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Resumo de Títulos de crédito Impróprios e Eletrônicos

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Títulos de Crédito Impróprios e Títulos de Crédito 
Eletrônicos 
 
1. O regime jurídico-cambial caracteriza-se por três princípios: o da 
cartularidade, o da literalidade e o da autonomia cambial. 
A própria conceituação de título de crédito, conforme já visto, gravita 
em torno deles, de sorte a se poder afirmar que é título de crédito o título 
representativo de obrigação pecuniária, sujeito a tais princípios. 
No entanto alguns instrumentos jurídicos se encontram sujeitos a uma 
disciplina legal que aproveita, em parte, os elementos do regime jurídico-
cambial. Mas estes instrumentos não podem ser considerados título de crédito, 
embora se encontrem disciplinados por um regime próximo ao das cambiais, 
justamente porque não se aplicam, totalmente, os elementos caracterizadores 
do regime jurídico cambial em sua disciplina. Estes instrumentos se denominam 
como “Títulos de crédito impróprios”. 
Distinguem-se os instrumentos jurídicos chamados de títulos de crédito 
impróprios em quatro categorias. 
Na primeira, encontram-se s títulos de legitimação, que asseguram ao 
seu portador a prestação de um serviço ou o acesso a prêmios, como por 
exemplo; O bilhete de metrô, o passe de ônibus, ingresso de cinema, etc. A 
estes se aplicam os princípios da cartularidade, da literalidade e da autonomia, 
mas eles não são títulos executivos. 
 
 Títulos Representativos. 
 
Sob esta denominação costuma-se designar o instrumento jurídico que 
represente a titularidade de mercadorias custodiadas, vale dizer, que se 
encontram sob os cuidados de terceiro não proprietário. 
Estes títulos representam mercadorias custodiadas e possibilitam, em 
algumas condições, a negociação, pelo proprietário, do valor que ela tem. 
Os títulos representativos não se encontram inteiramente sujeitos ao 
regime-jurídico-cambial, porque possuem uma finalidade originária diversa da 
dos títulos de crédito. Estes se destinam a representar obrigação pecuniária; já 
os títulos representativos têm por objeto mercadorias consignadas. 
Títulos de Crédito Impróprios e Títulos de 
Crédito Eletrônicos 
 
Somente em caráter secundário é que os títulos representativos podem referir-
se a obrigações pecuniárias. 
 
Títulos de Financiamento 
 
Os títulos de financiamento são, também, importantes meios de 
incremento de atividades econômicas, sendo também utilizados para 
financiamento da aquisição da casa própria. 
Tais títulos costumam chamar-se “Cédula de Crédito” quando o 
pagamento do financiamento a que se referem é garantido por hipoteca ou 
penhor (direito real de garantia sobre bem imóvel e móvel, respectivamente). 
Inexistindo garantia de direito real, o título é, comumente, denominado “Nota 
de Crédito”. 
Os títulos de financiamento não se enquadram, completamente, no 
regime jurídico-cambial por força de algumas peculiaridades, como a 
possibilidade de endosso parcial, mas, principalmente, em razão do princípio da 
cedularidade, estranho ao direito cambiário. Por este princípio, a constituição 
dos direitos reais de garantia se faz no próprio instrumento de crédito, na 
própria Cédula. 
 
Títulos de Investimento. 
 
Os instrumentos jurídicos desta categoria de título de crédito impróprio 
de destinam a captação de recursos pelo emitente. Representam, grosso modo, 
a parcela de um contrato mútuo que o sacador do título celebra com os seus 
portadores. Sob o ponto de vista destes, o negócio tem o sentido de um 
investimento, emprego de capital no desenvolvimento de certa atividade 
econômica com o intuito lucrativo. 
Existem alguns tipos de títulos com este perfil, mas que se enquadra em 
conceito distinto, com regime jurídico próprio, como as debêntures, espécie de 
valor mobiliário. 
Somente aos títulos de crédito de investimento aplica-se a vedação 
constante do art. 2˚, II, da lei n. 8.021/90, pela qual não se admite a emissão 
nas formas ao portador e nominativo-endossável, de sorte a possibilitar ao fisco 
a identificação do titular de investimento. 
 
Títulos de crédito Eletrônicos. 
 
Os títulos de crédito, como qualquer outro documento jurídico, têm tido 
cada vez mais o suporte virtual. 
Alguns ambientes de negociação de títulos de crédito admitem sua 
circulação apenas mediante registros eletrônicos, feitos pelos interessados com 
direito de acesso ao sistema informático por eles mantido. O mais conhecido 
desses ambientes é a CETIP, fator que tem difundido a expressão “títulos 
cetipados” como referência aos que são registrados e negociados nesses 
ambientes eletrônicos. Os títulos cetipados são, assim, espécie de título de 
crédito eletrônico. 
Há hoje, então, dois suportes possíveis para qualquer título de crédito: o 
suporte papel (cártula) e o suporte eletrônico (arquivo digitalizado). 
Os princípios do direito cambiário não se amoldam completamente aos 
títulos de crédito eletrônicos. A cartularidade, por exemplo, é inteiramente 
inaplicável, inconciliável com esse suporte. Não há nada, no meio eletrônico, 
parecido com a ideia de posse de cártula. Em relação á literalidade, é possível 
um paralelo: o que não consta do registro eletrônico não produz efeitos 
cambiários. Por fim, é completa a sujeição dos títulos de crédito eletrônicos ao 
princípio da autonomia das obrigações cambiárias, e aos seus subprincípios da 
inoponibilidade e da abstração.

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