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R! DOENÇAS BACTERIANAS I - Estafilococos, Estreptococos, febre reumática, erisipela, sinusite, otite média, meningite, gonorreia

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DOENÇAS BACTERIANAS I – MICROBIOLOGIA
Danilo Vilhena
Agentes bacterianos de doenças mais comuns:
· Gram-positivos (gênero): Staphylococcus (cacho de uva) e Streptococcus (corrente), ambas bactérias não produzem esporos.
Estafilococos: é responsável pela maior parte das infecções hospitalares por serem encontradas na pele e nasofaringe (mais fácil transmissão), morrem com temperaturas altas, desinfetantes e soluções antissépticas, porém podem sobreviver perfeitamente em locais secos e podem ser transferidos por contato direto ou fômites (vestimentas)
Staphylococcus aureus: mucosa nasal. Fatores de virulência: capsula, biofilme, peptideoglicano, proteína A (inibe a fagocitose por IgG), citotoxinas (lise), toxinas esfoliativas (superantígeno, alteração na epiderme), enterotoxina (superantígeno), toxina-1 da síndrome do choque tóxico (superantígeno), coagulase, hialuronidase. Lesão típica é o abscesso (furúnculos e bolhas), suturas e cateteres são importantes fatores predispostos para o patógeno. Ambiente contaminados por pessoas feridas, resposta imune ineficiente e diabetes favorecem o aparecimento da doença.
Síndrome da pele escaldada (epidermólise bolhosa): doença causada pelo patógeno, com esfoliação de toda pele por conta de toxinas. Ela se resolve sem tratamentos de antibióticos, não deixa manchas na pele.
Intoxicação alimentar: causada pelo consumo de alimentos com a enterotoxina, o início é rápido com vômito severo e diarreia, não são encontrados microrganismos nas fezes. O tratamento é para aliviar os sintomas, anticorpos são formados, porém a imunidade é de curta duração. É a ingestão da toxina. 
Síndrome do choque tóxico: intoxicação multissistêmica com febre, hipotensão e erupção macular difusa, mortalidade elevada. Essa doença é causada quando há liberação da toxina-1(superantígeno) na corrente sanguínea.
Impetigo: (doença cutânea) geralmente em crianças, surge uma pequena mácula, que quando se rompe aparece uma crosta.
Foliculite: (doença cutânea), inflamação dos folículos pilosos, na pálpebra: terçol, pode evoluir para furúnculos. 
Staphylococcus epidermis: pele. Não produz toxinas, penetra na corrente por cateteres, podendo ser evitado com a remoção dos mesmos ou assepsia correta.
Endocardite: infecção em válvulas artificiais e nativas (menos comum), a infecção ocorre geralmente no local de sutura podendo separar a válvula do tecido por conta do abscesso, causando insuficiência mecânica cardíaca. Pode contaminar também antes da introdução. Os sintomas clínicos podem demorar até 1 ano para ser percebidos os sintomas clínicos da endocardite.
Infecções de cateter e articulações artificiais, responsável por 50% desse tipo de infecção, formação de biofilme. Tratamento é feito com antibióticos.
Diagnósticos de estafilococos áureos: 
a. Microscopia: cocos gram-positivos em cachos.
b. Cultura: ocorre hemólise. S. aureus colônias amarelas. S. epidermis colônias azuis.
c. Bioquímico: teste da coagulase e catalase (positivo=aureus)
Tratamentos: antibióticos: penicilina, cefalosporinas(muito utilizados pra G+ e G-, pra bactérias resistentes) e vancomicina. Não há vacinas para estafilococos.
ESTREPTOCOCOS:
Aparecem aos pares ou em cadeias, anaeróbios facultativos, catalase negativa, crescem em meios enriquecidos com sangue, produzem acido láctico. CAUSAM HEMÓLISE.
1. Beta hemolíticos: hemólise completa (S. pyogenes) – halo claro-
2. Alfa hemolíticos: hemólise incompleta (S. pneumoniae) – colônia esverdeada-
3. Gama hemolíticos: não há hemólise.
β-hemolíticos: possuem carboidratos C (serve para diferenciá-los, localizado na parede celular), proteína M (bloqueia a fagocitose e o reconhecimento pelo sistema imune). Os beta-hemolíticos são classificados por Lancefield de A-U de acordo com a diferença no carboidrato.
A. GRUPO A: S. pyogenes: faringite, febre reumática, infecções de pele, glomerulonefrite aguda.
B. GRUPO B: S. agalactiae: meningite neonatal e sepse.
C. -
D. GRUPO D: Inclui os enterococos, E. faecalis e E. faecium, membro da flora do cólon, podendo causar infecções urinária, cardiovascular e biliar.
*os estreptococos de outros grupos raramente causam doenças.
Streptococcus pyogenes: é encontrado na pele, quando em outros tecidos pode causar faringite, febre reumática, síndrome do choque tóxico e erisipela. Seu principal fator de virulência é a proteína M, usa três tipos de mecanismos: 
- inflamação de tecidos -> faringite: se desenvolve em dois dias com formação de pus, pode haver complicação para febre reumática, a faringite não tratada pode levar a otite media.
- produção de exotoxinas -> síndrome do choque tóxico
- imunológica: anticorpos produzidos atacam o tecido -> febre reumática.
Doenças imunológicas causadas pelo S. pyogenes (beta hemolítico): inflamação num tecido onde não houve infecção pelo patógeno uma semana depois de uma faringite ou infecção na pele. O sistema imune produz anticorpos contra proteína M e pode causar glomerulonefrite e febre reumática. 
Glomerulonefrite: geralmente em crianças, ocorre hipertensão e inchaço, alteração na cor da urina devido a presença de eritrócitos. Não tem recorrência dessa doença, inflamação nos glomérulos nos rins. Pode aparecer hemácias na urina (presença de sangue). 
Febre reumática: reação cruzada entre anticorpos e superfície de articulações, coração e cérebro. Ocorre febre, artrite migratória e endocardite. Ocorre após uma faringite que tratada com antibióticos previne FR (é uma complicação da faringite). O tratamento é com atb constantes até a vida adulta como forma de profilaxia. 
Erisipela: infecção aguda na pele. Causa dor, febre calafrios. Geralmente precedida por infecções do trato respiratório.
Diagnostico: de faringite não pode ser feito por gram por existir outras espécies de estreptococos na região. Swab de garganta em ágar sangue apresentarão colônias de pyogenes. Seu crescimento é inibido por bacitracina. Acontece muito em crianças. 
O tratamento de faringite é feito com penicilina G ou oral -AMOXICILINA é melhor- (para evitar a febre reumática), a febre reumática deve ser tratada por anos com penicilina benzatina.
Streptococcus pneumoniae: encontrado na orofaringe, em outros tecidos causa otite, sinusite, pneumonia, meningite e bacteremia. São alfa hemolíticos classificado no grupo de estreptococos viridans, as cepas possuem capsula que é usada para identificação, os polissacarídeos das capsulas purificados são usados em vacinas. 
Quando esse patógeno atinge o pulmão há grande mobilização para inflamação, gerando radicais livres danificando o tecido., são capazes de evadir o sistema imune e disseminar pelo organismo. 
Pneumonia: crescimento de microrganismos nos espaços alveolares (trato respiratório inferior), infecção resolvida com anticorpos anticapsulares. Caracterizada por febre alta (39° 41°) e persistente, recuperação é rápida com antibióticos. Escarro sanguinolentos, tremores e dor torácica. A bactéria destrói o cílios. 
Sinusite e otite media: geralmente são precedidas por infecção viral no trato respiratório, um infiltrado de microrganismos, pus e células de defesa obstrui os seios paranasais. 
Meningite: geralmente precedida por uma bacteremia (infecções no ouvido e seios paranasais) ou traumas que favoreça a comunicação do espaço subaracnoide e nasofaringe. Se manifesta por febre, dor de cabeça e rigidez na nuca, os sintomas são os mesmo, independente dos patógenos. 
Diagnóstico: coloração de gram de escarro ou LCR é rápido para pneumonia e meningite. Detecção de antígenos na urina e LCR. Tratamento é feito com penicilina G ou oral, em crianças de ate 5 anos a mortalidade é alta, imunização por vacina é a melhor opção. QUALQUER SUSPEITA DE MENINGITE DEVE-SE COLETAR O LIQUIDO CEFALORRAQUIDIANO ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO COM ATB (pois esses podem atrapalhar o diagnóstico).
· Gram negativos (gênero): Neisseria, são diplococos que não fazem parte da flora normal.
Neisseria miningitidis: possui os humanos como únicos hospedeiros, colonizam a nasofaringe, no carreador geralmente é assintomático, possui cápsula,o que é um diferencial para cada grupo, o principal causador é do tipo A.
Fatores de virulência: cápsula, endotoxina (febre), protease do tipo IgA (destroem os anticorpos), proteína ligadora de fator H (inibe a cascata de sinalização), tal fator ajuda como antígeno para vacinas contra o grupo B.
Meningite: dor de cabeça, rigidez na nuca e febre. Caso não tratada é muito mortal, mas o tratamento com antibióticos é muito eficiente. Apesar de raras pode deixar sequelas como deficiência auditiva e artrite. -algumas crianças podem apresentar vômitos- 
Diagnostico: coloração de gram no sangue e LCR. Teste bioquímico de oxidase com resultado positivo.
Tratamento: penicilina G é a mais usada, com forma mais eficiente sendo a vacina que é contra os grupos A, B, C, Y e W-135.
Neisseia gonorrhoeae: causa doença somente em humanos, transmitida sexualmente, normalmente assintomática em mulheres, em homens ocorre infecção na uretra, com incomodo ao urinar e secreção purulenta.
Fatores de patogenicidade: 
a. Pili: faz a adesão no epitélio, caso percam o pili perdem a virulência.
b. Opa: faz adesão ao tecido e é antigênica.
c. Endotoxina: causa febre
d. Proteases do tipo IgA
Diagnostico: coloração de gram no pus, no teste bioquímico de oxidase com resultado positivo.
Tratamento: ceftriaxona, após 1 semana de tratamento faz o cultivo e conferir se ainda há patógeno, não há vacina e previne-se com preservativos.

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