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Repertórios - Jana Rabelo

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REPERTÓRIO 
SOCIOCULTURAL 
JANA RABELO 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
Este material é apenas o resultado das minhas anotações 
durante as lives da Jana. Sugiro que pesquisem e se 
aprofundem mais em cada repertório. 
Bons estudos e #VemMil! 
 
 
 
 
 
By: Saturno 
 
 
 
Filosofia/sociologia 
 
• Byung-Chul Han (filósofo sul-coreano) – Sociedade do 
desempenho 
“sociedade do desempenho” é um cenário em que a produtividade se torna um dever para os 
indivíduos. É marcada pela “autoexploração” e pelo cansaço, que culmina em transtornos 
psicológicos como “Burnout”, depressão, ansiedade etc. Nesse contexto os indivíduos se sentem 
pressionados a apresentar um alto desempenho. 
• Thomas Humphrey Marshall (sociólogo inglês) – Conceito 
de cidadania 
Cidadania é o conjunto de direitos civis, sociais e políticos garantidos por uma constituição. 
• Hans Jonas (filósofo alemão) – princípio responsabilidade 
Somos responsáveis não só pela situação atual, mas também pelas gerações futuras, uma vez 
que elas têm o mesmo direito à vida. Temos que preservar o meio ambiente para as gerações 
futuras. A sobrevivência humana depende dos nossos esforços para cuidar do nosso planeta e 
do seu futuro. A responsabilidade e a ética do homem devem ser aplicadas para a natureza, uma 
vez que temos que preservar a vida do planeta não só no presente, mas também no futuro. 
• Peter Singer (filósofo australiano) – Ética ambiental 
É necessária uma postura ética não só entre os seres humanos, mas também ao meio 
ambiente e às outras formas de vida na terra. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – família 
A família é o mecanismo primário de socialização. 
• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Espaço público 
Para Arendt, a modernidade é marcada pela entrada da esfera privada no campo da vida pública. 
O espaço público é o espaço da palavra e da ação, da pluralidade e da liberdade (política). 
• Pierre Lévy (filósofo francês) – Cibercultura 
É a reunião de relações sociais, das produções artísticas, intelectuais e éticas dos seres humanos 
na internet. Lévy também aponta para o “segundo dilúvio” no ciberespaço. A metáfora do 
dilúvio é usada como modo de afirmar que não é possível conter o fluxo de informações que 
inunda o mundo por meio das novas tecnologias. 
• Guy Debord (escritor francês) – Sociedade do espetáculo 
É a sociedade mediada por imagens, oriundas dos meios de comunicação de massa, no qual os 
indivíduos abdicam da realidade da vida e passam a viver num mundo de aparências e consumo 
permanente de fatos, notícias, produtos e mercadorias. A sociedade do espetáculo é o conjunto 
 
 
das relações interpessoais mediada por imagens. Imagens seriam representações imediatas que 
adquirem autonomia e fazem das pessoas meros espectadores contemplativos. 
• Gilberto Freyre (sociólogo brasileiro) – mentalidade 
escravocrata (livro casa grande e senzala) 
O Brasil atual, segundo Freire, ainda conserva uma mentalidade escravocrata que é responsável 
por inúmeros males como racismo, intolerância religiosa, trabalho escravo etc. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – Escola 
 A escola é um mecanismo de socialização secundário. 
• Max Weber (sociólogo alemão) – trabalho 
Para Weber, a partir da reforma protestante o trabalho começou a ser valorizado, ganhando um 
status sagrado entre os protestantes, tornando-se o principal referencial para uma vida virtuosa. 
• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – sociedade do 
consumo 
As relações humanas são mediadas pela aquisição massiva de bens, serviços e produtos. A 
felicidade é travestida em objetos. 
• Karl Marx (sociólogo/filósofo alemão) – fetichismo da 
mercadoria 
 A mercadoria adquire valores ou características irreais para aumentar o consumo. 
• Jean Jacques Rousseau (pensador francês) – contrato 
social 
No contrato social, o Estado é responsável por garantir a igualdade entre todos. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – anomia 
A anomia é o estado de ausência de solidariedade em que impera o desrespeito às regras 
comuns, às tradições e práticas; quando as leis se desintegram e perdem seu valor prático. 
• Sascia Sassen (socióloga) – desertificação das cidades 
Uma das características atuais do espaço urbano é a “desurbanização”, que elimina, do espaço 
público, pequenas ruas e praças e deixa as cidades vazias. 
• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Banalidade do mal 
O nazismo não foi obra de um louco ou de um psicopata, segundo Hannah Arendt o nazismo foi 
obra de uma sociedade que banalizou o mal; consequência do “consentimento” dado por 
homens e mulheres completamente “normais”. 
 
 
 
 
• Florestan Fernandes (sociólogo brasileiro) – Equidade x 
Igualdade 
Segundo Florestan, é necessário que se garanta formas de equidade que assegurem a ordem 
social, e que se estabeleça um padrão de equilíbrio dinâmico capaz de permitir ajustamentos 
nas normas levando em conta a necessidade dos indivíduos; tratar desigualmente os desiguais. 
• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – “Habitus” 
São princípios que o homem carrega dentro de si, e que foram dados pelo meio social. O habitus 
é individual, mas ele se constrói no processo de socialização; são valores socialmente 
compartilhados. 
• Michel Foucault (filósofo Francês) – Corpo e poder 
Na sociedade atual existem mecanismo disciplinares que visam a modelagem dos corpos, 
atribuindo, assim, caracteres de docilidade, tornando-os útil e produtivo ao aumentar sua 
submissão e obediência. Esse controle disciplinar consiste numa política de coerções, uma 
ideologia que tem como finalidade o controle e modelagem de atitudes, gestos e 
comportamentos. 
• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – Violência simbólica 
Violência simbólica é uma forma de violência exercida sem coação física, causando danos 
morais e psicológicos. Se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada no corpo 
social, em que o dominado reconhece sua posição como subalterna, seja no âmbito econômico, 
social ou cultural. A violência simbólica se funda na legitimação contínua do discurso dominante 
entre dominador e dominado. 
• Erving Goffman (psicólogo/sociólogo canadense) – 
Estigma 
Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como 
desqualificado ou menos valorizado; é a situação do indivíduo que está inabilitado para 
aceitação social plena. Quando vividos de forma recorrente pelo sujeito produz sofrimento, 
humilhação, e em alguns casos, produzindo processos de despersonalização da identidade 
deteriorada. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coa%C3%A7%C3%A3o
 
 
• Nobert Elias (sociólogo alemão) – Os estabelecidos e os 
Outsiders (livro) 
Nobert Elias, em seu livro “Os estabelecidos e os outsiders” faz uma análise da configuração 
social que leva à discriminação e exclusão dos indivíduos. Desse modo, observou-se que, em 
determinado meio coletivo, os “estabelecidos” (grupo socialmente dominante) tende a 
estigmatizar os outsiders (indivíduos que se encontram à margem da hierarquia social). O autor 
conclui que por trás de toda estigmatização existe uma busca por reafirmação de valores sociais 
dominantes, bem como a luta por manutenção do poder e status quo por parte dos 
estabelecidos. Ademais, os indivíduos estigmatizados (outsiders) tendem a se retraírem ou 
agirem de forma violenta por não se sentirem aceito no grupo. 
• Edgar Morin (sociólogo/antropólogo francês) – Educar 
para complexidade 
No lugar de uma educação tecnicista, caracterizada pela especialização e fragmentação do 
conhecimento, Morin defende uma educação complexa, que abrange toda a diversidade e 
multiplicidade dos saberes. 
• Pierre Lévy (filósofo francês) – Sociedade hiperconectada 
A sociedade hiperconectada é caracterizada pela ubiquidade das tecnologias informacionais, 
sobretudo a internet, no qual os indivíduos se encontram num estado de hiperconexão no 
ciberespaço. 
• Manuel Castells (sociólogoespanhol) – A era da 
informação 
A Era da Informação, de maneira geral, constitui o novo momento histórico em que a base de 
todas as relações se estabelece através da informação e da sua capacidade de processamento e 
de geração de conhecimentos. A informação torna-se a principal fonte de poder e produção. 
 
 
 
• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação 
horizontal 
Defende uma relação dialética entre educador e educando em que se estabeleça entre eles uma 
relação recíproca no processo educativo. 
• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação 
libertadora x Educação bancária 
Educação libertadora: é a educação capaz de despertar a consciência crítica do aluno para que 
ele exerça seu papel de cidadão e se habilite a revolucionar a sociedade. Esse método 
educacional é essencial para a conquista de um ponto de vista integral do saber e do universo 
que habita. 
Educação bancária: é a educação que parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor 
é detentor do saber. Cria-se, assim, uma relação vertical entre o educador e o educando. Desse 
modo, o professor é o detentor do saber, o sujeito do aprendizado, que deposita o 
conhecimento no aluno, que é um mero objeto de ensino. 
• Michel Foucault (filósofo) – panóptico 
 Panóptico é o poder de impor comportamentos em toda a população com base na ideia de 
que estamos sendo observados. Esse modelo social faz o indivíduo auto gerenciar seu 
comportamento, dificultando a coordenação e a mesclagem com o grupo, a fim de manter o 
comportamento dentro de um intervalo estabelecido como correto pelo poder. Caracteriza-
se pela vigilância velada, a fim de controlar (monitorar) o comportamento dos indivíduos sem 
que estes percebam. 
• Milton Santos (geógrafo) – globalização 
Milton Santos- Geógrafo brasileiro: O mundo real: a globalização como perversidade para a 
maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de 
perversidades. o desemprego se torna crônico, a pobreza aumenta, novas enfermidades se 
instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de qualidade é cada vez mais 
inacessível e o consumo é cada vez mais representado como fonte de felicidade. A 
perversidade sistêmica está relacionada a adesão desenfreada aos comportamentos 
competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas; as velhas doenças 
retornam com força total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade 
e estes processos estão diretamente ligados com a globalização. “O desenvolvimento técnico-
científico está diretamente atrelado às demandas da globalização”. 
 
 
• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – Simulacros e 
simulações 
Segundo Baudrillard, a realidade deixou de existir e passamos viver de representações 
difundidas pelos meios de comunicação de massa. Nessa sociedade os símbolos têm mais peso 
que o real. Surgem, assim, os “simulacros”, simulações mal feitas do real, que se tornam mais 
atraentes que o próprio objeto reproduzido. Vivemos na era da simulação, em que a verdade 
e o real não têm validade, e toma-se facilmente como verdade aquilo que não é real. 
Baudrillard aponta que a sociedade hiper-real pós-moderna põe em xeque a vivência do real, 
pois o contato com o outro é substituído e reforça-se padrões de beleza inatingíveis. 
 
 
 
 
Psicologia/psiquiatria 
 
• Freud (médico/psiquiatra austríaco) – a importância da 
infância 
O período infantil é determinante na formação do indivíduo e de sua personalidade adulta. 
Nessa faixa etária, as transformações ocorrem em seu corpo e em sua afetividade. 
• Freud (médico/psiquiatra austríaco) – Totem e tabu 
(livro) 
Freud analisa os totens – símbolos sagrados e respeitados – e os tabus – proibições de origem 
incerta – que cercam e cerceiam as liberdades individuais e coletivas de uma determinada 
sociedade, o qual não se pode transgredir. Os tabus restringem o diálogo, não possibilitando a 
construção e a internalização do conhecimento sobre o assunto. 
• Jean Piaget (psicólogo suíço) – socialização 
Para Piaget, a socialização interfere diretamente no desenvolvimento humano; o termo 
homem social expressa a condição humana de ser que vive em sociedade e que, portanto, 
influencia e é influenciado pelas relações sociais. 
• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Cultura 
Para o psicólogo russo, a cultura é muito mais do que meio em que estamos inseridos, é 
também o que forma nossa cognição. 
• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Socialização da criança 
 A interação da criança com o meio, através do uso de signos (linguagem falada ou escrita). 
resulta no desenvolvimento cognitivo. O aprendizado está diretamente ligado à experiência 
social e às condições de vida do aluno e em suas interações sociais com o professor. 
• B.F. Skinner (psicólogo norte-americano) – Behaviorismo 
O behaviorismo é a ideia de que o ser humano responde previsivelmente ao estímulo, e quem 
controla os estímulos controla a pessoa. Não há livre arbítrio conforme acreditado, apenas 
respostas a prazeres e dores percebidas. 
• Howard Gardner (psicólogo norte-americano) – teoria 
das inteligências múltiplas 
Segundo ele, existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático; a vida humana 
requer o desenvolvimento de vários tipos de inteligências. 
 
 
 
 
Literatura 
• Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) – 
Automedicação 
No enredo do livro, Brás Cubas tenciona a criação do "emplasto Brás Cubas", um remédio que 
curaria todas as doenças (panaceia), capaz de “aliviar a melancolia da humanidade”. (pode 
relacionar-se com o fato de que, na sociedade atual, os indivíduos tendem a buscar em 
medicamentos a cura para todas as suas enfermidades). 
• O cortiço (Aluísio de Azevedo) – moradias impróprias/ 
desigualdade de moradia/falta de saneamento básico 
O cortiço situava-se em um amontoado de casas de baixíssima qualidade e muito mal 
arranjadas, onde os pobres convivem. Esse espaço é a representação da miscigenação e da 
promiscuidade das classes menos favorecidas. Localizado ao lado do cortiço, encontra-se o 
sobrado do aristocrata e comerciante Miranda e também de sua família. O sobrado é a 
representação da burguesia ascendente do século XIX. (pode ser usado para mostrar a 
precariedade das residências de pessoas pobres ou para mostrar a dicotomia entre as classes 
socias sob o prisma de suas moradias; as diferenças entre suas casas). Além disso, em “O cortiço” 
é evidente a falta de saneamento básico nas moradias, o que favorecia o desenvolvimento de 
doenças. 
• Holocausto brasileiro (Daniela Arbex) – preconceito com 
as pessoas portadoras de doença mental 
O livro “Holocausto brasileiro” denuncia as atrocidades feitas no hospício Colônia, em 
Barbacena, interior de Minas Gerais, onde mais de 60 mil pessoas morreram em 8 décadas de 
torturas, mal tratos, negligência estatal e violação dos direitos humanos. Fica evidente no livro 
o preconceito com os portadores de psicopatologias, bem como a forma como os portadores 
dessas enfermidades são tratados. 
• Vencendo a morte (J.M. Orlando) – Avanços na medicina 
O livro mostra os avanços significativos da Medicina militar durante as guerras e que passaram 
também, posteriormente, a beneficiar a população civil. 
• Não verás país nenhum (Ignácio de Loyola) – eixo 
ambiental/fome/a importância da história/pobreza 
extrema/desigualdade 
No livro, além de governo autoritário no poder, o Brasil passa também por um desequilíbrio 
ecológico grave, com racionamento de água, calor intenso, alimentos artificiais e 
manufaturados, ausência quase total de vida animal e vegetal, escassez de alimentos. A floresta 
amazônica e os demais biomas foram destruídos, transformadas em gigantescos desertos, o que 
explica as altas temperaturas durante o ano inteiro. a cidade de São Paulo é completamente 
tomada pela poluição, devastação e desmatamento, onde não há maisrios, plantas e animais; 
 
 
desse modo, nesse meio hostil, as pessoas fazem de tudo para sobreviver, inclusive fazem uso 
da violência. A circulação na cidade era restrita, pois cada um só pode circular em uma área pré-
determinada e em um ônibus apenas, e essa circulação também depende de seu poder 
financeiro. Quanto mais pobre um sujeito é, mais poluídos, sujos e desumanos são os locais em 
que se pode viver e circular. Todos os alimentos são feitos em laboratórios. A História é sempre 
reescrita nos livros, de acordo com ordens e critérios estipulados pelo Esquema. Os 
Acampamentos Paupérrimos, um dos espaços do romance, onde os menos favorecidos habitam 
em condições desumanas: tudo é repleto de lixo, de restos descartados, de coisas que as pessoas 
jogam fora. Já aqueles que pertencem à classe média ou alta, vivem em outros espaços, como 
em apartamentos ou em condomínios de luxo, com medo de que as pessoas miseráveis invadam 
suas moradias e cometam assassinatos. 
• Morte e vida das grandes cidades (Jane Jacobs-escritora 
canadense) – eixo urbano 
Os espaços públicos, segundo Jacobs, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é neles que se dá 
toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso 
e ocupação deles são as pessoas. Segundo a autora, o capital disponível é empregado de forma 
incoerente nas cidades e, principalmente, sem respeito à preexistência e aos valores sociais, 
desfavorecendo sempre os mais necessitados de lazer, moradia e mobilidade. 
• Quarto de despejo (Carolina de Jesus) – 
pobreza/desigualdade/fome 
Os dias de Carolina são marcados pela presença constante da fome e da preocupação 
permanente de arranjar algo para comer no dia-a-dia. Carolina expõe a invisibilidade social que 
ela, seus filhos e seus vizinhos viviam. Eram invisíveis, ignorados por aqueles de melhor 
condição, pelo Estado e até por quem pedia ajuda. Além disso, ela denunciava as desigualdades 
socioeconômicas: “o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. 
Atualmente somos escravos do custo de vida”. 
• A alma encantadora das ruas (João do Rio) – problemas 
urbanos 
No livro, fica evidente os inúmeros problemas urbanos presentes na cidade carioca em meados 
do século XX, como a má condição dos operários, o deslocamento das populações pobres para 
os morros e a consequente formação das favelas, a indiferença do estado na resolução dos 
problemas etc. 
• Depois daquela viagem (Valéria polizzi) – preconceito 
com portadores de HIV 
O livro autobiográfico se passa entre as décadas de 80 e 90, em que a autora contrai o vírus HIV. 
Até então, a AIDS era associada apenas aos gays e praticantes do sexo anal, o que não era o caso 
de Valéria. O preconceito com portadores do vírus no Brasil era absurdo e a falta de tato dos 
hospitais e planos de saúde não ajudava a atrair uma perspectiva melhor para os infectados. 
 
 
Preciosa (Sapphire) – Violencia sexual e doméstica/ bullying/ poder 
da educação/ gravidez na adolescência/ gordofobia/ racismo/ 
A personagem Claireece “Preciosa” encara diversos tipos de violência. Ela era espancada e 
humilhada em diversos momentos pela mãe, que a agredia constantemente. Além disso, é 
violentada sexualmente pelo pai desde pequena, o que resulta em duas gravidezes ainda na 
adolescência. Na escola, Claireece “Preciosa” sofria bullying dos seus colegas por ser negra e 
gorda. O livro mostra, gradativamente, as mudanças nas atitudes da personagem. Um fator que 
age como o estopim para essas transformações é a nova escola. Com o incentivo da professora, 
o apoio das colegas e o esforço de colocar o que sente para fora, Preciosa passa a se enxergar 
de uma maneira totalmente diferente – não mais como uma pessoa acuada, mas como alguém 
com controle sobre a própria história. Assim, a educação é utilizada como uma forma de 
emancipação no enredo. 
• Infância (Graciliano Ramos) – poder da leitura 
No livro autobiográfico “Infância”, de Graciliano Ramos, o escritor aponta que sua salvação, ou 
pelo menos válvula de escape durante uma infância conturbada, foi a leitura. Acometido pela 
doença que o fez ficar temporariamente cego e preso em seu quarto, desperta para o 
encantamento das palavras, analisando-as, namorando-as, principalmente nas cantigas 
folclóricas entoadas por sua mãe durante os trabalhos domésticos. Um salto maior surge no 
contato com a enorme biblioteca de Jerônimo Barreto, que permitiu ao garoto ampliar seus 
horizontes para um mundo diferente da mesquinharia em que havia crescido. 
• Sociedade.com (Abel Reis) – internet 
Pioneiro da internet brasileira e um dos maiores especialistas em mídias digitais do país, Abel 
Reis apresenta os seus insights sobre os profundos impactos das tecnologias digitais em cada 
aspecto da nossa vida. Por que nossa atitude on-line é tão diferente da off-line? Até que ponto 
as crianças precisam de dispositivos eletrônicos nas escolas? A polarização nas redes sociais é 
um exercício de cidadania ou histeria? Que profissão escolher tendo em vista a quarta revolução 
industrial? É possível ser feliz em relacionamentos nascidos e nutridos pela internet? O autor 
analisa a tecnologia como um sintoma de um certo modo de ser contemporâneo que busca 
poder e controle para aliviar angústias individuais e coletivas. 
 
 
 
 
 
 
• O Precariado (Guy Standing) – desigualdade/ trabalho 
Nos anos 1970, economistas neoliberais passaram a defender a ideia de que o crescimento e o 
desenvolvimento dependiam da competitividade do mercado. A partir daí, a maximização da 
 
 
concorrência e a licença para que os princípios de mercado de trabalho permeassem todos os 
aspectos da vida moldaram uma nova classe social mundial, emergente e ainda em formação: o 
“precariado”. O precariado: A nova classe perigosa é uma obra que apresenta as características 
desse novo grupo e oferece uma sólida reflexão política e socioeconômica que compreende a 
nova ordem social global e responde aos anseios dos indivíduos dessa nova classe, que não se 
sentem ancorados em uma vida de garantias trabalhistas, não possuem empregos permanentes 
e muitas vezes nem sequer sabem que integram a classe dos precariados. Aqueles que estão no 
precariado carecem de autoestima e dignidade social em seu trabalho; devem procurar por esse 
apreço em outro lugar, com sucesso ou não. Se forem bem-sucedidos, a inutilidade das tarefas 
que são obrigados a fazer em seus empregos efêmeros e indesejáveis pode ser reduzida, na 
medida em que a frustração de status será diminuída. Mas a capacidade de encontrar a 
autoestima sustentável no precariado quase sempre é vã. Existe o perigo de se ter uma sensação 
de engajamento constante, mas também de estar isolado no meio de uma multidão solitária. O 
resultado é uma crescente massa de pessoas – em potencial, todos nós que estamos fora da 
elite, ancorada em sua riqueza e seu desapego da sociedade – em situações que só podem ser 
descritas como alienadas, anômicas, ansiosas e propensas à raiva. O sinal de advertência é o 
descompromisso político. A esperança consiste em investir na liberdade associativa. 
 
 
 
 
Leis/ relatórios/ conferências 
• Artigo 196 (Constituição Federal de 1988) – Saúde 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
• Lei n° 9.787 (CF 1988) - fracionamento de medicamentos 
A Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 que autoriza e uma Resolução da Anvisa de 2006 
que regulamenta o fracionamento de medicamentos. Com o fracionamento, evita-se que o 
usuário mantenha sobras de medicamentos em casa, diminuindo a possibilidade de efeitos 
adversos e intoxicações, derivados da automedicação. Além disso, há menor impactoambiental decorrente do descarte de medicamentos. 
• Lei 8080-1990 (CF) - Lei do SUS 
É dever do Estado garantir a saúde e a execução de políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que 
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
• Artigo 6° (CF 1988) – Direitos sociais 
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
• Estatuto da Criança e do Adolescente (8069-1990/CF) – 
Integridade da criança e adolescente 
Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. A criança e o 
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros 
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
• Artigo 225 (CF 1988) – Meio ambiente 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
• Novo Código ambiental (2012) – Meio ambiente 
O Novo Código Florestal flexibilizou a legislação ambiental. 
 
 
• Relatório Brundtland (1987) – Nosso Futuro Comum 
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório 
Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões 
de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser 
humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação do 
crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais. 
Ressalta, ainda, os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade 
de suporte dos ecossistemas. O desenvolvimento sustentável é concebido como “o 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” 
• ECO-92/Rio 92 (1992) 
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também 
conhecida como Eco-92, Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro e 
Rio 92, foi uma conferência de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas e realizada de 
3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu objetivo foi debater os 
problemas ambientais mundiais. 
• Rio +20 (2012) 
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 
13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque 
marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável 
para as próximas décadas. O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político 
com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na 
implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento 
de temas novos e emergentes. 
• PNRS (2010) – Lixo 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei (Lei nº 12.305/10) que organiza a forma 
com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no 
gerenciamento de seus resíduos. A lei prever, dentre seus principais objetivos, o fim dos lixões 
e maior incentivo às praticas sustentáveis, tais como reciclagem e reaproveitamento dos 
rejeitos. 
• Artigo 5º (CF 1988) 
Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade (princípio da isonomia). 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chefe_de_Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
 
 
• Artigo 205 (CF 1988) 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
• Marco Civil da Internet (2014) 
Marco Civil da Internet – lei aprovada em 2014: é a lei que regularia a internet no Brasil. Tem 
a função social de garantir a liberdade de expressão e a transmissão de conhecimento, além de 
impor obrigações de responsabilidade civil aos usuários e provedores. 
• OMS – Conceito de saúde 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo 
bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de 
doenças e afecções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia 
funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social). 
• Artigo 220 (CF 1988) – liberdade de expressão 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta 
Constituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_civil
 
 
Filmes/Séries/Documentários 
• Mad Men (série) – vício em trabalho 
A trama gira em torno de Don Draper, um protagonista interpretado por John Hamm, que é 
um publicitário viciado em trabalho. 
• Black Mirror Ep. “Arkangel” (série) – Super proteção dos 
pais/ alienação dos filhos/ importância dos sentimentos 
negativos 
Nesse episódio é desenvolvida uma tecnologia na qual um chip é implantado em uma criança, 
permitindo que a mãe saiba sua localização, acesse a visão da mesma, monitore sinais vitais 
como batimentos cardíacos e ainda possibilita ativar um filtro que impede que a criança veja 
algo que possa lhe fazer mal, como um ato de violência ou um perigo. Além do questionamento 
evidente sobre o limite tênue entre a proteção dos pais e a liberdade dos filhos, há um 
questionamento importante sobre o papel das emoções negativas na construção de uma 
personalidade. Ao poupar as crianças destas situações de estresse elas se tornam despreparadas 
para a vida, incapazes de distinguir o certo do errado. 
• Oceanos de plástico (documentário) – poluição dos 
mares 
O documentário “Oceanos de plásticos” mostra a poluição dos oceanos por plásticos e o seu 
impacto para os animais, pessoas e os ecossistemas. De acordo com o documentário, nossos 
oceanos são arrastados por cinco grandes correntes, resultantes dos ventos e da rotação da 
Terra. O que ocorre é que o lixo lançado nos rios e nas praias acaba sendo levado para os 
oceanos e, pelo efeito das correntes, formando as famosas ilhas de plástico. Dessa forma, 
animais acabam por confundir o plástico com alimentos e morrem por ingerir tais objetos. 
• Você não conhece o Jack (filme) – Eutanásia 
O filme “Você não conhece o Jack” aborda o polêmico tema da eutanásia e, como todo tema 
polêmico, é permeado por debates dicotômicos: se por um lado há o lado científico da 
questão, por outro há também o lado religioso acerca do tema. Retratando a história verídica 
de Jack Kerkovian, ou simplesmente “dr. Morte”, o filme aborda sua luta pelo direito do 
suicídio assistido. Para que o paciente posso escolher o final de sua própria vida, Jack inventou 
a “maquina suicídio” que permitiao paciente dar um fim ao que ele denominava de o próprio 
“sofrimento”. 
• Black Mirror Ep. “Queda livre” (série) – internet/ redes 
socias/ busca por status/ 
No episódio “Queda livre”, da série Black Mirror, é apresentada uma distopia de sociedade na 
qual as instâncias sociais se definem a partir de avaliações mediadas por uma rede social. A 
trama mostra o quanto a interação e aceitação na mídia digital se tornaram decisivas para 
obter benefícios na sociedade, que se organiza tendo estas avaliações como base para divisão 
 
 
de classes, qualificação para emprego, relacionamentos e até comércio. A crítica mora na 
supervalorização do elemento da rede social, mostrando um povo escravo do status. 
• Pro dia nascer feliz (documentário) – Educação 
O documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, dirigido por João Jardim, mostra a realidade em que 
algumas escolas do ensino médio do País se encontram, retratando a grande diferença social e 
cultural, a violência dentro das escolas, evasão escolar, alunos indisciplinados e a questão da 
família e escola além do sucateamento das instituições de ensino. Pode-se perceber que isso 
acontece na maioria dos lugares do país, o que mostra como o sistema brasileiro de educação é 
falho. O documentário mostra como nas escolas públicas o professor é obrigado a trabalhar em 
situação precária, tanto na infraestrutura como na parte pedagógica, principalmente em escolas 
de periferia, onde a violência é bem visível. Pode-se perceber, também, a diferença dos perfis 
de alunos que se resume em social e econômico que é a característica do nosso país. Os que não 
têm condições não conseguem se qualificar de uma forma apropriada para competir com os da 
elite, que estão bem mais preparados. 
• Nunca me sonharam (documentário) – Educação 
Nunca me sonharam é um documentário dirigido por Cacau Rhoden, lançado em maio de 2017. 
A produção tem como foco depoimentos de jovens de camadas populares de diferentes regiões 
do Brasil, de professores e de especialistas da área da educação sobre a realidade da oferta do 
Ensino Médio em escolas públicas. Ao colocar em cena pessoas reais, cujos depoimentos são 
fruto de histórias vividas, a obra fílmica faz pensar sobre os desafios do tempo presente e as 
expectativas para o futuro de quem é submetido a uma escolarização que, apesar de 
historicamente referendada como um “problema” da educação nacional, é reconhecida por seu 
público como necessária para a construção de uma vida melhor. O documentário mostra que é 
possível fazer uma educação de qualidade, quando Estado, Escola e Sociedade trabalham em 
conjunto para fazer um ensino de melhor qualidade para suas crianças. Nova ou velha, a 
educação tem como função garantir que os jovens sonhem, e possam, sem distinção de sexo, 
gênero, raça e classe, buscar por uma vida melhor. 
• Sicko (documentário) – Saúde 
SiCKO é um documentário de Michael Moore que critica o sistema de saúde dos Estados Unidos 
da América e apresenta como negociatas políticas e lobbying de seguradoras de saúde e 
empresas farmacêuticas mantêm um sistema que trata saúde como mercadoria, martirizando 
vidas em nome do lucro. O exemplo de outros países que adotaram a medicina socializada serve 
para mostrar uma proposta alternativa de saúde, entendida como um direito de todos, 
financiado solidariamente pela sociedade e garantido através de políticas públicas e práticas 
eficazes. Apesar de produzido há nove anos, o filme é atual por sensibilizar a defesa do acesso à 
saúde como um direito. 
• História da saúde pública no Brasil (documentário) – 
Saúde 
A saúde, como retratada no documentário, a partir do início do século XX, sempre esteve 
vinculada às forças políticas e econômicas vigentes no país. Os investimentos e o próprio 
conceito de saúde oscilavam de acordo com essas forças, uma vez que eram elas as responsáveis 
 
 
por delimitarem as condições desse âmbito. Junto a isso, também há uma dicotomia que divide 
as formas de se acessar saúde ao longo do tempo: médicos privados versus casas de caridade; 
contribuintes do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPs) versus não contribuintes ;Hospitais 
Gerais versus Centros de Saúde; Movimentos sociais versus sucateamento da saúde; Sistema 
Único de Saúde (SUS) versus atendimento privado. O documentário mostra como o atendimento 
privado permanece voltado principalmente a assistência médica, se baseando em um conceito 
de saúde como ausência de doença e articulado ao capitalismo, sendo seu foco a internação 
pois, quanto mais tempo se permanece em tratamento, maior lucro é gerado para a empresa. 
Em contrapartida, o SUS tem suas ações norteadas pela ideia de promoção de saúde e 
prevenção de doença, aproximando-se da população não somente para curar doenças, mas 
também para preveni-las. 
• SUS: 30 anos (documentário) – Saúde 
O documentário “SUS: 30 anos”, foi feito em comemoração ao aniversário da Constituição de 
1988, que consagrou a saúde pública como um direito de todo cidadão e dever do estado. O 
vídeo traz depoimentos de enfermeiros brasileiros que trabalham no Sistema Único de Saúde 
(SUS). Narrado pelos profissionais que atuam na ponta do atendimento ao usuário, o 
documentário mostra que Enfermagem está em todos os setores do SUS e à frente de vários 
programas, como o Programa Saúde da Família (PSF), na Atenção Básica (ou Atenção Primária). 
O documentário explica ainda que o SUS incluiu 60 milhões de brasileiros antes sem acesso à 
assistência de Saúde e contribuiu, nestes 30 anos, para redução da mortalidade infantil e 
aumento da expectativa de vida dos brasileiros. 
• A lei da água (documentário) – Meio ambiente 
O documentário denominado "A Lei da Água" traz importante discussão acerca do Código 
Florestal de 2012, destacando a relação intrínseca entre preservação ambiental e meio 
ambiente equilibrado. Ademais nos mostra como este direito constitucionalmente assegurado 
é posto em segundo plano quando a agroindústria, o seu discurso concernente ao 
desenvolvimento e a produção de alimentos se assenta em posição de importância maior, em 
detrimento dos recursos naturais e de tudo o que representam para subsistência do ser 
humano. É possível identificar no decorrer do documentário que é ínsita a importância da 
preservação da mata nativa para a garantia da saúde da população, haja vista que a floresta é 
um fator de importância capital para a preservação dos recursos naturais, especialmente para 
um recurso sem o qual não é possível a produção e o desenvolvimento, qual seja a água. 
• Ilha das flores (documentário) – pobreza/fome/ lixo/ 
desigualdade 
O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara 
profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais 
racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando 
a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o 
processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A 
lamentável condição de subsistência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas. 
A ideia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala 
de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de 
cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros 
 
 
seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária. 
Durante o filme através dedados científicos e empíricos mais uma vez o contrassenso é 
ratificado, pois está inserido na sociedade de consumo, que mesmo formada por seres racionais, 
produz algo irracional: a desigualdade. A desigualdade social é elemento cada vez mais presente 
no cotidiano das cidades brasileiras. Este fenômeno tem se caracterizado como marca dos 
grandes centros urbanos, quesão capazes de congregar, em uma mesma localidade, diferentes 
grupos sociais com interesses econômicos, políticos e sociais antagônicos. 
• O lixo extraordinário (documentário) – lixo/reciclagem/ 
desigualdade/condição dos catadores 
 O documentário “Lixo Extraordinário” retrata um trabalho do artista plástico Vik Muniz e seu 
envolvimento com catadores do lixão de Jardim Gramacho – RJ. Vik realiza obras de arte com 
ajuda dos catadores, utilizando os materiais encontrados no lixão para formar imagens incríveis 
dos trabalhadores locais, transformando suas vidas. Além da criatividade e beleza das obras, o 
documentário apresenta a realidade de pessoas que vivem em condições críticas de pobreza e 
saneamento, e também no problema ambiental da disposição de resíduos sólidos. As dimensões 
do aterro e a quantidade de lixo são enormes. O documentário também mostra as situações dos 
lixões, em que todo resíduo em putrefação fica exposto e as pessoas dividem espaço com 
incontáveis urubus. A estrutura irregular na disposição de lixo é notável, a falta de 
procedimentos de segurança e proteção ambiental é característica de um lixão, diferente de um 
aterro sanitário que possui impermeabilização contra contaminações, cobertura vegetal e 
escapes de gás metano. Isso demonstra uma falha no gerenciamento de resíduos de uma grande 
cidade, que pode ser corrigida com uma boa gestão urbana. Além dessa problemática, as 
condições de trabalho dos catadores são evidentemente desprezíveis, possuem contato direto 
aos diversos resíduos gerados por 70% do Rio de Janeiro, isso inclui altos riscos de contaminação 
e susceptibilidade a diversos tipos de doenças. 
• TRASHED – Para onde vai o nosso lixo? (documentário) - 
lixo 
O Documentário, “TRASHED – Para onde vai o nosso lixo?” de 2012 com direção de Cândida 
Brady, faz uma dura crítica sob a forma e a quantidade de lixo que é produzido a cada dia em várias 
partes do planeta, sendo que muitos deles não são descartados de forma correta. A Partir disso 
começa a ser apresentando e debatido o que devemos fazer com os bilhões de toneladas de lixo 
que são produzidas diariamente em todo o planeta, surgindo também à noção do despreparo em 
lidar com essa questão que é imponente para o desenvolvimento humano. Um tema importante 
do documentário é o plástico que se acumula no solo, na água e no ar e libera substâncias 
altamente nocivas para os seres humanos e o meio ambiente. Plásticos são, segundo o filme, uma 
espécie de quebra-cabeças para a humanidade: não são biodegradáveis, não podem ser 
queimados – sua queima libera substâncias altamente tóxicas – e enterrá-los adia o problema para 
as gerações futuras. 
 
 
 
 
• The True Cost (documentário) – indústria da moda/ 
exploração trabalhista/consumismo/ meio ambiente/ 
poluição 
“The true Cost” aborda de forma clara o impacto estarrecedor da indústria da moda em milhões 
de pessoas e ao nosso planeta, bem como os efeitos deletérios. O documentário foi gravado em 
diversas localidades pelo mundo procurando abordar os diferentes aspectos e impactos da 
indústria da moda em nossa sociedade. Com a globalização, os negócios se tornaram 
internacionais, as grandes marcas da moda fazem contratos com aqueles fornecedores que 
oferecerem melhor preço, na busca sempre do maior lucro. Invariavelmente, as roupas acabam 
sendo confeccionadas no terceiro mundo, onde a mão de obra é mais barata. Os donos das 
fábricas têxteis devido às margens de lucro apertadas submetem seus empregados a condições 
de trabalho inseguras e que beiram ao trabalho escravo. Segundo o documentário, é o segundo 
setor que mais polui o mundo, atrás apenas da indústria do petróleo. The true cost ainda aborda 
as consequências danosas desse consumismo: o esgotamento dos recursos naturais, o uso de 
pesticidas e sementes modificadas geneticamente para manter a produção de algodão alta o 
suficiente para atender a demanda da produção, a consequente poluição do meio ambiente e 
problemas de saúde decorrentes dessa poluição. 
• Ser Tão Velho Cerrado (documentário) – Meio ambiente 
Ser Tão Velho Cerrado, disponível na plataforma de streaming Netflix, é um documentário 
brasileiro de 2018 dirigido por André D'Elia. O filme problematiza a degradação ambiental do 
Cerrado, que preocupa os moradores em torno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, 
em Goiás, e levanta questões importantes na comunidade científica acerca da agricultura 
familiar e do agronegócio. A principal informação que o documentário busca passar é a 
necessidade de combate a indiferença do governo para a destruição desse bioma único no 
mundo que é o Cerrado. O filme é uma possibilidade de conscientizar a todos que não estão 
atentos sobre essa devastação ambiental, e gerar reflexões e debates nas escolas e 
universidades. 
• Minimalism (documentário) – consumismo 
 
O documentário “Minimalism: a documentary about the important things” (Minimalismo: um 
documentário sobre as coisas importantes), disponível na Netflix tematiza o movimento que 
prega que viver com menos posses dá liberdade, principalmente financeira, para se ter uma vida 
com mais propósito e focar no que realmente importa, como passar mais tempo com a família 
ou buscar um emprego no qual é possível ter maior satisfação, ainda que não se receba um 
salário de dois dígitos por ele. Também chama atenção como o documentário aborda o fato de 
que o minimalismo não significa desfazer-se de tudo o que você tem e permanecer apenas com 
o necessário, apesar de essa ser uma premissa básica, mas sim de desfazer-se daquilo que não 
lhe traz sentido. Eles falam sobre como não há uma obrigatoriedade, por exemplo, de livrar-se 
de itens de coleção, mas incentivam a refletir sobre isso, sobre o quanto as coisas que possuímos 
realmente dão e têm algum sentido para a nossa vida. 
 
https://www.netflix.com/br/title/80114460
https://www.netflix.com/br/title/80114460
 
 
• Parasita (filme) – problemas urbanos/ pobreza/ 
desigualdade/ 
O filme acompanha a família Kim, composta por um casal de desempregados e dois filhos que 
vivem em um apertado imóvel semi-subterrâneo. Em uma zona perigosa e marginalizada da 
cidade, eles trabalham dobrando caixas de pizza para sustentar suas necessidades básicas. Um 
dos filhos Kim é contratado pelos Park, uma família milionária que vive no alto de um grande 
morro e que aponta o contraste social de renda. A deslumbrante casa em que os Park residem 
e o luxo de que usufruem espanta o humilde jovem Ki-woo, contratado como tutor de inglês. 
Em uma das principais cenas do filme, uma forte tempestade atinge a cidade e causa a completa 
inundação do apartamento dos Kim. Eles são deslocados a um ginásio com dezenas de famílias 
desalojadas e, no dia seguinte, Sr. Kim escuta a senhora Park agradecendo a mesma chuva: “Hoje 
o céu está tão azul e sem poluição, graças à chuva!”. 
• A escala humana (documentário) – problemas urbanos 
O documentário apresenta a realidade do século XXI, onde cerca de 50% das pessoas vivem em 
áreas urbanas e geram impactos negativos. A partir disso, durante 40 anos o arquiteto 
dinamarquês, Jan Gehl estudou o comportamento humano e como redesenhar as cidades. A 
trama analisa por meio dos pensamentos de Gehl como diminuir o tráfego de carros e tornar as 
cidades mais preparadas para pedestres. Aborda ainda sobre os impactos nas cidades ao se 
construir novos prédios. Suas percepções já foram adaptadas para as metrópoles da China, 
Austrália, Bangladesh e Nova Zelândia. 
• Edifícios master (documentário) – problemas urbanos 
Em edifício Master, Eduardo Coutinho realizou um trabalho ímpar, com depoimentos de 37 
moradores do famoso edifício carioca, com mais de 200 apartamentos conjugados que abriga 
cerca de 500 pessoas. De uma maneira descontraída e inovadora os depoimentos abordam as 
diferentes identidades contidas em um local tão limitado como é um prédio, mostrando como 
aquilo que é local,se torna universal, diante da pluralidade existente entre os moradores, assim 
o Edifício Master abriga pessoas de diferentes origens, idades, condições sociais, sentimentos e 
histórias. Fatores como a violência retratada na sociedade atual, têm levado as pessoas a se 
enclausurarem cada vez mais nos seus lares, acarretando a destruição de vários elos que 
ocorrem no contexto de vizinhança e relações inter-pessoais. Partindo disso, Eduardo Coutinho, 
propõe um novo olhar sobre essas características da sociedade atual e de toda a estrutura 
habitacional que ocorre no âmbito moderno. 
• Perrengue (documentário) – mobilidade urbana 
Nascido da indignação com o problema corriqueiro do trânsito paulistano, o documentário 
“Perregue”, dirigido por Murilo Azevedo, mostra a história diária de 4 moradores da cidade de 
quatro pontos distantes de São Paulo com sua interação com o transporte público; a lotação e 
o estresse presentes na rotina de quem depende desses meios de transporte. O documentário 
também discute a formação da metrópole e da mobilidade dentro dela e o papel do carro no 
planejamento de grandes cidades, que frequentemente tem um papel muito central, em 
detrimento aos transportes públicos responsáveis pela mobilidade das massas. 
 
 
• 130 km – vida ao extremo (documentário) – mobilidade 
urbana 
O caos de uma metrópole mostrado nos passos e descrito nas palavras de quatro pessoas que 
sentem na pele os problemas de morar nas periferias de São Paulo. A quase inexistente oferta 
de emprego e os rastros de uma cidade mal estruturada ao longo das décadas se refletem nas 
jornadas diárias de Maria Ednete, Heraldo, Flávia e Mateus, moradores dos quatro bairros 
extremos da capital paulista - Marsilac, Cidade Tiradentes, Tremembé e Raposo Tavares - que 
desafiam a imobilidade urbana da cidade. Assim como milhares de paulistanos, os quatro 
enfrentam longas distâncias, congestionamentos e transportes coletivos precários para chegar 
ao emprego na região central, motivados pelos anseios por uma vida melhor. 
• Intolerância.doc (documentário) – preconceito/ 
minorias/ discurso de ódio 
Episódios violentos de intolerância motivados pela cultura do ódio são cada vez mais comuns. O 
documentário “Intolerância.doc”, de Susanna Lira, se debruça sobre os crimes em São Paulo 
envolvendo rivalidades entre torcidas organizadas de times de futebol, entre grupos skinheads 
e punks, e de gangues contra minorias LGBT. Intolerância.doc é um documentário que mergulha 
em um aspecto da sociedade brasileira pouco abordado com profundidade: o crescimento dos 
crimes de ódio no país e o que está por trás dos discursos de intolerância. No Brasil, que sempre 
foi reconhecido internacionalmente pela mistura de raças, ecumenismo de credos e até uma 
certa liberdade sexual, ironicamente, são cada vez mais noticiados delitos de racismo, 
xenofobia, homofobia e disputas sangrentas por causa de religião, futebol e até linchamentos. 
Observando os fatos, investigando de perto os crimes, conhecendo as vítimas, ouvindo os 
motivos alegados pelos algozes, podemos visualizar e refletir sobre um país que se confronta 
cada vez mais com suas contradições. 
• Por que odiamos? (documentário) – discurso de ódio/ 
preconceito/ minorias/ violência 
Série documental “Por que Odiamos” do canal Discovery Channel avalia eventos que 
disseminaram ódio no mundo através de estudo sobre o que fez a humanidade chegar a esse 
ponto. O primeiro episódio examina o tribalismo. O que faz os fãs de uma equipe esportiva 
odiarem os fãs de seus arqui-rivais? Por que nosso discurso político nos dias de hoje parece o 
certo, sem espaço para discussão ou compromisso? Por meio de várias entrevistas, 
especialmente com “detetives do ódio”, como a cientista cognitiva Laurie Santos e o 
neurocientista Emile Bruneau, o episódio explora por que pessoas individuais se identificam com 
certos grupos a ponto de se tornarem parte de um coletivo irracional. Em outros episódios desta 
série, outros “detetives” analisam as origens da capacidade de ódio da raça humana, algumas 
das ferramentas e táticas usadas para fomentar o ódio, como acontecem genocídios e crimes 
contra a humanidade e, finalmente, como podemos resistir aos nossos piores instintos e viver 
juntos de uma maneira mais esperançosa e pacífica. 
 
 
 
• 22 de julho (documentário) – intolerância/ violência/ 
terrorismo/ minorias 
O dia 22 de julho de 2011 entrou para a história da Noruega por um motivo muito, muito 
trágico: esta é a data em que o nacionalista Anders Behring Breivik escolheu para perpetrar 
seus ataques terroristas. Anti-islâmico e fundamentalista cristão, o criminoso matou 76 
pessoas, compondo uma tragédia que agora chega à sétima arte pelas lentes de Paul 
Greengrass - confira acima o impactante trailer de 22 July, baseado na história de Breivik e nas 
consequências de seus atos. já tinha assistido o filme utoya onde você tem uma perspectiva de 
estar sendo perseguido pelo terrorista dentro da Ilha. 
• Olhos azuis (documentário) – intolerância/ preconceito/ 
minorias 
A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 “Olhos 
azuis”, em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, 
baseada na cor dos olhos das crianças. A ideia central desse documentário é fazer com que os 
brancos venham sentir na pele o sofrimento dos negros, provocado pelo preconceito racial. As 
pessoas de "Olhos Azuis" recebem rótulos, baseado na cor de seus olhos, por um dia, com todos 
os rótulos negativos usados contra as mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com 
deficiência física e todas outras que sejam diferentes fisicamente. 
• Olhos que condenam (série) – estupro/ violência policial/ 
racismo 
“Olhos que Condenam” é uma minissérie estadunidense do gênero drama, criada por Ava 
DuVernay e distribuída pela Netflix. Baseada em uma história real, “Olhos que Condenam” 
retrata o famoso caso dos Cinco do Central Park – cinco adolescentes negros do Harlem 
condenados por um estupro que não cometeram. O famoso caso dos “Cinco do Central Park” 
diz respeito a um estupro brutal e tentativa de homicídio de uma corredora branca, Trisha Meili, 
no conhecido parque da cidade de Nova Iorque. Embora não tenham sido eles os culpados, o 
evento demonstra a terrível recorrência da violência sexual às mulheres nos contextos mais 
imprevisíveis. Falar de violência contra a mulher nos faz lembrar de um problema social 
brasileiro que pode ser tema de redação: As altas taxas de feminicídio no Brasil. Ao encontrar a 
corredora à beira da morte, a polícia rapidamente associou o evento ao tumulto e à arruaça que 
jovens negros faziam no parque. Mais cedo, diversos deles haviam sido levados à delegacia, 
inclusive um deles agredido por um policial, usando seu capacete. Então, os investigadores 
decidem encerrar logo o caso inventando denúncias aos jovens, fazendo falsas promessas, 
interrogando-os sem a presença dos pais ou de advogados e incriminando-os com falsas e 
confusas confissões forçadas. Os eventos retratados na série têm uma mensagem explícita: o 
racismo está velado até nas instituições governamentais, injustamente acusando e condenando 
um seleto grupo. Em 18 de abril de 1989, poucos jovens negros causaram confusão no parque, 
e todos, de um grupo grande de inocentes de qualquer ato, foram levados violentamente à 
delegacia. A promotoria e a opinião pública midiática não tiveram receio em acusar crianças de 
um estupro brutal, desumanizando e maltratando os jovens, porque, para eles, eram “animais”. 
O que seria diferente se fossem brancos? 
 
 
• 13º Emenda (documentário) – sistema carcerário/ 
racismo/ invisibilidade social 
A 13ª Emenda é um documentário estadunidense de 2016 dirigido por Ava DuVernay e escrito 
por DuVernay e Spencer Averick. Centrado no sistema carcerário e étnico no país de origem do 
filme, o título é umareferência à décima terceira alteração na Constituição dos Estados Unidos, 
a qual, segundo o filme, foi uma alternativa de manter trabalhos braçais mesmo após a abolição 
da escravidão, com o processo de encarceramento em massa. apesar de abrigar apenas 5% da 
população mundial, os Estados Unidos têm 2,3 milhões de pessoas em situação de prisão, ou 
seja, mais de 25% dos presos do planeta. Dessa população presidiária, 40% é formada por 
negros, percentual muito grande, considerando que representam apenas 12% da população 
total do país. Em seguida, traz a reflexão de que o sistema “ficou caro demais”, “saiu do 
controle”, em uma nítida preocupação com os custos dessa política, o que induz à necessidade 
de sua reformulação. Essa análise atuarial e pautada na governamentalidade traz, ainda, uma 
reflexão essencial e muito mais profunda do que os dados sobre encarceramento: se antes a 
escravidão era um sistema econômico - e o término da escravidão, no fim da Guerra Civil, 
fragilizou os meios de produção do Sul do país -, após o fim desse regime, o que aconteceu foi 
uma rápida transição para a criminalidade negra. 
• Cara gente branca (série) – preconceito/ racismo 
Cara Gente Branca, é uma série no formato sátira produzida pela Netflix e adaptada do filme 
homônimo Dear White People, de 2014. A série, então, utiliza o mesmo humor crítico (e 
exagerado) para tratar de um embate cultural entre brancos e negros, deflagrado por uma festa 
de Halloween onde vários alunos brancos se fantasiam com a "blackface", pintura facial que 
imita os negros de forma pejorativa. A série "Cara Gente Branca" retrata, em vários episódios, 
uma problemática presente no Brasil: a apropriação cultural. Nesse sentido, atualmente, vários 
brasileiros sofrem com permanência desse ato, que ainda é tratado como um tabu. Decerto, 
fatores como a expropriação cultural e o racismo contribuem para o agravamento dessa 
situação. 
• Filadélfia (filme) – preconceito/ portador de HIV/AIDS 
/homofobia 
“Filadélfia” é um filme norte-americano de 1993, do gênero drama, e um dos primeiros filmes 
comerciais de Hollywood para reconhecer o HIV/AIDS, homossexualidade e homofobia. O filme 
conta a história de Andrew Beckett, um advogado homossexual que trabalha para uma 
prestigiosa firma em Filadélfia. Quando fica impossível para ele esconder dos colegas de 
trabalho o fato de que tem AIDS, é demitido. Torna evidente, diante dos fatos, a demissão ter 
sido causada por preconceito e articulada de forma que pudesse ser enquadrada por 
incompetência. Após o ocorrido, Andrew procura algum advogado que o represente em ação 
que deseja mover contra sua antiga empresa, em vão, pois nenhum quer representa-lo. Então, 
ele resolve procurar Joe Miller, advogado conhecido por mover ações contra grandes empresas, 
porém, num primeiro momento este se recusa a aceitar, sendo evidente por suas ações o 
preconceito contra ele, por ser soropositivo e também homossexual. No desenrolar da história, 
Joe Miller vai nitidamente mudando sua forma de olhar seu semelhante e defende a causa de 
Andrew Backett ferrenhamente, logrando êxito na lide imposta contra adversário poderoso, o 
 
 
que parecia impossível. Interessante observar aqui, mesmo a história sendo em outra cultura, 
com ordenamento jurídico diverso do brasileiro e numa forma de julgamento distinta do nosso 
para o caso, o preconceito que se observava na época do filme ainda é latente nos dias atuais, 
mesmo com nossa legislação em constante mutação, tentando resguardar os interesses dos 
menos favorecidos. 
• Clube de compras dallas (filme) – preconceito/ 
soropositivo/ HIV/AIDS 
Em 1986, o eletricista texano e preconceituoso Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é 
diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando 
tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México. Sensibilizado pela 
infecção, em uma mudança gradual e não caricato Ron Woodroof abandona as drogas, evita o 
sexo; transformando-se em um homem bom. Com ajuda do travesti Rayon, igualmente 
infectado pela doença, revendem vitaminas e outros remédios comprados fora dos Estados 
Unidos aos outros contagiados. Ron Woodroof então luta pelos direitos dos soros positivos, para 
que possam escolher o tratamento que querem usar. O filme se passa em Dallas no estado do 
Texas, um estado conhecido por ser muito fechado com esse tipo de situação, você soma isso 
com a mentalidade geral que era em 1985, mais uma doença recém descoberta, epidêmica e 
que gera preconceitos até hoje. Ron levava uma vida promiscua, e isso é importante para se 
perceber como ele chegou naquela fase. Ele passa a pesquisar por contra própria sobre a 
doença, descobre como se pega, e tem aquela lembrança nítida de como ele contraiu a mesma. 
Também conhece outras formas de tratamento, e ao testa-las percebe que pode ganhar 
dinheiro vendendo-as. Clube de compras Dallas mostra como foi o início da descoberta da AIDS 
e o desespero das pessoas que a contraiam e não tinham alternativas para combater a indústria 
farmacêutica que só pensava em lucros ao invés de pensar em salvar vidas. Essas "vitaminas" 
vendidas por Ron foram o início dos coquetéis que temos hoje, o que comprova que sua luta 
valia a pena. 
• The normal heart (filme) – AIDS/ preconceito 
Drama original HBO que narra a história do início da crise da AIDS em Nova York nos anos 80, 
com foco no esforço de vários ativistas gays e seus aliados na luta para expor a verdade sobre a 
epidemia para uma nação que está negando os fatos. The Normal Heart conta a história da 
descoberta do vírus da AIDS em 1981. Passado em Nova York, o que começa com um tom leve 
de amigos gays se reunindo na praia logo muda de clima. E o clima do filme se tornará cada vez 
mais pesado, a ponto de você se encontrar afundando no sofá durante a exibição. No 
surgimento da AIDS na década de 80, a doença era tratada como uma praga gay, uma doença 
‘enviada por Deus’ para livrar o planeta dos pecadores. Demorou muito para que governo, 
órgãos de saúde e a população em geral percebesse que a doença não atacava somente gays. 
Ou mesmo para perceber os meios de transmissão. Enquanto isso, ela se alastrava por outras 
cidades e países e ia destruindo vidas com rapidez impressionante. Depois de ver um amigo ser 
sucumbido por uma nova doença, a AIDS inicialmente chamada de “câncer gay”, que estava 
matando pacientes gays consultados pela Dra. Emma Brookner (Julia Roberts), Ned Weeks 
(Mark Ruffalo) pretende organizar mais ação para combater essa doença, mesmo que sua 
personalidade possa ameaçar e afastar as pessoas ao seu redor. 
 
 
 
• Quando sinto que já sei (documentário) – educação 
Que nossas escolas estão inadequadas às exigências do nosso tempo é quase um consenso... 11 
em cada 10 pais, professores, alunos, educadores, pesquisadores e palpiteiros de Educação 
repetem essa mesma cantilena. O que é mais raro de se ver são pais, professores, alunos, 
educadores, pesquisadores e palpiteiros sobre educação trilhando ou explorando outras 
possibilidades para que a escola se torne adequada ao presente (e futuro) de nossas 
crianças/jovens... Neste contexto, é muito bem-vindo a proposta do documentário "Quando 
sinto que já sei" (financiado coletivamente via Catarse) que se propõe apontar algumas destas 
"experiências" de reinvenção da escola ou, como eles mesmos se autodefinem: "O 
documentário “Quando sinto que já sei” registra práticas educacionais inovadoras que estão 
ocorrendo pelo Brasil. A obra reúne depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais de 
diversas áreas sobre a necessidade de mudanças no tradicional modelo de escola." 
• Esperando pelo super-homem (documentário) – 
educação 
Esperando Pelo Super-homem acompanha cinco crianças norte-americanas e seus pais que 
desejam obter uma educação pública decente, mas que acabam tendo que entrar em uma 
loteria,em formato de bingo, para obterem uma boa escola, porque os colégios próximos às 
suas casas são fracassos estrondosos. O destino do país não será decidido em um campo de 
batalha, será determinado em uma sala de aula. O trecho apresenta a história das escolas 
públicas americanas, desde a década de 70. Inicialmente, retratado pelos filmes, eram os 
melhores do mundo não só nesta área, mas também na economia. Geoffrey Canada, educador, 
comenta sobre a entrada da China no mercado mundial e seu atual domínio, e enfatiza que os 
EUA não estão acompanhando as mudanças do mundo na educação. Tal dado é confirmado 
pelos resultados dos testes internacionais, nos quais o desempenho do país tem decaído em 
matemática e linguagem, porém continua crescendo em confiança. 
• Sociedade dos poetas Mortos (filme) – educação 
A sociedade dos poetas mortos, filme norte-americano, mostra a conexão de um professor--
Jonh Keating-- com seus alunos, despertando neles o desejo pela arte e de pensar sobre seu 
futuro. Nesse contexto, um novo professor, John Keating, confronta os ideais conservadores da 
instituição, que pouco valoriza expressões artísticas e limita a liberdade dos estudantes. Keating 
estimula o pensamento crítico e autônomo dos jovens e os ajuda a enxergar o mundo de um 
ponto de vista diferente, perseguindo suas paixões e assumindo as rédeas das próprias vidas. 
Dessa forma, tenta acabar com a passividade frente a um sistema autoritário que não permite 
que reflitam sobre suas trajetórias e desejos. 
• Garapa (documentário) – fome/ pobreza 
Garapa é um documentário brasileiro de 2009, dirigido por José Padilha. O documentário tem 
como tema a fome no mundo. No filme, inteiramente captado em preto e branco, Padilha 
registra o cotidiano de três famílias que vivem em condições de subnutrição. Alguns indivíduos 
escolhidos entre os 12 milhões de brasileiros que, segundo dados da ONU, vivem sob "risco 
nutricional". O que isso quer dizer? Em língua de gente, que elas não morrem de fome, mas 
 
 
nutrem-se de maneira tão inadequada que é como se de fato não tivessem o que comer. O título 
vem do hábito das mães de família de preparar uma infusão de água com açúcar para enganar 
a fome das crianças, e também dos adultos. 
• Take your pills (documentário) – automedicação 
O documentário lançado em 2018, Take your pills (tome suas pílulas em tradução para o 
português) acompanha a vida de quem sempre tem que ter a disposição remédios estimulantes 
como a Ritalina e o Adderall. Estes são receitados para pessoas que possuem transtornos como 
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), no entanto tornou-se uma epidemia entre as 
saudáveis que os utilizam para melhorar a performance nos estudos ou no trabalho. Isso abre 
um debate sobre nossa sociedade atual, onde a competitividade e a alta demanda por 
resultados levam as pessoas à exaustão e, muitas vezes, a usar drogas para compensá-la e 
conseguir aumentar sua produtividade. A maioria dos casos retratados pelo documentário vai 
nesse sentido. Apenas dois entrevistados realmente tomam os remédios para controlar TDAH. 
O documentário mostra as diversas formas de doping comuns na sociedade atual: esportivo, 
acadêmico, laboral. 
• Icarus (documentário) – doping 
Icarus é um filme-documentário estadunidense de 2017 dirigido e escrito por Bryan Fogel e Mark 
Monroe, que segue a história de Fogel, um ciclista amador envolvido em um escândalo de 
doping com a ajuda do chefe do laboratório antidoping Grigory Rodchenkov. 
• Ela (filme) – impacto das novas tecnologias 
O enredo de “Ela” gira em torno de um homem que desenvolve uma relação pessoal com um 
assistente virtual de computador(OS),semelhante ao Siri do (IOS) ou Cortana da Microsoft, com 
uma voz feminina e personalidade. A trama do filme retrata uma vida futura, onde os tempos 
mudaram e a tecnologia avançou de modo a proporcionar a comodidade e facilidade ao 
cotidiano das pessoas, que por sua vez tornaram-se sujeitos solitários, carentes, infelizes, 
distanciados da realidade das relações humanamente calorosas, passíveis ao conforto abusivo 
e também prejudicial dessa ferramenta. Como demonstrado no filme em questão, diante de 
circunstâncias difíceis e desconfortáveis como luto, divórcio, desemprego, isolamento, 
rejeição onde o indivíduo não consegue lidar com suas experiências desagradáveis e que geram 
estados de angústia, consternação e vulnerabilidade emocional, o uso da internet pode ser 
enaltecido e o abuso dessa ferramenta tecnológica pode proporcionar uma espécie de válvula 
de escape, um aliciamento prazeroso para o mundo fantasioso e fictício, pois se acredita que o 
mundo virtual é capaz de oferecer um deslumbramento e a falsa sensação de apoio e 
acolhimento, tornando se uma fuga psicológica, que distrai e ajuda a fugir do real sentimento 
negativo, gerando alivio dos problemas e consequentemente o vício e dependência. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Siri_(software)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Cortana
 
 
• Eis os delírios do mundo conectado (documentário) – 
internet 
Neste documentário do diretor alemão Werner Herzog, somos colocados diante da questão da 
internet e como ela afeta nossas vidas. O filme é divido em capítulos que vão destacando o início 
da criação da internet pelos pioneiros da época, e de que forma seu crescimento atingiu a todos 
os seres humanos. Herzog destaca uma aura sagrada no nascimento da internet e também que 
mesmo entre os criadores dela existe visões destoantes. O documentário aponta para alguns 
problemas advindos da internet tais como de a excessiva dependência contemporânea do 
mundo virtual e invasão de privacidade. Mas também destaca como a internet tem facilitado a 
vida das pessoas de enormes formas e jeitos, perpassando pela ciência, tecnologia e diminuição 
das fronteiras entre as pessoas. 
 
 
 
História/Geografia 
 
• Revolta da Vacina 
Introdução (antecedentes) 
O início do período republicado da História do Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas 
populares. O Rio de Janeiro não escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um 
movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro (capital do país). O motivo que 
desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, 
contra a varíola. 
Situação do Rio de Janeiro no início do século XX (contexto histórico) 
A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta 
de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato, desencadeava constantes epidemias, 
entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava 
em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto. Preocupado com esta situação, 
o então presidente Rodrigues Alves, colocou em prática um projeto de saneamento básico e 
reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado, pelo 
presidente da República, para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o 
objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade. 
 Campanha de Vacinação Obrigatória: A campanha de vacinação obrigatória foi colocada em 
prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma 
autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as 
pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois, 
grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos. 
Revolta popular: As revoltas populares aumentavam a cada dia, impulsionada também pela 
crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida). Outro fato, que colaborou para o 
aumento dos protestos de rua, foi a reforma urbana, que retirou a população pobre do centro 
da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitaçõesmais simples. As 
manifestações populares e conflitos espalharam-se pelas ruas da capital brasileira. Populares 
destruíram bondes, apedrejaram prédios públicos e espalharam a desordem pela cidade. Em 16 
de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revogou a lei da vacinação obrigatória; 
colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia, para acabar com os tumultos. Em poucos 
dias, a cidade voltava a calma e a ordem. 
• Revolução Industrial 
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos 
XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal 
pelo assalariado e com o uso das máquinas. Até o final do século XVIII a maioria da população 
europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava 
todo o processo produtivo. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos 
realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura. 
 
 
A Primeira etapa da Revolução Industrial 
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o 
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o 
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução. 
A Segunda Etapa da Revolução Industrial 
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como 
Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da 
energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da 
locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações 
desse período. 
A Terceira Etapa da Revolução Industrial 
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a 
terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular 
seriam algumas das inovações dessa época. 
• Revolução Verde 
A revolução verde foi um processo que tinha por objetivo melhorar a área agrícola, uma espécie 
de modernização. Iniciado no final dos anos 1940 só foi batizado de “revolução verde” 26 anos 
depois, em 1966, na cidade de Washington. A ideia de modernizar a área agrícola tinha como 
meta elevar os níveis de produção no campo, processo que deveria ocorrer por meio da 
fertilização do solo, também do desenvolvimento de sementes através de melhorias genéticas, 
uso de insumos e poderosas máquinas que deveriam fazer dobrar a produção, além é claro, de 
derrubar os custos no campo. 
• Pólis Grega 
As pólis gregas eram as cidades-estado da Grécia Antiga. Estas cidades possuíam um alto nível 
de independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia política e econômica. Nas pólis não 
existia separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. Muitos 
habitantes das pólis, principalmente da nobreza, habitavam em casas de campo. O centro 
político-administrativo das pólis era a Acrópoles (geralmente a região mais alta da cidade-
estado). Na Acrópoles se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora 
(espaço em que ocorriam debates e decisões políticas) e a Gerúsia. Ao redor da pólis havia uma 
espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a 
manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis. 
• Urbanização não planejada 
Quando não há planejamento urbano, os problemas sociais se multiplicam nas cidades como, 
por exemplo, criminalidade, desemprego, poluição, destruição do meio ambiente e 
desenvolvimento de subabitações (favelas, por exemplo). A ausência de planejamento urbano 
em diversos municípios do país resultou em uma série de complicações, como por exemplo a 
 
 
desigualdade sócio-territorial, a qual se traduz na diferença da qualidade de infraestrutura em 
diferentes pontos das cidades; a ocupação irregular dos espaços ambientais e frágeis, que 
resultou na formação de áreas de riscos; a ausência de serviços de água e esgoto e do 
tratamento de resíduos sólidos; e a falta de mobilidade e transportes urbanos. Frente a este 
processo de urbanização histórico, que privilegiou um modelo de desenvolvimento focado em 
investimentos privados, os participantes do evento discutiram, sob o lema “Cidades Inclusas, 
Participativas e Socialmente Justas”, os desafios para a construção de uma cidade que dá 
prioridade aos cidadãos que nela vivem. 
• Reforma Urbanística do RJ - Pereira Passos 
No começo do século XX, o Rio de Janeiro era a capital do país e vivia um período de 
transformações. A nova imagem do Rio era planejada por Pereira Passos, prefeito da cidade, 
que queria dar ao Brasil características mais modernas, fugindo da visão de atraso, de país 
escravocrata. O prefeito se inspirou em Paris para fazer as reformas urbanísticas no Rio, 
construindo praças, ampliando ruas e criando estruturas de saneamento básico. Entre as 
principais heranças da gestão Passos estão o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas 
Artes e a Biblioteca Nacional. Incentivado pelo presidente Rodrigues Alves, Pereira Passos 
começou as reformas em 1903. O presidente levantou os recursos e o prefeito pôde realizar as 
obras, a higienização ficou nas mãos do médico Oswaldo Cruz, diretor do Serviço de Saúde 
Pública. A reforma urbana carioca foi inspirada na reforma feita em Paris no século XIX, entre 
1853 e 1870. Em sua gestão, Passos modernizou a Zona Portuária, criou a Avenida Central, hoje 
Rio Branco, a Avenida Beira-Mar e a Avenida Maracanã. A reforma Pereira Passos buscou 
adaptar a cidade também para os automóveis. É nesse período que o Rio de Janeiro vê a chegada 
da energia elétrica e a reorganização do espaço urbano carioca. O prefeito proibiu ainda a 
atuação de ambulantes. 
Dos cortiços ao Morro da Providência: mudança representada na novela Lado a Lado 
Foi nessa época que muitas favelas surgiram. Com a destruição dos cortiços, parte das pessoas 
foi para a periferia da cidade e a outra parte subiu o morro, formando favelas. Nos cortiços, os 
moradores sofriam com a falta de higiene, que causava várias doenças. A situação continuou 
ruim no morro, sem saneamento básico ou qualquer auxílio do governo. Sofriam também 
preconceito e segregação social no começo do século XX. Também é possível ver o preconceito 
com a cultura africana, em especial a capoeira, a prática era tratada como crime pela polícia. 
• Governo Juscelino Kubitschek – Rodoviarismo 
Foi durante a presidência de Juscelino Kubitschek, ao final da década de 1950, que o 
rodoviarismo foi implementado de maneira contundente. A estratégia do “presidente bossa-
nova” pode ser analisada em dois aspectos distintos. Primeiramente, a intenção de Kubitschek 
foi integrar o Brasil, principalmente com a transferência da capital para Brasília, no coração do 
território brasileiro. Logo após a inauguração de Brasília foram construídas as rodovias Belém-
Brasília, Brasília-Rio Branco e Cuiabá-Porto Velho, no intuito de estabelecer relações comerciais 
e proporcionar o povoamento em áreas mais afastadas do Centro-Oeste e da região Norte. O 
outro aspecto da opção incentivada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek foi o caráter 
político-econômico. Ampliar a malha rodoviária poderia atrair empresas internacionais do ramo 
automobilístico. De acordo com a Teoria dos Polos Econômicos, a participação de um tipo de 
indústria como a de automóveis permite efeitos de escala ou de arraste, por atrair empresas 
correlatas ao ramo central; no caso dos automóveis, empresas de autopeças, componentes 
 
 
elétricos, lubrificantes etc. Em nome dessa estratégia de atração de capitais e geração de 
empregos, as ferrovias, que tiveram maior importância durante o período do ciclo do café, foram 
sucateadas e desprezadas em favor

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