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Ginecologia Malformações genitais e estados intersexuais Estado intersexo – Diferenciação imperfeita ou incompleta dos órgãos genitais em qualquer nível genético ou orgânico, convertendo se em genitália ambígua Estado intersexo – Anomalias da diferenciação sexual (ADS) Classificação: • Pseudo-hermafroditismo feminino – ADS 46, XX o Genitália ambígua com os dois ovários o Hiperplasia Congênita da Suprarenal • Pseudo-hermafroditismo masculino – ADS 46, XY o Genitália ambígua com testículo o Síndrome de Swyer; disgenesia gonadal XY • Hermafroditismo verdadeiro – ADS ovotesticular o Presença de testículo e ovário, com ou sem genitália ambígua Revisando 5ª semana – Pregas gonadais 6ª semana – Células germinativas penetram a gônada indiferenciada (precursoras dos oocitos); Túbulos mesonefricos ou de Wolff (genitália interna masculina); túbulos paramesonéfricos ou de Muller (genitália interna feminina) TDF (fator determinante testicular) – Cromossomo Y Diferenciação testicular – 6ª semana Na 7ª semana – Células de sertoli – Cordões testiculares Capazes de manter alta concentração local de androgênios Células de Leyding (mesenquima dos cordões testiculares) – Produz androgênios na 8ª semana Processo de diferenciação é ATIVO Células de sertoli – MIF (fator inibidor mulleriano) – Ação local e unilateral A diferenciação ovariana é PASSIVA Começa duas semanas mais tarde que a diferenciação testicular XX – Ovário normal – Células germinativas sem Y se diferenciam em oogonias – Formas os folículos primordiais A diferenciação ocorre até a prófase I da divisão meiótica Ductos de muller – Útero, tubas uterinas e 2/3 superiores da vagina Ausência de MIF – Permite a diferenciação dos ductos de muller Remanescente dos ductos de wollf no sexo feminino – Hidátides de morghani e ductos de gartner Pseudo-hemafroditismo feminino ADS 46,XX Principais causas – Hiperplasia congênita da suprarrenal/uso de agentes androgênicos na gestação Genitália externa masculinizada em graus variáveis, em indivíduos de cariótipo 46,XX Gônadas e genitália interna feminina Hiperplasia congênita da suprarrenal Deficiência enzimática que compromete a cadeia da síntese de cortisol – Aumento de ACTH – Hiperplasia da suprarrenal – Produção excessiva de esteroides suprarrenais precursores vizinhos ao ponto de bloqueio Forma: • Forma clássica – Sintomas começam no nascimento • Forma tardia, leve ou não clássica – Se manifestam na infância tardia e/ou adolescência • Forma crítica – Achados laboratoriais positivos sem nenhuma manifestação clínica da doença • Portador são – algum grau de alteração genética, sem comprometimento da produção enzimática Deficiência da enzima 21-hidroxilase – Forma clássica: • Características virilizantes ao nascimento (hipertrofia do clitóris/orifício único da desembocadura uretral • Genitália ambígua • Variante – Forma clássica perdedora de sal – Diminuição acentuada da produção de mineralcorticoides (diarreia, vômitos, inapetência, choque por desequilíbrio eletrolítico) • Pode ocorrer crise “tipo addisoniana” – Hiponatremia/hipercalmemia/acidose metabólica Deficiência da enzima 21-hidroxilase forma não clássica: • Pubarca precoce • Hirsutismo • Irregularidade menstruais • Anovulação crônica • Infertilidade Diagnostico: • Aumento da 17-OH hidroxiprogesterona • Aumento da androstenediona • Teste de estimulo com ACTH – Não altera cortisol Deficiência da enzima 11-hidroxilase: • Acumulo de 11-desoxicortisona – Supressor da atividade da renina (quadro hipertensivo) • Genitália ambígua • Diagnostico, além das dosagens hormonais anteriores, os valores de desoxicortisol também estarão elevados Deficiência da enzima 3beta-desidrogenase: • Em geral, a produção de mineralocorticoide é normal na forma tardia • Hirsutimo e irregularidade menstruais são comuns na fase tardia Diagnostico: • DHEA • S-DHEA • 17-OH-Pregnenolona • Pregnenolona Tratamento: • Baseia-se no bloqueia da atividade da glândula, por meio dos glicocorticoides, para diminuir ACTH (Inibição de produção de esteroides pela suprarrenal) • Abordagens cirúrgicas para genitália ambígua • Agentes anti-androgenicos: ciproterona, espirolactona, finasterida ATENÇÃO NA FORMA TARDIA – PACIENTES COM SINAIS DE HIPERANDROGENISMO QUE ENGRAVIDAM Pseudo-hemafrodismo masculino ADS 46,XY Produção inadequada de testosterona ou MIF Deficiência dos receptores celulares a testosterona Deficiência de 5-alfa redutase Genitália externa pouco masculinizada ou feminilizada em indivíduos com cariótipo XY Gônadas e genitália interna masculina Em alguns casos tem algum grau de formação de genitais interna feminina Forma completa, PHM familiar incompleto tipo I e II, síndrome de Swyer Forma completa: • Genitália externa feminina • Vagina curta e em fundo cego • Deficiência total de receptores de androgênios • Apresentam desenvolvimento mamário normal • Pouca pilificação • Genitália interna não se desenvolve • Deve-se retirar o testículo pelo risco de malignização PHM familiar incompleto tipo I: • Genitália externa com grau variáveis de diferenciação • Vagina curta e em fundo cego • Deficiência parcial de receptores de androgênios • Apresentam desenvolvimento mamário normal • Pouca pilificação • Genitália interna não se desenvolve • Deve-se retirar o testículo pelo risco de malignização PHM familiar incompleto tipo II – Deficiência de 5-alfa redutase • Testículos são funcionalmente normais – Na puberdade pode ocorrer algum grau de virilização de acordo com o grau de deficiência Síndrome de Swyer: • Apresentam perda do tecido testicular antes da 7ª semana de vida embrionária • Falha na produção de testosterona e MIF • Genitálias externa e interna feminina • Falha no desenvolvimento puberal • Amenorreia primaria Hermafroditismo verdadeiro Diagnostico obrigatoriamente anatomopatológico – Presença de tecido gonodal feminino e masculino na mesma paciente, não necessariamente na mesma gônada Muito comum ambiguidade genital, muita das vezes o sexo feminino predomina Quando suspeitar de malformação genitais: • Dismenorreia progressiva • Dor cíclica na presença de amenorreia • Abortos recorrentes • Partos prematuros • Sangramentos uterinos anormais • Infertilidade • Dispareunia • Dificuldade de realizar ou manter o ato sexual Hipoplasia uterina/ agenesia – Síndrome de Mayer-Rokitasnky-Kuster-Hauser Associada a alterações do esqueleto e a malformação do trato urinários superior Nos casos de anomalia vaginal, mas com útero funcionante – Dor cíclica, podendo chegar a abdômen agudo Muito comum a abordagem cirúrgica visando à formação/prolongamento da vagina (derivada do seio urogenital) Dosagens hormonais normais Cariótipo XX Fenótipo feminino
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