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Parasitologia - Helmintologia

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HELMINTOS:
 . Organismos pluricelulares, eucariontes, de morfologia diferenciada.
 . Podem infectar pessoas, animais e plantas - estima-se que haja 75.000 a 300.000 espécies.
 . Divididos em - platelmintos (helmintos "achatados") e nematodas (cilíndricos).
 . Causadores das helmintoses (verminoses).
 
1 - Platelmintos: helmintos "achatados" - dividido ainda em cestodas (forma de fita - segmentados) e trematodas (forma de folha - não segmentados).
 1.1 - Cestoda: 
 . Helmintos achatados dorso-ventralmente - “forma de fita”.
 . Geralmente são hermafroditas; 
 . Possuem sempre ao menos 1 hospedeiro intermediário.
 . Encontrados no intestino delgado - se alimentam por absorção.
 - Não possuem cavidade corporal ou canal alimentar.
 - Tegumento da tênia adulta tem alta capacidade de absorção (obtém todos os seus nutrientes através desta estrutura).
 Anatomia geral: Corpo Segmentado 
 I - Escólex: estrutura com ventosas, sendo importante para a fixação no H.D.
 II - Colo: indiferenciável entre espécies.
 III - Estróbilo (Proglotes): a cadeia é conhecida como estróbilo e cada segmento é denominado proglote.
 - Podem ter de 3 a até milhares de proglotes (depende da espécie).
 - Proglotes são continuamente produzidos a partir da região do pescoço, se tornando sexualmente maduros à medida que “caminham” para extremidade distal da tênia.
 - A proglote é hermafrodita e possui um ou dois conjuntos de órgãos reprodutores - em geral os poros genitais se abrem na borda lateral ou nas margens do segmento.
 - A proglote totalmente madura ou grávida contém apenas restos do útero ramificado compactado com ovos - estes segmentos grávidos geralmente se desprendem do estróbilo intactos e são excretados nas fezes (sozinhos ou, ocasionalmente, em cadeias).
 - Fora do corpo, os ovos são liberados pela desintegração do segmento ou são excretados através do poro genital.
 
 Ciclo geral:
 1ª - Forma adulta no trato digestivo do H.D libera ovos, que são eliminados nas fezes. 
 2ª - H.I ingere os ovos, dos quais se rompem pelas secreções gástricas e intestinais e evoluem até a forma larval dentro do H.I e migram para o seu local de preferência através da penetração da mucosa.
 PS: tais estágios larvários variam quanto a morfologia dependendo da espécie do parasita - cisticercos, cenuros, hidátides, cisticercoides...
 3ª - H.D ingere forma larval presente no H.I, a qual evolui para um adulto e completa o ciclo.
 
 A - Fa. Taeniidae: responsável pela ocorrência do complexo teníase-cisticercose.
 I - Teníase: forma na qual ocorre no H.D (incluindo no homem).
 . Ocorre pela ingestão de carne crua ou malcozida contaminada por cistos.
 - Cysticercus cellulosae	 →	T. solium.
 - Cysticercus bovis	 →	T. saginata.
 . Geralmente assintomática no H.D - pode levar a prurido anal, cólicas, perda de peso, desconforto, inflamação, apetite excessivo, náuseas, vômitos.
 II - Cisticercose: forma na qual ocorre no H.I - pela ingestão dos ovos em alimentos ou ambiente pelo H.I.
 . No caso da T. solium o homem pode ser hospedeiro intermediário - ocorre pela ingestão acidental de ovos viáveis de Taenia solium, ou ainda via autoinfecção por retroperistaltismo. 
 . Os cistos têm tendência a sofrer calcificação após a morte, o que ocorre pela ação do sistema imune com o passar do tempo - se tornam inviáveis para contaminação (de seguir o ciclo).
 Local de deposição em bovino e suínos: em músculos de alta atividade e irrigação - masseter, intercostais, coração, língua, diafragma. 
 Local de deposição no homem: retina, cérebro, músculo... 
 Espécies de importância em humanos:
 A.1 - T. saginata:
 . Forma adulta encontrada no intestino delgado do homem (H.D) // Cysticercus bovis encontrados nos músculos de bovinos (H.I). 
 . Forma adulta no humano é conhecida popularmente como “solitária” - pode viver por até 30 anos.
 . O desenvolvimento até a patência (início da eliminação das proglotes) leva 2 a 3 meses.
 - Pessoa infectada pode excretar milhões de ovos por dia, livres nas fezes ou como segmentos intactos, cada um contendo cerca de
250.000 ovos.
 - Ovos podem sobreviver na pastagem por vários meses.
 . A longevidade dos cistos varia de semanas a anos - quando morrem geralmente são substituídos por massa friável caseosa, que pode se tornar calcificada.
 - Com frequência ambos os cistos vivos e mortos estão presentes na mesma carcaça.
 Morfologia e apresentação:
 . Possui escólex quadrangular e desguarnecido (em relação ao globoso com rostelo e ganchos da T. solium).
 . Colo não possui características marcantes diferenciáveis entre espécies.
 . Proglotes possuem útero muito ramificado.
 . Tem em média 8 metros de comprimento (de 5 a 15m).
 . Cysticercus bovis (fase larval) presentes nos músculos do H.I - de até 1cm, únicos e invaginados.
 A.2 - T. solium:
 . Forma adulta encontrada no intestino delgado do homem (H.D) // Cysticercus cellulosae encontrados em suínos e humanos (H.I). 
 PS1: nos humanos os cysticercus têm predileção por tecidos distintos - tendência a se alojar nos olhos, cérebro e musculo esquelético (79 a 96% tem tropismo pelo SNC).
 PS2: já em suínos tende a ocorrer em músculos (de maior atividade em especial) - masseter, intercostais, coração, língua e diafragma. 
 Morfologia e apresentação:
 . Possui escólex globoso com rostelo e fileira dupla de ganchos (acúleos). 
 . Proglotes possuem útero pouco ramificado (ver comparativo abaixo). 
 . Alcança até 3 metros de comprimento.
 . Ovos possuem casca e embrião dentro (larva) - é indistinguível entre as espécies.
 . Cistos no H.I tem até 1cm.
 Sintoma da neurocisticercose (cisticercose humana - cysticercus cellulosae): em geral ocorrem devido a pressão no parênquima no SNC.
 - Convulsões, epilepsia, hidrocefalia e enxaquecas.
 - Comprometimento cognitivo: funções executivas, fluência verbal e raciocínio.
 - Perda de visão.
 . Principal causa de epilepsia de início tardio em países em desenvolvimento.
 . Coeficiente de letalidade: de 16 a 26%. 
 Destino de carcaças com cisticercose (geral): depende da quantidade e tipo de cistos - estes sendo pesquisados na cabeça, esofago, língua, diafragma, coração e musculo peitoral.
 - 1 cisto (qualquer tipo): exportação já é proibida.
 Cisto calcificado: carcaça é liberada para comercio nacional.
 Cisto vivo: sofre tratamento e é liberada - resfriada a 10º C por 10 dias ou outros tratamentos alternativos (salgada por 21 dias).
 - 2 cistos calcificados: liberada para comercio nacional.
 - Generalizada (mais de 3 cistos em cerca de um palmo de extensão): carcaça é condenada. 
 Diagnostico:
 Teníase:
 - Sintomas clínicos.
 - Exame de fezes com procura de ovos.
 - Identificação de proglotes nas fezes.
 - Sorologia (ELISA).
 Cisticercose Humana:
 - Neuroimagem (tomografia): auxiliana localização das lesões no nível do sistema nervoso central, tanto para os cistos viáveis,
como para os calcificados.
 - Exame radiológico: visualiza imagens dos cistos calcificados, cujo aspecto é relativamente característico (vale lembrar que a calcificação só ocorre após a morte do parasita).
 - ELISA: sensibilidade aproximada de 80% - porem um resultado positivo pode indicar desafio passado.
 - Exame do líquido cefalorraquidiano: parasita determina alterações compatíveis com o processo inflamatório crônico. 
 Controle de teníases:
 - Educação sanitária.
 - Inspeção de matadouros: aplicação de medidas de congelamento, salga ou condenação. 
 - Cozimento da carne (acima de 57ºC). 
 - Tratamento de humanos infectados.
 Espécies de importância em cães (continuação - fa. Taeniidae):
 A.3 - T. multiceps: causadora da cenurose no H.I.
 Hospedeiro definitivo: cães e canídeos.
 . Forma adulta tem até 1m de comprimento - se encontra no I.D.
 
 Hospedeiro intermediário: ovinos, caprinos e humanos* - ocorre como Coenurus cerebralis.
 . Estagio larval se apresenta como cenuros.
 PS - Cenuros: cisto grande semelhante a cisticerco, mas com vários escóleces invaginados aderidos à parede do cisto
(grande vesícula, com até 5 cm de diâmetro ou mais, preenchida com líquido)
 . Se encontra no cérebro ou medula espinhal - causa sintomatologia neural (cenurose - início dentro de 4 meses).
 . A ocorrência de cenurose em humanos é possível, porem rara.
 A.4 - T. hydatigena:
 Hospedeiro definitivo: cães e cães selvagens.
 . Forma adulta tem até 5m de comprimento - se encontra no I.D.
 Hospedeiro intermediário: ovinos, bovinos e suínos.
 . Se apresenta como cysticercus tenuicollis (verme bexiga) na cavidade peritoneal e fígado - medem cerca de 5 a 8 cm de diâmetro e contém um único escólex invaginado, com pescoço longo. 
 . Infecção grave do fígado ou de tecidos pode resultar na condenação do fígado/carcaça, por ocasião do abate.
 . Os cisticercos maduros na cavidade peritoneal geralmente são benignos.
(causa de hepatite cisticercosa - pode se assemelhar as lesões causadas pela fasciolose aguda)
 A.5 - T. ovis: 
 Hospedeiro definitivo: cães e raposas.
 . Forma adulta tem até 2m de comprimento - se encontra no I.D.
 Hospedeiro intermediário: ovinos como cysticercus ovis.
 . Cisticerco encontra-se no interior de um pequeno cisto que mede cerca de 4 mm, ou menos, de comprimento - exame macroscópico notam-se cisticercos brancos ovoides maduros em músculo, coração, pulmão, fígado e cérebro.
 . Geralmente pouco patogênico, porem pode levar a condenação de carcaças.
 A.6 - Echinococcus granulosus: organismo causador da hidatidose (equinococose - é uma zoonose). 
 . Gênero pertencente à família taeniidae.
 Hospedeiro definitivo: no intestino delgado de cães e canídeos.
 . Forma adulta tem até 6mm de comprimento (bem pequena) - possui apenas 3 ou 4 proglotes.
 . Pouco patogênico ao H.D - este elimina poucas formas ao ambiente também (entra em período de patencia dentro de 40 a 50 dias).
 . Possui rostelos e duas camadas de acúleos, além de um orifício genital.
 Hospedeiro intermediário: ovinos, caprinos, equinos, suínos, bovinos, ruminantes silvestres e homem.
 . Se encontram na forma de cistos hidaticos - grandes vesículas preenchidas com líquido, medindo de 5 a 10cm de diâmetro (até 15 em alguns casos).
 - Camada germinativa produz muitas vesículas pequenas (cápsulas-mãe) - cada uma contém até 40 escóleces invaginados na
região do colo e fixados à parede por meio de um pedículo.
 - As cápsulas-mãe podem se desprender da parede da vesícula e flutuar livremente no líquido da vesícula, com as protoescolex livres da membrana germinativa.
 . Encontrados especialmente no fígado e pulmão - podem chegar a 10cm dentro de 12 meses.
 - Podem afetar o SNC (mais raro).
 . Presença leva a condenação de carcaças.
 Patogenia:
 No H.D: verme adulto não é patogênico. 
 No H.I (Hidatidose): quando em pulmões e fígado pode ser bem tolerado, mais patogênico quando no SNC e rins (efeito de compressão).
 - No homem há sinais clínicos - com frequência a hidátide que se instala nos pulmões ou no fígado, e logo, tem importância patogênica (distinção abdominal, sinais respiratórios, etc.…).
 - Condenação e feita do órgão afetado apenas.
 Diagnostico:
 . No homem por sorologia e diagnóstico por imagem. 
 . Em outros H.Is - geralmente assintomatico. 
 . Em cães pela presença de poucas proglotes nas fezes (pequenas - de 2 a 3 mm), pela identificação direta do M.O ou por ELISA.
 Controle:
 . Educação sanitária - vermífugar cães (praziquantel, albendazol).
 . Impedir acesso a carcaças pelos cães.
 . Remoção cirúrgica dos cistos - nem sempre é possível, e só e tentado em casos humanos.
 Espécies de importância em gatos:
 A.7 - T. taeniaeformis: 
 Hospedeiro definitivo: felinos.
 . Forma adulta tem até 60cm de comprimento - se encontra no I.D.
 Hospedeiro intermediário: como cysticercus fasciolaris (um estrobilocerco) no fígado de roedores (1 a 3mm).
 B - Cestodas de importância em herbívoros:
 B.1 - Anoplocephala: pertence à família Anoplocephalidae (não é uma tênia).
 Hospedeiro definitivo: equinos e asininos. 
 . Possui as espécies A. magma, A. perfoliata e A. mamillana - com 20, 5 e 5 cm respectivamente, possuem ovos irregularmente triangulares ou esféricos.
 . Encontrados no I.D e I.G - pouco patogênicos, podendo em alguns raros casos levar a ulcerações na mucosa ou perfurações da mesma.
 Hospedeiro intermediário: ácaros de pastagem - cestodeo encontrados como larvas cisticercoide (microscopicas).
 B.2 - Moniezia: são cestodas longos (5m), presente no intestino delgado de ruminantes - conhecidos como “tênia dos bovinos”.
 Hospedeiro definitivo: depende da espécie - M. expansa (pequenos ruminantes e bovinos) e M. benedeni (bovinos e ruminantes).
 Hospedeiro intermediário: ácaros de pastagem (larva cisticercoide microscópica).
 Macroscópia da espécie:
 - Adultos podem chegar a até 5m no H.D.
 - Apresentam ovos irregularmente triangulares
 - Possuem escólex desguarnecido de rostelo e acúelos (apenas ventosas).
 - Apresentam uma fileira de glândulas interproglotídeas na borda posterior de cada proglote (seta preta).
 PS - M. benedeni: apresentam glândulas interproglotídeas reduzidas
 PS - M. expansa: glândulas interproglotídeas se extendem por toda a largura do segmento 
 C - Gênero Dipylidium:
 C.1 - Dipylidium Caninum: 
 Hospedeiro definitivo: cães, gatos e raposas (humanos raramente) - nointestino delgado.
 . Cestódeo mais comum dos cães e gatos domésticos (em minas a prevalência chega a alcançar até 80% dos cães).
 . Adultos possuem entre 15 a 20cm de comprimento (muito mais curtos que as tênias).
 - Rostelos com 4 camadas de acúleos.
 - Presença de cápsulas ovígeras nas proglotes maduras.
-
(PS: proglotes iniciais são imaturas)
 . Nas fezes podem ser encontradas proglotes longas e ativas (se mexendo, semelhante a grãos de arroz), cápsulas ou ovos.
 - Ovos são fáceis de identificar, pois se encontram em conjuntos empacotados pela capsula com até 30 destes. 
 . Pouco patogênico, porem geralmente leva a desconforto e prurido anal pela liberação das proglotes.
 
 Hospedeiro intermediário: piolhos e pulgas (larva cisticercoides presente na cavidade interna - microscópico).
 Espécies: Ctenocephalides canis; C. felis; Pulex irritans; Trichodectes canis.
 
 Controle: envolve tanto o controle dos ectoparasitos como a administração de anti-helmínticos.
 D - Raillietina spp.:
 Hospedeiro definitivo: aves (10cm) - I.D.
 - Adultos são semelhantes aos do D. caninum, porém com tamanho menor (10cm).
 Hospedeiro intermediário: formigas e besouros, como larva cisticercoides presente na cavidade interna (microscópico).
.
2 - Trematoda: helmintos achatados em forma de folha e não segmentados. 
 . Possuem ventosas para fixação e trato alimentar cego.
 . Grande maioria é hermafrodita (com uma única exceção). 
 . Os da subclasse Monogenea são principalmente parasitas externos de peixes e de outros anfíbios. 
 . Os da subclasse Digenea, requerem um hospedeiro intermediário - parasitam animais vertebrados, tendo espécies de importância na veterinária.
 - Os trematódeos digenéticos adultos (comumente denominados “fascíolas”) instalam-se principalmente nos ductos biliares, no trato alimentar e no sistema vascular.
 - Estágios larvários se desenvolvem em um molusco (hospedeiro intermediário), em algumas espécies sendo necessário ainda o envolvimento de um segundo hospedeiro intermediário.
(exemplo de ciclo genérico na subclasse Digenea)
 2.A - Fascíola hepática:
 Hospedeiro definitivo: bovinos, caprinos, suinos e outros mamiferos (é zonoose) - fase adulta nos ductos biliares.
 . Adulto possui cerca de 3,5cm de comprimento e 1cm de largura.
 - Apresentam ventosa oral na extremidade anterior.
 - Glândulas vitelínicas extremamente ramificadas, ocupando as laterais do parasito.
 - Os dois testículos são ramificados.
 
 . Ovos sao operculado e amarelados.
 . Migracao das formas adultas podem levar a danos (raro) - hepatite traumática hemorrágica (cirrose) e obstrução do sistema biliar.
 . Leva a condenacao do orgao afetado em matadouros.
 Hospedeiro intermediário: normalmente são caramujos aquáticos do gênero Lymnaea spp.
 . Tem incidência em regiões de clima temperado, devido a presenca do H.I.
 Ciclo:
 1ª - Apos a fase metacercárias ser ingerida pelo H.I migram através da parede intestinal, atravessam o peritônio e penetram a cápsula hepática. 
 2ª - Migram em direção aos ductos bileares (e se maturam no processo) nos quais liberam seus ovos - estes seguem para as fezes e tem contato com lesmas no ambiente.
 3ª - Ovos penetra na lesma e sofre diversas etapas de maturacao ate a fase metacercaria, completando o ciclo.
 Sintomas: não são notadas manifestações importantes quando há poucos parasitas nos ductos biliares, entretanto em infeccoes graves 
pode se manifestar na forma aguda e crônica:
 Aguda: incomum, está relacionada com a ingestão das metacercárias e sua penetracao no parênquima hepático, o que provoca inflamações - animais podem apresentar depressão, dores abdominais, hipertermia, perda de peso, atonia ruminal, icterícia e mucosas pálidas. 
 - Geralmente relacionada com infecção maciça em animais jovens. 
 - Se houver grande perda sanguínea e falha da função hepática pode ocorrer morte.
 Cronica: perda de peso, anorexia, mucosas pálidas, icterícia, letargia, anemia e edema submandibular/abdominal.
 Subclinica: sem sintomas - é o tipo mais comum.
 2.B - Eurytrema coelomaticum: 
 Hospedeiro definitivo: bovinos, ovinos e caprinos - adulto com 1.6cm em ductos pancraticos.
 . Pouco patogenico, porem em caso de obstrucao do ducto pode levar a pancreatite.
 . Ovos liberados sao castanho escuro.
 . Possui testiculos lobados (não são ramificados) e desalinhados.
 (Eurytrema) (Fasciola) 
 
(semelhante a Fasciola hepatica, porem menores)
 Hospedeiros intermediários (2): depende da passagem por caramujos terrestres seguida pela passagem por gafanhotos, para a formacao da forma infectante.
 2.C - Paramphistomum cervi:
 Hospedeiro definitivo: se encontra no rumem e reticulo de bovinos (bastante frequente).
 . Em infeccoes macissas animal pode apressentar sede, diarreias, perda de peso e hemorragia.
 . Adultos são fascíolas pequenas e cônicas com aproximadamente 1 cm de comprimento e coloração vermelho-clara quando frescos (possuem hemoglobina propria).
 - Ovos sao operculados, transparentes ou ligeiramente esverdeados.
 - Possuem ventosa bem desenvolvida no acetabulo.
(formato de gota e apresentam acetábulo terminal - na ponta do cone)
 Hospedeiro intermediário: caramujos aquaticos. (Lymnaea spp. e planorbis). 
 2.D - Platynosomum illiciens: 
 Hospedeiro definitivo: na vesícula e ductos biliares de gatos - cerca de 0,5cm de comprimento.
 . Geralmente assintomatico, porem pode levar a um quadro de ictericia, caquexia, hepatomegalia e diarreia via a cirrose e obstrucao de ductos biliares.
 . Adulto possui testículos pôs acetabulares volumosos e alinhados - corpo é alongado.
 Hospedeiro intermediários: pode ser um dos seguintes
 I - Molusco (Subulina octona): H.I primário.
 II - Isópodes Terrestres: tatu bolinha por exemplo - H.I secundário. 
 III - Lagartixas/Sapos: considerado hospedeiro intermediário secundário ou hospedeiro paratênico de P. Illiciens.
3 - Nematoda: helmintos “cilíndricos".
 . Possuem dimorfismo sexual.
 . Sistema digestivo presente.
 . Abriga as espécies de maior importância na veterinária.
 . Podem ou não ter H.I.
 Formas de infecção: 
 H.I: pela ingestão de larvas e ovos.
 H.D: por via oral (de L3 ou H.I), infecção cutânea (penetração), via transmamaria e transplacentária.
 Tipos de F0: ovos larvados, larvas, ovos.
 3.1 - Fa. Ascarididae:
 . São todos parasitas encontrados no I.D.
 . Possui gêneros de importância Ascaris, Parascaris, Toxocara e Toxocaris.
 
 A - Ascaris sp.:
 . Possui espécie que ocorre em suínos (Ascaris suum) - adultos com ate 40cm.
 . Durante o desenvolvimento o verme migra do estomago para os pulmões, seguindo para o I.D (hepatopulmonar - muda no processo, possui ciclo direto) - pode levar a baixa conversão alimentar e obstruções dependendo do número de parasitas.
 . Ovos dos ascarídios possuem parede espessa.
 . Machos são menores e possuem parte posterior ligeiramente curvada. 
 B - Parascaris equorum: ocorre em equinos (ciclo direto) - adulto com até 40cm (femea) e 24cm (macho).
 . Migração pelo tecido do hospedeiropode levar a clínica de tosse e perda de produção.
 C - Toxocara:
 Espécies de importância:
 C.1 - T. canis:
 . Tem transmissão transmamaria e transplacentária.
 . Realiza migração hepatotraqueal - em infecções intensas a migração larval é associada com pneumonia, algumas vezes acompanhada ainda de edema pulmonar. Quando no estomago relacionado com perda de peso, diarreias e vômitos (ocasional).
 . Possuem H.Ps - ratos, camundongos, minhocas e baratas.
 Macroscópia:
 . Adultos tem entre 4 a 18cm.
 . Cabeça dos adultos é elíptica em razão da presença de grandes asas cervicais.
 Clínica: obstruções, pneumonia e edemas. 
 PS - Migrans viceral: espécie é responsável pela forma mais amplamente conhecida de larva migrans visceral em humanos (zoonose).
 - Humano é hospedeiro errático.
 - Ocorre pela ingestão de formas infectantes no solo, porem o desenvolvimento da patologia e raro mesmo neste caso.
 - Pode levar a danos oculares e no fígado (larva migrans ocular e larva migrans visceral).
 C.2 - T. cati: adulto com cerca de 7cm (3 a 12cm).
 . Pode ocorrer em humanos como larva migrans visceral (LMV). 
 Ciclo: ciclo migratório quando ingerido L2 no ovo e não migratório por ingestão de hospedeiro paratênico ou infecção transmamaria (não ocorre infecção pré-natal) - o período pré-patente é de oito semanas.
 C.3 - T. vitulorum: afeta bovinos e bubalinos - pode levar a perda de produção e morte (especialmente em animais jovens).
 . Adulto com 15 a 30cm - formas infectantes transmitidas por via transmamaria.
 C.4 - Toxocaris leonina: afeta cães e gatos - não ocorre migração, como no caso dos outros ascarídeos (possui ciclo direto).
 Ciclo: por ingestão de L2 no ovo ou larvas nos tecidos de hospedeiros paratênicos (camundongo) - não ocorre migração das larvas.
 Clínica: aumento do volume abdominal, obstrução intestinal e pneumonia parasitaria.
 - Pode ocorrer como L.M.V (mais raro). 
 Macroscópia: adulto macho possui processo digiforme na ponta da calda.
 - De 2 a 10cm de comprimento. 
 3.2 - Superfamília Strongyloidea:
 A - Gênero Strongylus: também chamados de grandes strongylus (1,5 a 5cm) - adultos presentes no I.G de equinos. 
 . São vermes hematófagos - migram para fígado e pâncreas, onde são encontrados em nódulos.
 . Parasitos importantes do ceco e cólon de equídeos.
 Macroscópia:
 . Presença de bolsa copuladora proeminente nos machos - envolve fêmea durante a cópula.
 . Presença de cápsula bucal: aparelho bucal adaptado à hematofagia - a presença e o formato dos dentes na base da cápsula bucal é utilizada como diferenciação de espécies.
 - S. vulgaris: dois dentes arredondados.
 - S. edentatus: sem dentes.
 - S. equinus: três dentes cônicos.
 Ciclo biológico:
 Sinais e patogenia: varia de acordo com a espécie (e logo pelo seu ciclo de migração).
 . Turbulência do fluxo sanguíneo levando a ocorrência de trombos, embulos, tromboembolismo e infartos no vulgaris (arterite verminotica) - na mesentérica cranial, leva ao comprometimento do parênquima do I.D e I.G.
 . Destruição do parênquima hepático e pancreático - em equinus e edentatus.
 . Cólica - pode ocorrer em qualquer um destes, devido as lesões na mucosa pela entrada/saída.
 . Inflamação da mucosa e submucosa (geral).
 B - Ciatostomíneos: também chamados de pequenos strongylus (possuem menos que 1,5cm, persentes na mucosa intestinal sob
forma de nódulos).
 . Possui cerca de 40 espécies e 10 gêneros - quinze espécies estão presentes comumente em grandes números em equinos.
 . Geralmente sinais clínicos estão associados às infecções intensas em animais com até 2 a 3 anos de idade - retardado 
desenvolvimento, anemia e em alguns casos diarreia.
 C - Oesophagostomum: 1 a 2 cm de comprimento - são encontrados aderidos na mucosa do I.G sob a forma de nódulos palpáveis (durante o período histotrófico - de desenvolvimento nas mucosas).
 . Possui ciclo direto - ovo no chão eclode e evolui a L3, que quando ingerida não migra no corpo do hospedeiro.
 Espécies de importância:
 O. radiatum: no IG de bovinos e bubalinos.
 O. columbianum: no IG de caprinos e ovinos.
 O. dentatum: IG de suínos.
 O. venulosum: IG de pequenos ruminantes.
 Microscopia:
 . Adultos possuem cápsula bucal pequena (CR na imagem) e asas cervicais largas (CV).
 D - Strongyloides:
 Ciclo:
 I - Capaz de ciclos reprodutivos parasitário e de vida livre - a fase parasitária envolve apenas as fêmeas do verme no intestino
delgado, as quais produzem ovos larvados por meio de partenogênese (desenvolvimento de um ovo não fertilizado) - são liberados nas fezes.
 II - Após a eclosão, as larvas podem se desenvolver até o quarto estágio em vermes machos e fêmeas adultos de vida livre e isto pode ser seguido por uma sucessão de gerações de vida livre.
 III - No entanto, em determinadas condições (possivelmente relacionadas à temperatura e à umidade) a larva L3 pode se tornar parasita, infectando o hospedeiro por meio da penetração na pele ou pela ingestão, migrando via sistema venoso aos pulmões e à traqueia, para se desenvolverem em fêmeas adultas no intestino delgado.
 . Adultos são menores que 1cm - presentes no ID.
 Clínica: podem causar broncopneumonia pela migração pulmonar, além de enterites e dermatites - porem geralmente é assintomática.
 Espécies de importância: 
 - S. stercoralis: em cães, gatos e humanos.
 - S. ransomi: em suínos.
 - S. westeri: em equinos.
 - S. papillosus: em ruminantes.
 3.3 - Superfamília Spiruroidea:
 . Cauda do macho enrolada firmemente em forma de espiral.
 . Ciclos evolutivos são indiretos, envolvendo artrópodes como hospedeiros intermediários.
 A - Spirocerca lupi:
 Hospedeiro definitivo: cães, canídeos selvagens, raposas, gato (raramente).
 . Macho adulto tem entre 3 a 5cm, femea dentro de 5 a 8cm. 
 - Macho possui extremidade posterior espiralada.
 - Coloração vermelha forte.
 
 . Se encontra na região do esôfago, estômago e aorta - na forma de nódulos fibrosos de até 8cm contendo o verme adulto dentro.
(predispõe a ocorrência de neoplasias - sarcoma esofágico)
 Hospedeiro intermediário: coleópteros coprófagos (besouros).
 . L3 pode seguir para um hospedeiro paratênico antes de seguir para o H.D (parasita não se desenvolve, porem permanece vivo).
 . Muitos vertebrados podem atuar como hospedeiros paratênico - roedores, pássaros, galinhas, insetívoros e répteis 
 Sintomas no cão: disfagia, regurgitação, emese e morte súbita - ocorrem pela presença de sarcomas esofágicos
 Controle:
 . Higiene dos canis; 
 . Controle de hospedeiros intermediários e paratênicos no ambiente. 
 . Controle de cães vadios.
 . Alimentação baseada em ração.
 . Recolhimento imediato das fezes - evita o contato dessa com os coleópteros coprófagos.
 B - Physaloptera: ocorrem em gatos e cães, tendo vários artrópodes como hospedeiros intermediários (baratas, grilos, besouros...).
 . Adultos tem de 2 a 6cm - encontrados na mucosa do estomagode gatos.
 3.4 - Gêneros Trichuris e Capillaria:
 Possuem características em comum:
 . Ovos bi-operculados.
 . Possuem esôfago esticossoma: estreito, ocupa cerca de um terço a metade do comprimento do corpo. 
 A - Gênero Trichuris: conhecidos como vermes chicote - vermes adultos possuem de 4 a 6cm, sendo encontrados na mucosa no ceco em especial (I.G).
 . Encontrado no ceco e no cólon de mamíferos (submucosa). 
 . Período pré-patente entre 6 a 12 semanas - possuem ciclo direto.
 . Geralmente pouco patogênicos - pode levar a inflamações e edemas da mucosa em raros casos.
 - Resulta da sua localização subepitelial e do movimento contínuo da extremidade anterior do verme chicote, conforme ele procura por sangue e líquidos.
 . Metade anterior do corpo de diâmetro menor que a posterior - representa 2/3 do tamanho do animal.
 - Parte anterior contam esôfago - longo e delgado.
 - No macho a parte posterior termina (mais grossa) termina em uma espiral.
 - Parte posterior contem o intestino e anus.
 Espécies de importância: T. ovis; T. discolor; T. globulosa (as 3 em ruminantes); T. suis; T. vulpis (cães).
 B - Gênero Capillaria: geralmente leva a infecções assintomáticas - inflamação com edema e fibrosamento em alguns casos.
 Espécies de importância:
 C. bovis: no I.D de ruminantes.
 C. bursata: em I.D de aves.
 C. contorta: no papo e esôfago de aves.
 3.5 - Gêneros Ancylostoma e Bunostomum:
 A - Ancylostoma: 
 Hospedeiro definitivo: presentes no I.D de gatos, cães e humanos (depende da espécie).
 . São hematófagos.
 . Possuem transmissão placentária, mamaria, oral e percutânea.
 . Animal pode apresentar quadro de anemia - mais comum em animais jovens ou naqueles com infecções maciças.
 PS - Larva migrans (bicho geográfico - zoonose): larva infectante de ancilostoma no solo penetra na pele de animais e acidentalmente na do homem (H.A).
 Macroscópia (verme adulto):
 - De 1 a 2cm.
 - Postura característica semelhante a um gancho.
 - Possui variação entre espécies - A. caninum possui 3 pares de dentes (setas vermelhas) enquanto A. braziliensis possui 2.
 - Macho possui bolsa copulatoria.
 
 B - Bunostomum: parasita de pequenos e grandes ruminantes.
 . Um dos maiores nematódeos do intestino delgado de ruminantes (1 a 3 cm de comprimento).
 . São hematófagos - 100 a 500 vermes pode produzir anemia progressiva, hipoalbuminemia, perda de peso e ocasionalmente diarreia. 
 - Cargas parasitárias de aproximadamente 2.000 endoparasitas levam à morte em bovinos.
 - Dermatite no local de penetração na pele.
 - Adultos são hematófagos - lesões causadas podem levar a hemorragias.
 - Fases larvais migram pelos alvéolos, podendo levar a problemas respiratórios (broncopneumonia).
 
 Espécies de importância:
 . B. phlebotomum em grandes ruminantes.
 . B. trigonocephalum em pequenos ruminantes.
 3.6 - Gênero Dictyocaulus:
 . Adultos tem até 8cm - encontrados na traqueia e brônquios.
 - Migram para a região da traqueia para a deposição de ovos, que são eliminados nas fezes.
 - Possuem ciclo direto: larvas liberadas nas fezes evoluem a L3 no solo e são ingeridas pelo H.D.
 . São os responsáveis pela ocorrência da bromquipneumonia verminotica.
 Espécies de importância na veterinária:
 A - D. viviparus: afeta bovinos.
 B - D. filaria: afeta ovinos e caprinos.
 C - D. arnifield: em equídeos.
 Sinais clínicos: tosse, taquipneia, dispneia, hiperpneia.
 - Ocorrência de sinais em jovens é mais comum.
 3.7 - Tricostrongilídeos: superfamília de nematódeas, possuindo 4 gêneros de interesse na veterinária.
 A - Osteargia: principal causa da gastrite parasitaria em ruminantes - são hematófagos presente no abomaso.
 A.1 - O. ostertagi e lyrata: adultos de até 1cm - presentes especialmente em jovens.
 Sinais clínicos: 
 - Diarreias aquosas intermitentes ou persistentes, de coloração verde.
 - Perda de peso (devido à perda de função - nódulos hiperplásicos presentes no lugar de glândulas).
 - Pelos opacos, edemas, anemia e perda de apetite.
 B - Haemonchus (placei e contortus): vermes de 1 a 3cm, presentes em ovinos, caprinos e ruminantes (causadores da hemoncose).
 . São hematófagos presentes no abomaso - podem levar a hemorragia aguda.
 Sinais clínicos (forma aguda): 
 - Perda de peso, fraqueza, anemia e inapetência (mais comuns).
 - Variados graus de edema (submandibular e a ascite são os tipos mais comuns).
 - Fezes de coloração escura, queda de lã e diarréia em poucos casos.
 Microscopia:
 - Pequenos (1 a 3cm).
 - Presença de papilas cervicais (seta preta).
 - Presença de apêndice vulvar em fêmeas (seta vermelha).
 C - Trichostrongylus: ocorre em rum, equinos e aves - adultos com entre 0,4 a 0,8 cm, presente no I.D.
 . Frequente na caprinocultura. 
 . Não são hematófagos.
 . Clinica com perda de peso e diarreias.
 Espécies de importância:
 - T. axei: presente no abomaso de ruminantes e estomago de equinos. 
 - T. colubriformis.
 - T. longispicularis.
 D - Cooperia: possui espécies de importância - puntata, pectinata e oncophora.
 . Clínica de perda de peso e edema submandibular.
 . Possui fase histotrofica antes da fase adulta (penetra>L5>lesão).
 Microscopia:
 - Pequenos (0,5 a 1cm).
 - Possui expansão cuticular.
 3.8 - Familias Oxyuridae e Heterakidae:
 . Ciclo direto ou com H.P.
 A - Oxyuris equi: no I.G de equinos - cerca de 1cm a 10cm.
 . Gera irritação anal pela migração das femeas - se deslocam ao reto para depositar os ovos (ciclo direto).
 PS: elas podem estar presentes nas fezes também.
 PS2: período pré-patente de 5 mêses.
 . Femeas tem a cauda fina.
 B - Heterakis gallinarum: no ceco (I.G) de aves domésticas e selvagens.
 . Pouco patogênico, pequeno (até 1,5cm).
 . Pode ter H.P - ave ingere ovo ou minhoca contendo L2.
 . Período pré-patente de 1 mês e meio.
 C - Ascaridia galli: aves domésticas e selvagens, no I.D.
 . Machos adultos medem de 5 a 7cm e fêmeas de 7 a 12cm, deposita ovos resistentes - maior nematódeo de aves domésticas. 
 . Obstrução intestinal em infecções maciças - geralmente a infecção é controlada (P.P.P - 1 a 3 meses).
 3.9 - Causadoras da filariose canina (síndrome): possui 2 espécies de importância na veterinária quanto aos cães - Acanthocheilonema reconditum e Dirofilaria immitis.
 PS: as duas espécies possuem fase microscópica na corrente sanguínea denominada microfilaria - é importante saber diferenciar as microfilarias em um exame de sangue pois uma destas espécies causa uma doença considerada grave e possivelmente letal (Dirofilaria immitis) enquanto a outra é pouco patogênica. Isto junto ao fato que com frequência os 2 vermes ocorrem na mesma região endêmica pode levar a diagnósticos incorretos por exame de sangue.
 Diferenciacao das microfilárias: pelo comportamento e morfologia destas no sangue épossivel identifica-las.
 I - Dirofilaria immitis: possuem deslocamento lento, 298 ± 5,5 µm de comprimento 
 . Extremidade posterior reta.
 
 II - Acanthocheilonema reconditum: possuem deslocamento rápido, 249 ± 8,7 µm de comprimento.
 . Extremidade posterior em gancho.
 . Forma adulta é encontrada especialmente em tecido subcutaneo (geralmente sem lesao alguma).
 . D. immitis causa enfermidade grave em cães, alem de ter potencial zoonotico.
 . Acanthocheilonema reconditum causa afecção transitória e não patogênica. 
 PS: transmitidas por pulgas, carrapatos e mosquitos (difere da D. immitis quanto a H.Is).
 A - Dirofilaria immitis: causador da dirofilariose canina.
 Hospedeiro definitivo: caes (podem atuar como reservatorio tambem), raposas e canídeos.
 . Forma adulta encontrada entre as artérias pulmonares e ventrículo direito - fêmeas adultas medem 25 a 30 cm, enquanto os machos medem cerca de metade desse comprimento.
 - Geralmente a forma adulta é encontrada em massas (enmaranhados).
 - Cauda dos machos apresenta formato em espiral largo típico, comum aos filarídeos e a cauda apresenta asas laterais pequenas. 
(formas de microfilaria sao encontradas no sangue tambem - estagio anterior do mesmo verme).
 . Em raros casos pode afetar humanos e gatos.
 . Caes do lado de fora da casa tem ate 5x mais vezes de serem infectados.
 . Sintomas relacionados ao comprometimento da circulacao sanguinea (ver tabela abaixo).
 Hospedeiro intermediario: mosquitos - Aedes, Culex, Anopheles...
 Diagnostico:
 . ELISA.
 . Exame clínico - auscultação em especial.
 - Aspectos epidemiologicos tambem ajudam no diagnostico (se a area é endêmica/litorania).
 . Diagnóstico por imagem: raio-x, angiografia pulmonar, ultrassonografia - mostram anormalidades nos vasos e coracao.
 . Teste de Knott modificado: 1 ml de sangue é hemolisado em 10 ml de formol 2% - após centrifugação por cinco minutos a 1500 rpm, o sedimento é misturado com igual quantidade de Azul de Metileno (1:1000) e examinado ao microscópio óptico para observação, principalmente, das características morfológicas das microfilárias.
4 - Filo Acantocéfalas: 
 . Possuem gancho na cabeça e probóscide reversível - meio termo entre nematodas e 
 . O corpo geralmente é cilíndrico, embora em alguns vermes seja achatado.

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