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Resenha crítica do filme: a revolução dos bichos

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Resenha crítica do filme “A Revolução dos Bichos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apodi, RN 
Dezembro, 2020 
 
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio 
Grande do Norte – IFRN 
Campus Apodi 
Flávia Vitória Fernandes Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha crítica do filme “A Revolução dos Bichos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apodi, RN 
Dezembro, 2020 
O filme “A revolução dos Bichos” foi baseado na obra literária de mesmo nome 
escrita pode George Orwell. Durante toda a exibição da história são reveladas aversões 
ao autoritarismo, à alienação, à centralização de poder, entre outras características muito 
presentes em uma ditadura militar. O filme se concentra na maior parte do seu tempo na 
fazenda que pertence a Jones, alcoólatra que agride fisicamente seus animais. 
Diante dos constantes mal tratos os animais se encontraram com extrema 
insatisfação, surgindo assim o desejo de mudança. Desse modo, se deu início a revolução, 
tendo como líder um porco que idealizava a fazenda ministrada pelos próprios animais, 
sem nenhuma hierarquia, sem trabalho excessivo ou racionamento de comida. Ou seja, 
os ideais da revolução eram fieis ao bem-estar geral. A revolução ocorreu, a vida se tornou 
melhor, no entanto esse paraíso foi se desconstruindo aos poucos, de maneira sutil, uma 
nova hierarquia surgiu, mas agora eram animais no poder. 
Os ideais do início do processo revolucionário foram totalmente contrariados, com 
a presença do porco Napoleão, que liderou a revolução de maneira astuta, oportunista e 
manipuladora. A partir desse momento os animais passam a terem trabalhos 
excessivos, sem possuírem o reconhecimento para recompensa. Dessa forma, pode-se 
observar que o porco Napoleão representa os magnatas do capitalismo, uma vez que, tem 
interesse em explorar a classe trabalhadora em virtude do seu próprio bem-estar. Além 
disso, ocorreu diversos episódios de manipulação sobre o restante dos animais da granja, 
principalmente aos que não possuíam saberes linguísticos, como ler e escrever, sendo 
completamente leigos nos assuntos tratados pelo líder. Dessa forma, o restante dos 
animais se tornaram o principal pilar para manter a hierarquia almejada por Napoleão. 
Paralelamente ao contexto do filme, na sociedade atual diversas pessoas que não possuem 
entendimento acerca dos mais variados assuntos, são manipuladas pela grande mídia, o 
que os torna indivíduos muitas vezes sem a formação de seu próprio senso crítico, 
funcionando como um fantoche social. 
A revolução na verdade se tornou um regime militar clássico, no qual 
os trabalhadores (animais) trabalham arduamente, sem descanso, sem receber salários 
condizentes com seus esforços (comida) e sem possuir o direito de contestação. Os 
momentos nos quais se evidenciam abertamente o absolutismo empregado é quando 
os animais reclamam da falta de alimento enquanto é produzido um filme amplamente 
manipulado no qual todos os animais apenas elogiam o governo. E também, 
nos momentos que outros porcos alteram as leis da maneira que se tornar conveniente 
para o líder. Essas manipulações ocorreram igualmente em governos absolutista, ou seja, 
é indubitável a crítica realizada no filme em paralelo com a realidade, somos 
animais manipulados por animais que se sentem superiores e estão no poder. 
No decorrer do filme, nota-se que os animais na verdade são representações 
de cenários presentes na vida social. O cavalo, contido no filme simboliza os 
trabalhadores braçais, parcela da sociedade que é submetida ao trabalho durante toda sua 
trajetória, sendo sempre fiel e conformado com as atitudes de seu líder, pois seu único 
objetivo é receber sua recompensa para sua sobrevivência. Ademais, a vida cíclica de 
trabalhar, descansar e trabalhar novamente, impede que o trabalhador possa desenvolver 
seu senso crítico e desse modo se revolte contra o líder. O final do cavalo (que é enviado 
para o matadouro), representa a insignificância dos trabalhadores, pois no momento que 
não puder mais trabalhar, seu valor é zero e sua vida é irrelevante. 
As ovelhas presentes no filme representam a massa social sem formação de 
senso crítico, uma vez que as mesmas não questionam nem opinam acerca de nenhum 
assunto na granja, apenas aceitam e repetem o que lhe são ditos. Em um de seus 
conceitos denominado “maiêutica”, o filósofo Sócrates afirma que é através do 
questionamento e das dúvidas que se obtém a verdade absoluta, sendo assim, as ovelhas, 
que não contestam, jamais atingirão a veracidade dos fatos, vivendo constante uma 
realidade dominante e ilusória, estabelecida pelos líderes. 
Outra representação presente na narrativa é o porco que Napoleão possui como 
seu braço direito na granja, uma vez que o mesmo atua como manipulador de imagem 
do líder, o repassando sempre como bondoso, justo e verdadeiro. Esse animal simboliza 
a mídia social, a qual sempre está a convencer e iludir os demais, sempre mostrando 
coisas boas, manipulando a sociedade e informações para que as pessoas acreditem que 
a realidade atual é magnifica, quando comparada a realidades passadas. 
A cachorra que narra toda a história representa os indivíduos que apesar 
de imersos em regimes absolutistas tomam consciência e tentam reverter essa 
realidade. Desse modo, a cachorra começou a buscar coisas erradas e se deparou com 
inúmeras situações que evidenciavam as mentiras do líder, no entanto, como costumeiro, 
ela sempre tentava ser silenciada. Por fim, as vozes dos revolucionários nunca são 
completamente silenciadas. Segundo Karl Marx: "A história de todas as sociedades até 
hoje existentes é a história das lutas de classes”. Seguindo essa linha de pensamento, toda 
a narrativa na verdade é uma luta de classes que se iniciou entre humanos e animais, e no 
final se tratava de animais contra eles mesmo. Esse cenário é evidenciado no cotidiano 
quando lutamos por melhorias ou contra os governadores vigentes. Ou seja, a cachorra 
conseguiu suas mudanças quando saiu da fazenda e retornou apenas quando os líderes já 
tinham caído.

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