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Atualidades do Mercado Financeiro apostila (1)


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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO: 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. 
DINÂMICA DO MERCADO. MERCADO BANCÁRIO.
Concurso do Banco do Brasil - prova em 15.03.2015
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - SFN
Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN está estruturado basicamente em três subsistemas: 
órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
Órgãos normativos Entidades supervisoras Operadores
Conselho Monetário 
Nacional - CMN
Banco Central do Brasil 
- Bacen
Instituições financeiras captado-
ras de depósitos à vista
Demais institui-
ções financeiras Outros intermediários finan-
ceiros e administradores de 
recursos de terceiros
Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM Bolsas de mercadorias e futuros Bolsas de Valores
Conselho Nacional de 
Seguros Privados - 
CNSP
Superintendên-cia de 
Seguros Privados - 
Susep
Ressegura dores Sociedades Seguradoras
Socieda-des de 
Capitali zação
Entidades 
Abertas de 
previdência 
comple mentar
Conselho Nacional 
de Previdência Com-
plemen-tar - CNPC 
Superintendência Nacio-
nal de Previdência Com-
plementar - Previc
Entidades Fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)
ÓRGÃOS NORMATIVOS
Têm a atribuição de traçar as linhas gerais que devem 
ser observadas na parte do Sistema Financeiro que está a 
cargo de cada uma delas. Não executam coisa alguma.
São os seguintes:
• Conselho Monetário Nacional - CMN;
• Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP; e
• Conselho Nacional de Previdência Complementar - 
CNPC.
ENTIDADES SUPERVISORAS
Executam o que foi determinado pelos órgãos norma-
tivos, cabendo supervisionar, fiscalizar, acompanhar e punir 
os operadores do Sistema Financeiro, dentro das atribui-
ções definidas para cada uma delas.
São as seguintes:
• Banco Central do Brasil - Bacen;
• Comissão de Valores Mobiliários - CVM;
• Superintendência de Seguros Privados - Susep; e
• Superintendência Nacional de Previdência Comple-
mentar - Previc.
OPERADORES (INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS)
São todos aqueles que fazem efetivamente o Sistema 
Financeiro Nacional alcançar o seu objetivo de proporcionar 
o encontro dos superavitários com os deficitários, cabendo-
-lhes observar as regras definidas pelos órgãos normativos 
e que são implementadas pelas entidades supervisoras.
Conselho Monetário Nacional - componentes 
Em 19.12.2014, quando da publicação do Edital Ces-
granrio nº 2014/002 do Banco do Brasil, o CMN estava com-
posto da seguinte forma:
Ministro de Estado da Fazenda Guido Mantega
Ministra de Estado do Planejamento, 
Orçamento e Gestão Miriam Aparecida Belchior
Ministro de Estado Presidente do 
Banco Central do Brasil Alexandre Antônio Tombini
DINÂMICA DO MERCADO
Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra dinâmica, tem 
a ver com movimento.
Dessa forma, ao estudarmos a dinâmica do mercado 
financeiro e bancário estamos estudando como esses mer-
cados se movimentam e o que ali é movimentado.
Nesses mercados ocorre a movimentação dos recursos 
financeiros nacionais, é a forma pela qual o dinheiro muda 
de mão entre as pessoas.
O sistema financeiro nacional permite o movimento, ou 
seja, a circulação das finanças da nação brasileira. Permite 
o encontro de superavitários e deficitários.
Isso ocorre por meio de operadores, também chama-
dos intermediários financeiros, autorizados a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, possibilitando aos que têm recursos 
financeiros sobrando encontrar várias alternativas para apli-
car seu dinheiro.
Os operadores repassam esses recursos para os defi-
citários que estejam necessitando de dinheiro para atender 
suas necessidades de consumo ou investimento. Esses 
deficitários podem ser tanto pessoas físicas como pessoas 
jurídicas.
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
Política Monetária
Diz respeito à moeda nacional. São os procedimentos 
que o governo adota para regular a oferta (quantidade) da 
moeda em circulação na economia nacional.
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Instrumentos de política monetária
São três, basicamente, os instrumentos utilizados pelo 
governo:
• compra e venda de títulos públicos (operações 
do mercado aberto) - quando o governo vende 
(lança) títulos no mercado ele retira moeda da eco-
nomia e quando compra títulos ele coloca moeda 
na economia;
• depósitos compulsórios - corresponde a um per-
centual das captações que os bancos são obriga-
dos a recolher ao Banco Central; quanto maior o 
percentual do compulsório menos moeda na econo-
mia e vice-versa; e
• controle da taxa de juros - quanto maior a taxa 
de juros menos pessoas estarão dispostas a tomar 
dinheiro emprestado, resultando em menos moeda 
na economia.
Alguns defendem que o redesconto e a emissão de 
moeda também são instrumentos de política monetária.
COMPORTAMENTO DA SELIC EM 2014
Na última reunião de 2014, realizada nos dias 03 e 
04.12.2014, o COPOM, subiu os juros para 11,75%, atin-
gindo o maior patamar desde 19.11.2011.
Elevação ao longo de 2014:
• 1ª reunião - 14 e 15.01 = 10,50% a.a. 
• 2ª reunião - 25 e 26.02 = 10,75% a.a.
• 3ª reunião - 01 e 02.04 = 11,00% a.a.
• 4ª reunião - 27 e 28.05 = 11,00% a.a.
• 5ª reunião - 15 e 16.07 = 11,00% a.a.
• 6ª reunião - 02 e 03.09 = 11,00% a.a.
• 7ª reunião - 28 e 29.10 = 11,25% a.a.
• 8ª reunião - 02 e 03.12 = 11,75% a.a.
Para a nossa prova do Banco do Brasil, marcada para 
15.03.2015, será considerada a Taxa Selic de 11,75% a.a., 
definida pelo Copom em 03.12.2014.
O ano de 2014 caracterizou-se pela elevação da taxa 
Selic que começou em 10,50% a.a, definida na primeira reu-
nião do Copom, em 15.01.2014, terminando em 11,75% a.a., 
estipulada na oitava reunião do Copom, em 03.12.2014.
O Banco Central do Brasil, ao longo de 2014, fazendo 
uso do controle da taxa de juros como instrumento de polí-
tica monetária, adotou uma política monetária restritiva, ele-
vando a taxa básica de juros (Selic) e consequentemente as 
taxas de juros cobradas pelos bancos da clientela na tenta-
tiva de reduzir e consumo e controlar a elevação da inflação.
A propósito deste assunto vale a pena conferir a maté-
ria divulgada pelo site G1, abaixo transcrita:
03/12/2014 20h21 - Atualizado em 05/12/2014 15h48
Mesmo com PIB fraco, BC acelera ritmo e sobe juro 
para 11,75% ao ano
Esse foi o 2º aumento consecutivo da taxa básica 
de juros da economia.
BC informa que juro deverá continuar subindo, mas 
com ‘parcimônia’.
Alexandro Martello - Do G1, em Brasília
Apesar de a economia brasileira estar praticamente 
estagnada, mas com inflação ainda resistente, o Comitê 
de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelerou 
o ritmo de alta e subiu a taxa básica de juros da economia 
em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (03.12.2014), de 
11,25% para 11,75% ao ano. Em outubro, os juros tinham 
avançado menos: 0,25 ponto percentual. Esse foi o segundo 
aumento seguido da taxa Selic, que está no maior patamar 
em três anos.
A intensificação do aumento dos juros já era esperada 
por grande parte dos economistas do mercado financeiro, 
embora, na semana passada, pesquisa conduzida pelo 
Banco Central com mais de 100 bancos tenha indicado uma 
elevação menor, para 11,50% ao ano. Nos últimos dias, 
porém, os juros futuros, que mostram as apostas das institui-
ções financeiras, já apontavam para uma alta mais intensa 
da taxa básica da economia brasileira.
A previsão de uma aceleração no aumento de juros 
começou a se formar após o diretor de Política Econô-
mica do BC, Carlos Hamilton, ter sinalizado, em meados de 
novembro, que a instituição poderá ampliar o aperto mone-
tário para domar a inflação. “O Copom não será compla-
cente com a inflação. Se necessário for, no momento certo, 
o comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de 
modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para 
a inflação nos próximos anos”, afirmou o diretor na ocasião.
Apesar de ter acelerado o processo de alta dos juros, 
o Copom indicou, no comunicado divulgado após a reunião, 
que a taxa deverá continuar subindo no futuro, masque isso 
poderá acontecer de forma menos intensa, com “parcimô-
nia”. “Considerando os efeitos cumulativos e defasados da 
política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que 
o esforço adicional de política monetária tende a ser imple-
mentado com parcimônia”, informou a autoridade monetária.
METAS DE INFLAÇÃO
Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia 
brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos 
pré-determinados. Para 2014, 2015 e 2016, a meta central 
de inflação é de 4,5%, mas o IPCA, que serve de referência 
para o sistema brasileiro, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% 
sem que a meta seja formalmente descumprida.
No fim de setembro, o Banco Central estimou, por meio 
do relatório de inflação, um IPCA de 6,3% para este ano e 
de 5,8% a 6,1% para 2015, ou seja, valor ainda distante da 
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meta central de 4,5% para ambos os anos. Segundo a autori-
dade monetária informou naquele momento, a inflação come-
çará a convergir mais fortemente para a meta central somente 
em 2016.
Em doze meses até outubro, o IPCA somou 6,59% - 
acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Entre-
tanto, o governo considera que a meta foi cumprida ou não 
apenas com base no acumulado em 12 meses até dezem-
bro de cada ano. Para 2015, o mercado financeiro já está pre-
vendo uma inflação de 6,49%, ou seja, no limite de 6,5% do 
sistema de metas brasileiro.
Mesmo com PIB patinando, dólar e preços adminis-
trados preocupam
Mesmo com o baixo nível de atividade, que registrou 
aumento de apenas 0,2% neste ano até setembro, e com a 
queda dos preços das “commodities” (produtos básicos com 
cotação internacional), fatores que atuam para conter a infla-
ção, a alta do dólar e dos preços administrados (como tele-
fonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre 
outros), continuam pressionando os preços. Além disso, a 
inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salá-
rios, segue elevada.
Para o economista Sidnei Moura Nehme, especialista em 
câmbio da NGO Corretora, a aceleração do ritmo de alta dos 
juros por parte do Banco Central já considera um dólar mais 
alto ano que vem. “O governo já mudou sua logística para a 
política cambial. O dólar vai ser mantido alto e vai ser a princi-
pal peça de reação para reverter a situação da indústria e para 
proteger o setor agrícola. Acho que o governo vai manter o 
dólar, de maneira sustentável, que tenha relação com os fun-
damentos ruins do setor externo”, declarou ele.
Dólar mais alto barateia importações e encarece as com-
pras do exterior, beneficiando a indústria nacional, embora 
também pressione ainda mais a inflação. “Com rigor, tem um 
impacto muito forte nas pressões inflacionárias”, acrescentou 
Nehme. Em 2014, o dólar já subiu cerca de 8%. Para o fim 
deste ano, Nehme prevê que a moeda norte-americana fique 
em R$ 2,60, podendo subir ainda mais em 2015. Pesquisa do 
BC indica o preço do dólar entre R$ 2,67 e R$ 2,70 no fecha-
mento do ano que vem.
‘Choque de credibilidade’
O economista da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello, ava-
liou que uma alta maior dos juros, para 11,75% ao ano, manda 
uma mensagem para o mercado de que a equipe econômica 
será mais dura no segundo mandato da presidente Dilma 
Rousseff - após a inflação ter ficado próxima de 6% em todo o 
primeiro mandato, distante, portanto, da meta central de 4,5% 
que foi fixada para este período.
“A mensagem é que tem uma equipe mais dura, mais 
fiscalista [buscando as metas de contas públicas] pelo lado 
do Ministério da Fazenda e mais comprometida do lado da 
política monetária [definição dos juros para conter a inflação]. 
Seria um alinhamento para tentar dar um choque de credibili-
dade”, declarou Curvello.
Flavio Serrano, economista do Banco Espírito Santo, 
avalia que o cenário para a inflação é ruim e leva em conta 
não somente os preços administrados, que, segundo o mer-
cado, devem subir 7,20% em 2015, o maior aumento em dez 
anos, como também outros fatores. “O BC está subindo os 
juros para melhorar balanço de riscos para preços livres. Está 
tentando compensar um desequilíbrio na economia”, declarou, 
acrescentando que, em sua visão, o governo está buscando 
ganhar mais credibilidade.
Para ele, porém, pelo fato de a economia estar regis-
trando um crescimento “moroso” (quase zero neste ano), seria 
mais “eficaz” o governo cortar gastos públicos do que aumen-
tar a taxa básica de juros. “O consumo das famílias e os inves-
tinmetnos desaceleraram bastante. Subir juros piora ainda 
mais isso, e o gasto público continua muito forte. Seria muito 
mais eficaz contrair o fiscal [cortar gastos] do que apertar mais 
a política monetária [subir juros]”, declarou. Ele avaliou, porém, 
que o efeito combinado das duas políticas (corte de gastos e 
aumento de juros) é mais “potente” contra a inflação.
Fonte: goo.gl/ptcXzM
Confira também a matéria complementar elaborada pelo G1 disponível em 
goo.gl/WVc2OT.
MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO
Mercado primário
As empresas ou o governo emitem títulos e valores 
mobiliários para captar novos recursos diretamente de inves-
tidores. É quando ocorre efetivamente a entrada de recursos 
no “caixa” do emissor.
Mercado secundário
É composto por títulos e valores mobiliários previa-
mente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a 
troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve 
mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capi-
tal para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, 
dar liquidez aos títulos.
Produtos e Serviços Bancários
As instituições financeiras e bancárias pouco utilizam 
recursos financeiros próprios para fazerem suas operações.
São chamadas de intermediárias financeiras exata-
mente porque captam recursos de um lado e emprestam do 
outro lado.
Os bancos ganham dinheiro fazendo operações finan-
ceiras e operações acessórias.
As operações financeiras podem ser classificadas de 
duas formas: 
• passivas - captações e
• ativas - empréstimos
As operações acessórias são as prestações de servi-
ços realizadas pelos bancos
Nas operações passivas e ativas há incidência de juros. 
Nas acessórias a cobrança de tarifas.
Operações Pas-
sivas
depósitos a vista (conta corrente), depósitos 
a prazo, cadernetas de poupança, letras de 
câmbio
Operações 
Ativas
cheque especial, crédito direto ao consumidor 
(cdc), financiamentos do sistema financeiro da 
habitação, crédito rural, adiantamento a depo-
sitantes, abertura de crédito fixo, abertura de 
crédito rotativo
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Operações 
Acessórias
ordem de pagamento, cheque de viagem, 
cobrança de títulos, arrecadação de tributos, 
cartão de crédito, administração de fundos de 
investimento, administração de consórcios, 
prestação de garantias, compra e venda de 
moeda estrangeira
Spread Bancário
Entende-se como spread a diferença entre os juros 
recebidos pelo banco ao emprestar algum dinheiro menos 
os juros pagos por esse banco para captar esse mesmo 
dinheiro.
Se um banco empresta a 3% a.m. e capta a 2% a.m. o 
spread dessa operação será 1% a.m. (3% a.m. - 2% a.m.).
O conceito de spread serve também para as operações 
de câmbio. Vem a ser a diferença entre o preço de venda de 
uma moeda e o preço pago pela moeda.
Se um banco vende um dólar a R$2,10 e pagou R$2,00 
para comprar esse dólar, o spread cambial é de R$0,10.
Caderneta de Poupança
Por meio de Medida Provisória convertida na Lei nº 
12.703, de 07.08.2012, os rendimentos da caderneta de 
poupança foram alterados.
O cálculo do rendimento da poupança continua sendo 
efetuado levando em conta dois componentes: remuneração 
básica, correspondente à variação da TR - Taxa Referencial 
e remuneração adicional.
Para os depósitos realizados até 03.05.2012, nada 
muda. Continua rendendo 0,5%ao mês (6,17% ao ano) mais 
a variação da TR.
Os depósitos efetuados a partir de 04.05.2012, terão 
seus rendimentos vinculados à Taxa Selic:
• quando a Selic foi superior a 8,5% ao ano o ren-
dimento será 0,5% ao mês (6,17% ao ano)mais a 
variação da TR;
• quando a Selic for igual ou menor a 8,5% ao ano o 
rendimento será 70% da Selic mais a variação da 
TR.
Na prática, quando a Selic for igual ou menor que 8,2% 
ao ano o aplicador em caderneta de poupança só receberá 
como rendimentos os 70% da Selic, visto que nesse pata-
mar de Selic a TR tende a ser zero.
Em 29.08.12, a Selic definida pelo Copom foi 7,50% 
a.a. e, em 10.10.12, 7,25% a.a., portanto inferiores a 8,5% 
a.a. Em setembro e outubro a TR foi 0,0%, índice que deverá 
ser o mesmo também em novembro de 2012.
As mudanças nos rendimentos da poupança objetivam 
criar uma ambiente que possibilite a redução das taxas de 
juros praticadas no Brasil.
Medidas preventivas para os arranjos de pagamento
No dicionário Aurélio a palavra “arranjos” é definida 
como preparativos e “pagamento” como maneira de pagar. 
De forma bem simplória e objetiva podemos entender arran-
jos de pagamentos como sendo os preparativos existen-
tes no Sistema Financeiro Nacional que possibilitam várias 
maneiras para as pessoas quitarem os seus compromissos 
financeiros, ou seja, várias formas para realizar os seus 
pagamentos.
A Lei nº 12.865, de 09.10.2013, define os arranjos de 
pagamentos como sendo o conjunto de regras e procedi-
mentos que disciplina a prestação de determinado serviço 
de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, 
mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e 
recebedores.
São exemplos de arranjos de pagamento os proce-
dimentos utilizados para realizar compras com cartões de 
crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional ou em 
moeda estrangeira. Os serviços de transferência e remes-
sas de recursos também são arranjos de pagamentos.
O arranjo em si não executa coisa alguma, mas apenas 
disciplina a prestação dos serviços. Por outro lado, as ins-
tituições de pagamento são pessoas jurídicas não financei-
ras que executam os serviços de pagamento no âmbito do 
arranjo e que são responsáveis pelo relacionamento com os 
usuários finais do serviço de pagamento.
São exemplos de instituições de pagamento os creden-
ciadores de estabelecimentos comerciais para a aceitação 
de cartões e as instituições não financeiras que acolhem 
recursos do público para fazerem pagamentos ou transfe-
rências.
O Banco Central do Brasil (BC) publicou a Circular nº 
3.735 , em 27.11.2014, que estabelece medidas preventivas 
no âmbito dos arranjos de pagamento que integram o Sis-
tema de Pagamentos Brasileiro (SPB), a exemplo do que 
já é estabelecido para as instituições financeiras brasileiras.
A regra prevê a aplicação de medidas preventivas 
durante o processo de autorização de arranjos, para asse-
gurar a tempestividade de apresentação das regras que 
compõem os arranjos e a efetividade dos seus objetivos 
finais. Da mesma forma, a medida preventiva assegurará o 
bom funcionamento do sistema de pagamentos de varejo, 
em especial quanto aos aspectos de eficiência e segurança.
As medidas preventivas são atos administrativos em 
prol do interesse público sem, no entanto, ter natureza puni-
tiva, com o objetivo de assegurar a solidez, a eficiência e 
o regular funcionamento dos arranjos de pagamento. Elas 
atuam sobre determinada situação, contendo seus efeitos.
A aplicação de medidas preventivas é excepcional e 
ocorre apenas nos casos em que o BC já tiver atuado sobre 
o instituidor pelas vias normais sem, contudo, conseguir a 
modificação necessária nas regras do arranjo. Além disso, 
elas podem ser tomadas para garantir que o instituidor 
implemente ações adicionais a fim de assegurar que os par-
ticipantes cumpram as regras do arranjo.
A norma estabelece procedimento para garantir ao 
ente regulado o exercício de seus direitos constitucionais à 
ampla defesa e ao contraditório. A proposta é que se permita 
àquele que se sentir prejudicado a apresentação de impug-
nação perante a autoridade decisória.
Pesquisa de endividamento dos brasileiros
O Banco Central divulgou, em 19.11.2014, resultados 
preliminares de pesquisa qualitativa com consumidores de 
produtos financeiros em situação de endividamento exces-
sivo e com restrições cadastrais.
Os dados foram coletados entre os meses de agosto e 
outubro de 2014 por meio de oito grupos de discussão rea-
lizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre, 
com oito a dez pessoas em cada grupo.
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O estudo tem como objetivo compreender o processo 
e as motivações que levam os consumidores ao endivida-
mento excessivo.
A pesquisa também permite conhecer o grau de com-
preensão dos consumidores sobre as características dos 
produtos de crédito e identificar estratégias utilizadas para 
saírem da situação de endividamento excessivo. Os resulta-
dos da pesquisa servirão de subsidio para a elaboração de 
ações de educação financeira do Banco Central, voltadas 
para os cidadãos e também para as instituições financeiras.
Resultados Preliminares
A pesquisa identificou diversas motivações para o início 
da situação de endividamento excessivo. As mais citadas 
foram:
Fatos inesperados – perda de emprego e renda, 
doença própria e/ou de familiares, morte do responsável 
pela maior parte da renda familiar, gravidez não progra-
mada, separação conjugal;
Falta de planejamento financeiro – compras por 
impulso, excesso de parcelamento de compras e uso de 
linhas de crédito de forma impulsiva e descontrolada; e
Empréstimo do nome – o entrevistado retirou emprés-
timo e/ou financiamento em seu nome para terceiros ou 
emprestou o seu cartão de crédito a terceiros.
A pesquisa indica que os consumidores acreditam que 
as linhas de crédito são extremamente úteis e benéficas 
quando usadas de forma consciente. No entanto, diversos 
entrevistados afirmaram que elas escondem “armadilhas” 
que muitas vezes acarretam em endividamento excessivo, 
com impactos financeiros e emocionais significativos.
Algumas dessas “armadilhas” citadas pelos entrevista-
dos foram:
• Excesso de linhas de crédito, com oferta ostensiva;
• Falta de informações claras sobre as condições da 
operação, com ênfase nas facilidades e benefícios, 
sem mencionar os riscos;
• Concessão e/ou aumento de limites de crédito 
(cheque especial, cartão de crédito) acima da capa-
cidade de pagamento sem solicitação;
• Pagamento do valor mínimo da fatura do cartão do 
crédito.
Adicionalmente, diversos entrevistados consideram 
que os juros excessivos e a inflexibilidade dos credores para 
renegociação das dívidas dificultam a saída da situação de 
acúmulo de dívidas (“bola de neve”) e da situação de inadim-
plência.
Outros resultados da pesquisa foram:
Reconhecimento da situação de endividamento 
excessivo
Para grande parte dos entrevistados, o reconhecimento 
do problema de endividamento excessivo ocorreu somente 
quando as cobranças foram iniciadas ou quando percebe-
ram que não tinham dinheiro para honrar os compromissos 
assumidos e as contas mensais.
Parte dos entrevistados considera que as experiências 
de endividamento, apesar de negativas, resultaram em um 
aprendizado para o uso de linhas de crédito, uma forma de 
reaprender a lidar com o dinheiro. Após a experiência, foram 
mencionadas práticas de organização financeira, como ela-
boração de planilhas de receitas e despesas; tentativa de 
poupança; planejamento das aquisições de maior valor e 
controle dos gastos feitos no cartão de crédito.
Percepção sobre a responsabilidade pelo endivida-
mento excessivo
Muitos entrevistados mencionaram que se consideram 
os principais responsáveis pela situação de endividamento 
em que estão inseridos. No entanto, consideram que as ins-
tituições financeiras também são responsáveis na medida 
em que utilizam “armadilhas”, descritas anteriormente. 
Os participantes que demonstraram compreensão e 
reconheceram a própria responsabilidade pelo endivida-
mento excessivo mostraram-se mais propensos a adotar 
mudanças de comportamento em relação à própria organi-
zação financeira.
Busca de ajuda e solução do problema
Ao tomar consciência da situaçãode descontrole das 
dívidas, diversos entrevistados procuraram orientação de 
amigos e familiares e tentaram negociação com os credores 
para solucionar o problema. Porém, de acordo com parte 
dos entrevistados, os credores, na maioria das vezes, só 
oferecem condições de negociação adequadas e viáveis 
quando as dívidas estão perto do prazo de prescrição. Na 
impossibilidade de negociar com os credores nas condições 
impostas, diversos entrevistados declararam que desistem 
de pagar suas dívidas, aguardando a sua prescrição, ou que 
o credor apresente propostas mais viáveis.
Ressalta-se, porém, que a prescrição não parece ser 
uma estratégia premeditada de não pagamento das dívidas, 
uma vez que o prazo de cinco anos foi considerado como 
um período muito longo, com consequências materiais e 
emocionais muito negativas.
Um ponto de atenção é que muitos entrevistados afir-
maram utilizar cartões de crédito e cheques de familiares 
enquanto estavam com restrições cadastrais.
Estratégias utilizadas para sair da situação de endi-
vidamento excessivo
Baseados em suas experiências, os participantes indi-
caram os seguintes caminhos para evitar e para sair da situ-
ação de endividamento excessivo:
• Controlar o orçamento por meio de planilha finan-
ceira;
• Manter no máximo um cartão de crédito, cance-
lando os demais;
• Economizar, poupar dinheiro e ter reserva finan-
ceira;
• Não aceitar muitas linhas de crédito nem limites ele-
vados;
• Aceitar propostas de renegociação de dívida apenas 
se o credor reduzir juros; e
• Não parcelar as compras em muitas vezes.
O Banco Central informa que por se tratar de uma pes-
quisa exploratória, com a finalidade de se identificar aspec-
tos comportamentais de pessoas em situação de endivida-
mento excessivo, estes resultados servirão de base para o 
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desenvolvimento de pesquisa quantitativa com vistas a per-
mitir a validação das conclusões levando-se em conta todo 
o universo de consumidores em situação de endividamento 
excessivo e com restrições cadastrais.
Entretanto, estes resultados preliminares já indicam 
possíveis caminhos para as ações de educação financeira 
da população, com foco na gestão de finanças pessoais e 
no relacionamento do cidadão com o sistema financeiro, 
mais especificamente sobre produtos de crédito. Além disso, 
poderão subsidiar o desenvolvimento de iniciativas com o 
objetivo de fomentar boas práticas na concessão de credito 
por parte instituições financeiras.
Novas normas para as Cooperativas de Crédito
As Cooperativas de Crédito são sociedades de pessoas 
de natureza civil, com forma jurídica própria, não sujeitas à 
falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
São consideradas instituições financeiras. Dependem 
de autorização do Banco Central do Brasil para funcionar 
e estão sujeitas à supervisão, fiscalização e intervenção 
daquela autarquia.
Em dezembro de 2014, conforme consta no site do 
Banco Central do Brasil haviam 1.146 Cooperativas de Cré-
dito em funcionamento no país.
 Em 18.11.204 foi noticiado que o Conselho Monetário 
Nacional e o Banco Central aprovaram normas e propostas 
de Resoluções que serão submetidas à audiência pública 
que aprimoram a regulamentação das cooperativas de cré-
dito.
As medidas tratam da melhora das condições de acesso 
a fontes de financiamento, das regras sobre requerimento 
mínimo de capital, das normas sobre auditoria e governança 
e das condições para que as cooperativas atuem como 
Sociedades Garantidoras de Crédito para micro e pequenas 
empresas.
Com a finalidade de incentivar boas práticas nas 
cooperativas, o BC divulgou o estudo “Fortalecimento da 
Governança Cooperativa no Brasil”, baseado em dados 
das “Pesquisa de Governança em Cooperativas de Crédito 
2013-2014”.
AS PRINCIPAIS MEDIDAS ENVOLVEM:
Emissão de Letras Financeiras
O Conselho Monetário Nacional, por meio da Res. nº 
4.382, de 18.11.2014, diz que as Cooperativas de crédito 
poderão emitir Letras Financeiras e, dessa forma, ter acesso 
a “funding” mais estável para o financiamento de suas opera-
ções de crédito de médio e longo prazo, bem como garantir 
fonte adequada para a composição do capital regulamentar, 
que atualmente está restrita a títulos pouco padronizados ou 
sujeitos a pagamento incondicional do cotista ou do deposi-
tante (cotas-parte e depósitos dos cooperados).
A norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) prevê 
que a emissão de letras financeiras pelas cooperativas de 
crédito limita-se ao propósito de composição do Patrimônio 
de Referência dessas instituições, atendendo, assim, às 
necessidades de capital do segmento, ao mesmo tempo em 
que impõe condições restritas para a colocação desses títu-
los no mercado.
Requerimentos mínimos de capital
O BC publicou Circular nº 3.730, de 18.11.2014, que 
promove o aprimoramento dos requerimentos mínimos de 
capital aplicáveis às cooperativas de crédito, de forma a 
reduzir seus custos operacionais e dotá-las de melhores 
condições para seu crescimento.
Como resultado, um requerimento de capital uniforme é 
agora aplicado a todos os direitos representativos de opera-
ções realizadas dentro de um mesmo sistema cooperativo, 
que passam a receber um Fator de Ponderação de Risco 
(FPR) de 20%. Já para as cooperativas do Regime Prudencial 
Simplificado (RPS), as alterações normativas promoveram a 
redução do requerimento de capital aplicável às operações de 
crédito contratadas por cooperativas singulares, mediante a 
adoção de um FPR 75%, em substituição ao de 85%.
Com tais medidas, prevê-se uma melhor adequação 
dos requerimentos de capital aos riscos efetivamente incor-
ridos pelas instituições do segmento cooperativo e um con-
sequente incremento da eficiência macroeconômica do SFN, 
no que concerne sua capacidade de ofertar serviços financei-
ros a custo acessível e de modo uniforme para a população.
O BC colocou em consulta pública minuta de resolu-
ção que trata de vários procedimentos que dizem respeito 
às Cooperativas de Crédito, envolvendo:
Auditoria cooperativa - trata de novo modelo de Audi-
toria Cooperativa nas cooperativas de crédito, que abran-
gerá, de forma segregada, parte importante das atribuições 
hoje previstas no que se denomina de supervisão auxiliar, 
além da verificação das informações contábeis e financei-
ras, do cumprimento dos dispositivos legais e regulamenta-
res e da qualidade na gestão das cooperativas centrais de 
crédito.
Nova segmentação de cooperativas de crédito - visa 
refletir de forma mais adequada o perfil de risco dessas insti-
tuições e aplicar as regras prudenciais adequadas. As condi-
ções de associação às cooperativas de crédito passariam a 
ser livres, definidas apenas pela assembleia geral e formali-
zadas no estatuto social da cooperativa. A regulação apenas 
classificaria as cooperativas em três classes, de acordo com 
as operações realizadas, e aplicaria os requisitos pruden-
ciais e requisitos de governança conforme a complexidade 
e, em consequência, o grau de risco de cada classe.
Cooperativa como Sociedade Garantidora de Cré-
dito - dispõe sobre a constituição e o funcionamento das 
cooperativas de crédito que tenham como objeto social prin-
cipal a prestação de garantias em operações de crédito rea-
lizadas com micro e pequenas empresas (MPE).
Boas práticas de governança em cooperativas de 
crédito - O BC divulgou o documento “Fortalecimento da 
Governança Cooperativa no Brasil”, um estudo resultante da 
análise dos dados obtidos da “Pesquisa de Governança em 
Cooperativas de Crédito 2013-2014”, realizada junto às ins-
tituições financeiras do segmento cooperativo. A pesquisa 
tem forte efeito indutor de boas práticas de governança no 
7
segmento, movimento que se iniciou com a construção das 
diretrizes de Governança Cooperativa, em projeto do BC 
concluído em 2009.
Contas simplificadas
O Banco Central elevou de R$ 2 mil para R$ 3 mil o 
limite máximo de saldo mensal permitido para as contas 
especiais de depósitos à vista e de poupança, mais conhe-cidas como “contas simplificadas”, disciplinadas na Resolu-
ção nº 3.211, de 30.06.2004. Também foi elevado o limite 
de saldo máximo para efeito de bloqueio a qualquer tempo 
dessas contas, que passa a ser R$ 6 mil.
O objetivo da medida é adequar o limite ao aumento 
da renda média do público alvo, além de aprimorar este 
importante instrumento de inclusão financeira de pessoas 
de baixa e média renda.
A conta simplificada representa uma porta de acesso 
ao sistema bancário, estimulando o hábito de poupar e faci-
litando, posteriormente, o uso de produtos financeiros mais 
sofisticados, como o crédito.
É possível abrir uma conta simplificada apresentando 
apenas o cartão de beneficiário de programas sociais, como 
o Bolsa Família.
Essas contas simplificadas somente podem ser aber-
tas para pessoas físicas e mantidas na modalidade de conta 
individual, sendo vedados:
• o fornecimento de talonários de cheques para a res-
pectiva movimentação;
• a sua manutenção concomitante com outra conta 
de depósitos à vista de mesma titularidade, na pró-
pria instituição financeira ou em outra;
• não podem ter saldo superior, a qualquer tempo, a 
R$3.000,00, nem somatório dos depósitos efetua-
dos em cada mês superior a esse mesmo valor;
• os recursos devem ser movimentados apenas por 
meio de cartão ou outro instrumento eletrônico de 
pagamento ou de transferências eletrônicas, admi-
tido, em caráter excepcional, o uso de cheque 
avulso ou de recibo emitidos no ato da solicitação 
de saque.
Na hipótese de o saldo ou o somatório dos depósitos 
exceder o correspondente valor de R$3.000,00, mais de 
duas vezes dentro de cada período de um ano, contado da 
data da abertura da conta, a mesma será bloqueada pela ins-
tituição financeira para verificação do motivo da ocorrência.
No caso dessas contas de depósitos registrarem saldo, 
a qualquer tempo, ou somatório dos depósitos, em determi-
nado mês, superior R$6.000,00, a conta deverá ser bloque-
ada pela instituição financeira para verificação do motivo da 
ocorrência.
É vedada às instituições financeiras a cobrança de 
remuneração pela abertura e pela manutenção das contas 
de depósitos simplificadas.
Existem hoje cerca de 8 milhões de contas simplifi-
cadas de depósitos à vista ativas e cerca de 3 milhões de 
contas simplificadas de poupança ativas, abertas principal-
mente por meio dos correspondentes no País.
Sistema Registrato
O Registrato – Extrato do Registro de Informações no 
Banco Central é um sistema que fornece para o cidadão 
informações disponíveis em cadastros administrados pelo 
Banco Central do Brasil, que foi criado pela Circular Bacen 
nº 3.728, de 17.11.2014.
Tais cadastros são compostos por informações envia-
das pelas instituições financeiras e utilizadas pelo Banco 
Central em suas ações de supervisão.
Estão disponíveis informações de dois cadastros:
Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro - CCS: 
contém informações sobre os relacionamentos (como conta 
corrente e poupança) do cidadão com as instituições finan-
ceiras, vigentes desde 1.1.2001.
Sistema de Informações de Crédito - SCR: contém 
informações sobre as operações de crédito (empréstimos, 
financiamentos e outras) obtidas pelo cidadão junto às ins-
tituições financeiras, com valor total igual ou superior a R$ 
1.000,00.
As informações do relatório CCS servem para o cida-
dão verificar se os relacionamentos com as instituições 
financeiras apresentados no relatório são procedentes. Além 
disso, o CCS pode ser útil ao cidadão interessado em verifi-
car a ocorrência de uso indevido de seu CPF.
As informações do relatório SCR servem para o cida-
dão verificar se as informações de crédito de valor total igual 
ou superior a R$1.000,00 vigentes no período requisitado 
estão condizentes com as suas movimentações financeiras 
realizadas.
Qualquer cidadão com CPF válido pode utilizar o sis-
tema Registrato mediante prévio credenciamento.
O acesso ao Registrato é gratuito e, uma vez efetuado o 
devido credenciamento, pode ser feito a qualquer momento.
Cabe lembrar que nem sempre as informações estarão 
atualizadas na data da emissão do relatório. Há uma defa-
sagem de tempo entre a prestação das informações pelas 
instituições financeiras e a disponibilização delas no Regis-
trato. As informações atualizadas só podem ser obtidas junto 
às instituições financeiras com as quais o cidadão possui 
relacionamento.
Os relatórios fornecidos por meio do Registrato contém 
informações de caráter pessoal e sigiloso. Logo, cabe ao 
cidadão observar os devidos cuidados na apresentação 
dessas informações a terceiros.
Em caso de constatação ou suspeita de informações 
incorretas, o cidadão deve entrar em contato com a institui-
ção financeira prestadora da informação objeto do questio-
namento.
Ressalta-se, mais uma vez, que há defasagem de 
tempo entre as informações fornecidas pelas instituições 
financeiras e a apresentação dessas por meio dos relatórios 
do Registrato, podendo essa defasagem gerar alguma infor-
mação desatualizada.
A propósito do Registrato vale a pena assistir à entre-
vista concedida à TV NBR, em 17.12.2014, pelo sr. Fernando 
Dutra, chefe do Departamento de Atendimento Institucional 
do Banco Central do Brasil, disponível em goo.gl/NF4cdC.
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BC lança moedas comemorativas dos Jogos Olím-
picos e Paraolímpicos Rio 2016
O Banco Central lançou, no dia 28.11.2014, no Rio de 
Janeiro, as primeiras nove moedas comemorativas do pro-
grama numismático dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 
Rio 2016: uma de ouro, quatro de prata e quatro de circula-
ção comum. O programa compreenderá ao todo 36 moedas, 
que serão lançadas até 2016.
A moeda de ouro homenageia, além do Cristo Reden-
tor, a corrida de 100 metros rasos, um dos esportes que 
representa o lema Olímpico “Citius, Altius, Fortius” (mais 
rápido, mais alto, mais forte).
As moedas de prata homenageiam o Rio de Janeiro: os 
anversos, com paisagens conhecidas onde o carioca pratica 
esportes como remo, corrida, ciclismo e vôlei de praia; os 
reversos, com aspectos da cultura e da natureza da cidade e 
do Brasil. Toninha (espécie de golfinho), Bromélia, Arcos da 
Lapa e Bossa Nova inauguram as quatro séries temáticas: 
Fauna, Flora, Arquitetura e Música, respectivamente.
Os esportes Olímpicos e Paraolímpicos são os desta-
ques das moedas de circulação comum. No primeiro lança-
mento, Atletismo e Natação representam dois dos esportes 
em que o Brasil conquistou mais medalhas em Jogos Olím-
picos; Golfe e Paratriatlo, as duas modalidades que passa-
rão a fazer parte dos Jogos de 2016.
As moedas de R$1 entrarão em circulação pela rede 
bancária e uma parte será vendida em embalagens espe-
ciais para coleção.
As moedas podem ser adquiridas no site do Banco do 
Brasil por meio de boleto bancário ou, no caso de corren-
tistas do BB, débito em conta. As moedas também estarão 
à venda em algumas agências do Banco do Brasil. Quem 
comprar nas agências do BB, só poderá pagar em dinheiro.
Todos os projetos foram desenvolvidos pelas equipes 
do Banco Central e da Casa da Moeda do Brasil, com o 
suporte técnico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpi-
cos e Paraolímpicos Rio 2016.
Moedas comemorativas
Valor de face: R$10,00
Composição básica: Ouro 900/1000
Preço de venda: R$1.180,00
O anverso apresenta atleta durante a corrida de 100 
metros rasos. Completam a composição a legenda “Citius, 
Altius, Fortius” e a era (2014).
No reverso, a imagem do Cristo Redentor, ícone do Rio 
de Janeiro, é ladeada pelo valor de face (10 reais) e pela 
marca dos Jogos Rio 2016. Na base da estátua, aparece a 
legenda “Brasil”.
Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000
Preço de venda: R$195,00
No anverso, cena retratando a prática do remo na 
Lagoa Rodrigo de Freitas, com o morro do Corcovado ao 
fundo. Completam a composição a marca dos Jogos Rio 
2016 e a legenda “Brasil”.
O reverso destaca um conjunto de bromélias, em com-
posição com o valor de face (5 reais) e a era (2014).
Valor de face: R$5,00 - Composiçãobásica: Prata 925/1000
Preço de venda: R$195,00
No anverso, cena retratando a prática do ciclismo na 
Floresta da Tijuca, com a Vista Chinesa ao fundo. Comple-
tam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda 
“Brasil”.
O reverso destaca duas toninhas, que são botos-da-
-baía-de-guanabara, em composição com o valor de face (5 
reais) e a era (2014).
Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000
Preço de venda: R$195,00
No anverso, cena retratando a prática da corrida no 
Aterro do Flamengo, com o Pão de Açúcar ao fundo. Com-
pletam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a 
legenda “Brasil”.
O reverso destaca detalhe dos Arcos da Lapa. O valor 
de face (5 reais) e a era (2014) completam o desenho.
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Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000
Preço de venda: R$195,00
No anverso, cena retratando a prática do voleibol de 
praia em Copacabana. Completam a composição a marca 
dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”.
No reverso, músico sentado em banco tocando violão, 
em alusão à Bossa Nova. O valor de face (5 reais) e a era 
(2014) completam o desenho.
Valor de face: R$1,00
Composição básica: Aço inoxidável (núcleo) e aço 
revestido de bronze (anel)
Preço de venda: R$1,00
No anverso
2) nadadores mergulham na piscina.
3) atleta em três momentos da competição (corrida, 
natação e ciclismo).
4) atleta executa salto triplo.
5) aparecem em destaque o taco e a bola de golfe.
Completam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 
e a legenda “Brasil”.
As características do reverso permaneceram inaltera-
das.
BC aprimora regras para o registro de reclamações
O Banco Central publicou, em 17.11.2014, a Circular 
3.729 aperfeiçoando as regras para o registro e o tratamento 
de reclamações contra instituições financeiras registradas 
por cidadãos, em substituição àquelas previstas na Circular 
nº 3.289, de 31.08.2005.
A medida visa a promover a melhoria da qualidade das 
respostas oferecidas pelas instituições financeiras aos recla-
mantes e ao Banco Central, favorecendo a efetividade das 
ações de supervisão de conduta, de regulação e de educa-
ção financeira a partir das demandas apresentadas.
A partir da disponibilização do registro de reclamação, a 
instituição reclamada deve encaminhar resposta ao interes-
sado no prazo de até dez dias úteis.
As principais mudanças são:
1) inserção das instituições de pagamento autoriza-
das a funcionar no rol das entidades passíveis de 
serem objeto de registro de demandas do cidadão 
no Banco Central;
2) obrigatoriedade de que a resposta oferecida ao de-
mandante pela instituição seja completa, fazendo 
referência a todas as ocorrências abordadas no 
registro;
3) nova nomenclatura para os registros de reclama-
ção que passarão a ser chamados de ‘regulado’ 
– quando o fato registrado se relacionar com lei ou 
regulamentação cuja competência de supervisão 
seja do Banco Central – e “não regulado” – nos de-
mais casos.
4) necessidade de registro no serviço postal, quando 
a resposta encaminhada pela instituição reclamada 
ocorrer por meio de carta;
5) possibilidade de prorrogação do período de res-
posta dos registros de reclamação pela instituição 
reclamada uma única vez, por prazo máximo igual 
ao inicialmente estabelecido no registro, desde que 
seja comprovado que o interessado foi informado 
sobre os motivos do pedido, excetuando-se institui-
ções submetidas a regimes especiais, bem como 
para situações excepcionais, tais como greve, en-
chente ou problema no sistema da instituição.
Reclamações quanto aos serviços e produtos ofereci-
dos pelas instituições que integram o Sistema Financeiro 
Nacional podem ser registradas pelo público junto ao Banco 
Central por meio formulário “Fale conosco”, disponível no 
site do Banco Central na internet.
A nova regulamentação entrou em vigor em 02.01.2015.
BC aprimora critérios de prevenção à lavagem de 
dinheiro pelas instituições de pagamento
São exemplos de instituições de pagamento os creden-
ciadores de estabelecimentos comerciais para a aceitação 
de cartões e as instituições não financeiras que acolhem 
recursos do público para fazerem pagamentos ou transfe-
rências.
O Banco Central aprovou a Circular nº 3.727, 
06.11.2014, que aprimora os critérios relativos à preven-
ção à lavagem de dinheiro e ao combate do financiamento 
ao terrorismo (PLD/CFT) observados pelas instituições de 
pagamento.
Dessa forma, a partir da publicação da norma, as ins-
tituições de pagamento, além dos procedimentos de PLD/
CFT já estabelecidos, deverão também:
I – adotar procedimentos e controles que permitam 
confirmar as informações de identificação de clien-
tes, podendo, entre outros, confrontar as informa-
ções fornecidas pelos usuários finais com outras 
disponíveis em bancos de dados de caráter público 
ou privado;
10
II – implementar sistemas de gerenciamento de risco 
de PLD/CFT que permitam a identificação e a ava-
liação desse risco, bem como promover medidas 
de mitigação proporcionais aos riscos identifica-
dos, inclusive nos casos em que as instituições 
devem dispensar especial atenção.
Além disso, foram racionalizadas as informações obri-
gatórias exigidas para a abertura de contas de pagamento 
e alterado o valor máximo aplicado para identificação simpli-
ficada de contas pré-pagas, passando de R$1.500,00 para 
R$5.000,00, com o objetivo de reduzir custos de observância.
Os aprimoramentos estão alinhados com a Abordagem 
com Base em Risco estabelecida no âmbito do Grupo de 
Ação Financeira (Gafi), organização internacional responsá-
vel por estabelecer padrões de PLD/CFT a serem observa-
dos pelos países do G-20, entre os quais o Brasil.
ESAF e Banco Central lançam curso de Gestão de 
Finanças Pessoais
 Já pode ser feito o curso de Educação Financeira – 
Gestão de Finanças Pessoais, elaborado pelo Banco Cen-
tral do Brasil (BCB) e a Escola de Administração Fazendária 
(ESAF).
O curso é gratuito e é ofertado na modalidade de ensino 
a distância, destinado à sociedade em geral. São apenas 20 
horas que poderão ser distribuídas no período de um mês, 
de acordo com a disponibilidade de cada aluno. Para partici-
par basta um computador conectado à internet. 
Além de básico e didático, o curso tem caráter lúdico, 
pois se utiliza de personagens que têm questões comuns a 
milhares de pessoas – buscam utilizar o dinheiro de modo 
consciente e otimizar gastos.
A seguir alguns objetivos que podem ser alcançados 
após a realização do curso:
• Compreender a relação cotidiana das pessoas com 
os seus recursos financeiros
• Reconhecer o orçamento como ferramenta para a 
compreensão dos próprios hábitos de consumo
• Identificar o crédito como uma fonte adicional de 
recursos que não são próprios e que ao ser utilizado 
implica o pagamento de juros
• Entender as causas e consequências do endivi-
damento excessivo e identificar os caminhos para 
reverter a situação
• Entender as vantagens e dificuldades de planejar 
o consumo
• Compreender a importância do hábito de poupar 
como forma de melhorar a qualidade de vida
• Entender os riscos financeiros e quais as medidas 
de prevenção e proteção adequadas para cada situ-
ação.
Informações a respeito do curso e sobre a abertura do 
nas turmas podem ser obtidas junto a Esaf, por meio do tele-
fone (61) 3412-6118 ou pelo e-mail ead@fazenda.gov.br.
BC lança aplicativo para verificar as características 
das cédulas brasileiras
O Banco Central criou o aplicativo Dinheiro Brasileiro, 
disponível gratuitamente na App Store e na Google Play 
Store, para dispositivos móveis. A ferramenta fornece infor-
mações sobre os elementos de segurança do dinheiro brasi-
leiro. O objetivo é facilitar o reconhecimento das cédulas do 
Real pela população brasileira e pelos turistas estrangeiros.
Ao posicionar o smartphone ou o tablet sobre a cédula, 
o aplicativo identifica a nota por comparação de imagem. Em 
seguida, mostra os elementos de segurança que devem ser 
observados. O sistema está disponível em português, inglês 
e espanhol.As cédulas do Real contêm diversos elementos de segu-
rança de fácil identificação. Por exemplo, o número escon-
dido – numeral com o valor da nota – fica visível quando ela 
é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos, em 
local com bastante luz. Já a marca-d’água revela o valor da 
nota e a imagem do respectivo animal. O alto-relevo pode 
ser sentido pelo tato em diversas áreas das notas.
O aplicativo fornecerá as informações para que o pró-
prio usuário faça a verificação em caso de dúvida. Ele não 
tem a capacidade, nem a finalidade, de verificar automatica-
mente a autenticidade das notas.
Portabilidade do Crédito
A “portabilidade de crédito” é a possibilidade de trans-
ferência de operações de crédito (empréstimos e financia-
mentos) e de arrendamento mercantil de uma instituição 
financeira para outra, por iniciativa do cliente, mediante liqui-
dação antecipada da operação na instituição original.
As condições da nova operação devem ser negociadas 
entre o próprio cliente e a instituição que concederá o novo 
crédito.
Para transferir a dívida de uma instituição financeira 
para outra, primeiramente, o devedor precisa obter o valor 
total da dívida com a instituição com quem já tem o emprés-
timo, financiamento ou arrendamento mercantil.
Esse valor deve ser informado à nova instituição, para 
que ela possa transferir os recursos diretamente para a ins-
tituição original, quitando a sua dívida, antecipadamente. Ou 
seja, quem vai fazer a quitação é a nova instituição finan-
ceira e não o cliente.
Antes de realizar a portabilidade, é preciso solicitar o 
valor do Custo Efetivo Total (CET), que é a forma mais fácil 
de comparar os valores dos encargos e despesas cobra-
dos pelas instituições. Cabe verificar também todas as con-
dições do novo contrato, para que essa transferência seja 
realmente vantajosa para o devedor.
Na transferência dos recursos, deve ser utilizada exclu-
sivamente a Transferência Eletrônica Disponível (TED), que 
não está sujeita a qualquer limitação de valor. Os custos 
relacionados à transferência de recursos para a quitação da 
operação não podem ser repassados para você.
A instituição com a qual o cliente já tem a operação con-
tratada é obrigada a acatar o pedido de portabilidade para 
outra instituição.
A portabilidade depende, no entanto, de negociação 
de nova operação de crédito ou de arrendamento mercantil 
com instituição financeira diferente daquela com a qual foi 
contratada a operação original.
Assim, para fazer a operação de portabilidade do cré-
dito para outra instituição, é necessário encontrar instituição 
financeira interessada em conceder novo crédito, quitando o 
11
anterior. As instituições financeiras não são obrigadas a con-
tratar com você essa nova operação. O contrato é voluntário 
entre as partes.
A instituição deve informar o valor para quitação de sua 
dívida. Se ela não informar, o cliente você pode recorrer à 
Ouvidoria da instituição financeira, que deve oferecer res-
posta em até 15 dias.
Caso não receba resposta nesse prazo ou não tenha 
conseguido contatar a Ouvidoria da instituição, cabe recla-
mação no Banco Central por esse motivo. Para registrar 
reclamação no Banco Central, acesse o caminho “Perfis > 
Cidadão > Atendimento ao público > Reclamações e denún-
cias contra bancos, consórcios, cooperativas”.
Caso o devedor ainda não seja cliente da instituição 
que vai conceder o novo crédito, ela pode cobrar tarifa de 
confecção de cadastro para início de relacionamento. 
Com relação à instituição que já tem a operação:
• para as operações de crédito e de arrendamento 
mercantil contratadas antes de 10.12.2007, pode 
ser cobrada tarifa pela liquidação antecipada no 
momento em que for efetivada a liquidação, con-
tanto que a cobrança dessa tarifa esteja prevista no 
contrato;
• no caso de operações contratadas entre 8.9.2006 e 
9.12.2007, para que seja cobrada a tarifa pela liqui-
dação antecipada, deve constar do contrato o valor 
máximo, em reais, da tarifa;
• para os contratos formalizados com pessoas físi-
cas e com microempresas e empresas de pequeno 
porte de que trata a Lei Complementar 123, de 
2006, assinados a partir de 10.12.2007, é vedada a 
cobrança de tarifa por liquidação antecipada.
Uso do Dinheiro
As pessoas, físicas ou jurídicas, são obrigadas a rece-
ber pagamentos em moeda metálica na quantidade de até 
100 moedas de cada valor.
Os bancos são obrigados a receber moedas metálicas 
para pagamentos, até o limite de 100 moedas de cada valor. 
Para depósitos, devem receber a quantidade de moedas 
apresentada, sem limite.
As pessoas, físicas ou jurídicas, não são obrigadas a 
receber cédulas rabiscadas, rasgadas e coladas ou faltando 
pedaço.
Toda cédula danificada só vale para ser depositada, tro-
cada ou utilizada para pagamento em agência de qualquer 
banco comercial, que a enviará ao Banco Central para ser 
destruída.
Um pedaço de cédula tem valor. Uma cédula que apre-
sente nitidamente mais da metade do tamanho original em 
um único fragmento pode ser substituída, depositada ou uti-
lizada em pagamentos diretamente em agência de qualquer 
banco comercial.
São consideradas sem valor as cédulas que não apre-
sentem em um único fragmento mais da metade do tama-
nho original. Havendo dúvidas em relação à perda de valor, 
as cédulas poderão ser encaminhadas ao Banco Central do 
Brasil para análise, por meio de agência de qualquer banco.
No caso de a cédula fragmentada não ter um único 
pedaço com mais da metade do tamanho original, mas se 
todos os pedaços estiverem colados em sequência e, juntos, 
tiverem mais da metade do tamanho total da cédula, essa 
cédula não pode ser substituída, depositada nem utilizada 
em pagamentos.
Ela deve ser apresentada em agência de qualquer 
banco comercial para ser encaminhada ao Banco Central 
para análise de valor. O cidadão receberá do caixa da insti-
tuição financeira um recibo da cédula por ele entregue, mas 
terá que aguardar o resultado da análise.
Caso o Banco Central constate que a cédula não tem 
valor, não haverá ressarcimento. Caso constate que a cédula 
ainda apresenta valor, ela será substituída e entregue ao 
cidadão pela instituição que a enviou ao Banco Central.
Moedas tortas, perfuradas, desfiguradas ou com danos 
de qualquer outra natureza, desde que estejam inteiras 
e não haja dúvidas quanto ao valor, devem ser trocadas, 
depositadas ou utilizadas em pagamentos em agência de 
qualquer banco comercial.
Moedas que não estejam inteiras ou sobre as quais 
haja dúvidas quanto ao valor podem ser encaminhadas para 
exame no Banco Central do Brasil, por meio de agência de 
qualquer banco comercial.
Algumas moedas não são atraídas pelo ímã, porque 
hoje existem em circulação moedas confeccionadas com 
metais diferentes, ou seja, com características magnéticas 
diferenciadas, o que faz com que algumas sejam atraídas 
pelo ímã outras não.
As moedas de R$0,50 e de R$1,00 bimetálica da 2ª 
família produzidas até 2001 não são atraídas pelo ímã, por 
serem de cupro-níquel.
As demais moedas são atraídas pelo ímã, quais sejam:
• moedas de aço inoxidável da 1ª família do Real;
• moedas da 2ª família (coloridas- aço eletrorreves-
tido), de R$0,01, R$0,05, R$0,10 e R$0,25;
• moedas de R$0,50 (aço inoxidável) e R$1,00 bime-
tálica (aço inoxidável - miolo e aço eletrorrevestido 
- anel) da 2ª família do Real, produzidas a partir de 
2002.
O teste do ímã não serve para diferenciar uma moeda 
verdadeira de uma falsa, pois, além das diferentes moedas 
em circulação, existem falsificações que utilizam metais 
similares ao original, que também são atraídas pelo ímã.
Nenhum teste aplicado isoladamente é conclusivo 
quanto à autenticidade de uma moeda. Ele sempre pode 
induzir a erro de julgamento.
As moedas suspeitas devem ser avaliadas através de 
inspeção visual e tátil. Se necessário, pode-se utilizar lente 
de aumento.
Se persistir a dúvida, a moeda deve ser entregue em 
agência de qualquer banco comercial que a enviará ao 
Banco Centralpara análise.
Moeda com defeito de fabricação
A Casa da Moeda do Brasil comunicou ao Banco Cen-
tral do Brasil, em dezembro de 2012, que ocorreu o defeito 
na produção de um lote de moedas de 50 centavos, com 
valor de face indevido de 5 centavos no reverso (Coroa).
12
Por conta disso, o Banco Central do Brasil esclarece que:
• em razão desse problema de fabricação, essas 
moedas não têm curso legal, ou seja, não têm valor 
de circulação;
• caso essas moedas com defeito sejam identifica-
das pelo público, poderão ser trocadas, a qualquer 
tempo, em qualquer agência bancária pelo valor 
individual de 50 centavos.
A moeda de 50 centavos tem de fato no seu anverso a 
efígie de José Maria da Silva Paranhos Júnior (1845-1912), 
o Barão do Rio Branco - estadista, diplomata e historiador 
brasileiro, considerado o símbolo da diplomacia do Brasil -, 
está ladeada pelo dístico “Brasil” e por cena alusiva à dina-
mização da política externa brasileira no início da República 
e à consolidação dos limites territoriais com vários países.
A moeda de 5 centavos tem no seu anverso a efígie 
de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, 
que foi condenado à forca em decorrência de sua participa-
ção no movimento pela independência, denominado Incon-
fidência Mineira, é hoje reverenciado como herói e patrono 
cívico da nação brasileira. Sua imagem está ladeada pelo 
dístico “Brasil” e por motivos alusivos à Inconfidência Mineira 
- o triângulo da bandeira dos inconfidentes, sobreposto por 
pássaro que representa a liberdade e a paz.
Nova família do real 
Em 23.08.2012, o Banco Central colocou em circulação 
as novas cédulas de 20 e 10 reais pertencentes à Segunda 
Família do Real.
As novas cédulas possuem diversos elementos de 
segurança de fácil identificação, semelhantes aos que apa-
recem nas novas notas de 50 e 100 reais, como a marca 
d’água e o número escondido.
A novidade é o número que muda de cor no canto supe-
rior direito. Ao movimentar a nota, a cor do numeral corres-
pondente ao valor da cédula muda do azul para o verde, 
enquanto uma barra brilhante parece rolar sobre ele. Esse 
novo elemento traz ainda mais segurança e facilidade para 
o cidadão na hora de verificar a autenticidade das cédulas.
Desde 2010, a substituição das notas da Primeira 
Família ocorre gradualmente, à medida que elas são retira-
das em decorrência de seu desgaste natural. Portanto, não 
há necessidade de trocar as cédulas atuais pelas novas na 
rede bancária, pois as duas Famílias conviverão em circula-
ção até a completa substituição das atuais.
Está previsto para 2013 o lançamento das novas notas 
de 5 e 2 reais, completando o projeto da Segunda Família 
do Real.
Desde o lançamento do Real, em 1994, as cédulas 
brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidência 
grave em termos de volume de falsificações.
No entanto, a popularização das tecnologias digitais 
faz com que o Banco Central se preocupe em agir preven-
tivamente, de forma a continuar garantindo a segurança do 
nosso dinheiro nos próximos anos.
Atualmente, essa é uma realidade não só do Brasil, mas 
de todo o mundo: as autoridades emissoras têm buscado 
atualizar o design de suas cédulas com maior frequência, a fim 
de agregar elementos de segurança tecnologicamente mais 
sofisticados, capazes de resistir às investidas dos falsários.
O volume de falsificações no Brasil não representa 
hoje uma ameaça à economia. Mas, para o cidadão comum, 
receber uma nota falsa pode representar um prejuízo signi-
ficativo em seu orçamento mensal. Por isso, é uma questão 
de responsabilidade social aprimorar os mecanismos que 
permitam que a própria população tenha condições de verifi-
car com segurança a autenticidade do seu dinheiro.
Mais detalhes em http://goo.gl/kobOs, http://goo.gl/QzTCF e http://goo.
gl/AqZcz
BC lança novas cédulas de 2 e 5 reais
 O Banco Central do Brasil (BC) colocou em circulação 
a partir 29.07.2013, as novas cédulas de 2 e de 5 reais, que 
completam a Segunda Família do Real. As cédulas pos-
suem diversos elementos de segurança de fácil identifica-
ção, semelhantes aos que aparecem nas novas notas de 10, 
de 20, de 50 e de 100 reais, como a marca-’água, o número 
escondido e o alto-relevo. 
Desde 2010, a substituição das notas da Primeira 
Família ocorre gradualmente, à medida que elas são retira-
das em decorrência de seu desgaste natural. Portanto, não 
há necessidade de trocar as cédulas atuais pelas novas na 
rede bancária, pois as duas Famílias conviverão em circula-
ção até a completa substituição das atuais.
A alteração do design das cédulas brasileiras tem por 
objetivo sua modernização, com a adoção de recursos grá-
ficos mais sofisticados, além da promoção de acessibilidade 
aos portadores de deficiência visual, oferecendo recursos 
para facilitar o reconhecimento das cédulas por essa par-
cela da população.
A temática da Primeira Família – efígie da República 
nos anversos e animais da fauna brasileira nos reversos – 
foi mantida, porém os elementos gráficos foram redesenha-
dos, de forma a agregar segurança e facilitar a verificação 
da autenticidade das cédulas pela população. As notas de 
2 e de 5 reais também mantiveram as cores predominantes 
atuais, aspecto que facilita a rápida identificação dos valores 
nas transações cotidianas.
As novas cédulas seguem a lógica de tamanhos dife-
renciados definida para a Segunda Família do Real. Esse 
recurso, aliado às marcas táteis em relevo pronunciado, faci-
lita o reconhecimento das notas pelos portadores de defici-
ência visual.
Cédulas seguras: uma questão de responsabili-
dade social
Desde o lançamento do Real, em 1994, as cédulas 
brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidên-
cia grave em termos de volume de falsificações. No entanto, 
a popularização das tecnologias digitais faz que o Banco 
Central se preocupe em agir preventivamente, de forma a 
continuar garantindo a segurança do nosso dinheiro nos 
próximos anos. Atualmente, essa é uma realidade não só 
do Brasil, mas de todo o mundo: as autoridades emissoras 
têm buscado atualizar o design de suas cédulas com mais 
frequência, a fim de agregar-lhes elementos de segurança 
tecnologicamente mais sofisticados, capazes de resistir às 
investidas dos falsários.
O volume de falsificações no Brasil não representa 
hoje uma ameaça à economia. Mas, para o cidadão comum, 
receber uma nota falsa pode representar um prejuízo sig-
13
nificativo em seu orçamento. Por isso, é uma questão de 
responsabilidade social aprimorar os mecanismos que per-
mitam que a própria população tenha condições de verificar 
com segurança a autenticidade de seu dinheiro.
Como verificar a autenticidade das novas notas de 
2 e de 5 reais
As novas notas de 2 e de 5 reais contêm diversos ele-
mentos de segurança de fácil identificação, semelhantes 
aos que aparecem nas notas de 10, de 20, de 50 e de 100 
reais da Segunda Família. Por exemplo, o número escon-
dido – numeral com o valor da nota – fica visível quando ela 
é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos, em 
local com bastante luz. Já a marca-d’água revela o valor da 
nota e a imagem do respectivo animal: a tartaruga marinha, 
na nota de 2 reais, e a garça, na de 5 reais. O alto-relevo 
pode ser sentido pelo tato em diversas áreas da frente das 
notas.
2 Reais - R$ 2,00 - Cores predominantes: azul e cinza
Anverso:
Efígie Simbólica da 
República, interpretada 
sob a forma de escultura.
Reverso:
Figura de uma tarta-
ruga de pente (Eretmo-
chelys imbricata), uma 
das cinco espécies de 
tartarugas marinhas 
encontradas na costa 
brasileira.
5 Reais - R$ 5,00 - Cor predominante: violeta
Anverso:
Efígie Simbólica da 
República, interpretada 
sob a forma de escultura.
Reverso:
Figura de uma Garça 
(Casmerodius albus), 
ave pernalta (família 
dos ardeídeos), espécie 
muito representativa da 
fauna encontrada no ter-
ritório brasileiro.
Intervenções do Bacen
O Banco Central do Brasil, desempenhando o seu 
papel de supervisor do SistemaFinanceiro Nacional, em 
2013, interviu em vários bancos.
As intervenções ocorreram, em geral, pelo comprometi-
mento patrimonial, descumprimento de normas do Conselho 
Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil e do fato 
de seus controladores não terem apresentado um plano de 
recuperação viável para a instituição, alcançando as seguin-
tes instituições financeiras:
• Banco Mais,
• Banco Rural, e
• Banco Simples.
Em 2014 o Banco Central do Brasil, não interviu em 
banco algum, tendo efetuado a liquidação extrajudicial das 
seguintes empresas:
• LC Administradora de Consórcios Ltda,
• Vila Velha Administradora de Consórcios Ltda.
• Guarumoto Administração de Consórcios S/C Ltda
• AJB Cred Sociedade de Crédito ao Microempreen-
dedor e à Empresa de Pequeno Porte Ltda.
• Corval Corretora de Valores Mobiliários S A
• Distri-Cash Distribuidora de Títulos e Valores Mobi-
liários S.A.
• Fluxo Corretora de Câmbio S.A.
BCB alerta para tentativas de golpe
Golpes em nome do presidente do BCB
O Banco Central vem recebendo informações sobre 
golpistas que, alegando falar em nome do presidente da 
instituição, entram em contato com empresários, solicitando 
informações sobre o número dos respectivos telefones celu-
lares.
Trata-se de tentativa de fraude. O BCB informa que as 
ligações feitas por sua presidência são originadas, única e 
exclusivamente, dos telefones oficiais da instituição e reco-
menda que eventuais solicitações da espécie tenham seus 
números confirmados junto ao Banco Central, cujos telefo-
nes podem ser encontrados no seguinte endereço na inter-
net: http://www.bcb.gov.br/?ENDERECOS
Já foi identificada uma linha telefônica envolvida na ten-
tativa de fraude, podendo haver outras diferentes atuando 
do mesmo modo. O BCB comunicou o fato à Polícia Federal, 
para apuração do ocorrido.
Golpes contra prefeituras
O BCB vem recebendo informações sobre pessoas 
que, fazendo-se passar por servidores da autarquia, entram 
em contato com prefeituras para tratar de débitos decorren-
tes de processos judiciais, e solicitam que sejam efetuados 
depósitos judiciais para evitar o bloqueio das contas das 
municipalidades.
Trata-se de tentativa de fraude, pois apenas as auto-
ridades judiciárias (juízes e tribunais) podem determinar o 
bloqueio ou o desbloqueio de valores e/ou contas bancárias.
Os servidores do BCB não possuem permissão para 
sustar ou retardar o cumprimento de ordens judiciais, que 
são processadas eletronicamente e encaminhadas às ins-
tituições financeiras, e nunca fazem contatos pessoais ou 
telefônicos dessa natureza.
O BCB alerta que, caso uma prefeitura receba qual-
quer contato da espécie, deve entrar em contato diretamente 
com o órgão do Poder Judiciário pretensamente emissor da 
ordem, bem como com as autoridades policiais competentes.
Golpes por telefone
O BCB vem recebendo informações sobre golpistas 
que, fazendo-se passar por servidores da autarquia, da área 
jurídica e da ouvidoria, entram em contato com pessoas 
diversas para oferecimento de vantagens e/ou cobranças de 
informações, valores ou documentos.
14
Trata-se de tentativa de fraude. Esta autarquia não 
faz contatos com pessoas físicas ou jurídicas para tratar de 
andamento de pendências administrativas, judiciais ou soli-
citação de documentos, à exceção daquelas partes interes-
sadas em processos administrativos devidamente protocola-
dos e em análise no BCB.
Golpes por e-mail
Eventuais mensagens de e-mail que exibam a marca 
do Banco Central ou venham acompanhadas de nomes de 
pessoas que supostamente trabalhem na instituição e que 
solicitam senhas, dados bancários, informações pessoais, 
cadastramento ou recadastramento em sistemas são frau-
dulentas.
Caso você receba alguma mensagem desse tipo, não 
abra os arquivos anexos, não acione os links nela indicados 
e não siga nenhuma instrução. Também não preencha for-
mulários ou envie qualquer tipo de informação.
O Banco Central não envia mensagens de e-mails 
diretamente a pessoas físicas ou jurídicas, a menos que a 
pessoa tenha feito previamente uma consulta pelo telefone 
0800-979-2345 ou pelo formulário “Fale conosco” existente 
no site www.bcb.gov.br, e tiver escolhido a alternativa de 
receber uma resposta por e-mail. Assim mesmo, as mensa-
gens do Banco Central nunca solicitam informações pesso-
ais ou bancárias.
Golpes por meio de títulos falsos
O BCB vem recebendo frequentes solicitações de 
informações a respeito de pretensos títulos ou documentos 
denominados “Certidão Conjunta de Valor Atualizado”, “Cer-
tificado de Repactuação” e “Declaração de Autenticidade”, 
apresentados com o logotipo desta Autarquia e com assina-
turas que pretendem ser de seus diretores e de outras auto-
ridades brasileiras. Tais documentos estariam sendo ofere-
cidos no Brasil e no exterior como garantia de operações 
financeiras.
Conforme a Lei Complementar nº 101, de 04.05.2000, 
é vedado ao Bacen emitir qualquer espécie de títulos. Assim 
sendo, documentos da espécie acima são fraudulentos e 
não representam dívida do BC ou do governo brasileiro. O 
BC já encaminhou à Polícia Federal solicitação para investi-
gar esses títulos falsos.
Ademais, todos os títulos emitidos pelo Tesouro Nacio-
nal e mantidos em custódia no Sistema Especial de Liqui-
dação e de Custódia, gerido pelo Banco Central, existem 
unicamente sob a forma escritural, isto é, não existem sob 
a forma de papel, são emitidos, negociados e custodiados 
eletronicamente.
Para mais informações sobre a legalidade de títulos 
públicos consulte o site da Secretaria do Tesouro Nacional: 
www.tesouro.fazenda.gov.br.
Mercosul
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um amplo 
projeto de integração fundado por Argentina, Brasil, Paraguai 
e Uruguai. Em 2012, a Venezuela tornou-se o quinto Estado 
Parte a integrar o bloco e, em 2013, com a assinatura do 
Protocolo de Adesão do Estado Plurinacional da Bolívia ao 
MERCOSUL, deu-se início ao processo de adesão daquele 
país também como Estado Parte.
O MERCOSUL sustenta-se em três pilares:
• o econômico comercial,
• o social e
• o da cidadania
Está composto por grande diversidade de órgãos, os 
quais cuidam de temas tão variados quanto agricultura fami-
liar, direitos humanos, gênero, saúde e cinema.
No aspecto econômico, o MERCOSUL assume, hoje, 
o caráter de união aduaneira em fase de consolidação, com 
matizes de mercado comum. O bloco tem por horizonte a 
conformação de um mercado comum entre seus Estados 
Partes, como estabelece o Tratado de Assunção, instru-
mento fundador firmado em 26.03.1991.
No pilar social, busca-se a articulação de políticas públi-
cas regionais em matérias como erradicação da pobreza e 
da fome, universalização da saúde pública e da educação, 
defesa do trabalho decente e valorização e promoção da 
diversidade cultural.
Na dimensão da cidadania, trabalha-se para a progres-
siva implantação de políticas que permitam a livre circulação 
de pessoas e a promoção de direitos civis, sociais, culturais 
e econômicos para os nacionais dos países do bloco, bem 
como a garantia de igualdade de condições e de acesso ao 
trabalho, saúde e educação.
Em seu artigo 1°, o Tratado de Assunção, documento 
constitutivo do bloco, determina que o Mercado Comum do 
Sul implica:
• “A livre circulação de bens, serviços e fatores pro-
dutivos entre os países, através, entre outros, da 
eliminação dos direitos alfandegários e restrições 
não-tarifárias à circulação de mercadorias e de 
qualquer outra medida de efeito equivalente”;
• “O estabelecimento de uma tarifa externa comum e 
a adoção de uma política comercial comum em rela-
ção a terceiros Estados ou agrupamentos de Esta-
dos e a coordenação de posições em foros econô-
mico-comerciais regionais e internacionais”;
• “A coordenação de políticas macroeconômicas e 
setoriais entre os Estados Partes – de comércio 
exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cam-
bial e de capitais, de outras que se acordem –, a fim 
de assegurar condições adequadas de concorrên-
cia entreos Estados Partes”; e
• “O compromisso dos Estados Partes de harmonizar 
suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr 
o fortalecimento do processo de integração”.
Os Estados Partes fundadores do MERCOSUL, deno-
minados países membros são Argentina, Brasil, Paraguai e 
Uruguai. A partir de 12.08.2012, a Venezuela foi incorporada 
oficialmente no Bloco como novo sócio. A Bolívia, país asso-
ciado desde 1996, é atualmente, Estado Parte em processo 
de adesão.
Os Estados Associados do MERCOSUL são Chile, 
Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname.
A possibilidade de um Estado participar do MERCO-
SUL por associação, sem tornar-se Parte do Tratado de 
Assunção, reflete o compromisso permanente do MER-
15
COSUL com o aprofundamento do processo de integração 
latino-americano e a importância conferida à intensificação 
das relações com os países membros da ALADI.
• A participação dos Estados Associados no MERCO-
SUL está regulada pelas Decisões CMC N° 18/04, 
28/04 e 11/13. A normativa MERCOSUL permite 
que requeiram a condição de Estado Associado: os 
países membros da Associação Latino-Americana 
de Integração (ALADI) com os quais o MERCOSUL 
tenha assinado Acordos de Livre Comércio, proto-
colizados naquela associação; e
• países com os quais o MERCOSUL assine Acordos 
conforme as disposições do artigo 25 do Tratado de 
Montevidéu de 1980, instrumento constitutivo da 
ALADI.
Os Estados Associados podem participar na qualidade 
de convidados, das reuniões dos órgãos da estrutura ins-
titucional do MERCOSUL para tratar temas de interesse 
comum, com direito a voz.
Graças ao Acordo sobre Documentos de Viagem dos 
Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados é 
possível viajar entre os territórios dos Estados do MERCO-
SUL e da maioria dos Estados Associados usando apenas 
a carteira de identidade. São Partes do Acordo Argentina, 
Brasil Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colôm-
bia, Equador e Peru.
O Acordo reconhece a validade dos documentos de 
identificação pessoal de cada Estado Parte e Associado 
como documento hábil para o trânsito de nacionais e/ou 
residentes regulares dos Estados Partes e Associados do 
MERCOSUL em seus territórios.
O prazo de validade dos documentos é o estabelecido 
nos mesmos pelo Estado emissor. No caso de não possuir 
data de vencimento, entender-se-á que os documentos 
mantém sua vigência por prazo indeterminado. Caso a foto-
grafia gere dúvidas sobre a identidade do portador do docu-
mento, as autoridades poderão solicitar outro documento.
Além de passaportes, são documentos válidos para 
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, conforme o 
caso, o Registro de Identidade Civil, as Cédulas de Identi-
dade expedidas pelas Unidades da Federação com validade 
nacional ou as Cédulas de Identidade de Estrangeiro expe-
didas pela Polícia Federal.
BRICS
O termo BRIC foi criado em 2001 pelo economista 
inglês Jim O’Neill para fazer referência a quatro países 
Brasil, Rússia, Índia e China. Em abril de 2001, foi adiciona a 
letra “S” em referência a entrada da África do Sul (em inglês 
South Africa). Desta forma, o termo passou a ser BRICS. 
Estes países emergentes possuem características 
comuns como, por exemplo, bom crescimento econômico. 
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países 
não compõem um bloco econômico, apenas compartilham 
de uma situação econômica com índices de desenvolvi-
mento e situações econômicas parecidas.
Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar 
força no cenário político e econômico internacional, diante 
da defesa de interesses comuns. A cada ano acontece uma 
reunião (cúpula) entre os representantes destes países, que 
buscam formalizar acordos e medidas com claros objetivos 
de compor um bloco econômico.
Características comuns destes países:
• Economia estabilizada recentemente;
• Situação política estável;
• Mão-de-obra em grande quantidade e em processo 
de qualificação;
• Níveis de produção e exportação em crescimento;
• Boas reservas de recursos minerais;
• Investimentos em setores de infra-estrutura (estra-
das, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétri-
cas, etc);
• PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
• Índices sociais em processo de melhorias;
• Diminuição, embora lenta, das desigualdades 
sociais;
• Rápido acesso da população aos sistemas de 
comunicação como, por exemplo, celulares e Inter-
net (inclusão digital);
• Mercados de capitais (Bolsas de Valores) rece-
bendo grandes investimentos estrangeiros;
• Investimentos de empresas estrangeiras nos diver-
sos setores da economia.
Economistas afirmam que, mantidas as situações 
atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se 
tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes 
países, destacam a China, em função do rápido desenvolvi-
mento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao 
ano) e elevada população.
A VI Conferência de Cúpula do BRICS ocorreu no 
Brasil entre os dias 15 e 16 de julho de 2014, em Fortaleza 
(CE). Uma das principais medidas tomadas foi a criação do 
NBD (Novo Banco de Desenvolvimento). Com capital inicial 
entre US$ 50 bilhões e 100 bilhões, o objetivo principal do 
banco será financiar projetos de infraestrutura nos países 
do BRICS. A sede do Banco ficará na China, sendo que seu 
primeiro presidente será indiano.
A próxima cúpula, a VII Conferência do BRICS, ocor-
rerá na cidade de Ufa, capital do Bascortostão, Rússia, nos 
dias 8 e 9.07.2015. Será a segunda vez que o BRICS se 
reúne na Rússia. A primeira vez foi em 2009.
Cédulas Manchadas
O cidadão não deve aceitar notas com manchas rosa, 
pois podem ser provenientes de roubo. É importante sempre 
verificar o dinheiro e, se tiver essa mancha, recuse receber 
a cédula manchada.
Se o cidadão sacou uma cédula manchada de rosa 
no caixa ou em um terminal de autoatendimento, ele deve 
procurar qualquer agência do banco do qual é correntista e 
apresentar a nota manchada. O banco é obrigado a trocar o 
dinheiro manchado imediatamente.
Em caso de saque de nota manchada nos terminais 
24 horas, o cidadão deve procurar qualquer agência de seu 
banco para efetuar a troca.
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Os aposentados que não têm conta em banco devem 
procurar qualquer agência do banco onde sacou o dinheiro 
para fazer a troca. O banco é obrigado a trocar o dinheiro 
manchado imediatamente.
Os beneficiários do Bolsa Família que não têm conta 
em banco devem procurar qualquer agência do banco onde 
sacou o dinheiro para fazer a troca. O banco é obrigado a 
trocar o dinheiro manchado imediatamente.
Não é obrigatório tirar o extrato da conta e apresentar 
junto com a nota manchada. Basta o cidadão ir ao banco 
e solicitar a substituição imediata da cédula manchada. Os 
bancos têm os registros de saques efetuados, inclusive nos 
caixas eletrônicos.
Não é preciso fazer boletim de ocorrência na polícia 
para realizar a troca junto ao banco de notas manchadas 
retiradas em caixas eletrônicos. A regulamentação do Con-
selho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil deter-
mina apenas que o cidadão deve procurar o banco, o qual é 
obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente.
Se o cidadão recebeu sem perceber uma nota man-
chada de rosa em outras circunstâncias, como no comér-
cio, deve procurar qualquer agência bancária e entregar 
a cédula. O banco anotará seus dados (nome, endereço, 
CPF ou CNPJ no caso de ser empresa) e enviará a cédula 
para análise do Banco Central. Se ficar comprovado que a 
mancha não foi provocada por mecanismo antifurto, o cida-
dão será ressarcido pelo banco. Caso fique comprovado que 
a mancha é desse tipo de dispositivo, não haverá reembolso.
O cidadão poderá saber como está análise das cédulas 
pelo Banco Central, acompanhando o via internet, no sítio 
do Banco Central (https://www3.bcb.gov.br/mecpublico/). 
Não há prazo estabelecido para a análise do Banco Central.
Se a cédula for manchada por dispositivo antifurto, a 
instituição financeira terá três dias úteis, após receber a aná-
lise