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CASO CLÍNICO 3 PÉ DIABÉTICO

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Estudo de caso 3 - pé diabético
CASO CLÍNICO 3 PÉ DIABÉTICO
Paciente do sexo feminino, 63 anos, negra, diagnosticada com DM há 35 anos, sem outras comorbidades. Veio a este serviço de pronto atendimento (UPA), com queixa de dor associado há prurido, eritema, edema e calor local há aproximadamente 15 dias em pé esquerdo. Relata que tudo começou após o aparecimento de lesões interdigitais. Em uso irregular de metformina, na dose de 2000 mg ao dia. 
Ao exame físico, BEG, sem alterações significativas em seus dados vitais. Edema discreto em pé esquerdo até o nível dos maléolos associado a eritema e calor local. Do primeiro ao quinto pododáctilo, observa-se necrose seca e, em área adjacente, no dorso do pé, lesão ulcerada com tamanho 4 x 4 cm, com exposição de tendões. Não há exposição óssea, porém, apresenta secreção purulenta de odor fétido. Pulsos pedioso e tibial posterior filiforme em ambos os pés. Perfusão periférica maior que 2s em MID. Além desta queixa principal, observamos que a paciente apresenta retinopatia diabética não proliferativa moderada ao fundo dos olhos. 
Exames laboratoriais evidenciam 21.210 leucócitos/mm³, sem formas jovens, proteína C reativa de 132 mg/dl (valor de referência [VR]: < 5 mg/dL) e velocidade de hemossedimentação (VHS) de 142 mm/h (VR: < 30 mm/h). 
A paciente foi encaminhada ao setor de radiologia onde foi realizada radiografia do pé E que descartou alterações ósseas. Procedeu-se com o manejo para infecção de pé diabético, inicialmente com desbridamento cirúrgico e antibioticoterapia empírica com ampicilina-sulbactam por 14 dias, observando-se diminuição dos sinais flogísticos locais, mas permanência de VHS elevado (> 120 mm/h). Repetida, na ocasião, radiografia do pé esquerdo conforme orientação do Protocolo de pé diabético que novamente não apresentou alterações. Devido à impressão clínica de osteomielite, reforçada pela presença de úlcera de grande área e VHS elevado, foi solicitada ressonância nuclear magnética (RNM) do pé esquerdo. O exame demonstrou, no quarto e quinto pododáctilo, hipossinal em T1, com brilho intenso após a injeção do contraste, além de hipersinal em T2, achados compatíveis com osteomielite. Nesse momento, realizou-se novo desbridamento cirúrgico, estendendo-se a antibioticoterapia para 6 semanas, com melhora gradual dos achados clínicos.
Pergunta-se:
1. Qual a definição de infecção de pé diabético?
Pé diabético é uma complicação da diabetes caracterizada por uma ferida (úlcera) nos membros inferiores agravada por uma infecção, mas também pode englobar qualquer alteração de origem neurológica, ortopédica ou vascular que afete essa região do corpo.
2. Quais os sinais e sintomas esta paciente apresentou para chegarmos à conclusão de que havia uma infecção da lesão?
Apresenta secreção purulenta de odor fétido.. 
3. Quais os fatores de risco para o aparecimento desta lesão no caso acima?
Idosa, negra controle metabólico inadequado, falta de higiene.
4. Que medidas poderiam ter sido tomadas para evita-la?
Usar sapato adequado, secar bem os pés após banho, reduzir umidade do pé.
5. De acordo com o protocolo de atendimento ao paciente portador de pé diabético , como é conduzido o atendimento em casos de etiologia isquêmica e neuropática?
6. O que é metformina?
O cloridrato de metformina é hipoglicemiante oral, ou seja, um medicamento em comprimidos utilizado para o controle da glicemia (taxas de açúcar no sangue) nos pacientes com diabetes mellitus.A metformina está disponível no mercado desde a década de 1950 e é até hoje é um dos principais fármacos utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, seja como monoterapia ou em conjunto com algum outro hipoglicemiante oral
7. O que é osteomielite?
Osteomielite é, por definição, um quadro inflamatório que afeta um ou mais ossos, geralmente provocado por infecção bacteriana ou fúngica. A osteomielite pode permanecer localizada ou difundir-se pela corrente sanguínea, comprometendo outras partes do osso e tecidos do corpo.
8. Qual a fisiopatologia do surgimento de retinopatia em pacientes diabéticos? 
A fisiopatologia das alterações microvasculares do tecido retiniano está relacionada à hiperglicemia crônica, que leva a alterações circulatórias como a perda do tônus vascular, alteração do fluxo sanguíneo, aumento da permeabilidade vascular e consequentemente extravasamentos e edemas e, por fim, obstrução vascular.
9. O que é desbridamento cirúrgico?
O desbridamento cirúrgico realiza a remoção mais rápida dos debris necróticos e está indicado na presença de infecção.
10. Dê 3 diagnósticos de enfermagem para esta paciente e construa um plano de cuidados.
 Integridade da pele prejudicada relacionado a pé diabético evidenciado por edema discreto em pé esquerdo, eritema e calor local. 
Intervenções:
- Realizar curativo com a medicação tópica, adequada; orientar ou posicionar o paciente para um melhor fluxo circulatório; observar alterações na pele.
- Realizar hidratação e curativo.
- Risco de infecção relacionado a 
Risco de infecção relacionada a procedimento cirúrgico desbridamento.
Intervenções:
-Monitorar sinais e sintomas de infecção da incisão cirúrgica (inchaço, vermelhidão, separação das bordas da incisão, presença de drenagem purulenta, febre) três vezes ao dia.
-Utilizar técnica asséptica nos procedimentos de curativo (lavar as mãos antes e depois e utilizar material estéril) uma vez ao dia e sempre que necessário
Risco de glicemia instável relacionado a uso irregular de metformina, na dose de 2000 mg ao dia. 
Intervenções: --Monitorar os níveis de glicose sanguínea conforme indicação. -Monitorar o aparecimento de sinais e sintomas de hiperglicemia: poliúria, polidpsia, polifagia, fraqueza, letargia, mal-estar, embaçamento visual, cefaléia.

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