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EXAME FÍSICO GERAL 1)- Descreva a avaliação da pele e mucosa (objetivo, importância, semiotécnica). As mucosas facilmente examináveis a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são: • Conjuntivas oculares • Mucosas labiobucal, lingual e gengival. O método de exame é a inspeção, coadjuvado por manobras singelas que exponham as mucosas à visão do examinador. Assim, no caso das mucosas bucais, solicita-se ao paciente que abra a boca e ponha a língua para fora. É indispensável uma boa iluminação, de preferência com luz natural complementada por uma pequena lanterna. Os seguintes elementos devem ser analisados: • Coloração • Umidade • Coloração A coloração normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das mucosas. A nomenclatura utilizada é mucosa normocoradas. As alterações da coloração são descaramento das mucosas, mucosas hiper coradas, cianose, icterícia e leucoplasia. • Umidade: Em condições normais são úmidas, especialmente as mucosas linguais e a bucal, traduzindo bom estado de hidratação. Podemos ter: • Umidade normal: as mucosas apresentam discreto brilho indicativo de tecidos hidratados. Mucosas secas: as mucosas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam pardacentos, adquirindo aspecto ressequido. Na maioria das vezes, indicam desidratação. • Elasticidade: • Turgor • Textura: • Espessura: • Temperatura: 2)- Descreva os critérios para se avaliar a hidratação, explicando cada critério e correlacione com a classificação de paciente hidratado e desidratado O estado de hidratação do paciente é avaliado tendo-se em conta os seguintes parâmetros: Alteração abrupta do peso Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor Alterações das mucosas quanto à umidade Fontanelas (no caso de crianças) Alterações oculares Estado geral. 1)-olhos NORMAIS Olhos Brilhantes ALTERADO Olhos Fundos: Enoftalmia Olhos muito fundos: Encovados Ausência de Brilho 2)-mucosas: Umidade 3)-pele : Elasticidade e turgor TURGOR: Normal -Sensação de pele suculenta -Ao ser solta: desfaz rapidamente -Indica conteúdo hídrico normal Diminuído (desidratação) -Retorno lento 4)-urina Oligúria -Diminuição da quantidade da urina(débito urinário) 5)-peso: Alteração abrupta do peso Paciente hidratado: Pele rósea, boa elasticidade, mucosas úmidas ausência alterações oculares, ausência perda abrupta de peso Desidratado: sede, queda abrupta de peso, pele seca, mucosas secas, olhos afundados/encovados (enoftalmia), estado geral comprometido 3)- Descreva os critérios para se avaliar o edema, explicando cada critério e relacionando com a clínica As expressões ((inchaço" e inchume" são as mais usadas pelos pacientes para relatar este sintoma, mas elas podem designar, também, crescimento ou distensão do abdome (p. ex., «inchaço na boca do estômago"). O edema é o resultado do aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo. Embora possa haver edema intracelular, do ponto de vista semiológico, este termo refere-se ao extracelular ou intersticial. 1)-localização e distribuição A primeira grande distinção a ser feita é se o edema é localizado ou generalizado. O edema localizado restringe-se a um segmento do corpo, seja a um dos membros inferiores, seja a um dos membros superiores, seja a qualquer área corporal. Excluída essa possibilidade, consideramos o edema como generalizado mesmo que aparentemente se restrinja a uma parte do organismo. É nos membros inferiores que mais frequentemente se constata a existência de edema; todavia, duas outras regiões devem ser sistematicamente investigadas: face (especialmente regiões subpalpebrais) e região pré-sacra; esta é obrigatória nos pacientes acamados, recém- natos e lactentes. LOCALIZADO Geralmente um dos MMII ou dos MMSS Restrito a território vascular ( alteração de fluxo venoso e linfático) As principais causas de edema localizado são: Varizes Flebites e trombose venosa Processos inflamatórios Afecções dos linfáticos Postura GENERALIZADO OU ANASARCA Fluido fora do espaço vascular Sistêmico. Considerado generalizado o edema que, mesmo aparentemente restrito a uma parte do corpo, tem como causa uma alteração cardíaca, renal, hepática ou nutricional. Inicialmente, “localiza-se” nos membros inferiores nos pacientes que estão deambulando, mas, à medida que se intensifica instala-se nos diferentes segmentos corporais. 2)-intensidade: fóvea Para determinar a intensidade do edema, emprega-se a seguinte técnica: com a polpa digital do polegar ou do indicador, faz-se uma compressão, firme e sustentada, de encontro a uma estrutura rígida subjacente à área em exame, pode ser a tíbia, o sacro ou os ossos da face. Havendo edema, ao ser retirado o dedo vê-se uma depressão, no local comprimido, chamada fóvea. Caracteriza-se a intensidade do edema referindo-se à profundidade da fóvea graduada em cruzes (+, + +, + + + e + + + +). Duas outras maneiras podem ser usadas para avaliar a magnitude da retenção hídrica: Pesando-se o paciente diariamente 1 vez/dia, pela manhã ou à noite. Variações muito acentuadas do peso traduzem retenção ou eliminação de água. Regra básica: todo paciente que apresenta edema deve ser pesado diariamente Medindo-se o perímetro da região edemaciada, como se pode fazer no caso de edema de membros inferiores. Comparar um lado com o outro em dias sucessivos pode ter valor clínico. Tabela para quando o Edema for generalizado: ENTÃO: Compressão firme de encontro à estrutura rígida Formação da Fóvea Intensidade do edema profundidade do edema Outras medidas Variação de peso durante o dia Comparação BILATERAL (diâmetro da área edemaciada) 3)-consistência: grau de resistência (mole x duro) A mesma manobra adotada para avaliar a intensidade serve para investigar a consistência do edema, a qual pode ser definida como o grau de resistência encontrado ao se comprimir a região edemaciada. Classifica-se em dois tipos: Edema mole: é facilmente depressível. Observado em diferentes condições, significa apenas que a retenção hídrica é de duração não muito longa, e o tecido celular subcutâneo está infiltrado de água Edema duro: nesse tipo de edema, encontra-se maior resistência para obter a formação da fóvea. Traduz a existência de proliferação fibroblástica que ocorre nos edemas de longa duração ou que se acompanharam de repetidos surtos inflamatórios. O edema duro está muito relacionado com o LINFEDEMA. 4)-elasticidade: retorno da pele a posição original Ao se avaliar a intensidade e a consistência, verifica-se, também, a elasticidade. Esta é indicada não só pela sensação percebida pelo dedo que comprime, mas principalmente observando-se a volta da pele à posição primitiva quando se termina a compressão. Dois tipos são encontrados: Edema elástico: a pele retorna imediatamente à sua situação normal, ou seja, a fóvea perdura pouquíssimo tempo. O edema elástico é típico do edema inflamatório Edema inelástico: é aquele em que a pele comprimida demora a voltar à posição primitiva, ou seja, a depressão persiste por certo tempo. 5)-temperatura e sensibilidade (dor) da pele subjacente Usa-se o dorso dos dedos ou as costas das mãos, comparando-se com a pele da vizinhança e da região homóloga. Comparação com região homóloga geralmente não há alterações de temperatura Há três possibilidades: Pele de temperatura normal: frequentemente a temperatura na região edemaciada não se altera, o que é desprovido de qualquer significado clínico Pele quente: significa edema inflamatório Pele fria: traduz comprometimento da irrigação sanguínea daquela área.OBS: Edema inflamatório Na digitopressão o edema inflamatório é doloroso, mole, elástico e a pele circunjacente é quente e, frequentemente, vermelha. SENSIBILIDADE DA PELE CIRCUNJACENTE Para apreciação da sensibilidade, aproveita- se a manobra inicialmente descrita: digitopressão da área que está sendo investigada. Doloroso é o edema cuja pressão desperta dor, e indolor quando tal não ocorre. Edema doloroso indica processo inflamatório. 4)- Com relação aos dados vitais e antropometria 1. Importância do método para se mensurar a PA 2. Relação dos ruídos de Korotkoff e medida da PA 3. Relacionar os ritmos respiratórios anormais, fisiopatologia e patologia. 4. Relacionar a envergadura, circunferência abdominal , relação cintura quadril e IMC com exemplos clínicos e a semiotécnica de cada um.
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