Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ocorrem quando há comprometimento das linhas de defesa da árvore respiratória (local propício para presença de microrganismos estranhos) Diminuição do reflexo da tosse levando à aspiração (coma, anestesia, redução do Glasgow em geral, distúrbios neuromusculares) Lesão dos aparelhos mucociliares (tabagismo, infecção viral) (cílios ajudam a subir o muco que vem lá dos bronquíolos menores para fora do sistema) (tabagismo causa metaplasia no epitélio, passando de ciliado para escamoso não ciliado) Acúmulo de secreção (fibrose cística, bronquite crônica) (muco é um “prato cheio” para bactérias) Diminuição da função fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares (fumaça de tabaco, toxicidade por O2) Edema ou congestão (ICC) (líquido extasiado ou retorno de líquido) Imunidade inata inadequada (defeitos de neutrófilos e complemento) Amplamente definidas como qualquer infecção do parênquima pulmonar. São classificadas pelo agente etiológico específico ou pelo ambiente clínico em questão. Se nenhum patógeno puder ser isolado (50% dos casos), a pneumonia é classificada de acordo com o cenário clínico em que ocorreu (adquirida na comunidade, associada à assistência à saúde), o que ajuda a reduzir os possíveis organismos e, assim, direcionar a terapia Um tipo de pneumonia (viral) muitas vezes predispõe a outro tipo (bacteriana) devido ao comprometimento das defesas pulmonares sistêmicas ou específicas (covid-19) Embora a maioria das pneumonias entra pelo trato respiratório, a disseminação hematogênica de outros locais pode ocorrer (raro) Infecções nasocomiais: muitos pacientes com doenças crônicas desenvolvem infecções terminais quando hospitalizadas (resistência a antibióticos, procedimentos invasivos, contaminação de equipamentos e maior chance de exposição) (pseudômonas) Condições predisponentes incluem extremos de idade, DPOC, deficiências imunológicas e falta de função esplênica causa mais comum pode causar infecções do trato respiratório inferior e meningite com risco de morte em crianças e é uma causa comum de pneumonia em adultos, especialmente naqueles com DPOC causa pneumonia bacteriana, especialmente em idosos; exacerba a DPOC e é uma causa comum de otite média pediátrica frequentemente complica doenças virais e tem um alto risco de formação de abcesso e empiemia. Os usuários de drogas iv apresentam alto risco de oneumonia estafilocócica associada à endocardite, pois essa bactéria é habitante da pele é a causa mais comum de pneumonia gram-negativa; aflige indivíduos debilitados, especialmente os alcoólatras crônicos é uma causa comum de infecções nasocomiais com propensão a invadir vasos sanguíneos e disseminar-se sistemicamente (grande causa de óbitos em pacientes na UTI); também é comum em pacientes com fibrose cística e neutropênicos é o agente da doença do legionário ou febre de pontiac. Ela floresce em ambientes aquáticos artificiais, como torres de resfriamento de água e, se espalha por aerossolização (ar condicionado); infecção causa pneumonia grave no paciente imunocomprometido é comum em crianças e adultos jovens; ocorre esporadicamente como epidemias locais (escolas, campos militares ou prisões) - padrões morfológicos sobrepostos: broncopneumonia e pneumonia lobar - Dependendo da virulência bacteriana e resistência do hospedeiro, o mesmo organismo pode causar broncopneumonia (menor), pneumonia lobar (lobo inteiro) ou algo intermediário (entre os dois tamanhos) Envolve especialmente um lobo pulmonar inteiro; quatro estágios da resposta inflamatória são classicamente descritos: aglomeração de estase/hemácias no vaso e transudação alveolar fase de exsudação neutrofílica maciça com hemorragia; neutrófilo destrói parênquima e vasos sanguíneos, por isso a hemorragia caracterizada pela desintegração das células vermelhas, mas persistência de exsudatos fibripurulentos (esbranquiçado/acinzentado) (são chamadas de hepatizações devido a condensação do parênquima, parecendo um fígado, denso) (hepatização diminui o tamanho do pulmão e aumenta sua densidade) marcada pela progressiva digestão enzimática dos exsudatos e pela reabsorção macrofágica dos detritos e crescimento de fibroblastos (geralmente restaura a estrutura e função pulmonar normal, mas pode ocorrer organização com cicatrização fibrinosa) Hepatização vermelha em fase inicial Hepatização vermelha e cinzenta Aspecto de hepatização pulmonar Marcada pela consolidação exsudativa do parênquima pulmonar; os pulmões exibem áreas de consolidação palpável; histologicamente, há exsudação supurativa aguda (neutrofílica) preenchendo os brônquios, bronquíolos e alvéolos; isso também acabará em resolução; também acaba em resolução (cicatrização) É mais focal e direcionada a árvore respiratória e não tanto ao parênquima, mas a diferenciação é bem difícil; focos associados próximos as árvores brônquicas 1: focos broncopneumônicos 2: parênquima normal Área maior broncopneumonia (parece lobar, mas pode perceber essas bolinhas delimitadas em preto) envolvimento da pleura. Pode resolver ou resultar em espessamento e aderências fibrosa. Entre as pleuras há o líquido para evitar atritos por exemplo mas quando ocorre algum problema, uma expansão da infecção nesse espaço pleural provoca um empiema fibrinopurulento (preencher o espaço pelural com pus derrame pleural). Essas mudanças podem afetar a expansão do pulmão tudo que não expande pode colabar. **Na semiologia: ausculta com som de coisas raspando. Som de atrito pleural. Aderência da pleura febre alta, rigidez e tosse produtiva; ocasionalmente com hemoptise Atrito e dor torácica pleurítica = envolvimento pleural; Quadro clínico tende a melhorar em 3 dias com ATB. formação de abscesso e disseminação sistêmica endocardite, meningite, artrite supurativa ou abscessos metastáticos (abscesso que vai “viajando” pelo corpo e leva bactérias junto); Comuns incluem influenza tipo A e B, vírus sincicial respiratório (< 2 anos), metapneumovírus humano (MPV), adenovírus, rhinovírus, rubeola e varicela. Envolvimento leve do Trato Respiratório Superior (resfriado comum) ou doença grave do Trato Respiratório Inferior. ligação de organismos a células epiteliais com necrose celular e inflamação. Isso da abertura para a bactéria entrar. Se liga ao pneumócito destroi inflamação local destruição de parênquima e células ao redor meio susceptível a infecções. (COVID primeira invasão pelos pneumócitos mas se liga geralmente às células endoteliais do revestimento vascular – tropismo – principalmente pelo receptor da enzima conversora da angiotensina 2. (sobre o vírus aula Micróbio) paramixovírus RNA. Causa bronquiolite e pneumonia em pacientes extremo idade e em imunocomprometidos. É responsável por 5 a 10% das hospitalizações e até 20% das consultas pediátricas ambulatoriais de infecções agudas do respiratório. Quase 30% das infecções do trato respiratório são causadas pelo coronavírus, mas a SARS difere em sua capacidade de infectar a árvore respiratória inferior e se disseminar sistemicamente. infecções virais com morfologias semelhantes. Áreas irregulares ou lobulares de congestão sem a consolidação de pneumonia bacteriana. Pneumonite intersticial predominante com paredes alveolares edematosas e alargadas com inflamação mononuclear. Esse é o protótipo: inflamação principalmente por mononucleares, exsudato que vai se aderir aos septos alveolares chamado de membrana hialina e como deixa o septo mais grosso, dificulta a troca gasosa dispneia. (Alguns vírus como herpes simples, varicela) podem estar associados a necrose epitelial e inflamação aguda. Membranas hialinas refletem o DAD (??) Infecões bacterianas secundáriasmodificam a aparência pela sobreposição de bronquite ulcerativa, bronquiolite e pneumo bac. muito variada, podendo ir de muito leve a muito grave, podendo evoluir inclusive para sepse. Edemas e exsudatos podem causar incompatibilidades ventilação-perfusão que evocam dispneia desproporcional aos achados físicos. Ventila muito, alta FR mas perfunde pouco. Pulmão mais congesto, áreas mais avermelhadas. O comprometimento é mais difuso. Na microscopia: membrana hiala = acúmulo de exsudato grudado nos septos alveolares troca gasosa dificultada. Hiperplasia de pneumócito tipo 2 Associada à hospitalização recente de ≥ 2 dias; frequentadores de hospital ou clínica de hemodiálise; terapia ATB IV recente, quimioterapia ou tratamento de feridas. S. aureus resistente ou Pseudomonas aeruginosa. Mortalidade maior que PAC durante uma internação e geralmente associada a alguma doença subjacente grave, imunossupressão, antibioticoterapia prolongada ou dispositivos invasivos (ventilação mecânica). Infecções são graves, frequentemente com complicações e incluem cocos gram-positivos (S. aureus e S. Pneumoniae) e bacilos gram- negativos (Enterobacteria e Pseudomonas). pacientes debilitados ou inconscientes. Resulta em penumonia parcialmente química (ácido gástrico) e parcialmente bacteriana (flora oral mista). É frequentemente necrosante e tem um curso fulminante. Abscesso pulmonar é uma complicação comum. A microaspiração ocorre frequentemente em quase todas as pessoas, especialmente com a doença do refluxo gastroesofágico, e resulta em granulomas não necrosantes pequenos e malformados. Um dos sintomas iniciais do refluxo é tosse crônica. Nesse tipo pode ter material gástrico no pulmão, algum corpo estranho. Macrófagos gigantes multinucleados reagindo ao corpo estranho (CE) Infecção marcada por necrose supurativa organizada do tecido pulmonar. Processo inflamatório agudo quando se organiza, quando faz cavitação. estafilococos, estreptocococ, numerosas espécies gram-negativas e anaeróbios. Infecções mistas frequentes, refletindo aspiração do conteúdo oral como etiologia comum. Aspiração de materal infeccioso (procedimentos orofaríngeos ou secundários à redução de consciência). Abscessos de aspiração mais comuns à direita. Infecção bacteriana prévia. Êmbolos sépticos de trombos infectados ou endocardite do lado direito; Tumores obstrutivos; Punções traumáticas diretas ou disseminação de infecção de órgãos adjacentes. variável. Únicos ou múltiplos, contendo misturas variáveis de pus e ar. Abscessos crônicos são frequentemente cercados por uma parede fibrosa reativa. complicações incluem extensão para cavidade pleural, hemorragia e embolização séptica. Inflamação granulomatosa localizada em pacientes imunocompetentes, com ou sem envolvimento linfonodal regional. Em imunocomrpometidos infecção disseminar; Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) granulomas com necrose coagulativa que sobrem fibrose e calcificação concêntrica. Blastomicose (Blastomyces dermatidis) granulomas supurativos. Formas cutaneas pulmonares, disseminadas e raramente são primárias. Coccidiodomicose (Coccidioides immitis) lesões que variam de piogênicas a granulomatosas. + comum que as infecções fúngicas citadas acima. Inalação de partículas transportadas pelo ar (núcleos de gotículas podem permanecer suspensos em correntes de ar ambiente por várias horas, aumentando a chance de disseminação) tosse crônica persistente por +3 semanas, febre, sudorese noturna, hemoptise, perda de peso. Imunidade mediada por células Granulomas – chamados de focos de Gohn Focos + linfonodos = complexo de Gohn + comum em regiões subpleurais e nodos inferiores; Complexo de Ranke lesões fibrosadas e calcificadas por resolução. Nódulos de Puhl: calcificação dos nódulos formados nas regiões superiores; Em alguns casos: eliminada!! Outros casos: latente – esperando imunossupressão para ser ativada. Imunodeficiência: infecção tende a disseminar bacteria se dissemina no parênquima celular e costuma ir para áreas mais oxigenadas (lobos superiores) já que o bacilo está se multiplicando. As células de memória vão recrutar macrófagos e outros fazer necrose caseosa cavitação – ativação do sistema imune para matar o bacilo e acaba matando também tecido normal; Organismos que não são tão comuns no cotidiano podem aparecer nesses pacientes. Muitas vezes, mais de um agente envolvido. Pseudomonas, micobacterias, legionella, listeria (bacterianos mais comuns) Citomegalovírus (CMV), Herpes – vírus mais comuns Pneumocystis, Candida e Aspergillus – fungos São comuns em pacientes imunocomprometidos, não em todos.
Compartilhar