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Inclusões Celulares e Histoquímica - Farmacobotânica

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Inclusões Celulares e Histoquímica
Farmacobotânica
> inclusões celulares também podem ser chamadas de substâncias ergásticas.
> são resultantes do metabolismo celular, importante na Farmacobotânica
> funções: podem ser produtos de reserva ou de descarte; servem como acúmulo de reservas de metabólitos provenientes do metabolismo primário, o qual gera os açúcares da fotossíntese; servem como agente de atração de polinizadores; agentes de proteção contra herbivoria, levando a uma menor palatabilidade para os herbívoros.
- São importantes elementos auxiliares na identificação de drogas vegetais e plantas medicinais.
> as inclusões celulares são divididas em orgânicas e inorgânicas:
Inclusões Celulares Orgânicas:
a) Grãos de aleurona: são resultados de proteínas sólidas formadas no interior de vacúolos. Estes formam uma camada de aleurona, comum em cereais. Essa camada está mais em arroz integral do que no refinado.
> caracterização histoquímica: só pode ser feita com o material fresco. Esse teste de identificação de aleurona deve ser feito usando Ninidrina 0,5%, seguido da aplicação de Fucsina descorada SR, bissulfito de sódio a 2% e uma lavagem do material em água corrente. Assim, será observada uma coloração vermelho púrpura. Dura cerca de 24h.
- Outras técnicas em botânica permitem a utilização de outros compostos:
b) Inulina: é um polissacarídeo resultante da ligação de várias moléculas de frutose, com uma glicose terminal. Está presente em raízes de algumas espécies da família Asteraceae. 
- Dissolvida no suco celular, necessita de cristalização para ser observada ao microscópio: desidratação alcoólica.
> caracterização histoquímica: ocorre rapidamente, com adição de Alfa naftol/timol (10%), ácido sulfúrico, aquecimento, e aí observa-se uma coloração violeta/ avermelhada.
> para a planta, a inulina confere resistência a vários fatores desfavoráveis. Tem como função a reserva e proteção das membranas celulares contra a seca e o frio.
> como a inulina é uma fibra alimentar considerada insolúvel na química de alimentos, ou seja, não é digerida pelas enzimas do sistema gastrointestinal, ela serve, para os humanos, como um aditivo, suplemento de dieta (shakes), fabricação de xaropes de frutose; dando viscosidade a alimentos, como iogurte, sorvetes. Também é utilizada nas análises clinicas, pois é um marcador - testes de função renal.
c) Taninos: é um grupo heterogêneo de substâncias fenólicas amplamente distribuídas pelo corpo vegetal. Ocorrem nos vacúolos e podem impregnar paredes. São abundantes em folhas de diversas plantas, nos frutos verdes e nas cascas de sementes. São substâncias visíveis no material seco. 
> caracterização histoquímica: este é o teste padrão, mas especifico para taninos hidrolisáveis. O material pode ser seco ou fresco. É feita a partir da adição de cloreto férrico a 10% e uma pequena quantidade de carbonato de sódio; deixar em contato por 2 a 3 minutos. Lavar o material com água destilada. A reação é positiva ao produzir coloração negro-azulada, verde escuro ou verde azulada. 
A parte escura é referente a presença de taninos.
d) Óleos fixos, gorduras e óleos voláteis:
> podem aparecer como corpos sólidos (na superfície, empregando as paredes celulósicas) ou gotículas líquidas no interior das células vegetais. 
> são distribuidos nas células vegetais, ocorrendo em todas as partes da planta.
> nas sementes, estao localizados nas células do endosperma.
> óleos essenciais: encontrados quase sempre em órgãos vegetativos, como folhas e sementes.
> óleos fixos: presentes quase sempre no endosperma do embrião. 
> óleos fixos e gorduras: produtos de reserva que ocorrem especialmente em sementes e frutos. Possuem valor alimentar, cosmético e no preparo de sabão (ex.: milho, soja, girassol, coco, etc.). servem como veículos de outros medicamentos (emulsões líquidas ou sólidas – pomadas). Além disso, possuem propriedades terapêuticas, como o óleo de rícino. 
- Caracterização histoquímica: SUDAM III ou IV.
- Na presença de O2 + calor + umidade, esses óleos sofrem racemização (oxidação das moléculas). 
- Deixam manchas gordurosas em papéis e tecidos. 
- Os óleos fixos são líquidos em temperatura ambiente, diferente das gorduras que são sólidas.
- Nas plantas, servem como proteção contra perda de água.
> óleos essenciais ou voláteis: estão localizados em estruturas secretoras especializadas. São constituídos por uma mistura de substâncias, a maioria de natureza terpênica (ex.: cravo, canela, hortelã, capim-limão, eucalipito, coentro, etc.). Apresentam diversas atividades biológicas. São substâncias leves, e por isso são voláteis. 
- Funções: atrativos de polinizadores, repelentes de predadores, função antimicrobiana para as plantas (presente principalmente nas raízes).
- Caracterização histoquímica: SUDAM III ou IV.
- Esses óleos evaporam em temperatura ambiente, por isso não deixam manchas gordurosas em papéis e tecidos.
- Tricoma glandular (1) e (2) são estruturas secretoras externas, (3) estruturas secretoras internas.
e) Amidos e féculas:
> assim como a glicose, o amido e as féculas são produtos resultantes da polimerização de glicose. Entretanto, são molécula de D-glicose que se unem formando o segundo carboidrato mais abundante do reino vegetal.
> dependendo da forma como a glicose polimeriza, ela forma uma estrutura linear= amilose ou ramificada= amilopectina
> os amidos e féculas são chamados de amiloplastos, e são sintetizados nos cloroplastos.
> estão localizados em todos os tecidos, mais especificamente nos órgãos de reserva.
> são utilizados na manipulação para o preparo de comprimidos e como diluentes de pós oficiais; podem ser condensados com formol para a preparação de aminofórmio; matéria prima para obtenção de glicose, preparação de dextrinas e álcool etílico.
> exemplos: milho, arroz, trigo, mandioca e batata.
> féculas são extraídas de partes subterrâneas da planta, como a batata e a mandioca.
> amido é obtido do fruto, do grão, que é uma parte aérea, como o milho.
> a caracterização dos amiloplastos podem ser através de:
a) Formato do grão: esférico, ovoide, poliédrico, cupuliforme, reniforme ou halteriforme.
b) Estrutura: homogêneo ou estratificado.
c) Formato do hilo: puniforme, linear, cruciforme, estrelado, circular ou poliédrico.
d) Posição do hilo: central ou excêntrico.
e) Estado de agregação: simples ou isolado, composto ou pseudocomposto.
Alguns grãos de amilos.
f) Mucilagem: é uma secreção rica em polissacarídeos, com caráter gelatinoso e estrutura complexa. Tem a função de reter água, aumentando de volume. Encontra-se, em alta concentração, em raízes aquáticas para sua proteção, envolve algumas sementes, e está presente, também nos tecidos das suculentas.
Inclusões Celulares Inorgânicas: ou depósitos cristalinos
a) Oxalato de Cálcio:
- Ráfides: tem formato de agulha, e são mais comuns em monocotiledôneas. 
- Drusas: tem formato redondo em forma de roseta ou estrela, e são mais comuns em eudocotiledôneas.
- Cristais prismáticos e cristais estilóides: pouco frequentes.
- Areias cristalinas: especialmente em Solanaceae e Rubiaceae.
> caracterizações histoquímicas: os cristais de oxalato de cálcio só reagem com ácidos fortes, por isso são insolúveis em ácido acético a 6% e solúveis em ácido clorídrico a 7%; são solubilizados lentamente, sem produzir efervescência.
b) Carbonato de Cálcio: estes não têm formatos específicos. Estão quase sempre relacionados com a epiderme das plantas. Ocorre em células especiais chamadas de Litocistos. São menos frequentes, ocorrendo especialmente nas famílias Moraceae, Urticaceae e Acantaceae. 
- Quando os cristais de carbonato de cálcio estão nos Litocistos, eles são chamados de cristais cistólitos. 
> caracterizações histoquímicas: os cristais de carbonato de cálcio reagem com o ácido acético (ácido fraco) a 6% ou ácido clorídrico a 7% que solubiliza esses cristais rapidamente, com produção de efervescência. 
Cistólito (uma concreção de carbonato de cálcio, comummente pedunculada, que surge da parede celulósica de certascélulas de plantas)
Testes Histoquímicos:

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