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Valvopatias Cardíacas

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1 CARDIOLOGIA - TORTO 
Valvopatias 
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Definição 
Conceitos gerais 
A valvopatia cardíaca é derivada de uma 
agressão crônica às valvas cardíacas 
(cúspides ou semilunares), decorrentes de 
inúmeros fatores. As valvas da câmara 
esquerda são as mais usualmente 
acometidas e a repercussão da lesão pode 
ser: 
✓ Insuficiência: limitações ao 
fechamento valvar. 
✓ Estenose: limitações a abertura 
valvar. 
 
Curso da doença 
Habitualmente, a história natural da doença 
segue um padrão assintomático ou até 
sintomático, mas sem necessidade de 
intervenção. No entanto, a evolução comum 
para IC, com congestão pulmonar e 
insuficiência respiratória, além de possível 
comprometimento multissitemico. 
Atualmente, divide-se as valvopatias quanto 
ao seu estágio de acometimento: fase 
assintomática (em que há a evolução da 
lesão para uma forma anatomicamente 
importante, mas ainda com baixa 
morbimortalidade) e a fase sintomática. 
 
 
Etiologia 
Valvopatias mitrais 
✓ Doença reumática: a FR é a 
principal causa de valvopatias no 
Brasil (70%). A valva mitral, mais 
acometida pela doença, possui 
geralmente uma apresentação de 
dupla disfunção: insuficiência mitral 
(agudo) e estenose mitral (crônico). 
✓ Prolapso da valva mitral: é 
segunda causa mais comum de 
insuficiência mitral, sobretudo em 
mulheres na 5º década. 
 
Valvopatias aórticas 
✓ Jovens: prevalência da etiologia 
reumática e a doença congênita 
bicúspide. 
✓ Idosos: prevalência da doença 
aórtica senil calcifica (associada a 
fatores como dislipidemia, 
tabagismo e HAS) ou até mesmo 
valvopatia secundária a IAM. 
 
OBS: é importante lembrar da endocardite 
infecciosa como principal complicação do 
tratamento de implante valvar! 
 
2 CARDIOLOGIA - TORTO 
Manifestações clinicas 
gerais das valvopatias 
Sintomas 
As palpitações são queixas frequentes nas 
valvopatias mitrais, enquanto que a dor 
torácica anginosa ao esforço e síncope ao 
esforço são mais frequentes em pacientes 
com valvopatia aórtica. Porém, 
considerando-se o curso da doença e sua 
evolução natural para a IC, deve-se 
considerar que os sintomas de congestão e 
insuficiência cardíaca podem aparecer. 
 
Exame físico geral 
✓ Facies mitralis: comum na estenose 
mitral, manifesta-se com hiperemia 
crônica dos maxilares, com ou sem 
telangiectasias, justificada pela 
hipertensão venosa cefálica. 
 
 
✓ Pulso parvus et tardus: achado 
comum da estenose aórtica 
importante, é caracterizado por 
pulso com ascenso lento e baixa 
amplitude; pode não estar presente 
em idosos. 
 
 
✓ Pulso em martelo d’água ou 
Corrigan (palpado na carótida): 
possui ascenso rápido e alta 
amplitude, habitualmente manifesto 
na insuficiência aórtica importante. 
✓ Sinais propedêuticos gerados pelo 
alto volume sistólico ejetado na 
insuficiência aórtica importante: 
- Musset: movimentação frontal da 
cabeça; 
- Becker: expansão da íris; 
- Dança das artérias: pulsação 
carotídea ampla; 
- Müller: impulsões da úvula; 
- Quincke: pulso capilar ungueal. 
- Rosenback: impulsão do fígado. 
- Gerhard: impulsão do baço. 
- Traube: sopro das artérias 
femorais; 
Etc. 
 
Ausculta cardíaca 
A ausculta cardíaca é, sem dúvidas, de suma 
importância para a caracterização e 
suspeita diagnóstica das valvopatias, sendo 
o passo mais importante da avaliação física. 
As análises mais importantes são: 
 
 
 
 
 
3 CARDIOLOGIA - TORTO 
SOPROS 
O sopro é uma manifestação que pode 
representar aumento do fluxo sanguíneo em 
valvas normais ou anormais, obstrução do 
fluxo anterógrado, regurgitação por valvas 
incompetentes etc. Além disso, a perceptção 
tátil do sopro (o frêmito), apesar de pouco 
comum, é muito específica para valvopatia 
importante. 
O sopro deve ser caracterizado de acordo 
com sua cronologia (sistólico ou diastólico), 
foco de ausculta (base ou ápice), frequência, 
configuração (platô, diamante, decrescendo, 
decrescendo-crescendo), duração (proto, 
meso, telessistólico ou diastólico), timbre e 
irradiação. A classificação de sua 
intensidade é feita de 1 a 6: 
NIVEL CARACTERÍSTICA 
1 Audível somente com 
manobras 
2 Facilmente audível, porém sem 
irradiação significativa 
3 Moderadamente alto e com 
irradiação ampla 
4 Alto e com frêmito 
5 Ausculta possível com parte 
do estetoscópio sobre a pele e 
com frêmito 
6 Ausculta com estetoscópio 
próximo à pele, sem contato, 
com frêmito 
Existem quatro sopros principais: 
✓ Sopro sistólico em focos da base: 
caracteriza ejeção pelas valvas 
semilunares com obstrução 
(estenose aórtica ou pulmonar). 
Estenoses aórticas importantes 
com calcificação podem apresentar 
irradiação do sopro para o foco 
mitral, com timbre piante 
(fenômeno de Gallavardin). 
✓ Sopro diastólico em focos da base: 
regurgitação pelas valvas 
semilunares incompetentes 
(insuficiência aórtica ou pulmonar). 
O supro holodiastólico é marcador 
de regurgitação importante. 
✓ Sopro sistólico em focos do ápice: 
regurgitação pelas valvas 
atrioventriculares incompetentes 
(insuficiência mitral e insuficiência 
tricúspide). 
✓ Sopro diastólico em focos do ápice: 
obstrução pelas valvas 
atrioventriculares (estenose mitral 
e estenose tricúsíde). 
OBS: o sopro nessa condição é em 
menor frequência derivado de uma 
situação patológico. O sorpo sistólico 
regurgitativo mitral funcional 
habitualmente é mesossistólico e de 
baixa intensidade, enquanto que o da 
insuficiência mitral é pouco audível, 
habitualmente protossistólico. 
BULHAS 
✓ 1ª bulha: hiperfonética na EM e 
hipofonética nas outras. 
✓ 2ª bulha: hiperfonética quando 
há HP e hipofonética nas 
valvopatias aórticas. Na EAo 
pode haver desdobramento 
paradoxal. 
 
4 CARDIOLOGIA - TORTO 
Estenose mitral 
Definição e etiologias 
É causado pela resistência ao fluxo 
sanguíneo transmitral em razão do 
espessamento e da imobilidade dos folhetos 
valvares, decorrendo fundamentalmente de 
sequela reumática (FR crônica). 
Outras causas possíveis incluem EM 
congênita, doenças infiltrativas 
(mucopolissacaridoses), LES, AR, mixomas, 
vegetação trombo etc. 
 
Graduação 
A graduação do grau de acometimento da EM 
é feita por meio do ecocardiograma, 
definindo a lesão de acordo com a área da 
válva: 
GRAU ÁREA 
(cm²) 
GRADIENTE 
(mmHg) 
DISCRETA > 1,5 < 5 
MODERADA 1 a 1,5 5 a 10 
IMPORTANTE < 1 > 10 
 
Sinais e sintomas 
A maioria dos pacientes são do seco 
feminino e permanecem assintomáticos por 
um longo tempo. Os sintomas quando 
aparecem estão associados ao 
comportamento da IC (dispneia de esforço, 
palpitação, rouquidão e sinais de congestão 
venosa sistêmica, dispneia de decúbito, 
tosse seca, hemoptise e até edema de 
pulmão). 
 
Radiografia 
Os principais achados são: 
✓ Geralmente não há cardiomegalia; 
✓ Inversão da trama vascular; 
✓ Linhas B de Kerley: acúmulo de 
líquido no septo interlobular (+ na 
base); 
 
✓ Linhas A de Kerley: acúmulo de 
líquido perivascular ou 
peribrônquico (+ no ápice); 
✓ Aumento do átrio esquerdo → 
deslocamento posterior do esôfago. 
 
 
 
5 CARDIOLOGIA - TORTO 
Tratamento 
A escolha do tratamento ideal para o 
paciente depende de uma extensa avaliação 
anatomopatológica e clínica. 
 
CLÍNICO – MEDICAMENTOSO: 
A terapêutica farmacológica será utilizada 
para a redução de sintomas, sobretudo os de 
insuficiência cardíaca: 
✓ Digitálicos; 
✓ Diuréticos; 
✓ Betabloqueador; 
✓ Anticoagulação oral (IRN 2 a 3). 
 
CIRÚRGICO 
Indicado apenas para pacientes classe 
funcional III ou mais. A valvoplastia, 
apesar de ser a mais adequada, 
geralmente não pode ser feita. A técnica 
mais presente é a de troca valvar: 
✓ Válvula mecânica: para 
pacientes jovens com < 65 anos. 
✓ Válvula biológica: para 
indivíduos com mais de 65 anos 
(dura menos,mas possui 
complicações tromboembólicas 
mais raras). 
 
 
 
 
VALVULOPLASTIA 
Esse procedimento é o ideal, mas possui uma 
rígida classificação de indicação. Candidatos 
com escore de Wilkins inferior ou igual a 8 
são candidatos a valvuloplastia mitral 
percutânea, na ausência de outras 
contraindicações → IM, ausência de 
trombos np AE, sem DAC com indicação de 
RVM cirúrgica associada, 
 
Mas o que é escore de Wilkins? 
Avaliação por ECO da valva mitral com 
ênfase na descrição dos aspectos 
estruturais. Os parâmetros são: 
✓ Mobilidade dos folhetos; 
✓ espessamento valvar; 
✓ grau de calcificação; 
✓ acometimento do aparato 
subvalvar. 
 
 
Sinais de gravidade 
Desenvolvimento de sintomas, presença de 
FA e a evolução para IP; hipofonese de B1 e 
desaparecimento do estalido. 
A EM grave apresenta sobrevida de 5 anos, 
sendo que níveis de PSAP > 80 mmHg diminui 
ainda mais esse número (2,4 anos). 
 
6 CARDIOLOGIA - TORTO 
Insuficiência mitral 
Definição e etiologia 
A IM é caracterizada pela regurgitação 
sanguínea para o átrio esquerdo durante a 
sístole ventricular devido à inapetência do 
funcionamento da valva, resultado de 
anormalidade nos folhetos valvares, cordas 
tendíneas e músculos papilares. Ela é 
primária, quando resultado de deformidade 
estrutural valvar, ou secundária, quando 
relacionada a outra doença cardíaca. 
ANOMALIAS DOS FOLHETOS VALVARES 
- Doença reumática (mais comum em 
mulheres. 
- Endocardite infecciosa; 
 
ANOMALIAS DO ANEL MITRAL 
- Calcificação degenerativa idiopática do 
anel mitral tem grande incidência na 
população, principalmente idosa, sem 
grandes consequências funcionais, mas 
pode acarretar em regurgitação mitral 
quando a calcificação for grave. Fatores de 
risco são a HAS, DM, DLP e renais crônicos. 
 
CORDOALHA TENDÍNEA 
- Anormalidades congênitas, com ruptura 
primária ou espontânea. 
- Ruptura secundária à endocardite 
infecciosa, trauma ou febre reumática, ou 
mesmo IAM (sendo as posteriores mais 
acometidas que as anteriores). 
MÚSCULOS PAPILARES 
A isquemia miocárdica, principalmente a 
causada pela doença aterosclerótica, pode 
levar a necrose do músculo papilar. Dessa 
forma, uma complicação pouco comum, 
porém letal, do IAM é o acometimento 
musculopapilar posterior da valva mitral. 
 
DISFUNÇÃO DE VENTRÍCULO ESQUERDO 
A disfunção ventricular esquerda, 
principalmente secundária a IAM e 
cardiomiopatia dilatada, são fatores 
etiológicos importantes de regurgitação 
mitral. 
 
Prolapso da valva mitral 
Apresentação clínica notoriamente mais 
comum da regurgitação mitral. É duas vezes 
mais comum nas mulheres, com 
apresentação de regurgitação mínima, 
assintomática e sem complicações, 
caracterizando um quadro em geral benigno. 
OBS: homens > 45 anos, com regurgitação 
importante ou pacientes com disfunção 
ventricular associada ou sintomáticos 
apresentam um risco elevado. 
A principal característica no exame físico é 
o achado de click mesotelessistólico em 
foco apical, sendo o ECO desnecessário se 
não houver sintomas. 
O tratamento para sintomáticos é com 
betabloqueadores. 
 
 
7 CARDIOLOGIA - TORTO 
Quadro clínico 
Geralmente assintomáticos por anos, em 
função dos mecanismos compensatórios de 
sobrecarga. Na fase descompensanda, os 
sintomas de ICC (dispneia, ortopneia e DPN) 
são os principais achados. A IM aguda grave 
pode complicar com edema agudo de pulmão 
e choque. 
Alguns achados na ausculta são as bulhas 
patológicas: 
✓ B3: enchimento rápido do ventrículo, 
comum na IM crônica. 
✓ B4: contração atrial vigorosa. 
 
Complicações 
As principais complicações dessa afecção 
são: FA, fenômenos tromboembólicos, 
endocardite infecciosa, instabilidade 
hemodinâmica e IM aguda. 
 
Tratamento 
TERAPÊUTICA – MEDICAMENTOSA 
Está indicada apenas para os pacientes que 
apresentarem sintomas (IC com CMD): 
✓ Vasodilatadores (inibidores de ECA 
e nitroprussiato de sódio). 
✓ Betabloqueadores. 
✓ Diuréticos 
✓ Digitálicos (se persistirem 
sintomáticos). 
OBS: nitratos para tratamento agudo! 
TERAPÊUTICA – CIRÚRGICA 
Focado na preservação da função 
ventricular, evitar a disfunção irreversível 
do ventrículo esquerdo ou evitar sua 
progressão. 
As opções também são a troca valvar (mais 
comum) e a plastia ou reparo mitral. 
 
Estenose aórtica 
Definição e etiologia 
A estenose aórtica é caracterizada por uma 
obstrução de saída do VE pela calcificação 
das estruturas valvares, associada ou não à 
fusão das válvulas semilunares. É a 
valvopatia mais comum na população idosa 
(>75 anos). 
As principais etiologias são: 
✓ Causa congênica (valva bicúspide); 
✓ Calcificação – Eao degenerativa. 
✓ Febre reumática (associada a 
comprometimento mitral). 
 
Apresentação clínica 
O curso natural da doença leva a uma 
hipertrofia ventricular concêntrica, com 
elevação das pressões de enchimento e, por 
fim, disfunção ventricular. Os sintomas, 
quando instalados, incluem o padrão usual 
da ICC, além de dor torácica não derivada de 
SCA e síncope (muito comum pacientes 
apresentarem crises de síncope, sobretudo 
 
8 CARDIOLOGIA - TORTO 
durante atividade física, em que há um 
aumento da demanda ventricular e FE. 
Alguns sinais típicos de EAo são: 
✓ Sopro sistólico em foco aórtico ou 
aórtico acessório. 
✓ Gallavardin: irradiação p/ foco 
mitral em piado. 
✓ Pulso parvus et tardus; 
✓ B4; 
✓ Aumento do sopro em posição de 
cócoras; 
✓ Diminuição do sopro coma manobra 
de handgrip (aumento do retorno 
venoso). 
 
prognóstico 
Por meio do ECO, é necessário fazer a 
quantificação da estenose e, a partir dela, 
definir e classificar o paciente. 
 
Um gradiente médio > 40 mm Hg e uma 
velocidade de jato maior do que 4 m/s são 
indicativos de um mal prognóstico. Também 
é importante avaliar algumas manifestações 
cardinais: 
✓ Angina → sobrevida de 5 anos 
após diagnóstico; 
✓ Síncope → sobrevida de 3 anos 
após o diagnóstico; 
✓ Dispneia → sobrevida de 2 anos 
após o diagnóstico (IC). 
 
Tratamento 
Não existe um tratamento medicamentoso 
adequado para a EAo; mais do que isso, deve-
se evitar vasodilatadores, já que aumenta o 
gradiente por fazer vasodilatação. 
✓ O Transplante de Valva Aórtica 
Transcateter (TAVI) é o tratamento 
de escolha para pacientes não 
indicados para a cirurgia (idosos, 
pacientes com câncer, pessoas que 
não aguentam cirurgia). 
 
 
Insuficiência aórtica 
Definição 
Incompetência da valva aórtica em se fechar 
durante a diástole. Ela pode ser decorrente 
de uma doença da aorta ascendente ou de 
alguma disfunção da própria valva. 
 
Clínica e prognóstico 
Na clínica, manifesta-se por um sopro 
diastólico: 
 
9 CARDIOLOGIA - TORTO 
✓ Doença valvar: melhor audível no 
foco aórtico acessório + B2 
hipofonética. 
✓ Dilatação da aorta: sopro melhor 
audível no foco aórtico + B2 
hiperfonética. 
Alguns sintomas comuns podem ser a 
dor precordial, dispneia aos esforços 
(redução do DC). O sinal característico é 
o pulso em martelo d’água ou Corrigan. 
O prognóstico é ruim quando o paciente 
é avaliado já com sintomas, 
apresentando uma fração de ejeção < 
50% ou identificação de IC grave. 
 
Tratamento 
Não existe um tratamento clínico-
farmacológico, apenas cirúrgico. Apenas 
são prescritos como pontes para cirurgia ou 
quando esta está contraindicada 
(vasodilatadores). 
“Mismatch” → desproporção entre o 
tamanho da prótese e o tamanho do anel. A 
prótese é pequena e causa uma repercussão 
semelhante a EAo. Isso gera um aumento da 
mortalidade. 
 
Informações estudo dirigido 
Questão i 
Idade avançada, alta velocidade do jato 
transvalvar aórtico na sístole (4 m/s), IRC, 
BNP > 180 pg/mL, área valvar < 0,6 cm² e 
sexo feminino são os maiores preditores de 
mal prognóstico para a EAo. 
Questão ii 
A cirurgia de troca valvar deve ser a 
primeiraescolha para pacientes de baixou 
ou intermediário risco (STS < 8%). 
Questão iii 
A cirurgia valvar aórtica ou o implante 
transvalvar aórtico (TAVI) são as únicas 
estratégias efetivas em longo prazo para o 
alívio da sobrecarga ventricular esquerda 
em pacientes com EAo severas. 
Questão IV 
Os sintomas mais usuais são a dispneia, a 
dor torácica e a síncope, que habitualmente 
acometem indivíduos com > 60 anos. 
Com o passar do tempo e a progressão da 
calcificação, a EAo invariavelmente leva a 
hipertrofia ventricular esquerda, que pode 
ser maciça, culminando, finalmente, na 
disfunção ventricular (IC). 
A EAo é a patologia valvar adquirida mais 
frequente, estando presente em 4,5% da 
população acima de 75 anos, aumentando 
sua incidência conforme vai envelhecendo a 
população. 
Questão V 
O ecocardiograma constitui-se na 
ferramenta mais importante para o 
diagnóstico complementar da EAo, 
fornecendo dados não apenas anatômicos, 
mas também a quantificação dos gradientes, 
velocidade de fluxo e área valvar aórtica. 
 
10 CARDIOLOGIA - TORTO

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