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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 5 - Empoderar Mulheres e Meninas

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ODS 5 – IGUALDADE DE GÊNERO
Os objetivos de desenvolvimento sustentável foram desenvolvidos na Agenda 2030, realizada em Nova York em setembro de 2015. Sendo dessa forma indispensável levar em consideração o esforço conjunto dos indivíduos e da sociedade. 
	A ODS 5 trata sobre alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, levando em consideração que a igualdade de gênero é a base necessária para construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável. A meta é garantir que mulheres ao redor do mundo tenham a possibilidade de alcançar seu potencial, tendo como base oportunidades iguais oferecidas a homens. Isso inclui a eliminação de todos os tipos de discriminação e violência contra mulheres, seja ela doméstica, física, emocional ou psicológica, além de eliminar também as práticas maléficas tais como casamento infantil e mutilação genital feminina.	
	As metas específicas deste ODS são:
5.1. Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte	- essa discriminação muitas vezes não é escancarada, mas sim internalizada em varias ações e falas infelizmente machistas que as vezes muitas mulheres reproduzem por ser parte da sua criação.
5.2. Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos
5.3. Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas	
5.4. Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social
, bem como a promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos nacionais	- jornada dupla de trabalho, distribuição igualitária de tarefas domesticas Hodiernamente, mulheres acabam trabalhando mais que os homens, incluindo tarefas domésticas, combinadas com as horas decorridas em trabalho remunerado, culminando assim em menos tempo de descanso, cuidado e outras atividades.
5.5. Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública	- EC N 97/2017quórum de 30% de mulheres nos partidos eleitorais, englobando também o fundo partidatio, ou seja, a distribuição de recursos deve ser feita igualmente também, implantado em 2017 e em 2018 Número de mulheres eleitas cresce 52,6% em relação a 2014
5.6. Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas conferências de revisão – o SUS O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, em tese, oito tipos de contraceptivos, entre os quais o (DIU de cobre), a camisinha masculina e feminina, e o anticoncepcional injetável ou em pílula. Além disso, é possível fazer laqueadura, a mulher tiver mais de 25 anos ou dois filhos.
na prática, as mulheres enfrentam desinformação e falta de treinamento dos profissionais de saúde na busca por contraceptivos no sistema público. Grande parte dos postos de saúde e maternidades focam na oferta de camisinhas e anticoncepcionais em pílula. 
O principal problema, segundo relato de médicos e pacientes, é a falta de profissionais treinados para fazer o procedimento, embora ele seja simples, rápido e não exija anestesia.
O Ministério da Saúde diz que, se as unidades de atendimento básico não disponibilizarem o método procurado - entre os que são ofertados pelo SUS -, o paciente deve cobrar informações das secretarias ou conselhos municipais de Saúde. Isso pode ser feito por meio de ouvidorias.
5.a. Empreender reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais	
5.b. Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres	
5.c. Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em todos os níveis – ponto a ser mencionado, lei do feminicídio e lei maria da penha
● DIFERENÇA ENTRE GÊNERO E SEXUALIDADE
	É mister destacar a diferença existente entre gênero e sexualidade. Define-se o gênero como a construção social do sexo biológico, ou seja, distingue-se a dimensão biológica (sexo, genitália, aparelho reprodutivo) da dimensão social relacionada à cultura do que são as características masculinas e femininas (gênero em si), sendo assim, o gênero se refere à organização social da relação entre os sexos e expressa que homens e mulheres são produtos do contexto social e histórico e não resultado da anatomia de seus corpos. 
	Dessa forma, entende-se que ser homem ou mulher extrapola os atributos físicos, envolvendo diversas regras sociais de comportamento expressas através dos padrões de gênero. A maneira como homens e mulheres se comportam relaciona-se com os aprendizados socioculturais, motivo pelo qual existem diferenças no comportamento de mulheres de diferentes países, levando em consideração a cultura e valores locais.
	A sexualidade é a maneira que o ser humano resolve expressar seu afeto e desejo por outras pessoas, por meio dos sentimentos e comportamentos, sendo assim algo pessoal e individualizado. A orientação sexual se refere a atração romântica, emocional e sexual que uma pessoa sente em relação a outra, e o fato do ser humano nascer com um determinado sexo biológico não é suficiente para definir a maneira de sentir, expressar e viver a sexualidade própria, extinguindo a heterossexualidade como único padrão possível.
· PROBLEMA
	A problemática acerca da desigualdade de gênero atinge os mais diversos âmbitos da sociedade. Segundo a APF (associação para o planejamento da família), as principais assimetrias encontradas no tratamento de homens e mulheres são: 
I. As mulheres têm uma expectativa média de vida mais elevada que os homens, o que torna o apoio social muitas vezes insuficiente, dado que as mulheres estão sempre sobrecarregadas com a assistência à terceiros. Os cuidados de crianças, doentes e velhos recaem predominantemente sobre as mulheres.
II. As mulheres e crianças são as grandes vítimas da violência e exploração sexual.
III. O desemprego afeta mais mulheres que homens.
IV. Por estarem mais sobrecarregadas, com a multiplicidade de tarefas domésticas e trabalho, as mulheres sofrem com a indisponibilidade de tempo para cuidar delas próprias.
V. As políticas e serviços de saúde não estão ainda adaptados às necessidades das mulheres.
VI. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as mulheres manifestam maiores níveis de ansiedade e de depressão. Situações muitas vezes ocasionadas pela pressão da vida cotidiana, não estando tão ligados à fatores biológicos.
VII. A violência doméstica afeta sobretudo as mulheres. 
VIII. Os salários para cargos com as mesmas funções são maiores para homens do que para mulheres.
IX. As mulheres contribuem para a economia através de trabalho remunerado e também através de trabalho não remunerado realizado em casa, mas as tarefas domésticas são simbolicamente desvalorizadas.
X. As mulheres e meninas estão sujeitas a estereótipos sociais mais prejudiciais em face aqueles associados aos homens.
XI. Os distúrbios alimentares, como a anorexia e bulimia, afetam mais mulheres do que homens. A obsessão com o corpo e a pressão dos media afeta muito mais as mulheres e meninas.
XII. A pobreza é feminina!
	Dentro desse contexto é possível acrescentar ainda a problemática envolvendo o acesso à educação, visto que, em muitos países, as mulheres são forçadas a casar precocemente para garantir a sua sobrevivênciae a sobrevivência da família. Além disso, há também a hipersexualização do corpo feminino e objetificação da mulher que contribuem para a expansão da cultura do estupro.
· Problemática no Brasil
	No Brasil, o maior foco de desigualdade de gênero é o mercado de trabalho. Segundo o IBGE, as mulheres brasileiras são mais escolarizadas que os homens, mas isso ainda não está refletido no mercado de trabalho. Há diversos fatores que podem ocasionar isso, um deles está relacionado com a conciliação entre a vida pessoal e familiar que pode fazer com que as mulheres optem por cargos que tenham uma jornada de trabalho mais flexível para conciliar com a vida doméstica. Outro fator que também pode ocasionar isso é o preconceito e violência contra as mulheres quanto a sua capacidade para exercer cargos de chefia.
	Segundo um estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2018 foi apontado que, apesar de serem mais escolarizadas, as mulheres recebem, em média, cerca de 3/4 do valor pago aos homens. Além disso, dedicam 73% mais horas do que os homens aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos. Essa pesquisa também indicou que as mulheres ocupam menos cargos gerenciais (públicos ou privados). Em 2016, 62,2% desses postos eram ocupados por homens e 37,8% pelas mulheres.
 
	Outro ponto importante a ser destacado acerca dessa problemática no Brasil é a violência de gênero. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.
	Apesar de graves e impactantes, esses dados podem ainda representar apenas uma parte da realidade, uma vez que uma parcela considerável dos crimes não chega a ser denunciada ou, quando são, nem sempre são reconhecidos e registrados pelos agentes de segurança e justiça como parte de um contexto de violência contra as mulheres. Com isso, a dimensão dessa violência letal ainda não é completamente conhecida no país.
	Ainda dentro da temática de violência, o Brasil sempre foi um país conhecido internacionalmente pela hipersexualização da mulher. Partindo desse pressuposto, empresas e mídia usaram desse estereótipo para alavancar suas vendas e aumentar sua audiência através da objetificação da mulher em propagandas televisivas, onde mulheres aparecem como um simples corpo para agradar os homens. Desse cenário surge a cultura do estupro que se origina a partir dessa objetficação do corpo feminido – fonte de um comportamento machista estrutural em nossa sociedade – e da disseminação de imagens, vídeos, músicas, comentários e piadas sexistas. Essa cultura coloca as mulheres como culpadas pela violência que sofrem exatamente por colocarem elas no patamar de objetos e nunca de vítimas.  
· PRINCÍPIO DA IGUALDADE E ISONOMIA
	Já no início da democracia em Atenas, Aristóteles, no século IV antes de Cristo, nos deixou a ideia principal que paira sobre o princípio da igualdade, ou seja, de que “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”. 
	No contexto em que está sendo analisado esse princípio nos traz a ideia de que as mulheres hoje no Brasil não podem ser colocadas em um patamar de igualdade com os homens, pois estas, na prática, ostentam de menos direitos e sofrem muito mais preconceito e violência que os homens. Desta forma, há a necessidade de se criar normas e políticas afirmativas que visam igualar a relação entre homens e mulheres. Daí surgem leis como a da Maria da Penha e a Lei do Feminicídio que visam diminuir a violência contra a mulher através de punições mais severa contra seus autores.
· CONCEITOS IMPORTANTES (FEMINISMO E MACHISMO)
Para entrarmos no assunto igualdade de gênero, é necessário que se faça uma conceituação do que seriam os dois polos deste assunto. Começamos fazendo uma diferenciação entre machismo e feminismo e mostrando como estes dois conceitos não são o antônimo um do outro.
O machismo, socialmente, está associado à responsabilidade de um homem de prover, proteger e defender sua família. É um termo social que acredita na inferioridade feminina perante o homem; é a ideia de que em uma relação entre homens e mulheres o líder superior sempre será o homem. Sendo assim, o machismo é a suposição de que a masculinidade é superior a feminilidade. 
O feminismo, em contrapartida, é o conjunto de movimentos políticos, sociais e filosóficos que tem como objetivo comum os direitos iguais para homens e mulheres, o empoderamento feminino por meio da libertação dos padrões patriarcais (da ideia tradicional de que homens são superiores às mulheres) e promove os direitos das mulheres. O feminismo não é, como muitos erroneamente acreditam, um movimento que defende a figura do feminino sobre o masculino, mas sim um movimento, liderado por mulheres, que busca promover a igualdade entre os gêneros. 
Algumas das ferramentas utilizadas para promover os direitos das mulheres no Brasil são as políticas públicas em forma de lei. Dois exemplos das mais conhecidas popularmente são a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio.
· INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DA MULHER E BUSCA PELA IGUALDADE DE GÊNERO
Lei Maria da Penha: lei nº 11.340
A lei Maria da Penha é uma lei federal brasileira (Lei 11.340) que tem como objetivo proteger as mulheres e punir atos de violência doméstica. 
Esta lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e é considerada pela Organização das Nações Unidas como uma das três melhores legislações do mundo na luta à violência contra a mulher. 
Por mais que seja uma lei de proteção para as mulheres, sua positivação é produto de uma história triste. 
Maria da Penha Maia Fernandes foi homenageada com a lei em seu nome. Ela era casada com Marco Antônio Heredia Viveros e sofreu violência doméstica por 23 anos. Seu marido tentou matá-la duas vezes, uma vez usando arma de fogo, o que a deixou paraplégica, e uma segunda vez tentando afogá-la e eletrocutá-la. Após a segunda tentativa de homicídio, Maria da Penha denunciou Marco Antônio e a partir disso iniciou uma batalha judicial pela condenação de seu marido em processo que permaneceu em aberto por dois anos. 
Por conta da demora na prestação jurisdicional, Maria da Penha, juntamente com o Centro de Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) fizeram uma denúncia para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde o Brasil foi condenado por não prestar os meios de assistência adequados para proibir a violência doméstica contra a mulher. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos também recomendou a finalização do processo contra o agressor de Maria da Penha, a reparação simbólica e material à vítima e a realização de políticas públicas para prevenir e punir a violência doméstica contra a mulher.
Aumento de casos
Isso se deve a uma série de fatores, como a perda ou diminuição da renda familiar em razão do desemprego, suspensão das atividades de trabalho, sobrecarga das tarefas domésticas, incluindo o cuidado dos filhos fora da escola, aumento do consumo de bebidas alcoólicas, isolamento da vítima de seus amigos e familiares, e outras situações que aumentam o tensionamento nas relações domésticas.
Por essas razões, esse aumento não ocorreu exclusivamente no Brasil. A violência doméstica também cresceu significativamente em outros países que foram duramente afetados pela pandemia.
No Rio Grande do Norte, no período entre 12 de março a 18 de março, os casos de violência doméstica aumentaram 258% 
Lei do Feminicídio: lei nº 13.104
A palavra Feminicídio é a que define o homicídio de mulheres, envolvendo situações de menosprezo ou descriminação pela condição de mulher e violência doméstica familiar. A lei definefeminicídio da seguinte forma: “O assassinato de uma mulher cometido por razões da condição do sexo feminino”.
A lei do feminicídio é importante pois (em 2019) 35% dos homicídios de mulheres no mundo são cometidos pelos seus companheiros, de acordo com a OMS. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (também em 2019) 70% de todas as mulheres do mundo já sofreram algum tipo de violência. 
O principal motivo para o uso da palavra feminicídio, e não homicídio (como já se tinha em lei) se dá ao fato de o crime ser diferente por si só, por ser um crime de descriminação cometido contra uma mulher pelo fato de ela ser mulheres e ser enxergada como inferior socialmente na visão masculina. Essa descriminação é proveniente do machismo e do patriarcado, que colocam a mulher em uma posição de inferioridade e submissão.
A tipificação do feminicídio como um crime de gênero é necessária por ser diretamente ligado à violência de gênero e por ser um crime que tem meios de ser evitado, principalmente quando se trata de vitimas de violência doméstica, que se tivessem seus parceiros punidos adequadamente não teriam uma evolução do caso, chegando ao feminicídio. A própria lei Maria da Penha traz algumas das formas de violência que as mulheres podem sofrer: 
Das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher:
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;             (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018)
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Por isso se faz tão importante a tipificação do feminicídio como crime específico, para trazer conscientização para a sua existência, assim colaborando para a criação de formas de prevenção para que este crime seja evitado, reduzindo o número de mortes de mulheres no Brasil e no mundo. 
REFERÊNCIAS
http://www.agenda2030.org.br/ods/5/
GUERRA, Luiz Antônio. Sexo, gênero e sexualidade. InfoEscola. Disponível em <https://www.infoescola.com/sociologia/sexo-genero-e-sexualidade/>. Acesso em 29 de fev.
LOSCHI, Marília. ODS 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Agência IBGE, 2017. Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/17064-ods-5-alcancar-a-igualdade-de-genero-e-empoderar-todas-as-mulheres-e-meninas>. Acesso em 29 de fev.
http://www.apf.pt/violencia-sexual-e-de-genero/igualdade-de-genero
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/17064-ods-5-alcancar-a-igualdade-de-genero-e-empoderar-todas-as-mulheres-e-meninas
https://www.poder360.com.br/pesquisas/mais-escolarizadas-mulheres-ganham-75-da-renda-dos-homens-revela-ibge/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/feminicidio/capitulos/qual-a-dimensao-do-problema-no-brasil/
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/feminicidio-brasil-e-o-5-pais-em-morte-violentas-de-mulheres-no-mundo.htm
https://www.blogs.unicamp.br/pemcie/2019/05/01/corpo-da-mulher-objetificacao-e-posse-de-si/
https://www.geledes.org.br/o-significado-real-do-feminismo/?gclid=Cj0KCQiA1-3yBRCmARIsAN7B4H3wJsvMrXch09UGCYu4x76wbRIAppG-nNGDoGGRZktXcAp_NGnkTVwaAsdDEALw_wcB
https://www.significados.com.br/feminismo/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-feminismo/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-que-e-feminismo.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Machismo
https://www.politize.com.br/o-que-e-machismo/
https://conceito.de/machismo
https://www.geledes.org.br/lei-maria-da-penha-completa-nove-anos-barra-aumento-da-violencia-contra-mulher/?gclid=Cj0KCQiA1-3yBRCmARIsAN7B4H0Nrl9hdYLmVkRfZ5MFHDEmXlcYvrXngZbLTstM1nl0HAG4bh5k31YaAsVHEALw_wcB
https://www.geledes.org.br/lei-maria-da-penha-completa-nove-anos-barra-aumento-da-violencia-contra-mulher/?gclid=Cj0KCQiA1-3yBRCmARIsAN7B4H0Nrl9hdYLmVkRfZ5MFHDEmXlcYvrXngZbLTstM1nl0HAG4bh5k31YaAsVHEALw_wcB
https://www.cnj.jus.br/lei-maria-da-penha/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
https://www.migalhas.com.br/depeso/305483/lei-13104-15-feminicidio-esse-crime-e-consequencia-de-preconceito
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminicidio.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/L13104.htm
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-que-e-cultura-do-estupro/

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