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ENQUADRAMENTO DAS CLASSES DAS AGUAS -

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG
ENGENHARIA CIVIL – 10 PERÍODO / NOTURNO
TRATAMENTO ESGOTO
ENQUADRAMENTO DAS CLASSE DAS ÁGUAS
ADILSON VIEIRA DE MELO
DIVINÓPOLIS – MG 
JUNHO 2021
1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo os usos preponderantes da água é um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n° 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
Tem como objetivo, assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. O enquadramento deve ser entendido como instrumento de planejamento, ou seja, que trabalha com a visão futura da bacia e permite que se defina a tática a ser utilizada nesse caminho rumo à situação desejada.
2 CONCEITO
O enquadramento é um instrumento de planejamento, pois não se baseia apenas na classificação do estado atual de qualidade em um segmento do corpo d’água, mas estabelece a meta de qualidade de água a ser mantida ou alcançada, ou seja, a qualidade de água que o corpo hídrico deve manter ou que deveria apresentar e precisa ser alcançada para atender às necessidades estabelecidas pela sociedade, de acordo com os usos pretendidos.
 O processo de enquadramento passa pela elaboração de uma proposta que serve de orientação para as discussões públicas. Essas discussões ocorrem no âmbito dos Comitês de Bacia Hidrográfica, que compõem o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. 
A proposta deve ser desenvolvida em conformidade com o Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica, preferencialmente durante a sua elaboração (artigo 3° da Resolução CNRH 91/2008). Quando não for possível o seu desenvolvimento concomitante com a elaboração do Plano de Recursos Hídricos, é conveniente que a proposta seja desenvolvida no processo de implementação ou de revisão do Plano.
3 LEGISLAÇÃO VIGENTE
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) exercem papel no disciplinamento de diretrizes e procedimentos relacionados ao instrumento de enquadramento dos corpos de água, criado pela Lei n° 9.433/1997. 
As principais regulamentações para o enquadramento, no âmbito federal, são resoluções do CONAMA e do CNRH, citadas a seguir: 
· Resolução CONAMA nº 357, de 17/03/2005: dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes; 
· Resolução CONAMA nº 396, de 03/04/2008: estabelece o enquadramento das águas subterrâneas;
· Resolução CNRH nº 91, de 05/11/2008: estabelece os procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos d’água superficiais e subterrâneos;
· Resolução CNRH nº 141, de 14/07/2012: estabelece critérios e diretrizes para implementação dos instrumentos de outorga de direito de uso de recursos hídricos e de enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, em rios intermitentes e efêmeros.
Cabe destacar que, enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces são consideradas classe 2, as salinas e salobras, classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, determinando a aplicação da classe mais rigorosa correspondente (Artigo 42 da Resolução CONAMA nº 357 de 2005).
4 PROCEDIMENTOS PARA ENQUADRAMENTO
Para estabelecer um objetivo de qualidade da água, é preciso: avaliar a condição atual do rio e os usos preponderantes mais restritivos existentes, ou seja, "o rio que temos"; aferir junto à comunidade da bacia, a condição de qualidade desejada para aquele rio em função dos usos pretensos, o "rio que queremos"; e, por fim, discutir e pactuar a meta com os diferentes atores da bacia hidrográfica, “
O enquadramento deve seguir a Resolução CNRH nº 91 de 2008 ou seu equivalente estadual. A Resolução estabelece procedimentos gerais para o enquadramento de corpos de água superficiais e subterrâneos, tendo como referências básicas:
· A bacia hidrográfica como unidade de gestão; e 
· Os usos preponderantes mais restritivos.
 A proposta de enquadramento deverá contemplar quatro etapas: 
· Diagnóstico; 
· Prognóstico; 
· Propostas de metas relativas às alternativas de enquadramento; e
· Programa para efetivação.
 A Resolução também estabelece que a proposta de enquadramento deve ser desenvolvida preferencialmente durante a elaboração do plano de recursos hídricos da bacia, com ampla participação da comunidade, e que deve considerar, de forma integrada e associada, as águas superficiais e subterrâneas.
5 OBJETIVOS DO ENQUADRAMENTO
O Enquadramento é um dos instrumentos de gestão das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos que visa assegurar às águas, superficiais e subterrâneas, com qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas bem como diminuir os custos de combate à poluição, mediante ações preventivas permanentes. 
A partir da identificação dos usos preponderantes, isto é, dos usos mais restritivos em termos de qualidade, o enquadramento estabelece, no caso das águas superficiais, a classe de qualidade da água a ser mantida ou alcançada em um trecho de um corpo de água ao longo do tempo e, no caso das águas subterrâneas, o enquadramento classifica o aquífero, ou porção deste, em uma classe de uso que será condicionante à sua utilização.
O Enquadramento dos Corpos de Água é instrumento fundamental no âmbito do planejamento ao integrar a política de recursos hídricos com a política de meio ambiente, associando diferentes instrumentos de gestão da água (Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos e Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos) com os instrumentos de gestão ambiental a saber: licenciamento, zoneamento e a criação de espaços territoriais especialmente protegidos.
6 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS – USOS PREPONDERANTES
Por meio da regulamentação da Política Estadual de Recursos Hídricos pelo Decreto 41.578, de 08 de março de 2001 e, com vistas ao atendimento de seu artigo 7º, o Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG estabeleceram a Deliberação Normativa Conjunta 01, de 05 de maio de 2008, que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais de domínio de Minas Gerais.
São classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes, as águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. 
Classe Especial - águas destinadas:
· Abastecimento para consumo humano, com desinfecção; 
· Preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; 
· Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
Classe 1 - águas destinadas:
· Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;
· À proteção das comunidades aquáticas; 
· Há recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);
· À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que ingeridas cruas sem remoção de película;
· À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.
Classe 2 - águas destinadas:
· Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; 
· À proteção das comunidades aquáticas;
· Há recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho);
· À irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; 
· À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana;
 Classe 3 - águas destinadas: 
· Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; 
· À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; 
· Há dessedentação de animais.
Classe 4 - águas destinadas:
· À navegação: 
· À harmonia paisagística; 
· Aos usos menos exigente
· Águas Salinas
7 ENQUADRAMENTO DO RIO ITAPECIRICA
A Deliberação Normativa COPAM nº 028, de 9 de setembro de 1998, vem analisar a necessidade de manutenção e/ou melhoria da qualidade das águas da Bacia do Rio Pará, integrante da Bacia do Rio São Francisco, bem como da importânciada utilização destas águas como manancial de abastecimento público das comunidades locais, e demais usos existentes na área de sua contribuição. 
Para tanto segue abaixo dois trechos de classificação do Rio Itapecerica na Bacia do Rio Pará:
 
Trecho 17 - Rio Itapecerica – Classe 2
· Da confluência com o ribeirão Boa Vista até a captação de água para o abastecimento doméstico da cidade de Divinópolis 
Trecho 18 - Rio Itapecerica – Classe 3
· Da captação de água para o abastecimento doméstico da cidade de Divinópolis até a confluência com o rio Pará 
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Brasil). Enquadramento dos corpos d'água em classes / Agência Nacional de Águas 
e Saneamento Básico. -- Brasília: ANA, 2020.
<http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos- hidricos/encarte_enquadramento_conjuntura2019.pdf.> Acesso: 19/06/2021
BRASIL. Panorama do enquadramento dos corpos d’água do Brasil, e, Panorama da qualidade das águas subterrâneas no Brasil. / coordenação geral, João Gilberto Lotufo Conejo ; coordenação executiva, Marcelo Pires da Costa, José Luiz Gomes Zoby. Brasília : ANA, 2007. 124 p.: il. (Caderno de Recursos Hídricos, 5). <http://pnqa.ana.gov.br/Publicacao/PANORAMA_DO_ENQUADRAMENTO.pdf>Acesso 19/06/2021.
BRASIL. Deliberação Normativa COPAM nº 028, de 9 de setembro de 1998. <http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=120> Acesso 19/06/2021.

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