Buscar

Oesofagostomíneos (Oesophagostomum radiatum, Oesophagostomum columbianum e outros) - Revisão Geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Medicina Veterinária 
 
Oesofagostomíneos 
 
CARACTERÍSTICAS 
 São vermes nodulares, no qual a forma 
larval causa nódulos ao se encapsularem 
na parede intestinal do parasita. Isso 
resulta em uma reação inflamatória e mais 
tarde podem se calcificar e interferirem na 
motilidade normal do intestino; 
 
 Parasitam o Intestino Grosso; 
 As larvas de 4 estágio possuem uma boca 
maior que os adultos; 
 Membros do gênero: 
 Oesophagostomum columbianum 
(imagem 1) e Oesophagostomum 
Vanulosum  Parasitam ovinos e 
caprinos 
 Oesophagostomum dentatum  
Parasita suínos 
 Oesophagostomum radiatum 
(imagem 2)  Parasita bovinos e 
Bubalinos 
 
 
MORFOLOGIA Oesophagostomum radiatum 
 Podem ser encontrados nas fezes, mas é 
de difícil visualização, pois são delgados; 
 Fêmeas medem de 1,6 a 2,2 cm e machos 
medem de 1,2 a 1,7 cm; 
 Possuem uma vesícula cefálica na região 
anterior; 
 Com asa cervical pouco desenvolvida; 
 Seu orifício oral é circundado por 1 anel; 
 Hospedeiros: Bovinos e bubalinos. 
 
 
CICLO BIOLÓGICO GERAL 
1. Liberação de ovos não embrionados. 
2. Após 24h no ambiente há formação de L1, 
que eclode e fica nas fezes se 
alimentando. 
3. Dentro de 48h L1 se torna L2 (tem forma 
semelhante a uma folha, com uma pequena 
cauda). 
Ordem Strongylida 
Superfamília Strongyloidea 
Família Chabertiidae 
Subfamília Oesophagostominae 
Gênero Oesophagostomum 
Imagem 1 e Imagem 2 
O verme adulto se 
alimenta da mucosa 
intestinal, mas também 
pode ingerir parte do 
quimo ali presente. 
Medicina Veterinária 
 
4. Torna- se L3 (com uma cauda maior), sendo 
muito resistentes as alterações de 
temperatura, devido à presença de uma 
bainha extra (ele não perde a bainha de L2) 
que lhe garante maior proteção  Ela não 
se alimenta, pois está coberta pelas 
bainhas, porém lá dentro é um ambiente 
rico em nutrientes. 
5. L3 quando sai das fezes se move para a 
ponta do capim quando a temperatura 
está mais agradável, e quando a 
temperatura está mais alta elas se 
deslocam para a raiz do capim. 
6. A infecção ocorre pela ingestão de L3, no 
momento em que o animal ingere o capim 
contendo L3. 
7. No pré estomago de ruminantes L3 perde 
suas bainhas e se torna ativa. 
8. Larva penetra a mucosa intestinal 
(inicialmente preferem o Int. Delgado) e forma 
o nódulo. 
9. Após cerca de 4 a 10 dias torna-se L4. 
10. L4 emerge para a mucosa e migra para a 
região do cólon, lá se desenvolve em 
adulto. 
 
 Algumas larvas L4 permanecem no 
nódulo, o que dura até 1 ano. Isso causa 
uma inflamação. Após o período de 1 ano 
o nódulo se calcifica e a larva morre  
Processo conhecido como 
ESOFAGOSTOMOSE; 
 Isso causa prejuízo para o produtor 
que não pode comercializar esse 
órgão, além das conseqüências 
nutricionais. 
 Também pode acontecer da larva 
ultrapassar a parede intestinal e se 
encapsular no mesentério e às vezes nos 
linfonodos do mesentério. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Febre após 10 dias de infecção (dificilmente 
o produtor repara esse sinal); 
 Diarréia verde escura, especialmente em 
animais mais jovens como os bezerros (é o 
principal sinal, pois é o mais notado pelo 
produtor); 
 Perda de peso (os nódulos interferem no 
aproveitamento dos alimentos, além do animal 
ter menos energia para se alimentar); 
 Anemia, causada principalmente por 
toxinas liberadas pelos vermes; 
 Edema submandibular, por hipoalbunemia; 
 Os nódulos podem resultar em enterite 
catarral; 
 Fraqueza. 
 
IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA 
 Em suínos os efeitos mais importantes são 
causados pela fase larval, devido a 
formação de nódulos. Isso interfere no 
crescimento do animal; 
Medicina Veterinária 
 
 A patogenia se torna mais seria em 
infecções com mais de 200 vermes em 
bezerros e mais de 1000 vermes em 
adultos; 
 A inapetência (falta de apetite) causa a 
redução na produção de leite; 
 Animal pode vir a óbito. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Observação de sinais clínicos. 
 Pela necropsia, com identificação de larvas 
nos nódulos. 
 
CONTROLE E PROFILAXIA 
 Manejo adequado do pasto; 
 Higiene das instalações da propriedade; 
 Identificação de propriedades endêmicas 
através do abate dos animais e 
constatação dos nódulos nas “tripas”; 
 Vermifugação estratégica. 
 
 
REFERÊNCIA 
Gonzalez, M. S. Parasitologia na Medicina 
Veterinária, 2ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2017.

Continue navegando