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1 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. DINÂMICA DO MERCADO. MERCADO BANCÁRIO. Concurso do Banco do Brasil - prova em 15.03.2015 ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - SFN Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN está estruturado basicamente em três subsistemas: órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores. Órgãos normativos Entidades supervisoras Operadores Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Central do Brasil - Bacen Instituições financeiras captado- ras de depósitos à vista Demais institui- ções financeiras Outros intermediários finan- ceiros e administradores de recursos de terceiros Comissão de Valores Mobiliários - CVM Bolsas de mercadorias e futuros Bolsas de Valores Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Superintendên-cia de Seguros Privados - Susep Ressegura dores Sociedades Seguradoras Socieda-des de Capitali zação Entidades Abertas de previdência comple mentar Conselho Nacional de Previdência Com- plemen-tar - CNPC Superintendência Nacio- nal de Previdência Com- plementar - Previc Entidades Fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) ÓRGÃOS NORMATIVOS Têm a atribuição de traçar as linhas gerais que devem ser observadas na parte do Sistema Financeiro que está a cargo de cada uma delas. Não executam coisa alguma. São os seguintes: • Conselho Monetário Nacional - CMN; • Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP; e • Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC. ENTIDADES SUPERVISORAS Executam o que foi determinado pelos órgãos norma- tivos, cabendo supervisionar, fiscalizar, acompanhar e punir os operadores do Sistema Financeiro, dentro das atribui- ções definidas para cada uma delas. São as seguintes: • Banco Central do Brasil - Bacen; • Comissão de Valores Mobiliários - CVM; • Superintendência de Seguros Privados - Susep; e • Superintendência Nacional de Previdência Comple- mentar - Previc. OPERADORES (INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS) São todos aqueles que fazem efetivamente o Sistema Financeiro Nacional alcançar o seu objetivo de proporcionar o encontro dos superavitários com os deficitários, cabendo- -lhes observar as regras definidas pelos órgãos normativos e que são implementadas pelas entidades supervisoras. Conselho Monetário Nacional - componentes Em 19.12.2014, quando da publicação do Edital Ces- granrio nº 2014/002 do Banco do Brasil, o CMN estava com- posto da seguinte forma: Ministro de Estado da Fazenda Guido Mantega Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Aparecida Belchior Ministro de Estado Presidente do Banco Central do Brasil Alexandre Antônio Tombini DINÂMICA DO MERCADO Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra dinâmica, tem a ver com movimento. Dessa forma, ao estudarmos a dinâmica do mercado financeiro e bancário estamos estudando como esses mer- cados se movimentam e o que ali é movimentado. Nesses mercados ocorre a movimentação dos recursos financeiros nacionais, é a forma pela qual o dinheiro muda de mão entre as pessoas. O sistema financeiro nacional permite o movimento, ou seja, a circulação das finanças da nação brasileira. Permite o encontro de superavitários e deficitários. Isso ocorre por meio de operadores, também chama- dos intermediários financeiros, autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil, possibilitando aos que têm recursos financeiros sobrando encontrar várias alternativas para apli- car seu dinheiro. Os operadores repassam esses recursos para os defi- citários que estejam necessitando de dinheiro para atender suas necessidades de consumo ou investimento. Esses deficitários podem ser tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA Política Monetária Diz respeito à moeda nacional. São os procedimentos que o governo adota para regular a oferta (quantidade) da moeda em circulação na economia nacional. 2 Instrumentos de política monetária São três, basicamente, os instrumentos utilizados pelo governo: • compra e venda de títulos públicos (operações do mercado aberto) - quando o governo vende (lança) títulos no mercado ele retira moeda da eco- nomia e quando compra títulos ele coloca moeda na economia; • depósitos compulsórios - corresponde a um per- centual das captações que os bancos são obriga- dos a recolher ao Banco Central; quanto maior o percentual do compulsório menos moeda na econo- mia e vice-versa; e • controle da taxa de juros - quanto maior a taxa de juros menos pessoas estarão dispostas a tomar dinheiro emprestado, resultando em menos moeda na economia. Alguns defendem que o redesconto e a emissão de moeda também são instrumentos de política monetária. COMPORTAMENTO DA SELIC EM 2014 Na última reunião de 2014, realizada nos dias 03 e 04.12.2014, o COPOM, subiu os juros para 11,75%, atin- gindo o maior patamar desde 19.11.2011. Elevação ao longo de 2014: • 1ª reunião - 14 e 15.01 = 10,50% a.a. • 2ª reunião - 25 e 26.02 = 10,75% a.a. • 3ª reunião - 01 e 02.04 = 11,00% a.a. • 4ª reunião - 27 e 28.05 = 11,00% a.a. • 5ª reunião - 15 e 16.07 = 11,00% a.a. • 6ª reunião - 02 e 03.09 = 11,00% a.a. • 7ª reunião - 28 e 29.10 = 11,25% a.a. • 8ª reunião - 02 e 03.12 = 11,75% a.a. Para a nossa prova do Banco do Brasil, marcada para 15.03.2015, será considerada a Taxa Selic de 11,75% a.a., definida pelo Copom em 03.12.2014. O ano de 2014 caracterizou-se pela elevação da taxa Selic que começou em 10,50% a.a, definida na primeira reu- nião do Copom, em 15.01.2014, terminando em 11,75% a.a., estipulada na oitava reunião do Copom, em 03.12.2014. O Banco Central do Brasil, ao longo de 2014, fazendo uso do controle da taxa de juros como instrumento de polí- tica monetária, adotou uma política monetária restritiva, ele- vando a taxa básica de juros (Selic) e consequentemente as taxas de juros cobradas pelos bancos da clientela na tenta- tiva de reduzir e consumo e controlar a elevação da inflação. A propósito deste assunto vale a pena conferir a maté- ria divulgada pelo site G1, abaixo transcrita: 03/12/2014 20h21 - Atualizado em 05/12/2014 15h48 Mesmo com PIB fraco, BC acelera ritmo e sobe juro para 11,75% ao ano Esse foi o 2º aumento consecutivo da taxa básica de juros da economia. BC informa que juro deverá continuar subindo, mas com ‘parcimônia’. Alexandro Martello - Do G1, em Brasília Apesar de a economia brasileira estar praticamente estagnada, mas com inflação ainda resistente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelerou o ritmo de alta e subiu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (03.12.2014), de 11,25% para 11,75% ao ano. Em outubro, os juros tinham avançado menos: 0,25 ponto percentual. Esse foi o segundo aumento seguido da taxa Selic, que está no maior patamar em três anos. A intensificação do aumento dos juros já era esperada por grande parte dos economistas do mercado financeiro, embora, na semana passada, pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 bancos tenha indicado uma elevação menor, para 11,50% ao ano. Nos últimos dias, porém, os juros futuros, que mostram as apostas das institui- ções financeiras, já apontavam para uma alta mais intensa da taxa básica da economia brasileira. A previsão de uma aceleração no aumento de juros começou a se formar após o diretor de Política Econô- mica do BC, Carlos Hamilton, ter sinalizado, em meados de novembro, que a instituição poderá ampliar o aperto mone- tário para domar a inflação. “O Copom não será compla- cente com a inflação. Se necessário for, no momento certo, o comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para a inflação nos próximos anos”, afirmou o diretor na ocasião. Apesar de ter acelerado o processo de alta dos juros, o Copom indicou, no comunicado divulgado após a reunião, que a taxa deverá continuar subindo no futuro, masque isso poderá acontecer de forma menos intensa, com “parcimô- nia”. “Considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser imple- mentado com parcimônia”, informou a autoridade monetária. METAS DE INFLAÇÃO Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2014, 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o IPCA, que serve de referência para o sistema brasileiro, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. No fim de setembro, o Banco Central estimou, por meio do relatório de inflação, um IPCA de 6,3% para este ano e de 5,8% a 6,1% para 2015, ou seja, valor ainda distante da 3 meta central de 4,5% para ambos os anos. Segundo a autori- dade monetária informou naquele momento, a inflação come- çará a convergir mais fortemente para a meta central somente em 2016. Em doze meses até outubro, o IPCA somou 6,59% - acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Entre- tanto, o governo considera que a meta foi cumprida ou não apenas com base no acumulado em 12 meses até dezem- bro de cada ano. Para 2015, o mercado financeiro já está pre- vendo uma inflação de 6,49%, ou seja, no limite de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Mesmo com PIB patinando, dólar e preços adminis- trados preocupam Mesmo com o baixo nível de atividade, que registrou aumento de apenas 0,2% neste ano até setembro, e com a queda dos preços das “commodities” (produtos básicos com cotação internacional), fatores que atuam para conter a infla- ção, a alta do dólar e dos preços administrados (como tele- fonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), continuam pressionando os preços. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salá- rios, segue elevada. Para o economista Sidnei Moura Nehme, especialista em câmbio da NGO Corretora, a aceleração do ritmo de alta dos juros por parte do Banco Central já considera um dólar mais alto ano que vem. “O governo já mudou sua logística para a política cambial. O dólar vai ser mantido alto e vai ser a princi- pal peça de reação para reverter a situação da indústria e para proteger o setor agrícola. Acho que o governo vai manter o dólar, de maneira sustentável, que tenha relação com os fun- damentos ruins do setor externo”, declarou ele. Dólar mais alto barateia importações e encarece as com- pras do exterior, beneficiando a indústria nacional, embora também pressione ainda mais a inflação. “Com rigor, tem um impacto muito forte nas pressões inflacionárias”, acrescentou Nehme. Em 2014, o dólar já subiu cerca de 8%. Para o fim deste ano, Nehme prevê que a moeda norte-americana fique em R$ 2,60, podendo subir ainda mais em 2015. Pesquisa do BC indica o preço do dólar entre R$ 2,67 e R$ 2,70 no fecha- mento do ano que vem. ‘Choque de credibilidade’ O economista da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello, ava- liou que uma alta maior dos juros, para 11,75% ao ano, manda uma mensagem para o mercado de que a equipe econômica será mais dura no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff - após a inflação ter ficado próxima de 6% em todo o primeiro mandato, distante, portanto, da meta central de 4,5% que foi fixada para este período. “A mensagem é que tem uma equipe mais dura, mais fiscalista [buscando as metas de contas públicas] pelo lado do Ministério da Fazenda e mais comprometida do lado da política monetária [definição dos juros para conter a inflação]. Seria um alinhamento para tentar dar um choque de credibili- dade”, declarou Curvello. Flavio Serrano, economista do Banco Espírito Santo, avalia que o cenário para a inflação é ruim e leva em conta não somente os preços administrados, que, segundo o mer- cado, devem subir 7,20% em 2015, o maior aumento em dez anos, como também outros fatores. “O BC está subindo os juros para melhorar balanço de riscos para preços livres. Está tentando compensar um desequilíbrio na economia”, declarou, acrescentando que, em sua visão, o governo está buscando ganhar mais credibilidade. Para ele, porém, pelo fato de a economia estar regis- trando um crescimento “moroso” (quase zero neste ano), seria mais “eficaz” o governo cortar gastos públicos do que aumen- tar a taxa básica de juros. “O consumo das famílias e os inves- tinmetnos desaceleraram bastante. Subir juros piora ainda mais isso, e o gasto público continua muito forte. Seria muito mais eficaz contrair o fiscal [cortar gastos] do que apertar mais a política monetária [subir juros]”, declarou. Ele avaliou, porém, que o efeito combinado das duas políticas (corte de gastos e aumento de juros) é mais “potente” contra a inflação. Fonte: goo.gl/ptcXzM Confira também a matéria complementar elaborada pelo G1 disponível em goo.gl/WVc2OT. MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO Mercado primário As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de inves- tidores. É quando ocorre efetivamente a entrada de recursos no “caixa” do emissor. Mercado secundário É composto por títulos e valores mobiliários previa- mente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capi- tal para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos. Produtos e Serviços Bancários As instituições financeiras e bancárias pouco utilizam recursos financeiros próprios para fazerem suas operações. São chamadas de intermediárias financeiras exata- mente porque captam recursos de um lado e emprestam do outro lado. Os bancos ganham dinheiro fazendo operações finan- ceiras e operações acessórias. As operações financeiras podem ser classificadas de duas formas: • passivas - captações e • ativas - empréstimos As operações acessórias são as prestações de servi- ços realizadas pelos bancos Nas operações passivas e ativas há incidência de juros. Nas acessórias a cobrança de tarifas. Operações Pas- sivas depósitos a vista (conta corrente), depósitos a prazo, cadernetas de poupança, letras de câmbio Operações Ativas cheque especial, crédito direto ao consumidor (cdc), financiamentos do sistema financeiro da habitação, crédito rural, adiantamento a depo- sitantes, abertura de crédito fixo, abertura de crédito rotativo 4 Operações Acessórias ordem de pagamento, cheque de viagem, cobrança de títulos, arrecadação de tributos, cartão de crédito, administração de fundos de investimento, administração de consórcios, prestação de garantias, compra e venda de moeda estrangeira Spread Bancário Entende-se como spread a diferença entre os juros recebidos pelo banco ao emprestar algum dinheiro menos os juros pagos por esse banco para captar esse mesmo dinheiro. Se um banco empresta a 3% a.m. e capta a 2% a.m. o spread dessa operação será 1% a.m. (3% a.m. - 2% a.m.). O conceito de spread serve também para as operações de câmbio. Vem a ser a diferença entre o preço de venda de uma moeda e o preço pago pela moeda. Se um banco vende um dólar a R$2,10 e pagou R$2,00 para comprar esse dólar, o spread cambial é de R$0,10. Caderneta de Poupança Por meio de Medida Provisória convertida na Lei nº 12.703, de 07.08.2012, os rendimentos da caderneta de poupança foram alterados. O cálculo do rendimento da poupança continua sendo efetuado levando em conta dois componentes: remuneração básica, correspondente à variação da TR - Taxa Referencial e remuneração adicional. Para os depósitos realizados até 03.05.2012, nada muda. Continua rendendo 0,5%ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da TR. Os depósitos efetuados a partir de 04.05.2012, terão seus rendimentos vinculados à Taxa Selic: • quando a Selic foi superior a 8,5% ao ano o ren- dimento será 0,5% ao mês (6,17% ao ano)mais a variação da TR; • quando a Selic for igual ou menor a 8,5% ao ano o rendimento será 70% da Selic mais a variação da TR. Na prática, quando a Selic for igual ou menor que 8,2% ao ano o aplicador em caderneta de poupança só receberá como rendimentos os 70% da Selic, visto que nesse pata- mar de Selic a TR tende a ser zero. Em 29.08.12, a Selic definida pelo Copom foi 7,50% a.a. e, em 10.10.12, 7,25% a.a., portanto inferiores a 8,5% a.a. Em setembro e outubro a TR foi 0,0%, índice que deverá ser o mesmo também em novembro de 2012. As mudanças nos rendimentos da poupança objetivam criar uma ambiente que possibilite a redução das taxas de juros praticadas no Brasil. Medidas preventivas para os arranjos de pagamento No dicionário Aurélio a palavra “arranjos” é definida como preparativos e “pagamento” como maneira de pagar. De forma bem simplória e objetiva podemos entender arran- jos de pagamentos como sendo os preparativos existen- tes no Sistema Financeiro Nacional que possibilitam várias maneiras para as pessoas quitarem os seus compromissos financeiros, ou seja, várias formas para realizar os seus pagamentos. A Lei nº 12.865, de 09.10.2013, define os arranjos de pagamentos como sendo o conjunto de regras e procedi- mentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores. São exemplos de arranjos de pagamento os proce- dimentos utilizados para realizar compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional ou em moeda estrangeira. Os serviços de transferência e remes- sas de recursos também são arranjos de pagamentos. O arranjo em si não executa coisa alguma, mas apenas disciplina a prestação dos serviços. Por outro lado, as ins- tituições de pagamento são pessoas jurídicas não financei- ras que executam os serviços de pagamento no âmbito do arranjo e que são responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais do serviço de pagamento. São exemplos de instituições de pagamento os creden- ciadores de estabelecimentos comerciais para a aceitação de cartões e as instituições não financeiras que acolhem recursos do público para fazerem pagamentos ou transfe- rências. O Banco Central do Brasil (BC) publicou a Circular nº 3.735 , em 27.11.2014, que estabelece medidas preventivas no âmbito dos arranjos de pagamento que integram o Sis- tema de Pagamentos Brasileiro (SPB), a exemplo do que já é estabelecido para as instituições financeiras brasileiras. A regra prevê a aplicação de medidas preventivas durante o processo de autorização de arranjos, para asse- gurar a tempestividade de apresentação das regras que compõem os arranjos e a efetividade dos seus objetivos finais. Da mesma forma, a medida preventiva assegurará o bom funcionamento do sistema de pagamentos de varejo, em especial quanto aos aspectos de eficiência e segurança. As medidas preventivas são atos administrativos em prol do interesse público sem, no entanto, ter natureza puni- tiva, com o objetivo de assegurar a solidez, a eficiência e o regular funcionamento dos arranjos de pagamento. Elas atuam sobre determinada situação, contendo seus efeitos. A aplicação de medidas preventivas é excepcional e ocorre apenas nos casos em que o BC já tiver atuado sobre o instituidor pelas vias normais sem, contudo, conseguir a modificação necessária nas regras do arranjo. Além disso, elas podem ser tomadas para garantir que o instituidor implemente ações adicionais a fim de assegurar que os par- ticipantes cumpram as regras do arranjo. A norma estabelece procedimento para garantir ao ente regulado o exercício de seus direitos constitucionais à ampla defesa e ao contraditório. A proposta é que se permita àquele que se sentir prejudicado a apresentação de impug- nação perante a autoridade decisória. Pesquisa de endividamento dos brasileiros O Banco Central divulgou, em 19.11.2014, resultados preliminares de pesquisa qualitativa com consumidores de produtos financeiros em situação de endividamento exces- sivo e com restrições cadastrais. Os dados foram coletados entre os meses de agosto e outubro de 2014 por meio de oito grupos de discussão rea- lizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre, com oito a dez pessoas em cada grupo. 5 O estudo tem como objetivo compreender o processo e as motivações que levam os consumidores ao endivida- mento excessivo. A pesquisa também permite conhecer o grau de com- preensão dos consumidores sobre as características dos produtos de crédito e identificar estratégias utilizadas para saírem da situação de endividamento excessivo. Os resulta- dos da pesquisa servirão de subsidio para a elaboração de ações de educação financeira do Banco Central, voltadas para os cidadãos e também para as instituições financeiras. Resultados Preliminares A pesquisa identificou diversas motivações para o início da situação de endividamento excessivo. As mais citadas foram: Fatos inesperados – perda de emprego e renda, doença própria e/ou de familiares, morte do responsável pela maior parte da renda familiar, gravidez não progra- mada, separação conjugal; Falta de planejamento financeiro – compras por impulso, excesso de parcelamento de compras e uso de linhas de crédito de forma impulsiva e descontrolada; e Empréstimo do nome – o entrevistado retirou emprés- timo e/ou financiamento em seu nome para terceiros ou emprestou o seu cartão de crédito a terceiros. A pesquisa indica que os consumidores acreditam que as linhas de crédito são extremamente úteis e benéficas quando usadas de forma consciente. No entanto, diversos entrevistados afirmaram que elas escondem “armadilhas” que muitas vezes acarretam em endividamento excessivo, com impactos financeiros e emocionais significativos. Algumas dessas “armadilhas” citadas pelos entrevista- dos foram: • Excesso de linhas de crédito, com oferta ostensiva; • Falta de informações claras sobre as condições da operação, com ênfase nas facilidades e benefícios, sem mencionar os riscos; • Concessão e/ou aumento de limites de crédito (cheque especial, cartão de crédito) acima da capa- cidade de pagamento sem solicitação; • Pagamento do valor mínimo da fatura do cartão do crédito. Adicionalmente, diversos entrevistados consideram que os juros excessivos e a inflexibilidade dos credores para renegociação das dívidas dificultam a saída da situação de acúmulo de dívidas (“bola de neve”) e da situação de inadim- plência. Outros resultados da pesquisa foram: Reconhecimento da situação de endividamento excessivo Para grande parte dos entrevistados, o reconhecimento do problema de endividamento excessivo ocorreu somente quando as cobranças foram iniciadas ou quando percebe- ram que não tinham dinheiro para honrar os compromissos assumidos e as contas mensais. Parte dos entrevistados considera que as experiências de endividamento, apesar de negativas, resultaram em um aprendizado para o uso de linhas de crédito, uma forma de reaprender a lidar com o dinheiro. Após a experiência, foram mencionadas práticas de organização financeira, como ela- boração de planilhas de receitas e despesas; tentativa de poupança; planejamento das aquisições de maior valor e controle dos gastos feitos no cartão de crédito. Percepção sobre a responsabilidade pelo endivida- mento excessivo Muitos entrevistados mencionaram que se consideram os principais responsáveis pela situação de endividamento em que estão inseridos. No entanto, consideram que as ins- tituições financeiras também são responsáveis na medida em que utilizam “armadilhas”, descritas anteriormente. Os participantes que demonstraram compreensão e reconheceram a própria responsabilidade pelo endivida- mento excessivo mostraram-se mais propensos a adotar mudanças de comportamento em relação à própria organi- zação financeira. Busca de ajuda e solução do problema Ao tomar consciência da situaçãode descontrole das dívidas, diversos entrevistados procuraram orientação de amigos e familiares e tentaram negociação com os credores para solucionar o problema. Porém, de acordo com parte dos entrevistados, os credores, na maioria das vezes, só oferecem condições de negociação adequadas e viáveis quando as dívidas estão perto do prazo de prescrição. Na impossibilidade de negociar com os credores nas condições impostas, diversos entrevistados declararam que desistem de pagar suas dívidas, aguardando a sua prescrição, ou que o credor apresente propostas mais viáveis. Ressalta-se, porém, que a prescrição não parece ser uma estratégia premeditada de não pagamento das dívidas, uma vez que o prazo de cinco anos foi considerado como um período muito longo, com consequências materiais e emocionais muito negativas. Um ponto de atenção é que muitos entrevistados afir- maram utilizar cartões de crédito e cheques de familiares enquanto estavam com restrições cadastrais. Estratégias utilizadas para sair da situação de endi- vidamento excessivo Baseados em suas experiências, os participantes indi- caram os seguintes caminhos para evitar e para sair da situ- ação de endividamento excessivo: • Controlar o orçamento por meio de planilha finan- ceira; • Manter no máximo um cartão de crédito, cance- lando os demais; • Economizar, poupar dinheiro e ter reserva finan- ceira; • Não aceitar muitas linhas de crédito nem limites ele- vados; • Aceitar propostas de renegociação de dívida apenas se o credor reduzir juros; e • Não parcelar as compras em muitas vezes. O Banco Central informa que por se tratar de uma pes- quisa exploratória, com a finalidade de se identificar aspec- tos comportamentais de pessoas em situação de endivida- mento excessivo, estes resultados servirão de base para o 6 desenvolvimento de pesquisa quantitativa com vistas a per- mitir a validação das conclusões levando-se em conta todo o universo de consumidores em situação de endividamento excessivo e com restrições cadastrais. Entretanto, estes resultados preliminares já indicam possíveis caminhos para as ações de educação financeira da população, com foco na gestão de finanças pessoais e no relacionamento do cidadão com o sistema financeiro, mais especificamente sobre produtos de crédito. Além disso, poderão subsidiar o desenvolvimento de iniciativas com o objetivo de fomentar boas práticas na concessão de credito por parte instituições financeiras. Novas normas para as Cooperativas de Crédito As Cooperativas de Crédito são sociedades de pessoas de natureza civil, com forma jurídica própria, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados. São consideradas instituições financeiras. Dependem de autorização do Banco Central do Brasil para funcionar e estão sujeitas à supervisão, fiscalização e intervenção daquela autarquia. Em dezembro de 2014, conforme consta no site do Banco Central do Brasil haviam 1.146 Cooperativas de Cré- dito em funcionamento no país. Em 18.11.204 foi noticiado que o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central aprovaram normas e propostas de Resoluções que serão submetidas à audiência pública que aprimoram a regulamentação das cooperativas de cré- dito. As medidas tratam da melhora das condições de acesso a fontes de financiamento, das regras sobre requerimento mínimo de capital, das normas sobre auditoria e governança e das condições para que as cooperativas atuem como Sociedades Garantidoras de Crédito para micro e pequenas empresas. Com a finalidade de incentivar boas práticas nas cooperativas, o BC divulgou o estudo “Fortalecimento da Governança Cooperativa no Brasil”, baseado em dados das “Pesquisa de Governança em Cooperativas de Crédito 2013-2014”. AS PRINCIPAIS MEDIDAS ENVOLVEM: Emissão de Letras Financeiras O Conselho Monetário Nacional, por meio da Res. nº 4.382, de 18.11.2014, diz que as Cooperativas de crédito poderão emitir Letras Financeiras e, dessa forma, ter acesso a “funding” mais estável para o financiamento de suas opera- ções de crédito de médio e longo prazo, bem como garantir fonte adequada para a composição do capital regulamentar, que atualmente está restrita a títulos pouco padronizados ou sujeitos a pagamento incondicional do cotista ou do deposi- tante (cotas-parte e depósitos dos cooperados). A norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) prevê que a emissão de letras financeiras pelas cooperativas de crédito limita-se ao propósito de composição do Patrimônio de Referência dessas instituições, atendendo, assim, às necessidades de capital do segmento, ao mesmo tempo em que impõe condições restritas para a colocação desses títu- los no mercado. Requerimentos mínimos de capital O BC publicou Circular nº 3.730, de 18.11.2014, que promove o aprimoramento dos requerimentos mínimos de capital aplicáveis às cooperativas de crédito, de forma a reduzir seus custos operacionais e dotá-las de melhores condições para seu crescimento. Como resultado, um requerimento de capital uniforme é agora aplicado a todos os direitos representativos de opera- ções realizadas dentro de um mesmo sistema cooperativo, que passam a receber um Fator de Ponderação de Risco (FPR) de 20%. Já para as cooperativas do Regime Prudencial Simplificado (RPS), as alterações normativas promoveram a redução do requerimento de capital aplicável às operações de crédito contratadas por cooperativas singulares, mediante a adoção de um FPR 75%, em substituição ao de 85%. Com tais medidas, prevê-se uma melhor adequação dos requerimentos de capital aos riscos efetivamente incor- ridos pelas instituições do segmento cooperativo e um con- sequente incremento da eficiência macroeconômica do SFN, no que concerne sua capacidade de ofertar serviços financei- ros a custo acessível e de modo uniforme para a população. O BC colocou em consulta pública minuta de resolu- ção que trata de vários procedimentos que dizem respeito às Cooperativas de Crédito, envolvendo: Auditoria cooperativa - trata de novo modelo de Audi- toria Cooperativa nas cooperativas de crédito, que abran- gerá, de forma segregada, parte importante das atribuições hoje previstas no que se denomina de supervisão auxiliar, além da verificação das informações contábeis e financei- ras, do cumprimento dos dispositivos legais e regulamenta- res e da qualidade na gestão das cooperativas centrais de crédito. Nova segmentação de cooperativas de crédito - visa refletir de forma mais adequada o perfil de risco dessas insti- tuições e aplicar as regras prudenciais adequadas. As condi- ções de associação às cooperativas de crédito passariam a ser livres, definidas apenas pela assembleia geral e formali- zadas no estatuto social da cooperativa. A regulação apenas classificaria as cooperativas em três classes, de acordo com as operações realizadas, e aplicaria os requisitos pruden- ciais e requisitos de governança conforme a complexidade e, em consequência, o grau de risco de cada classe. Cooperativa como Sociedade Garantidora de Cré- dito - dispõe sobre a constituição e o funcionamento das cooperativas de crédito que tenham como objeto social prin- cipal a prestação de garantias em operações de crédito rea- lizadas com micro e pequenas empresas (MPE). Boas práticas de governança em cooperativas de crédito - O BC divulgou o documento “Fortalecimento da Governança Cooperativa no Brasil”, um estudo resultante da análise dos dados obtidos da “Pesquisa de Governança em Cooperativas de Crédito 2013-2014”, realizada junto às ins- tituições financeiras do segmento cooperativo. A pesquisa tem forte efeito indutor de boas práticas de governança no 7 segmento, movimento que se iniciou com a construção das diretrizes de Governança Cooperativa, em projeto do BC concluído em 2009. Contas simplificadas O Banco Central elevou de R$ 2 mil para R$ 3 mil o limite máximo de saldo mensal permitido para as contas especiais de depósitos à vista e de poupança, mais conhe-cidas como “contas simplificadas”, disciplinadas na Resolu- ção nº 3.211, de 30.06.2004. Também foi elevado o limite de saldo máximo para efeito de bloqueio a qualquer tempo dessas contas, que passa a ser R$ 6 mil. O objetivo da medida é adequar o limite ao aumento da renda média do público alvo, além de aprimorar este importante instrumento de inclusão financeira de pessoas de baixa e média renda. A conta simplificada representa uma porta de acesso ao sistema bancário, estimulando o hábito de poupar e faci- litando, posteriormente, o uso de produtos financeiros mais sofisticados, como o crédito. É possível abrir uma conta simplificada apresentando apenas o cartão de beneficiário de programas sociais, como o Bolsa Família. Essas contas simplificadas somente podem ser aber- tas para pessoas físicas e mantidas na modalidade de conta individual, sendo vedados: • o fornecimento de talonários de cheques para a res- pectiva movimentação; • a sua manutenção concomitante com outra conta de depósitos à vista de mesma titularidade, na pró- pria instituição financeira ou em outra; • não podem ter saldo superior, a qualquer tempo, a R$3.000,00, nem somatório dos depósitos efetua- dos em cada mês superior a esse mesmo valor; • os recursos devem ser movimentados apenas por meio de cartão ou outro instrumento eletrônico de pagamento ou de transferências eletrônicas, admi- tido, em caráter excepcional, o uso de cheque avulso ou de recibo emitidos no ato da solicitação de saque. Na hipótese de o saldo ou o somatório dos depósitos exceder o correspondente valor de R$3.000,00, mais de duas vezes dentro de cada período de um ano, contado da data da abertura da conta, a mesma será bloqueada pela ins- tituição financeira para verificação do motivo da ocorrência. No caso dessas contas de depósitos registrarem saldo, a qualquer tempo, ou somatório dos depósitos, em determi- nado mês, superior R$6.000,00, a conta deverá ser bloque- ada pela instituição financeira para verificação do motivo da ocorrência. É vedada às instituições financeiras a cobrança de remuneração pela abertura e pela manutenção das contas de depósitos simplificadas. Existem hoje cerca de 8 milhões de contas simplifi- cadas de depósitos à vista ativas e cerca de 3 milhões de contas simplificadas de poupança ativas, abertas principal- mente por meio dos correspondentes no País. Sistema Registrato O Registrato – Extrato do Registro de Informações no Banco Central é um sistema que fornece para o cidadão informações disponíveis em cadastros administrados pelo Banco Central do Brasil, que foi criado pela Circular Bacen nº 3.728, de 17.11.2014. Tais cadastros são compostos por informações envia- das pelas instituições financeiras e utilizadas pelo Banco Central em suas ações de supervisão. Estão disponíveis informações de dois cadastros: Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro - CCS: contém informações sobre os relacionamentos (como conta corrente e poupança) do cidadão com as instituições finan- ceiras, vigentes desde 1.1.2001. Sistema de Informações de Crédito - SCR: contém informações sobre as operações de crédito (empréstimos, financiamentos e outras) obtidas pelo cidadão junto às ins- tituições financeiras, com valor total igual ou superior a R$ 1.000,00. As informações do relatório CCS servem para o cida- dão verificar se os relacionamentos com as instituições financeiras apresentados no relatório são procedentes. Além disso, o CCS pode ser útil ao cidadão interessado em verifi- car a ocorrência de uso indevido de seu CPF. As informações do relatório SCR servem para o cida- dão verificar se as informações de crédito de valor total igual ou superior a R$1.000,00 vigentes no período requisitado estão condizentes com as suas movimentações financeiras realizadas. Qualquer cidadão com CPF válido pode utilizar o sis- tema Registrato mediante prévio credenciamento. O acesso ao Registrato é gratuito e, uma vez efetuado o devido credenciamento, pode ser feito a qualquer momento. Cabe lembrar que nem sempre as informações estarão atualizadas na data da emissão do relatório. Há uma defa- sagem de tempo entre a prestação das informações pelas instituições financeiras e a disponibilização delas no Regis- trato. As informações atualizadas só podem ser obtidas junto às instituições financeiras com as quais o cidadão possui relacionamento. Os relatórios fornecidos por meio do Registrato contém informações de caráter pessoal e sigiloso. Logo, cabe ao cidadão observar os devidos cuidados na apresentação dessas informações a terceiros. Em caso de constatação ou suspeita de informações incorretas, o cidadão deve entrar em contato com a institui- ção financeira prestadora da informação objeto do questio- namento. Ressalta-se, mais uma vez, que há defasagem de tempo entre as informações fornecidas pelas instituições financeiras e a apresentação dessas por meio dos relatórios do Registrato, podendo essa defasagem gerar alguma infor- mação desatualizada. A propósito do Registrato vale a pena assistir à entre- vista concedida à TV NBR, em 17.12.2014, pelo sr. Fernando Dutra, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central do Brasil, disponível em goo.gl/NF4cdC. 8 BC lança moedas comemorativas dos Jogos Olím- picos e Paraolímpicos Rio 2016 O Banco Central lançou, no dia 28.11.2014, no Rio de Janeiro, as primeiras nove moedas comemorativas do pro- grama numismático dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016: uma de ouro, quatro de prata e quatro de circula- ção comum. O programa compreenderá ao todo 36 moedas, que serão lançadas até 2016. A moeda de ouro homenageia, além do Cristo Reden- tor, a corrida de 100 metros rasos, um dos esportes que representa o lema Olímpico “Citius, Altius, Fortius” (mais rápido, mais alto, mais forte). As moedas de prata homenageiam o Rio de Janeiro: os anversos, com paisagens conhecidas onde o carioca pratica esportes como remo, corrida, ciclismo e vôlei de praia; os reversos, com aspectos da cultura e da natureza da cidade e do Brasil. Toninha (espécie de golfinho), Bromélia, Arcos da Lapa e Bossa Nova inauguram as quatro séries temáticas: Fauna, Flora, Arquitetura e Música, respectivamente. Os esportes Olímpicos e Paraolímpicos são os desta- ques das moedas de circulação comum. No primeiro lança- mento, Atletismo e Natação representam dois dos esportes em que o Brasil conquistou mais medalhas em Jogos Olím- picos; Golfe e Paratriatlo, as duas modalidades que passa- rão a fazer parte dos Jogos de 2016. As moedas de R$1 entrarão em circulação pela rede bancária e uma parte será vendida em embalagens espe- ciais para coleção. As moedas podem ser adquiridas no site do Banco do Brasil por meio de boleto bancário ou, no caso de corren- tistas do BB, débito em conta. As moedas também estarão à venda em algumas agências do Banco do Brasil. Quem comprar nas agências do BB, só poderá pagar em dinheiro. Todos os projetos foram desenvolvidos pelas equipes do Banco Central e da Casa da Moeda do Brasil, com o suporte técnico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpi- cos e Paraolímpicos Rio 2016. Moedas comemorativas Valor de face: R$10,00 Composição básica: Ouro 900/1000 Preço de venda: R$1.180,00 O anverso apresenta atleta durante a corrida de 100 metros rasos. Completam a composição a legenda “Citius, Altius, Fortius” e a era (2014). No reverso, a imagem do Cristo Redentor, ícone do Rio de Janeiro, é ladeada pelo valor de face (10 reais) e pela marca dos Jogos Rio 2016. Na base da estátua, aparece a legenda “Brasil”. Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000 Preço de venda: R$195,00 No anverso, cena retratando a prática do remo na Lagoa Rodrigo de Freitas, com o morro do Corcovado ao fundo. Completam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”. O reverso destaca um conjunto de bromélias, em com- posição com o valor de face (5 reais) e a era (2014). Valor de face: R$5,00 - Composiçãobásica: Prata 925/1000 Preço de venda: R$195,00 No anverso, cena retratando a prática do ciclismo na Floresta da Tijuca, com a Vista Chinesa ao fundo. Comple- tam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”. O reverso destaca duas toninhas, que são botos-da- -baía-de-guanabara, em composição com o valor de face (5 reais) e a era (2014). Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000 Preço de venda: R$195,00 No anverso, cena retratando a prática da corrida no Aterro do Flamengo, com o Pão de Açúcar ao fundo. Com- pletam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”. O reverso destaca detalhe dos Arcos da Lapa. O valor de face (5 reais) e a era (2014) completam o desenho. 9 Valor de face: R$5,00 - Composição básica: Prata 925/1000 Preço de venda: R$195,00 No anverso, cena retratando a prática do voleibol de praia em Copacabana. Completam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”. No reverso, músico sentado em banco tocando violão, em alusão à Bossa Nova. O valor de face (5 reais) e a era (2014) completam o desenho. Valor de face: R$1,00 Composição básica: Aço inoxidável (núcleo) e aço revestido de bronze (anel) Preço de venda: R$1,00 No anverso 2) nadadores mergulham na piscina. 3) atleta em três momentos da competição (corrida, natação e ciclismo). 4) atleta executa salto triplo. 5) aparecem em destaque o taco e a bola de golfe. Completam a composição a marca dos Jogos Rio 2016 e a legenda “Brasil”. As características do reverso permaneceram inaltera- das. BC aprimora regras para o registro de reclamações O Banco Central publicou, em 17.11.2014, a Circular 3.729 aperfeiçoando as regras para o registro e o tratamento de reclamações contra instituições financeiras registradas por cidadãos, em substituição àquelas previstas na Circular nº 3.289, de 31.08.2005. A medida visa a promover a melhoria da qualidade das respostas oferecidas pelas instituições financeiras aos recla- mantes e ao Banco Central, favorecendo a efetividade das ações de supervisão de conduta, de regulação e de educa- ção financeira a partir das demandas apresentadas. A partir da disponibilização do registro de reclamação, a instituição reclamada deve encaminhar resposta ao interes- sado no prazo de até dez dias úteis. As principais mudanças são: 1) inserção das instituições de pagamento autoriza- das a funcionar no rol das entidades passíveis de serem objeto de registro de demandas do cidadão no Banco Central; 2) obrigatoriedade de que a resposta oferecida ao de- mandante pela instituição seja completa, fazendo referência a todas as ocorrências abordadas no registro; 3) nova nomenclatura para os registros de reclama- ção que passarão a ser chamados de ‘regulado’ – quando o fato registrado se relacionar com lei ou regulamentação cuja competência de supervisão seja do Banco Central – e “não regulado” – nos de- mais casos. 4) necessidade de registro no serviço postal, quando a resposta encaminhada pela instituição reclamada ocorrer por meio de carta; 5) possibilidade de prorrogação do período de res- posta dos registros de reclamação pela instituição reclamada uma única vez, por prazo máximo igual ao inicialmente estabelecido no registro, desde que seja comprovado que o interessado foi informado sobre os motivos do pedido, excetuando-se institui- ções submetidas a regimes especiais, bem como para situações excepcionais, tais como greve, en- chente ou problema no sistema da instituição. Reclamações quanto aos serviços e produtos ofereci- dos pelas instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional podem ser registradas pelo público junto ao Banco Central por meio formulário “Fale conosco”, disponível no site do Banco Central na internet. A nova regulamentação entrou em vigor em 02.01.2015. BC aprimora critérios de prevenção à lavagem de dinheiro pelas instituições de pagamento São exemplos de instituições de pagamento os creden- ciadores de estabelecimentos comerciais para a aceitação de cartões e as instituições não financeiras que acolhem recursos do público para fazerem pagamentos ou transfe- rências. O Banco Central aprovou a Circular nº 3.727, 06.11.2014, que aprimora os critérios relativos à preven- ção à lavagem de dinheiro e ao combate do financiamento ao terrorismo (PLD/CFT) observados pelas instituições de pagamento. Dessa forma, a partir da publicação da norma, as ins- tituições de pagamento, além dos procedimentos de PLD/ CFT já estabelecidos, deverão também: I – adotar procedimentos e controles que permitam confirmar as informações de identificação de clien- tes, podendo, entre outros, confrontar as informa- ções fornecidas pelos usuários finais com outras disponíveis em bancos de dados de caráter público ou privado; 10 II – implementar sistemas de gerenciamento de risco de PLD/CFT que permitam a identificação e a ava- liação desse risco, bem como promover medidas de mitigação proporcionais aos riscos identifica- dos, inclusive nos casos em que as instituições devem dispensar especial atenção. Além disso, foram racionalizadas as informações obri- gatórias exigidas para a abertura de contas de pagamento e alterado o valor máximo aplicado para identificação simpli- ficada de contas pré-pagas, passando de R$1.500,00 para R$5.000,00, com o objetivo de reduzir custos de observância. Os aprimoramentos estão alinhados com a Abordagem com Base em Risco estabelecida no âmbito do Grupo de Ação Financeira (Gafi), organização internacional responsá- vel por estabelecer padrões de PLD/CFT a serem observa- dos pelos países do G-20, entre os quais o Brasil. ESAF e Banco Central lançam curso de Gestão de Finanças Pessoais Já pode ser feito o curso de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais, elaborado pelo Banco Cen- tral do Brasil (BCB) e a Escola de Administração Fazendária (ESAF). O curso é gratuito e é ofertado na modalidade de ensino a distância, destinado à sociedade em geral. São apenas 20 horas que poderão ser distribuídas no período de um mês, de acordo com a disponibilidade de cada aluno. Para partici- par basta um computador conectado à internet. Além de básico e didático, o curso tem caráter lúdico, pois se utiliza de personagens que têm questões comuns a milhares de pessoas – buscam utilizar o dinheiro de modo consciente e otimizar gastos. A seguir alguns objetivos que podem ser alcançados após a realização do curso: • Compreender a relação cotidiana das pessoas com os seus recursos financeiros • Reconhecer o orçamento como ferramenta para a compreensão dos próprios hábitos de consumo • Identificar o crédito como uma fonte adicional de recursos que não são próprios e que ao ser utilizado implica o pagamento de juros • Entender as causas e consequências do endivi- damento excessivo e identificar os caminhos para reverter a situação • Entender as vantagens e dificuldades de planejar o consumo • Compreender a importância do hábito de poupar como forma de melhorar a qualidade de vida • Entender os riscos financeiros e quais as medidas de prevenção e proteção adequadas para cada situ- ação. Informações a respeito do curso e sobre a abertura do nas turmas podem ser obtidas junto a Esaf, por meio do tele- fone (61) 3412-6118 ou pelo e-mail ead@fazenda.gov.br. BC lança aplicativo para verificar as características das cédulas brasileiras O Banco Central criou o aplicativo Dinheiro Brasileiro, disponível gratuitamente na App Store e na Google Play Store, para dispositivos móveis. A ferramenta fornece infor- mações sobre os elementos de segurança do dinheiro brasi- leiro. O objetivo é facilitar o reconhecimento das cédulas do Real pela população brasileira e pelos turistas estrangeiros. Ao posicionar o smartphone ou o tablet sobre a cédula, o aplicativo identifica a nota por comparação de imagem. Em seguida, mostra os elementos de segurança que devem ser observados. O sistema está disponível em português, inglês e espanhol.As cédulas do Real contêm diversos elementos de segu- rança de fácil identificação. Por exemplo, o número escon- dido – numeral com o valor da nota – fica visível quando ela é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos, em local com bastante luz. Já a marca-d’água revela o valor da nota e a imagem do respectivo animal. O alto-relevo pode ser sentido pelo tato em diversas áreas das notas. O aplicativo fornecerá as informações para que o pró- prio usuário faça a verificação em caso de dúvida. Ele não tem a capacidade, nem a finalidade, de verificar automatica- mente a autenticidade das notas. Portabilidade do Crédito A “portabilidade de crédito” é a possibilidade de trans- ferência de operações de crédito (empréstimos e financia- mentos) e de arrendamento mercantil de uma instituição financeira para outra, por iniciativa do cliente, mediante liqui- dação antecipada da operação na instituição original. As condições da nova operação devem ser negociadas entre o próprio cliente e a instituição que concederá o novo crédito. Para transferir a dívida de uma instituição financeira para outra, primeiramente, o devedor precisa obter o valor total da dívida com a instituição com quem já tem o emprés- timo, financiamento ou arrendamento mercantil. Esse valor deve ser informado à nova instituição, para que ela possa transferir os recursos diretamente para a ins- tituição original, quitando a sua dívida, antecipadamente. Ou seja, quem vai fazer a quitação é a nova instituição finan- ceira e não o cliente. Antes de realizar a portabilidade, é preciso solicitar o valor do Custo Efetivo Total (CET), que é a forma mais fácil de comparar os valores dos encargos e despesas cobra- dos pelas instituições. Cabe verificar também todas as con- dições do novo contrato, para que essa transferência seja realmente vantajosa para o devedor. Na transferência dos recursos, deve ser utilizada exclu- sivamente a Transferência Eletrônica Disponível (TED), que não está sujeita a qualquer limitação de valor. Os custos relacionados à transferência de recursos para a quitação da operação não podem ser repassados para você. A instituição com a qual o cliente já tem a operação con- tratada é obrigada a acatar o pedido de portabilidade para outra instituição. A portabilidade depende, no entanto, de negociação de nova operação de crédito ou de arrendamento mercantil com instituição financeira diferente daquela com a qual foi contratada a operação original. Assim, para fazer a operação de portabilidade do cré- dito para outra instituição, é necessário encontrar instituição financeira interessada em conceder novo crédito, quitando o 11 anterior. As instituições financeiras não são obrigadas a con- tratar com você essa nova operação. O contrato é voluntário entre as partes. A instituição deve informar o valor para quitação de sua dívida. Se ela não informar, o cliente você pode recorrer à Ouvidoria da instituição financeira, que deve oferecer res- posta em até 15 dias. Caso não receba resposta nesse prazo ou não tenha conseguido contatar a Ouvidoria da instituição, cabe recla- mação no Banco Central por esse motivo. Para registrar reclamação no Banco Central, acesse o caminho “Perfis > Cidadão > Atendimento ao público > Reclamações e denún- cias contra bancos, consórcios, cooperativas”. Caso o devedor ainda não seja cliente da instituição que vai conceder o novo crédito, ela pode cobrar tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento. Com relação à instituição que já tem a operação: • para as operações de crédito e de arrendamento mercantil contratadas antes de 10.12.2007, pode ser cobrada tarifa pela liquidação antecipada no momento em que for efetivada a liquidação, con- tanto que a cobrança dessa tarifa esteja prevista no contrato; • no caso de operações contratadas entre 8.9.2006 e 9.12.2007, para que seja cobrada a tarifa pela liqui- dação antecipada, deve constar do contrato o valor máximo, em reais, da tarifa; • para os contratos formalizados com pessoas físi- cas e com microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar 123, de 2006, assinados a partir de 10.12.2007, é vedada a cobrança de tarifa por liquidação antecipada. Uso do Dinheiro As pessoas, físicas ou jurídicas, são obrigadas a rece- ber pagamentos em moeda metálica na quantidade de até 100 moedas de cada valor. Os bancos são obrigados a receber moedas metálicas para pagamentos, até o limite de 100 moedas de cada valor. Para depósitos, devem receber a quantidade de moedas apresentada, sem limite. As pessoas, físicas ou jurídicas, não são obrigadas a receber cédulas rabiscadas, rasgadas e coladas ou faltando pedaço. Toda cédula danificada só vale para ser depositada, tro- cada ou utilizada para pagamento em agência de qualquer banco comercial, que a enviará ao Banco Central para ser destruída. Um pedaço de cédula tem valor. Uma cédula que apre- sente nitidamente mais da metade do tamanho original em um único fragmento pode ser substituída, depositada ou uti- lizada em pagamentos diretamente em agência de qualquer banco comercial. São consideradas sem valor as cédulas que não apre- sentem em um único fragmento mais da metade do tama- nho original. Havendo dúvidas em relação à perda de valor, as cédulas poderão ser encaminhadas ao Banco Central do Brasil para análise, por meio de agência de qualquer banco. No caso de a cédula fragmentada não ter um único pedaço com mais da metade do tamanho original, mas se todos os pedaços estiverem colados em sequência e, juntos, tiverem mais da metade do tamanho total da cédula, essa cédula não pode ser substituída, depositada nem utilizada em pagamentos. Ela deve ser apresentada em agência de qualquer banco comercial para ser encaminhada ao Banco Central para análise de valor. O cidadão receberá do caixa da insti- tuição financeira um recibo da cédula por ele entregue, mas terá que aguardar o resultado da análise. Caso o Banco Central constate que a cédula não tem valor, não haverá ressarcimento. Caso constate que a cédula ainda apresenta valor, ela será substituída e entregue ao cidadão pela instituição que a enviou ao Banco Central. Moedas tortas, perfuradas, desfiguradas ou com danos de qualquer outra natureza, desde que estejam inteiras e não haja dúvidas quanto ao valor, devem ser trocadas, depositadas ou utilizadas em pagamentos em agência de qualquer banco comercial. Moedas que não estejam inteiras ou sobre as quais haja dúvidas quanto ao valor podem ser encaminhadas para exame no Banco Central do Brasil, por meio de agência de qualquer banco comercial. Algumas moedas não são atraídas pelo ímã, porque hoje existem em circulação moedas confeccionadas com metais diferentes, ou seja, com características magnéticas diferenciadas, o que faz com que algumas sejam atraídas pelo ímã outras não. As moedas de R$0,50 e de R$1,00 bimetálica da 2ª família produzidas até 2001 não são atraídas pelo ímã, por serem de cupro-níquel. As demais moedas são atraídas pelo ímã, quais sejam: • moedas de aço inoxidável da 1ª família do Real; • moedas da 2ª família (coloridas- aço eletrorreves- tido), de R$0,01, R$0,05, R$0,10 e R$0,25; • moedas de R$0,50 (aço inoxidável) e R$1,00 bime- tálica (aço inoxidável - miolo e aço eletrorrevestido - anel) da 2ª família do Real, produzidas a partir de 2002. O teste do ímã não serve para diferenciar uma moeda verdadeira de uma falsa, pois, além das diferentes moedas em circulação, existem falsificações que utilizam metais similares ao original, que também são atraídas pelo ímã. Nenhum teste aplicado isoladamente é conclusivo quanto à autenticidade de uma moeda. Ele sempre pode induzir a erro de julgamento. As moedas suspeitas devem ser avaliadas através de inspeção visual e tátil. Se necessário, pode-se utilizar lente de aumento. Se persistir a dúvida, a moeda deve ser entregue em agência de qualquer banco comercial que a enviará ao Banco Centralpara análise. Moeda com defeito de fabricação A Casa da Moeda do Brasil comunicou ao Banco Cen- tral do Brasil, em dezembro de 2012, que ocorreu o defeito na produção de um lote de moedas de 50 centavos, com valor de face indevido de 5 centavos no reverso (Coroa). 12 Por conta disso, o Banco Central do Brasil esclarece que: • em razão desse problema de fabricação, essas moedas não têm curso legal, ou seja, não têm valor de circulação; • caso essas moedas com defeito sejam identifica- das pelo público, poderão ser trocadas, a qualquer tempo, em qualquer agência bancária pelo valor individual de 50 centavos. A moeda de 50 centavos tem de fato no seu anverso a efígie de José Maria da Silva Paranhos Júnior (1845-1912), o Barão do Rio Branco - estadista, diplomata e historiador brasileiro, considerado o símbolo da diplomacia do Brasil -, está ladeada pelo dístico “Brasil” e por cena alusiva à dina- mização da política externa brasileira no início da República e à consolidação dos limites territoriais com vários países. A moeda de 5 centavos tem no seu anverso a efígie de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, que foi condenado à forca em decorrência de sua participa- ção no movimento pela independência, denominado Incon- fidência Mineira, é hoje reverenciado como herói e patrono cívico da nação brasileira. Sua imagem está ladeada pelo dístico “Brasil” e por motivos alusivos à Inconfidência Mineira - o triângulo da bandeira dos inconfidentes, sobreposto por pássaro que representa a liberdade e a paz. Nova família do real Em 23.08.2012, o Banco Central colocou em circulação as novas cédulas de 20 e 10 reais pertencentes à Segunda Família do Real. As novas cédulas possuem diversos elementos de segurança de fácil identificação, semelhantes aos que apa- recem nas novas notas de 50 e 100 reais, como a marca d’água e o número escondido. A novidade é o número que muda de cor no canto supe- rior direito. Ao movimentar a nota, a cor do numeral corres- pondente ao valor da cédula muda do azul para o verde, enquanto uma barra brilhante parece rolar sobre ele. Esse novo elemento traz ainda mais segurança e facilidade para o cidadão na hora de verificar a autenticidade das cédulas. Desde 2010, a substituição das notas da Primeira Família ocorre gradualmente, à medida que elas são retira- das em decorrência de seu desgaste natural. Portanto, não há necessidade de trocar as cédulas atuais pelas novas na rede bancária, pois as duas Famílias conviverão em circula- ção até a completa substituição das atuais. Está previsto para 2013 o lançamento das novas notas de 5 e 2 reais, completando o projeto da Segunda Família do Real. Desde o lançamento do Real, em 1994, as cédulas brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidência grave em termos de volume de falsificações. No entanto, a popularização das tecnologias digitais faz com que o Banco Central se preocupe em agir preven- tivamente, de forma a continuar garantindo a segurança do nosso dinheiro nos próximos anos. Atualmente, essa é uma realidade não só do Brasil, mas de todo o mundo: as autoridades emissoras têm buscado atualizar o design de suas cédulas com maior frequência, a fim de agregar elementos de segurança tecnologicamente mais sofisticados, capazes de resistir às investidas dos falsários. O volume de falsificações no Brasil não representa hoje uma ameaça à economia. Mas, para o cidadão comum, receber uma nota falsa pode representar um prejuízo signi- ficativo em seu orçamento mensal. Por isso, é uma questão de responsabilidade social aprimorar os mecanismos que permitam que a própria população tenha condições de verifi- car com segurança a autenticidade do seu dinheiro. Mais detalhes em http://goo.gl/kobOs, http://goo.gl/QzTCF e http://goo. gl/AqZcz BC lança novas cédulas de 2 e 5 reais O Banco Central do Brasil (BC) colocou em circulação a partir 29.07.2013, as novas cédulas de 2 e de 5 reais, que completam a Segunda Família do Real. As cédulas pos- suem diversos elementos de segurança de fácil identifica- ção, semelhantes aos que aparecem nas novas notas de 10, de 20, de 50 e de 100 reais, como a marca-’água, o número escondido e o alto-relevo. Desde 2010, a substituição das notas da Primeira Família ocorre gradualmente, à medida que elas são retira- das em decorrência de seu desgaste natural. Portanto, não há necessidade de trocar as cédulas atuais pelas novas na rede bancária, pois as duas Famílias conviverão em circula- ção até a completa substituição das atuais. A alteração do design das cédulas brasileiras tem por objetivo sua modernização, com a adoção de recursos grá- ficos mais sofisticados, além da promoção de acessibilidade aos portadores de deficiência visual, oferecendo recursos para facilitar o reconhecimento das cédulas por essa par- cela da população. A temática da Primeira Família – efígie da República nos anversos e animais da fauna brasileira nos reversos – foi mantida, porém os elementos gráficos foram redesenha- dos, de forma a agregar segurança e facilitar a verificação da autenticidade das cédulas pela população. As notas de 2 e de 5 reais também mantiveram as cores predominantes atuais, aspecto que facilita a rápida identificação dos valores nas transações cotidianas. As novas cédulas seguem a lógica de tamanhos dife- renciados definida para a Segunda Família do Real. Esse recurso, aliado às marcas táteis em relevo pronunciado, faci- lita o reconhecimento das notas pelos portadores de defici- ência visual. Cédulas seguras: uma questão de responsabili- dade social Desde o lançamento do Real, em 1994, as cédulas brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidên- cia grave em termos de volume de falsificações. No entanto, a popularização das tecnologias digitais faz que o Banco Central se preocupe em agir preventivamente, de forma a continuar garantindo a segurança do nosso dinheiro nos próximos anos. Atualmente, essa é uma realidade não só do Brasil, mas de todo o mundo: as autoridades emissoras têm buscado atualizar o design de suas cédulas com mais frequência, a fim de agregar-lhes elementos de segurança tecnologicamente mais sofisticados, capazes de resistir às investidas dos falsários. O volume de falsificações no Brasil não representa hoje uma ameaça à economia. Mas, para o cidadão comum, receber uma nota falsa pode representar um prejuízo sig- 13 nificativo em seu orçamento. Por isso, é uma questão de responsabilidade social aprimorar os mecanismos que per- mitam que a própria população tenha condições de verificar com segurança a autenticidade de seu dinheiro. Como verificar a autenticidade das novas notas de 2 e de 5 reais As novas notas de 2 e de 5 reais contêm diversos ele- mentos de segurança de fácil identificação, semelhantes aos que aparecem nas notas de 10, de 20, de 50 e de 100 reais da Segunda Família. Por exemplo, o número escon- dido – numeral com o valor da nota – fica visível quando ela é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos, em local com bastante luz. Já a marca-d’água revela o valor da nota e a imagem do respectivo animal: a tartaruga marinha, na nota de 2 reais, e a garça, na de 5 reais. O alto-relevo pode ser sentido pelo tato em diversas áreas da frente das notas. 2 Reais - R$ 2,00 - Cores predominantes: azul e cinza Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura. Reverso: Figura de uma tarta- ruga de pente (Eretmo- chelys imbricata), uma das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas na costa brasileira. 5 Reais - R$ 5,00 - Cor predominante: violeta Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura. Reverso: Figura de uma Garça (Casmerodius albus), ave pernalta (família dos ardeídeos), espécie muito representativa da fauna encontrada no ter- ritório brasileiro. Intervenções do Bacen O Banco Central do Brasil, desempenhando o seu papel de supervisor do SistemaFinanceiro Nacional, em 2013, interviu em vários bancos. As intervenções ocorreram, em geral, pelo comprometi- mento patrimonial, descumprimento de normas do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil e do fato de seus controladores não terem apresentado um plano de recuperação viável para a instituição, alcançando as seguin- tes instituições financeiras: • Banco Mais, • Banco Rural, e • Banco Simples. Em 2014 o Banco Central do Brasil, não interviu em banco algum, tendo efetuado a liquidação extrajudicial das seguintes empresas: • LC Administradora de Consórcios Ltda, • Vila Velha Administradora de Consórcios Ltda. • Guarumoto Administração de Consórcios S/C Ltda • AJB Cred Sociedade de Crédito ao Microempreen- dedor e à Empresa de Pequeno Porte Ltda. • Corval Corretora de Valores Mobiliários S A • Distri-Cash Distribuidora de Títulos e Valores Mobi- liários S.A. • Fluxo Corretora de Câmbio S.A. BCB alerta para tentativas de golpe Golpes em nome do presidente do BCB O Banco Central vem recebendo informações sobre golpistas que, alegando falar em nome do presidente da instituição, entram em contato com empresários, solicitando informações sobre o número dos respectivos telefones celu- lares. Trata-se de tentativa de fraude. O BCB informa que as ligações feitas por sua presidência são originadas, única e exclusivamente, dos telefones oficiais da instituição e reco- menda que eventuais solicitações da espécie tenham seus números confirmados junto ao Banco Central, cujos telefo- nes podem ser encontrados no seguinte endereço na inter- net: http://www.bcb.gov.br/?ENDERECOS Já foi identificada uma linha telefônica envolvida na ten- tativa de fraude, podendo haver outras diferentes atuando do mesmo modo. O BCB comunicou o fato à Polícia Federal, para apuração do ocorrido. Golpes contra prefeituras O BCB vem recebendo informações sobre pessoas que, fazendo-se passar por servidores da autarquia, entram em contato com prefeituras para tratar de débitos decorren- tes de processos judiciais, e solicitam que sejam efetuados depósitos judiciais para evitar o bloqueio das contas das municipalidades. Trata-se de tentativa de fraude, pois apenas as auto- ridades judiciárias (juízes e tribunais) podem determinar o bloqueio ou o desbloqueio de valores e/ou contas bancárias. Os servidores do BCB não possuem permissão para sustar ou retardar o cumprimento de ordens judiciais, que são processadas eletronicamente e encaminhadas às ins- tituições financeiras, e nunca fazem contatos pessoais ou telefônicos dessa natureza. O BCB alerta que, caso uma prefeitura receba qual- quer contato da espécie, deve entrar em contato diretamente com o órgão do Poder Judiciário pretensamente emissor da ordem, bem como com as autoridades policiais competentes. Golpes por telefone O BCB vem recebendo informações sobre golpistas que, fazendo-se passar por servidores da autarquia, da área jurídica e da ouvidoria, entram em contato com pessoas diversas para oferecimento de vantagens e/ou cobranças de informações, valores ou documentos. 14 Trata-se de tentativa de fraude. Esta autarquia não faz contatos com pessoas físicas ou jurídicas para tratar de andamento de pendências administrativas, judiciais ou soli- citação de documentos, à exceção daquelas partes interes- sadas em processos administrativos devidamente protocola- dos e em análise no BCB. Golpes por e-mail Eventuais mensagens de e-mail que exibam a marca do Banco Central ou venham acompanhadas de nomes de pessoas que supostamente trabalhem na instituição e que solicitam senhas, dados bancários, informações pessoais, cadastramento ou recadastramento em sistemas são frau- dulentas. Caso você receba alguma mensagem desse tipo, não abra os arquivos anexos, não acione os links nela indicados e não siga nenhuma instrução. Também não preencha for- mulários ou envie qualquer tipo de informação. O Banco Central não envia mensagens de e-mails diretamente a pessoas físicas ou jurídicas, a menos que a pessoa tenha feito previamente uma consulta pelo telefone 0800-979-2345 ou pelo formulário “Fale conosco” existente no site www.bcb.gov.br, e tiver escolhido a alternativa de receber uma resposta por e-mail. Assim mesmo, as mensa- gens do Banco Central nunca solicitam informações pesso- ais ou bancárias. Golpes por meio de títulos falsos O BCB vem recebendo frequentes solicitações de informações a respeito de pretensos títulos ou documentos denominados “Certidão Conjunta de Valor Atualizado”, “Cer- tificado de Repactuação” e “Declaração de Autenticidade”, apresentados com o logotipo desta Autarquia e com assina- turas que pretendem ser de seus diretores e de outras auto- ridades brasileiras. Tais documentos estariam sendo ofere- cidos no Brasil e no exterior como garantia de operações financeiras. Conforme a Lei Complementar nº 101, de 04.05.2000, é vedado ao Bacen emitir qualquer espécie de títulos. Assim sendo, documentos da espécie acima são fraudulentos e não representam dívida do BC ou do governo brasileiro. O BC já encaminhou à Polícia Federal solicitação para investi- gar esses títulos falsos. Ademais, todos os títulos emitidos pelo Tesouro Nacio- nal e mantidos em custódia no Sistema Especial de Liqui- dação e de Custódia, gerido pelo Banco Central, existem unicamente sob a forma escritural, isto é, não existem sob a forma de papel, são emitidos, negociados e custodiados eletronicamente. Para mais informações sobre a legalidade de títulos públicos consulte o site da Secretaria do Tesouro Nacional: www.tesouro.fazenda.gov.br. Mercosul O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um amplo projeto de integração fundado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em 2012, a Venezuela tornou-se o quinto Estado Parte a integrar o bloco e, em 2013, com a assinatura do Protocolo de Adesão do Estado Plurinacional da Bolívia ao MERCOSUL, deu-se início ao processo de adesão daquele país também como Estado Parte. O MERCOSUL sustenta-se em três pilares: • o econômico comercial, • o social e • o da cidadania Está composto por grande diversidade de órgãos, os quais cuidam de temas tão variados quanto agricultura fami- liar, direitos humanos, gênero, saúde e cinema. No aspecto econômico, o MERCOSUL assume, hoje, o caráter de união aduaneira em fase de consolidação, com matizes de mercado comum. O bloco tem por horizonte a conformação de um mercado comum entre seus Estados Partes, como estabelece o Tratado de Assunção, instru- mento fundador firmado em 26.03.1991. No pilar social, busca-se a articulação de políticas públi- cas regionais em matérias como erradicação da pobreza e da fome, universalização da saúde pública e da educação, defesa do trabalho decente e valorização e promoção da diversidade cultural. Na dimensão da cidadania, trabalha-se para a progres- siva implantação de políticas que permitam a livre circulação de pessoas e a promoção de direitos civis, sociais, culturais e econômicos para os nacionais dos países do bloco, bem como a garantia de igualdade de condições e de acesso ao trabalho, saúde e educação. Em seu artigo 1°, o Tratado de Assunção, documento constitutivo do bloco, determina que o Mercado Comum do Sul implica: • “A livre circulação de bens, serviços e fatores pro- dutivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente”; • “O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em rela- ção a terceiros Estados ou agrupamentos de Esta- dos e a coordenação de posições em foros econô- mico-comerciais regionais e internacionais”; • “A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cam- bial e de capitais, de outras que se acordem –, a fim de assegurar condições adequadas de concorrên- cia entreos Estados Partes”; e • “O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração”. Os Estados Partes fundadores do MERCOSUL, deno- minados países membros são Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A partir de 12.08.2012, a Venezuela foi incorporada oficialmente no Bloco como novo sócio. A Bolívia, país asso- ciado desde 1996, é atualmente, Estado Parte em processo de adesão. Os Estados Associados do MERCOSUL são Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname. A possibilidade de um Estado participar do MERCO- SUL por associação, sem tornar-se Parte do Tratado de Assunção, reflete o compromisso permanente do MER- 15 COSUL com o aprofundamento do processo de integração latino-americano e a importância conferida à intensificação das relações com os países membros da ALADI. • A participação dos Estados Associados no MERCO- SUL está regulada pelas Decisões CMC N° 18/04, 28/04 e 11/13. A normativa MERCOSUL permite que requeiram a condição de Estado Associado: os países membros da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) com os quais o MERCOSUL tenha assinado Acordos de Livre Comércio, proto- colizados naquela associação; e • países com os quais o MERCOSUL assine Acordos conforme as disposições do artigo 25 do Tratado de Montevidéu de 1980, instrumento constitutivo da ALADI. Os Estados Associados podem participar na qualidade de convidados, das reuniões dos órgãos da estrutura ins- titucional do MERCOSUL para tratar temas de interesse comum, com direito a voz. Graças ao Acordo sobre Documentos de Viagem dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados é possível viajar entre os territórios dos Estados do MERCO- SUL e da maioria dos Estados Associados usando apenas a carteira de identidade. São Partes do Acordo Argentina, Brasil Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colôm- bia, Equador e Peru. O Acordo reconhece a validade dos documentos de identificação pessoal de cada Estado Parte e Associado como documento hábil para o trânsito de nacionais e/ou residentes regulares dos Estados Partes e Associados do MERCOSUL em seus territórios. O prazo de validade dos documentos é o estabelecido nos mesmos pelo Estado emissor. No caso de não possuir data de vencimento, entender-se-á que os documentos mantém sua vigência por prazo indeterminado. Caso a foto- grafia gere dúvidas sobre a identidade do portador do docu- mento, as autoridades poderão solicitar outro documento. Além de passaportes, são documentos válidos para brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, conforme o caso, o Registro de Identidade Civil, as Cédulas de Identi- dade expedidas pelas Unidades da Federação com validade nacional ou as Cédulas de Identidade de Estrangeiro expe- didas pela Polícia Federal. BRICS O termo BRIC foi criado em 2001 pelo economista inglês Jim O’Neill para fazer referência a quatro países Brasil, Rússia, Índia e China. Em abril de 2001, foi adiciona a letra “S” em referência a entrada da África do Sul (em inglês South Africa). Desta forma, o termo passou a ser BRICS. Estes países emergentes possuem características comuns como, por exemplo, bom crescimento econômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvi- mento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano acontece uma reunião (cúpula) entre os representantes destes países, que buscam formalizar acordos e medidas com claros objetivos de compor um bloco econômico. Características comuns destes países: • Economia estabilizada recentemente; • Situação política estável; • Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação; • Níveis de produção e exportação em crescimento; • Boas reservas de recursos minerais; • Investimentos em setores de infra-estrutura (estra- das, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétri- cas, etc); • PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento; • Índices sociais em processo de melhorias; • Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais; • Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, celulares e Inter- net (inclusão digital); • Mercados de capitais (Bolsas de Valores) rece- bendo grandes investimentos estrangeiros; • Investimentos de empresas estrangeiras nos diver- sos setores da economia. Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvi- mento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população. A VI Conferência de Cúpula do BRICS ocorreu no Brasil entre os dias 15 e 16 de julho de 2014, em Fortaleza (CE). Uma das principais medidas tomadas foi a criação do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento). Com capital inicial entre US$ 50 bilhões e 100 bilhões, o objetivo principal do banco será financiar projetos de infraestrutura nos países do BRICS. A sede do Banco ficará na China, sendo que seu primeiro presidente será indiano. A próxima cúpula, a VII Conferência do BRICS, ocor- rerá na cidade de Ufa, capital do Bascortostão, Rússia, nos dias 8 e 9.07.2015. Será a segunda vez que o BRICS se reúne na Rússia. A primeira vez foi em 2009. Cédulas Manchadas O cidadão não deve aceitar notas com manchas rosa, pois podem ser provenientes de roubo. É importante sempre verificar o dinheiro e, se tiver essa mancha, recuse receber a cédula manchada. Se o cidadão sacou uma cédula manchada de rosa no caixa ou em um terminal de autoatendimento, ele deve procurar qualquer agência do banco do qual é correntista e apresentar a nota manchada. O banco é obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente. Em caso de saque de nota manchada nos terminais 24 horas, o cidadão deve procurar qualquer agência de seu banco para efetuar a troca. 16 Os aposentados que não têm conta em banco devem procurar qualquer agência do banco onde sacou o dinheiro para fazer a troca. O banco é obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente. Os beneficiários do Bolsa Família que não têm conta em banco devem procurar qualquer agência do banco onde sacou o dinheiro para fazer a troca. O banco é obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente. Não é obrigatório tirar o extrato da conta e apresentar junto com a nota manchada. Basta o cidadão ir ao banco e solicitar a substituição imediata da cédula manchada. Os bancos têm os registros de saques efetuados, inclusive nos caixas eletrônicos. Não é preciso fazer boletim de ocorrência na polícia para realizar a troca junto ao banco de notas manchadas retiradas em caixas eletrônicos. A regulamentação do Con- selho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil deter- mina apenas que o cidadão deve procurar o banco, o qual é obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente. Se o cidadão recebeu sem perceber uma nota man- chada de rosa em outras circunstâncias, como no comér- cio, deve procurar qualquer agência bancária e entregar a cédula. O banco anotará seus dados (nome, endereço, CPF ou CNPJ no caso de ser empresa) e enviará a cédula para análise do Banco Central. Se ficar comprovado que a mancha não foi provocada por mecanismo antifurto, o cida- dão será ressarcido pelo banco. Caso fique comprovado que a mancha é desse tipo de dispositivo, não haverá reembolso. O cidadão poderá saber como está análise das cédulas pelo Banco Central, acompanhando o via internet, no sítio do Banco Central (https://www3.bcb.gov.br/mecpublico/). Não há prazo estabelecido para a análise do Banco Central. Se a cédula for manchada por dispositivo antifurto, a instituição financeira terá três dias úteis, após receber a aná- lise