que incidem na omissão 
inconstitucional, se classificam como normas programáticas, como aponta Flávia 
Piovesan: “Por sua vez, as normas declaratórias de princípio programático estabelecem 
programas sociais, a serem desenvolvidos mediante atividade dos órgãos do Poder 
Público” (PIOVESAN, 1995). 
A regulamentação do direito de greve por não ter ainda ocorrido prejudicou muito 
e prejudica o direito que o constituinte procurou assegurar para o servidor público quando 
da elaboração da constituição de 1988. Desta feita, é necessário que a haja a 
regulamentação de tal direito. 
 
DO PEDIDO 
 
Em face do exposto, a Confederação requer: 
a) que seja concedida a medida cautelar para... e ao final que o pedido seja julgado 
procedente para... 
b) a juntada dos documentos anexos; 
c) a oitiva das autoridades competentes; 
d) a oitiva do Procurador Geral da República. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
 
Local... e data.... 
Nome do Advogado (a) 
OAB/UF n º... 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTI DO POLÍTICO BETA, com representação no Congresso Nacional, 
inscrito no CNPJ sob nº..., com sede na rua..., e-mail..., neste ato representado por seu 
presidente, nacionalidade, estado civil, pro fissão, portador da cédula de identidade n°...., 
inscrito no CPF sob o n°...., com endereço na Rua…, e- mail..., vem, por seu ad vogado, 
com endereço profissional na rua..., onde recebe intimações, conforme art.106, I do CPC, 
propor 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM 
PEDIDO LIMINAR 
 
Pelo rito especial, da Lei Orgânica do Município Alfa, pelas questões fáticas e de direito 
a seguir expostas: 
 
DOS FATOS 
O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu 
mandato, procura o presidente nacional do seu partido político Beta, o qual possui 
representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do Município Alfa, 
publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu art. 11, diversas condutas como 
crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que justificado, 
a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento 
imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político. 
Informou, também, que a mesma Lei Orgânica, em seu art. 12, contém previsão 
que de fine a competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo cometimento 
de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Por fim, informou que, 
em razão de disputa política local, houve recente representação oferecida por Vereadores 
da oposição com o objetivo de instaurar processo de apuração de crime de 
responsabilidade com fundamento no referido art. 11 da Lei Orgânica, a qual poderá ser 
analisada a qualquer momento. O impetrante, após o devido trâmite interno estabelecido 
no seu estatuto, conclui que a norma municipal está em dissonância com a CF decidindo 
adotar providência judicial em relação ao tema. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
Com legitimidade amparada no art. 102, § 1° da CF, a saber: “Art. 102. Compete 
ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo- lhe: “a 
arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente e desta Constituição, 
será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei”. 
Roberto Barroso, Decisão Monocrática, julgamento em 16.11.2015, DJe de 
24.11.2015). Vale se registrar que nem a Constituição Federal nem a lei cuidaram de 
definir, com exatidão, o alcance da locução “preceito fundamental”. Dessa forma, caberá 
ao hermeneuta constitucional o cumprimento dessa árdua missão, conforme entendimento 
já manifestado pelo Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de 
Ordem na ADPF nº 1/ RJ. Aqui remeto o trecho da ementa deste julgado: “Arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. Lei nº 9882, de 3.12.1999, que dispõe sobre o 
processo e julgamento da referida medida constitucional. 
Cabe ao Supremo Tribunal Federal como guarda constituição a apreciação desta ação e 
julgamento. Sendo o Partido Político parte ativa e legítima para propor ação, tendo em 
vista que possui representação no Congresso Nacional, na forma da Lei nº 9.882/99 c/c o 
Art. 103, inciso VIII, da CF, a saber: 
 Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
 
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;” 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e 
a ação declaratória de constitucionalidade: 
VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
Como a norma em questão trata-se um Lei Orgânica no âmbito Municipal o único 
instrumento cabível para o controle de constitucionalidade é a Ação de Descumprimento 
de Preceito Fundamental, não havendo outro meio de sanar a lesividade. Com base no art. 
1°, parágrafo único, inciso I, e do art. 4º, § 1º, ambos da Lei nº 9882/99, a saber: 
“Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento 
de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal, incluídos os anteriores à Constituição;” 
“§ 1o Não será admitida arguição de descumprimento de 
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz 
de sanar a lesividade.” 
A referida Lei Orgânica que estabelece, no seu Art. 11, algumas condutas como 
crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que justificado, 
a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento 
imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político e em seu artigo 12 , contém 
previsão que definea competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo 
cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Ferem 
muitos preceitos constitucionais, enumerado inicialmente o princípio da separação dos 
poderes no art. 2º da CF/88, a saber:“ São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
Que por disputa política pretende interferir no poder executivo utilizado de norma 
inconstitucional para processa o prefeito por crime de responsabilidade. 
Outro ponto em desconformidade com a constituição é no que diz respeito a 
competência legislativa exclusiva da união, a saber: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho;” 
Desta forma, as leis Orgânicas que regem os municípios devem observar os 
preceitos da Constitucionais, inclusive no que diz respeito a garantia de prerrogativa de 
foro ao prefeitos em exercício, que não são julgados pela justiça comum, principalmente 
quando se tratar de conduta ligada a administração. Com base art. 29, caput e incisos X 
da CF/88, a saber: 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na 
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; 
 
Diante dos fundamentos e razões aqui expostos, Torna-se imprescindível, o 
pedido liminar com base no art. 5º, § 3º da Lei 9.882/99 para sustar os efeitos da Lei 
inconstitucional e a eficácia do seu art. 11. 
 
DOS PEDIDOS 
1- Requer pedido liminar com o objetivo de sustar a eficácia do art. 11 da referida 
Lei Orgânica Municipal. 
2- Suspender o trâmite da representação, feita pela Câmara de Vereadores, por crime 
de responsabilidade oferecida em desfavor do prefeito. 
3- Declarar a incompatibilidade da Lei Orgânica de 30 de maio de 1985, em seu 
artigos 11 e 12 com Constituição da República. 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, 
parágrafo único, da Lei 9868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões 
judiciais e do Tratado) 
 
DO VALOR DA CAUSA 
A causa terá o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para fins do disposto artigo 291 do 
CPC/15. 
 
Nestes termos. Pede deferimento 
Local..., data... 
Advogado...OAB nº...

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