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Aspergilose

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Infecções em pacientes imunossuprimidos 
Aspergilose 
3.8 milhões de infecções fúngicas no BR por ano → 74% é cândida e 25% aspergilose 
Aspergillus spp. 
• É um fungo de distribuição universal na natureza - em comida estragada, vegetação em 
decomposição, fertilizantes, feno e grãos estocados, terra de vasos com plantas 
(material orgânico e úmido); 
• Porta de entrada: via aérea; 
• Causa doença grave em imunossuprimidos (HIV, neutropenicos prolongada, 
transplantados de pulmão e de medula óssea); 
• A. fumigatus é o mais comum; 
• A. flavus, A. niger e A. terreus, esse último resistente à anfotericina (antifúngico 
parenteral para infecções sistêmicas graves) 
• Taxa de mortalidade em torno de 75-82% 
 
Inalação dos conídios 
(propágulos fúngicos) e a 
partir dai fazem uma 
primo-infecção no 
pulmão, que dai 
macrófagos pulmonares 
vão fagocitar e destruir os 
conídios) geralmente 
fazem um complexo imune 
que acaba calcificando. 
Paciente atópicos: 
acabam não fazendo a 
fagocitose adequada e 
acabam estimulando 
reações alérgicas 
Pacientes imunocomprometidos: não fazem fagocitose e destruição adequado dos conídios, 
que se juntam num granuloma e vão se germinando. Aspergiloma é a ‘’bola fungica’’ que é a 
cavidade pré-existente que foi colonizada ou a disseminação sistêmica pelo sangue da 
aspergilose invasiva. 
 
Aspergiloma: é a cavidade de espaço morto no pulmão pela tuberculose, daí forma a bola 
fúngica (outras doenças também causam esses espaços aéreos no pulmão). 
Aspergilose necrotizante: inflama, necrosa e destruí o tecido pulmonar 
Pneumonia por hipersensibilidade: como se fosse uma pneumonite, pneumonia intestinal 
(mais inflamatória que infecciosa) 
Invasiva: invasão hematogênica, mas começa no pulmão 
Manifestações clínicas: determinadas pela resposta imune do hospedeiro 
➔ Alergia: há evidencia cumulativa de asma causada por aspergillus spp e da associação 
desse organismo com asma grave e letal. 
Aspergilose broncopulmonar alérgica: 
• Hipersensibilidade pulmonar associada à destruição das vias aéreas em resposta ao 
Aspergillus spp. 
• Caracteriza-se por episódios frequentes de asma aguda responsiva a corticosteroide, 
com sintomas não usuais de febre e hemoptise (sangramento proveniente da via aérea) 
e com destruição da via aérea; 
• Se tratada inadequadamente, o dano pulmonar progride para fibrose. 
• Pode haver colonização dos seios paranasais (sinusopatia por aspergillus) 
• Critérios diagnósticos: 
o obstrução brônquica episódica, 
o eosinofilia periférica, 
o presença de anticorpos específicos contra antígenos de Aspergillus spp. (não se 
faz muito na prática), 
o reação cutânea imediata a antígeno de Aspergillus spp. (intradermoreação, na 
prática também não é muito usado), 
o elevação sérica de IgE, 
o presença de infiltrados pulmonares que resolvem com corticoides e 
o bronquiectasias centrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principalmente fazer diagnóstico diferencial de doenças reumatológicas 
• Tratamento da aspergilose broncopulmonar alérgica: associação de corticosteroide e 
itraconazol (derivado azólico de via oral) 
o O corticoide melhora a função pulmonar e diminui os episódios de 
consolidações recorrentes – diminui a recorrência 
o O uso de itraconazol (200 mg VO a cada 12 h por 16 semanas) reduz a dose de 
corticoide necessária, a eosinofilia e a concentração de IgE, melhorando a 
função pulmonar e a qualidade de vida. 
 
Aspergilose cutânea: feridas colonizadas 
Otomicose: otite externa causada pelo aspergillus (membrana timpânica tem uns pontinhos 
pretos) 
Bola fúngica dentro da bexiga ou até mesmo comprometimento renal 
Esses são mais raros, mas podem ocorrer 
 
 
HIV em si é de baixo risco para aspergilose 
AML: transplantado de medula ossea 
Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos: 
• Inalação de conídios 
• Resposta do hospedeiro inapropriada 
• Hifas invadem tecido brônquico e o parênquima pulmonar 
• Particular propensão a angioinvasão (penetram nos vasos) 
• Infarto hemorrágico e necrose (hemoptise, dor pleurítica) 
• Aspergilose disseminada (hematogenicamente) invasiva 
• Disseminação do aspergillus ocorre na metade dos pacientes: 
o Pulmonar: 75% (disseminação hematogênica e o aspergillus volta pro pulmão) 
o Cérebro: 50-60% 
o TGI: 40 -50% 
o Rim: 30% 
o Fígado: 30% 
o Tireóide: 25% 
o Coração: 15% 
o Baço: 15% 
 
Aspergilose pulmonar invasiva: 
• Alta morbimortalidade em imunossuprimidos. 
• Traqueobronquite necrotizante (entrada do aspergilus na arvore respiratória, com 
destruição de brônquios e angioinvasão e hemoptise) pode preceder a doença 
pulmonar 
• Cultura: diferenciar de infecção causada por outros fungos filamentosos, de fusariose e 
de scedosporiose. 
• LBA (lavado broncoalveolar), biópsia transtorácica percutânea e biópsia por 
videotoracoscopia: procedimentos padrões para o diagnóstico. 
• A identificação do sinal do halo e do crescente aéreo na TC de tórax: neutropênicos com 
doenças hematológicas. 
o Outras doenças infecciosas apresentam estes sinais e entram como diagnóstico 
diferencial (zigomicetos, Fusarium spp., Scedosporium spp., Pseudomonas 
aeruginosa e Nocardia spp.) 
• Detecção sérica de galactomanana, polissacarídeo da parede do Aspergillus spp., 
contribui como marcador para diagnóstico na ausência da cultura. 
• Tratamento deve ser o mais precoce possível: 
o Voriconazol, quando comparado à anfotericina B, apresenta melhor resposta 
terapêutica, melhor sobrevida e maior segurança – bem mais caro que a 
anfotericina B 
o A duração do tratamento não está definida, em geral 6-12 semanas, sendo que 
nos imunodeprimidos deve-se manter o medicamento até que ocorra melhora 
da imunossupressão e reabsorção das lesões. 
o A ressecção cirúrgica deve ser considerada em casos de lesão contígua a 
grandes vasos e/ou ao pericárdio, de lesão única que causa hemoptise ou de 
invasão da parede torácica. 
• Fatores que aumentam o risco de morte: infecção após transplante; sua rejeição; 
neutropenias prolongadas; infecção por CMV; uso prolongado de corticoides e 
imunossupressores; API disseminada; monocitopenia; carga fúngica; derrame pleural 
associado; insuficiência renal; infecção bacteriana de repetição; e idade avançada. 
• Reversão da imunossupressão é um fator importante para o sucesso terapêutico da 
API (aspergilose pulmonar invasiva) 
o Pacientes com neutropenia prolongada (> 10 dias) e risco para API podem se 
beneficiar do uso de GM-CSF (granuloquine). 
o Uso empírico de anfotericina B lipossomal, voriconazol, itraconazol ou 
caspofungina é recomendado para pacientes de alto risco que apresentam 
neutropenia prolongada (>10 dias) e febre persistente. 
Arpergilose cerebral invasiva: 
• O SNC é o alvo mais comum para a disseminação hematogênica da aspergilose; 
• Manifestações: AVC focal (simula um avc), hemiparesia, paralisia de nervos cranianos, 
infartos hemorrágicos devido a invasão vascular (forma um granuloma no SNC); 
• Prognóstico: aspergilose de SNC tem sido quase universalmente fatal (>90% 
mortalidade). 
Formas crônicas saprofíticas – bola fúngica: 
• Os pacientes apresentam uma doença pulmonar 
subjacente, lesão cavitária tuberculosa, 
histoplasmose, sarcoidose, bolha enfisematosa 
ou doença pulmonar fibrótica. 
• Dentre as complicações com risco de morte 
incluem-se: hemoptise, fibrose pulmonar e 
aspergilose invasiva. 
Aspergiloma – bola fúngica: 
• Conglomerado de hifas de Aspergillus spp., muco, fibrina e restos celulares no interior 
de cavidades pulmonares, em cistos e bronquiectasias. 
• Tosse produtiva crônica, hemoptise em portador de doença pulmonar crônica, 
associada à alteração radiológica, caracterizada por massa arredondada, algumas vezes 
móvel, com densidade líquida, dentro de uma cavidade, e separada da parede por 
espaço aéreo (“sinal do crescente”), além de espessamento pleural adjacente à 
cavidadeUm dos bronquios obstruido pela bola fungica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspergilose pulmonar cavitária crônica: 
• Múltiplas cavidades contendo ou não aspergiloma, associadas a sintomas pulmonares e 
sistêmicos e ao aumento de marcadores inflamatórios. 
• Sem tratamento, essas cavidades podem aumentar de tamanho e coalescer 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
• Exame microscópico: observa-se hifas hialinas, 
septadas, com ramificação dicotômica e largura 
uniforme. 
• Cultura: são identificadas de acordo com a 
estrutura de seus conídios. 
• Sorologia: testes sorológicos não são úteis para 
diagnosticar Aspergilose invasiva (paciente 
imunodeprimido não vai fazer muitos 
anticorpos) 
• 80% dos pacientes com Aspergiloma ou seus 
correlatos alérgicos apresentam o teste contra 
A. fumigatus positivo. 
• Padrão ouro: Biopsia tecidual demonstrando 
invasão com hifas e cultura positiva para 
Aspergillus sp. 
 
Tratamento: 
• Ressecção cirúrgica é o tratamento definitivo para o aspergiloma (bola fúngica é 
cirúrgico!); 
• O uso de itraconazol, voriconazol e posaconazol promove algum benefício terapêutico 
com mínimo risco para aqueles não selecionados para cirurgia; 
• A embolização de artéria brônquica é recomendada para aqueles com hemoptise com 
risco de morte; 
• A instilação endobrônquica ou intracavitária de anfotericina tem sido relatada em casos 
isolados com algum sucesso; 
• O tratamento antifúngico prolongado com itraconazol ou voriconazol (4-6 mg/Kg 
12/12h), até por toda a vida, é recomendado para aspergilose pulmonar cavitária 
crônica. 
Cuidados: 
• Combata a umidade e repare infiltrações em banheiros, paredes e pisos por vazamentos 
de água ou esgoto – evitar locais quentes com materiais orgânicos. 
• Na cozinha e banheiros, use água sanitária para higienizar locais de preferência do 
fungo, como pias, ralos e a saída da água dos chuveiros 
• Em casa, elimine carpetes e, se possível, troque as cortinas de tecido. 
• Mantenha dutos e filtros de ar condicionado regularmente limpos. 
• Procure reduzir a poeira doméstica. Use pano úmido em vez de vassouras para varrer a 
casa (para não levantar pó). Isole áreas em que fizer obra. 
• Fique de olho em áreas de umidade e de poeira em casa, no trabalho, na escola e no 
ambiente hospitalar

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