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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, DISTRITO FEDERAL. 5˚ ANO – RODÍZIO DE CIRURGIA GERAL. INTERNO: EDUARDO HENRIQUE COSTA MORESI. Tromboprofilaxia no Paciente Cirúrgico Objetivos 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Objetivo 1 Objetivo 1 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Objetivo 1 – Hemostasia Primária ⚫ Elemento chave: Plaquetas; ⚫ Fases: ⚪ Adesão; ⚪ Ativação; ⚪ Agregação; Objetivo 1 – Hemostasia Secundária ⚫ Elementos chaves: ⚪ Fatores de coagulação; ⚪ Superfícies celulares; ⚫ Fases: Objetivo 1 – Hemostasia Secundária Objetivo 1 – Fisiopatologia ⚫ Tríade de Virchow: Objetivo 1 – Fisiopatologia ⚫ Tríade de Virchow: O que gera hipercoagulabilidade? ⚪ Desordens Primárias: Mutação do fator V; Mutação da protrombina; Deficiência de moduladores (antitrombina, C, S); ⚪ Desordens Adquiridas: Câncer; Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo; Lúpus eritematoso sistêmico; Uso de anticoncepcional (com estrogênio, principalmente); Trombocitopenia induzida por heparina; Objetivo 1 – Fisiopatologia ⚫ Tríade de Virchow: O que gera lesão endotelial? ⚪ Trauma cirúrgico; ⚪ Tabagismo; ⚪ Doenças inflamatórias sistêmicas; Objetivo 1 – Fisiopatologia ⚫ Tríade de Virchow: O que gera estase? ⚪ Imobilismo; ⚪ Obesidade; ⚪ Gestação; ⚪ Tumor; ⚪ Varizes; Objetivo 2 Objetivo 2 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Objetivo 2 ⚫ Manejo Não-Farmacológico: ⚪ Movimentação dos Membros; ⚪ Meias Elásticas; ⚪ Compressão Pneumática Intermitente; ⚪ Filtro de Veia Cava Inferior; ⚫ Manejo Farmacológico: ⚪ Heparina de baixo peso molecular (HBPM); ⚪ Heparina não fracionada (HNC); ⚪ Fondaparinux; ⚪ Anticoagulantes orais; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico ⚫ Movimentação dos Membros: ⚪ Deambulação precoce; ⚪ Pacientes Impossibilitados: Movimentação passiva dos membros; ⚪ Mecanismo: Reduz estase; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico ⚫ Meias Elásticas: ⚪ Compressão Gradual: Uso hospitalar 🡪 18 mmHg nos tornozelos, 14 mmHg nas panturrilhas, 8 mmHg nos joelhos, 10 mmHg na parte distal das coxas e 8 mmHg na porção distal; ⚪ Compressão Uniforme: Uso doméstico 🡪 Compressão 11 mmHg; ⚪ Mecanismo: Aumento de 10% (doméstico) - 36% (hospitalar) na velocidade de fluxo da veia femoral 🡪 Reduz estase. ⚪ Redução em 50% a 70% incidência de TEV; ⚪ Meias + Deambulação: Primeira medida; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico ⚫ Compressão Pneumática Intermitente: ⚪ Insuflação sequencial e intermitente; ⚪ Pressões de 35, 30 e 20 mmHg, respectivamente no tornozelo, joelho e coxa; ⚪ Aumento em 240% a velocidade do fluxo venoso femoral. (180% se somente no tornozelo); ⚪ Mecanismo Básico: Reduz estase + Atividade fibrinolítica; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico ⚫ Filtro de Veia Cava Inferior: Indicações; ⚪ 1. TVP e/ou TEP + contraindicação ao uso de anticoagulante; ⚪ 2. TEP recorrente em vigência de correta anticoagulação; ⚪ 3. Complicações hemorrágicas durante o tratamento anticoagulante; ⚪ 4. Falha de qualquer outra forma de interrupção venosa demonstrada por tromboembolismo recorrente; ⚪ 5. Após embolectomia pulmonar; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico ⚫ Filtro de Veia Cava Inferior: Quais as contraindicações de anticoagulação? ⚪ Complicação hemorrágica durante a anticoagulação; ⚪ Acidente vascular encefálico hemorrágico recente (< 30 dias) ou vigente; ⚪ Hemorragia retroperitoneal; ⚪ Sangramento ativo que requer terapêutica imediata/transfuão; ⚪ Atenção: Aneurismas e malformações vasculares intracranianas; ⚪ HEPARINA: Trombocitopenia induzida por heparina; Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Não Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Farmacológico Objetivo 2 – Manejo Farmacológico ⚫ HBPM: ⚪ Mecanismo de Ação: Inibição do fator X; ⚪ Efeitos Colaterais: Sangramentos; Trombocitopenia induzida por heparina; ⚪ Contraindicações: Contraindicações absolutas; ClCr < 30 ml/min (relativa 🡪 correção de dose); Instabilidade hemodinâmica; Idoso (quanto maior a idade 🡪 HNF); Menos de 40 kg ou mais de 120 kg; Alto risco de sangramento; Objetivo 2 – Manejo Farmacológico ⚫ HNF: ⚪ Mecanismo de Ação: Inibição do fator X e do fator II; ⚪ Efeitos Colaterais: Sangramentos; Trombocitopenia induzida por heparina; ⚪ Contraindicações: Contraindicações absolutas; Histórico de trombocitopenia induzida por heparina; Alto risco de sangramento; Objetivo 2 – Manejo Farmacológico ⚫ Trombocitopenia induzida por heparina: ⚪ Epidemiologia: Incidência de 1-6%; ⚪ Fisiopatogenia: Anticorpo + Heparina – Fator-4-plarquetário; ⚪ Fisiopatologia: Agregação plaquetária 🡪 Trombos; ⚪ Quadro Clínico 🡪 Escore 4T auxilia o diagnóstico: Assintomático; Trombose arterial e/ou venosa; ⚪ Laboratório: Plaquetopenia < 100.000/mm3; ⚪ Tratamento: Suspensão da heparina + Sulfato de protamina; Objetivo 2 – Manejo Farmacológico ⚫ Fondaparinux: ⚪ Mecanismo de Ação: Inibição do fator X; ⚪ Efeitos Colaterais: Tendência sangramento; ⚪ Contraindicações: Contraindicações absolutas; ClCr < 30 ml/min; Alto risco de sangramento; Objetivo 3 Objetivo 3 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Objetivo 3 ⚫ Risco estimado em hospitalizados, conforme condição: ⚪ Pacientes clínicos gerais (17%); ⚪ Pacientes de cirurgia geral (20%; 15-40%); ⚪ Portadores de AVCi (40%); ⚪ Cirurgia ortopédica (50%; 40-60%); ⚫ Importância: ⚪ TVP é assintomática em até 50% dos casos 🡪 TEP inicia o quadro; ⚪ Patologia que aumenta morbimortalidade; ⚪ Passível de prevenção primária; Objetivo 4 Objetivo 4 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Objetivo 4 ⚫ O que eu preciso saber do paciente? ⚪ Identificação; ⚪ Quadro atual; ⚪ Antecedentes fisiológicos; ⚪ Antecedentes patológicos ⚪ Antecedentes familiares; ⚪ Hábitos de vida; ⚪ Exame físico; ⚪ Exames complementares; Objetivo 4 – Identificação e Quadro Atual ⚫ Identificação: ⚪ Sexo; ⚪ Idade; ⚫ Quadro Atual: ⚪ Câncer ativo; ⚪ UTI OU Acesso venoso central; ⚪ DUP: lesão ativa ou sangrante; ⚪ Gestante/puerpério; ⚪ Restrito ao leito: Tempo e presença de gesso; ⚪ Cirurgia: Tipo e duração; ⚪ Fratura da cintura para baixo; Objetivo 4 – Antecedentes Fisiológicos, Familiares e Hábitos de Vida ⚫ Hábitos de Vida: ⚪ Tabagismo; ⚫ Antecedentes Fisiológicos Obstétricos: ⚪ Abortos; ⚪ Perdas fetais; ⚫ Antecedentes Familiares: ⚪ Histórico de TEV; Objetivo 4 – Antecedentes Patológicos ⚫ Histórico Patológico Prévio: ⚪ Infecções: Sepse há menos de 1 mês OU HIV; ⚪ Pneumopatia; ⚪ TEV; ⚪ Insuficiência cardíaca; ⚪ Doença inflamatória intestinal; ⚪ Doença reumática; ⚪ Doenças hematológicas: Trombocitopenia induzida por heparina; Trombofilias; Episódio de sangramento nos últimos 3 meses (pode não ser hematológico); ⚪ Doenças neurológicas: AVC < 1 mês; Lesão medular aguda (< 1 mês); ⚫ Medicação em Uso: ⚪ Terapia de reposiçãohormonal; ⚪ Contraceptivo; ⚪ Quimioterapia; ⚪ Transfusão; Objetivo 4 – Exame Físico ⚫ Dados Antropométricos: IMC; ⚫ Sinais de IC; ⚫ Sinais de DPOC; ⚫ MMII: Edema OU varizes; Objetivo 4 – Exames Complementares ⚫ Rim: Clearence de creatinina; ⚫ Fígado/Coagulograma: INR; ⚫ Sangue/Hemograma: Plaquetometria; ⚫ Extra: ⚪ SAF: Anticoagulante lúpico + Anticardiolipina; ⚪ Homocisteína; ⚪ Fator V de Leiden; ⚪ Protrombina 20210A; Objetivo 4 ⚫ Definindo o Risco: Objetivo 4 ⚫ Definindo o Risco: Objetivo 4 ⚫ Quais escalas utilizar? ⚪ Escala de CAPRINI; ⚪ Escala de IMPROVE para risco de hemorragia; Objetivo 4 ⚫ Escore de Caprini: ⚪ https://www.mdcalc.com/caprini-score-venous-thromboembo lism-2005; https://www.mdcalc.com/caprini-score-venous-thromboembolism-2005 https://www.mdcalc.com/caprini-score-venous-thromboembolism-2005 Objetivo 4 ⚫ Escore de Caprini 🡪 Risco: ⚪ Muito baixo ~ Baixo risco; ⚪ Moderado; ⚪ Alto; Objetivo 4 ⚫ Avaliando o Risco de Sangramento: ⚪ https://practical-haemostasis.com/Clinical%20Prediction%20 Scores/Formulae%20code%20and%20formulae/Formulae/Bl eeding-Risk-Assessment-Score/Improve_bleeding_risk_asses sment_score.html; https://practical-haemostasis.com/Clinical%20Prediction%20Scores/Formulae%20code%20and%20formulae/Formulae/Bleeding-Risk-Assessment-Score/Improve_bleeding_risk_assessment_score.html https://practical-haemostasis.com/Clinical%20Prediction%20Scores/Formulae%20code%20and%20formulae/Formulae/Bleeding-Risk-Assessment-Score/Improve_bleeding_risk_assessment_score.html https://practical-haemostasis.com/Clinical%20Prediction%20Scores/Formulae%20code%20and%20formulae/Formulae/Bleeding-Risk-Assessment-Score/Improve_bleeding_risk_assessment_score.html https://practical-haemostasis.com/Clinical%20Prediction%20Scores/Formulae%20code%20and%20formulae/Formulae/Bleeding-Risk-Assessment-Score/Improve_bleeding_risk_assessment_score.html Objetivo 4 - Fluxograma Objetivo 4 - Fluxograma Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 - Tabela Objetivo 4 1. Revisar a fisiologia da hemostasia; 2. Revisar as medicações e técnicas utilizadas; 3. Conhecer a epidemiologia do tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos; 4. Explicar como realizar a tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos; Referências ⚫ Castro Helena Carla, Ferreira Bruno Leal Alves, Nagashima Tammy, Schueler Ana, Rueff Carlos, Camisasca Danielle et al . Plaquetas: ainda um alvo terapêutico. J. Bras. Patol. Med. Lab. [Internet]. 2006 Oct [cited 2021 May 02] ; 42( 5 ): 321-332. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442006000500004&lng=en. https://doi.org/10.1590/S1676-244 42006000500004; ⚫ Chen AH, Frangos SG, Kilaru S, Sumpio BE. Intermittent pneumatic compression devices -- physiological mechanisms of action. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2001 May;21(5):383-92. doi: 10.1053/ejvs.2001.1348. PMID: 11352511; ⚫ De Aguilar Nascimento JE, et al. ACERTO – Acelerando a Recuperação Total Pós-Operatória. 2ª edição. Publicado pela Editora Rubio, 2016; ⚫ Doenças vasculares periféricas, volumes 1 e 2 / Francisco Humberto de Abreu Maffei... [et al.]. 5. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2016; ⚫ Ferreira Cláudia Natália, Sousa Marinez de Oliveira, Dusse Luci Maria Sant'Ana, Carvalho Maria das Graças. O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies celulares e suas implicações. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [Internet]. 2010 [cited 2021 May 02] ; 32( 5 ): 416-421. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000500016&lng=en. https://doi.org/10.1590/S1516-848 42010000500016; ⚫ Gualandro Danielle Menosi, Yu Pai Ching, Caramelli Bruno, Marques André Coelho, Calderaro Daniela, Fornari Luciana Savoy et al . 3rd Guideline for Perioperative Cardiovascular Evaluation of the Brazilian Society of Cardiology. Arq. Bras. Cardiol. [Internet]. 2017 Sep [cited 2021 Apr 28] ; 109( 3 Suppl 1 ): 1-104. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2017001200001&lng=en. https://doi.org/10.5935/abc.20170140; ⚫ Manual de diagnóstico e tratamento para o residente de cirurgia: edição revista e ampliada (2 volumes) / editores Manlio Basilio Speranzini, Claudio Roberto Deutsch, Osmar Kenji Yagi . -- Ed. rev. e ampl. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2013; ⚫ Robbins, patologia básica / Vinay Kumar... [et al] ; [tradução de Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013; ⚫ Santos, M. A. O., & Bezerra, L. S. (2018). Trombocitopenia induzida por heparina: do diagnóstico ao tratamento. Revista De Medicina, 97(2), 160-164. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p160-164; Referências
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