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Generalidades Prosencéfalo diencéfalo e telencéfalo O telencéfalo se desenvolve enormemente em sentido lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais. Deste modo, encobre quase completamente o diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro. . Corpo caloso: mistura de substância branca O fórnix é formado por axônio de neurônios e voltado para a cavidade, que contém os ventrículos encefálicos O diencéfalo compreende as seguintes partes Tálamo Hipotálamo Subtálamo Epitálamo - Todas as partes possuem relação com o III ventrículo Ventrículo do encéfalo O III ventrículo está no diencéfalo Paredes laterais é formado por tálamo e hipotálamo O limite inferior - assoalho é formado por componentes do hipotálamo: quiasma óptico, infundíbulo, corpos mamilares e túber cinéreo. Parede posterior é formado pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico O teto é formado pela tela corioide, que invanginam- se os plexos corioides, responsáveis pela formação do liquor. Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente. Comunica-se com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral, e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares (ou de Monro). TÁLAMO E HIPOTÁLAMO Do forame interventricular até o aqueduto cerebral → sulco hipotalâmico As porções da parede situadas acima deste sulco pertencem ao tálamo e as abaixo ao hipotálamo. Sulco hipotalâmico é responsável por separar tálamo do hipotálamo (diencefalo) EPITÁLAMO A parede posterior → epitálamo (acima do sulco hipotalâmico) O subtálamo compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. TÁLAMO Comprimento de cerca de 3cm (80% do diencéfalo) São duas massas ovoides, dispostas uma de cada lado na porção laterodorsal do diencéfalo. A extremidade anterior apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa na delimitação do forame interventricular A extremidade posterior apresenta uma grande eminência, o pulvinar que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. Em geral, uma conexão de substância cinzenta → aderência intertalâmica, une as partes direita e esquerda do tálamo. Medialmente lll ventrículo Lateralmente cápsula interna – feixes de fibras que ligam estruturas do córtex a estruturas subcorticais. Superiormente estrato zonal (fina camada de substância branca) e ventrículos laterais Inferiormente hipotálamo e subtálamo Funções do tálamo O TÁLAMO também é conhecido como PORTAL DA CONSCIÊNCIA, pois chegam a ele todos os impulsos sensoriais do corpo; aí são distribuídos, integrados e retransmitidos ao córtex cerebral. Além disso, participa de processos autônomos e motores. O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma ideia da sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais precisa. Núcleo do tálamo Consiste em duas massas ovaladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Estrato zonal → lâmina medular interna Os principais núcleos foram divididos em 5 grupos: - Grupo anterior - Grupo posterior - Grupo lateral - Grupo mediano - Grupo medial Déficit de atenção: pode ter falhas no núcleo do tálamo Superfície dorsal é revestido por uma lâmina de substância branca, que é o estrato zonal do tálamo e se estenderá até a face lateral do tálamo, recebendo o nome de lâmina medular externa. Entre a cápsula interna e lâmina medular externa, haverá o núcleo reticular do tálamo O estrato zonal também penetrará no tálamo, formando um septo – lâmina medular interna, a qual percorre longitudinalmente e se bifurcará em Y de forma a delimitar a área dos núcleos anteriores do tálamo. No interior da lâmina medular interna existem pequenas massas de substância cinzenta que constituem os núcleos intralaminares do tálamo. Núcleos do tálamo – grupo anterior Núcleos delimitados pela bifurcação criado pela lâmina medular interna. Estes núcleos recebem fibras dos núcleos mamilares pelo fascículo mamilotalâmico (hipocampo → hipotálamo → tálamo) e projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo e frontal, integrando o circuito de Papez. Relacionam-se com memória e comportamento emocional SÍNDROME DE KLUVER E BUCY Remoção bilateral dos lobostemporais (importância do circuito de Papez) Redução dramática do medo e da agressividade Incapacidade de reconhecer o medo em expressões faciais Agnosia visual - perda da capacidade para reconhecer ou identificar objetos Hiperfagia Comportamento sexual inapropriado NÚCLEOS DO TÁLAMO – GRUPO POSTERIOR Pulvinar - Conexões recíprocas com a área de associação têmporo-parietal do córtex cerebral. - Possível relação c/ problemas de linguagem e atenção seletiva. Corpo geniculado lateral - Projeta fibras para a área visual do córtex. - Faz parte da via óptica. - Caminho do impulso visual que chega até o geniculado: impulso começa na retina, que vai através do nervo óptico levar os impulsos até o quiasma óptico, e uma parte deles vai cruzar e formar o trato óptico e chegará até o corpo geniculado lateral. Corpo geniculado medial - Projeta fibras para a área auditiva do córtex cerebral. - Faz parte da via auditiva. - Começa no ouvido interna, onde terá receptores que captarão as ondas sonoras e chegarão no gânglio espiral. Esses impulsos saem do gânglio espiral através do nervo vestibulocloclear e chegam nos núcleos cocleares da ponte. Tem-se a formação do corpo trapezoide, que cruza o plano mediano e infunde o lemnisco lateral e chega no colículo inferior, passa pelo braço do colículo inferior e depois chega no corpo geniculado medial. NÚCLEOS DO TÁLAMO – GRUPO LATERAL Núcleo ventral anterior - Recebe fibras do Globo Pálido. Fibras p/ áreas motoras do córtex. - Motricidade voluntária. Núcleo ventral lateral - Recebe fibras do cerebelo e também do Globo Pálido → Fibras p/áreas motoras do córtex. - Influencia neurônios motores. Núcleo ventral póstero-lateral - Recebe fibras dos lemniscos mediais (responsáveis pelo tato epicrítico e propriocepção consciente) e lemniscos espinais (temperatura, dor, pressão e tato protopático). Fibras p/ área somestésica primária. - Núcleo das vias sensitivas. Núcleo ventral póstero-medial - Recebe fibras do lemnisco trigeminal. Fibras p/área somestésica primária e gustativa. - Núcleo das vias sensitivas. Núcleo reticular - é constituído por uma fina calota de substância cinzenta disposta lateralmente entre a massa principal de núcleos que constitui o ovoide talâmico e a cápsula interna. - Usa o neurotransmissor GABA inibidor, enquanto os demais usam o glutamato - Nível de vigília e alerta, devido as fibras do SARA. NÚCLEOS DO TÁLAMO – GRUPO MEDIANO E MEDIAL GRUPO MEDIANO - Núcleos localizados na aderência intertalâmica. - Conexões com o hipotálamo. - Relacionam-se com funções viscerais. GRUPO MEDIAL - Núcleos intralaminares (formação reticular → tálamo → Sistema Ativador Reticular Ascendente). - Compreende os núcleos situados dentro da lâmina medular interna - Processamento de memória e no controle do comportamento emocional. Estado de atenção. RESUMO – FUNÇÕES DO TÁLAMO Relaciona-se com a sensibilidade - Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, param em um núcleo talâmico, c/ exceção dosimpulsos olfatórios. - Não só retransmite estes impulsos, mas integra-os e modifica-os. Relaciona-se com a motricidade - Interpõe-se em circuitos pálido-corticais e cerebelo- corticais. Relaciona-se com o comportamento emocional - Conexões c/ o sistema límbico e c/ a área pré- frontal. Relaciona-se com a ativação do córtex cerebral Controle visceral – SNA Relaciona-se com as vias visual e auditiva Hipotálamo É uma área relativamente pequena do diencéfalo (4g), situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. Sendo considerada, uma das áreas mais importantes do SNC. FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO Contém os sistemas integradores que, através dos sistemas efetores autônomo e endócrino, controlam: - o equilíbrio de líquidos e de eletrólito - a ingestão de alimentos e o equilíbrio de energia - a reprodução - a termorregulação - as respostas imunológicas - muitas respostas emocionais. ORGANIZAÇÃO DO HIPOTÁLAMO O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos. Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na medula espinal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo. ESTRUTURAS PERTENCENTES AO HIPOTÁLAMO Quiasma óptico (QO) - recebe as fibras dos nervos ópticos, que aí cruzam em parte e continuam nos tratos ópticos que se dirigem aos corpos geniculados laterais Infundíbulo (I) - formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo. Túber cinéreo (TC) – área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tratos ópticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise, por meio do infundíbulo Corpos mamilares (CM) - são duas eminências arredondadas, de substância cinzenta. REGIÃO SUPRA-ÓPTICA Grupos anteriores Acima do quiasma óptico (ponto de cruzamento dos nervos ópticos) REGIÃO TUBERAL Grupos intermédios Infundíbulo (haste que conecta a hipófise ao hipotálamo) Região mamilar Grupos posteriores Corpos mamilares: formações arredondadas – retransmissão para sensação do olfato e associado ao sistema límbico.) CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO Sistema límbico → regulação do comportamento emocional e da memória Área pré frontal → comportamento emocional Viscerais aferentes → através do núcleo do trato solitário recebe toda sensibilidade visceral geral e especial (gustativa) Viscerais eferentes → controla o sistema nervoso autônomo agindo sobre os neurônios pré- ganglionares do sistema nervoso parassimpático e simpático Sensoriais → outras modalidades sensoriais e envolvidas na regulação dos ritmos circadianos Hipófise → conexões eferentes com a hipófise através dos tratos hipotálamo-hipofisário e túbero- infundibular HIPOTÁLAMO ADENO-HIPÓFISE Hipotálamo secreta hormônios liberadores e hormônios hipotalâmicos inibidores que controlam a secreção da adeno-hipófise. Esses hormônios são levados por vasos sanguíneos → vasos portais hipotalâmico- hipofisários. Hipotálamo neuro – hipófise A secreção efetuada pela região posterior da hipófise é controlada por sinais neurais que têm origem no hipotálamo e terminam na região hipofisária posterior. SECREÇÕES HORMONAIS CONEXÕES HIPOTÁLAMO HOMEOSTASE Controle do sistema nervoso autônomo Regulação da temperatura corporal Regulação do comportamento emocional Regulação do sono e da vigília Regulação da ingestão de alimentos Regulação da ingestão de água Regulação da diurese Geração e regulação de ritmos circadianos Regulação do sistema endócrino Subtálamo Situado na parte posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo. Não tem relação direta com o III ventrículo Algumas formações cinzentas e brancas próprias. Elemento mais importante: - Núcleo subtalâmico Conexões nos dois sentidos com o globo pálido - Regulação da motricidade somática Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades, que pode levar a exaustão EPITÁLAMO Situado na parte superior e posterior do diencéfalo. Acima do sulco hipotalâmico. Limita posteriormente o terceiro ventrículo. Contém formações endócrinas e não endócrinas. EPITÁLAMO – FORMAÇÕES NÃO ENDÓCRINAS Núcleos habenulares, comissura habenular, estrias medulares (pertencem ao sistema límbico → regulação do comportamento emocional) e comissura posterior (reflexo consensual – constrição da pupila do olho oposto quando se incide luz sobre um olho). Glândula pineal Participa da regulação de ritmos circadianos. Influencia as secreções de outras glândulas. TUMORES DE PINEAL: compressão da comissura posterior causam comprometimento no reflexo consensual. INSÔNIA: aplicação de melatonina em pessoas que sofrem.
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