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Disciplina: Prática IV Aula 4: Competência Apresentação Nesta aula, esclareceremos a Justiça competente para o processo e julgamento dos crimes ambientais. Em seguida, demonstraremos a possibilidade de o processo e o julgamento se iniciarem em tribunais, tendo em vista o foro por prerrogativa de função. Objetivos Descrever o sistema da Justiça brasileira; Identificar qual a Justiça competente; Identificar o processo e julgamento dos crimes ambientais. Justiças brasileiras De acordo com os ensinamentos do professor Badaró (2016), competência é definida como o "âmbito legítimo de exercício da jurisdição conferido a cada órgão jurisdicional." A Justiça brasileira se divide em: JUSTIÇA ESPECIAL É formada por: • Justiça Militar, • Justiça Eleitoral e • Justiça Trabalhista. JUSTIÇA ESPECIAL É composta da Justiça Federal e Justiça Estadual — julga determinadas causas, entre elas as ambientais. Competência Federal Para que a competência da Justiça Federal seja fixada, é necessário que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal sejam interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes — exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho, conforme determina o art. 109, I, da Constituição Federal. Estadual A competência da Justiça Estadual será residual, ou seja, será fixada quando a competência para o julgamento de uma determinada causa não for das Justiças Especializadas, assim como também não existir interesse da União, entidade autárquica ou empresa pública federal. Eleitoral A Justiça Eleitoral julga casos ligados a questões das eleições, como registro de candidaturas, inelegibilidades, domicílio eleitoral, abuso do poder econômico ou político etc. Trabalhista A Justiça Trabalhista julga casos relativos a contratos de trabalho, relação de emprego, vínculo empregatício ou não etc. Porém, a única Justiça que não tem competência em matéria criminal é a Justiça Trabalhista, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Constituição Federal De acordo com a Constituição Federal de 1988 a fauna e a flora estão protegidas como poder-dever comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme se verifica do art. 23, VII , do Texto Magno. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, dispõe que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O Poder Público tem a obrigação de “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”, de acordo com o art. 225, § 1º, VII, da Constituição Federal. Jurisdição É a função do Estado de aplicar a lei ao caso concreto, solucionando o caso penal. É a jurisdição que possibilita tanto a ação quanto o processo (nessa nossa disciplina, ação penal e processo penal). A jurisdição é função monopolizada pelo Estado que expressa a soberania nacional, consistindo no encargo dos órgãos jurisdicionais estatais de promover a realização do direito no caso concreto, por meio do processo. Princípios da Jurisdição Indeclinabilidade O Juiz não pode declinar o seu mister jurisdicional (art. 5º, inciso XXXV da CRFB/1988). Indelegabilidade Não há possibilidade de se delegar a outro, que não o Judiciário, o poder de julgar, salvo nas hipóteses previstas na própria Constituição, conforme art. 52, inciso I da CRFB/1988. Improrrogabilidade A jurisdição não se prorroga à autoridade que não tem competência delineada em lei. Ocorrido um fato criminoso em uma determinada comarca, nesta deve ser realizado o julgamento. Entretanto, este princípio comporta exceção através da conexão (art. 76 do CPP) e continência (art. 77 do CPP) e dasforamento (art. 427 do CPP), sendo certo que este último caso não se aplica aos crimes ambientais. Um aspecto da jurisdição é que o juiz não pode agir de ofício, ou seja, somente pode agir se for provocado. Como não há pena sem processo penal é impossível aplicar qualquer tipo de sanção penal sem instauração do processo penal. Características da Jurisdição • Inércia — o Estado-Juiz somente atua se for provocado; • Substutividade — como a autotutela é proibida, o Estado passou a prestar jurisdição. Sendo assim, a decisão jurisdicional substitui a atividade das partes, realizando em concreto a vontade do direito objetivo. • Definitividade – que consiste em que a coisa julgada, que decorre da atividade jurisdicional, traduzindo-se pela impossibilidade de uma decisão judicial ser revista ou modificada por órgão integrante de outro poder. Competência • A doutrina entende que a competência é o limite da jurisdição. • A jurisdição é una e indivisível. A competência é que pode ser repartida ou dividida e se classifica em razão: Da matéria Observa a natureza do fato criminoso, como: em crime eleitoral, a competência para o processo penal será da Justiça Eleitoral. Se ocorrer um crime militar, a competência para o processo e julgamento será da Justiça Militar. Da pessoa Observa a condição funcional do acusado. Se quem pratica a infração penal for presidente da República, a competência para o processo penal será do Supremo Tribunal Federal. Do lugar Observa o local onde ocorreu a infração penal. Neste caso, se o crime ocorrer no município do Rio de Janeiro, a competência para o processo e julgamento será deste lugar. Exemplo Se um juiz de direito do Estado do Rio de Janeiro praticar um crime ambiental, como por exemplo provocar incêndio em mata ou floresta (art. 41, da Lei 9.605/98), por força da sua função e observando o comando do art. 96, III, da Constituição Federal de 1988, a competência para o processo penal será do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ainda que esse crime ambiental não tenha sido praticado no Estado do Rio de Janeiro. Exemplo Imagine uma pessoa pescando mediante explosivo na cidade de São Miguel do Araguaia (GO). Tal conduta se enquadra no crime previsto no art. 35, I, da Lei 9.605/98. Como essa pessoa não tem foro por prerrogativa de função, a competência para processo e julgamento dessa infração penal será o lugar da prática do crime ambiental, ou seja, na comarca de São Miguel do Araguaia. Para a doutrina majoritária e a jurisprudência, a competência: Em razão da matéria e em razão da pessoa é ⇩ COMPETÊNCIA ABSOLUTA Em razão do lugar é ⇩ COMPETÊNCIA RELATIVA Nesse sentido, a incompetência absoluta é causa de nulidade absoluta, já a incompetência relativa é causa de nulidade relativa. Diferença entre competência absoluta e competência relativa COMPETÊNCIA ABSOLUTA • A regra de competência absoluta é criada com base no interesse público e não pode ser modificada. • A incompetência absoluta é causa de nulidade absoluta. COMPETÊNCIA RELATIVA • A competência relativa tem por base o interesse preponderante das partes e pode ser modificada. • A incompetência relativa é causa de nulidade relativa. Concretização de Competência O critério de concretização da competência passa por cinco etapas. 1 Saber se o caso penal terá como competência para o julgamento os órgãos de sobreposição do Poder Judiciário, ou seja, Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. Sendo a resposta afirmativa, encerra a busca da competência. Se for negativa, 2 passa-se para a segunda etapa para descobrir qual a Justiça competente, que pode ser Justiça Especializada (Militar ou Eleitoral) ou a Justiça Comum (Federal ou Estadual). Descoberta a Justiça competente, 3 na terceira etapa é necessário verificar se a competência originária é do Tribunal ou dos Juízos de 1º (primeiro) grau. Mas, se a competência originária for dos Juízos de 1º (primeiro) grau, 4 é necessária a quarta etapa para saber qual o foro competente (Comarca na JustiçaEstadual e Seção Judiciária na Justiça Federal). Descoberto o foro competente, se for Comarca ou Seção de Juízo Único, encerra-se a busca da competência. Se a competência for do Tribunal, encerra a busca do órgão competente. Mas, se a competência originária for dos Juízos de 1º (primeiro) grau. Se não for juízo único, 5 a quinta etapa servirá para descobrir qual a vara competente, atribuída por meio de distribuição. Processo Unificado Se houver conexão entre um crime da competência da Justiça Federal com um crime da competência da Justiça Estadual a súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça afirma o seguinte: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de Processo Penal." Se ocorrer um crime ambiental é necessário verificar se tal crime atingiu ou não interesse da União. Atingindo interesse da União, a competência para o processo e julgamento é da Justiça Federal. Se não atingir o interesse da União ou de Autarquia Federal, a competência para o processo e julgamento será da Justiça Estadual. Exemplo Imagine que alguém exporte animal silvestre, conforme se verifica do art. 29, § 1º, III, da Lei 9.605/98. Qual a Justiça competente para o processo e julgamento desse crime? A competência da Justiça estadual é residual, vale dizer, não sendo competência das Justiças especializadas (Justiça Eleitoral ou Justiça Militar) e não havendo interesse da União, a competência para o processo penal será da Justiça estadual. De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a competência para o processo penal nesta hipótese é da Justiça Federal, por força do art. 109, IV, da CF, e tendo por base a natureza transnacional da infração penal ambiental. Ocorrendo crime ambiental de menor potencial ofensivo, ou seja, aquele em que a pena cominada é de até 2 anos, o processo e julgamento será o Juizado Especial Criminal. Portanto, esse crime de menor potencial ofensivo pode ser julgado no Juizado Especial Criminal Federal (Lei 10.259/01) ou Juizado Especial Criminal Estadual. Exemplo Uma pessoa é convidada para uma festa em logradouro público estadual. Após horas de festa, já cansada, decide ir embora e se encaminha para fora do ambiente, quando, por descuido, pisa em planta de ornamentação deste logradouro público, ocasionando destruição da planta. Vale destacar que essa pessoa não queria danificar a tal planta de ornamentação. Observando a questão sob o ângulo criminal, a pessoa não teve dolo, porém, inobservou regra objetiva de cuidado, ou seja, foi imprudente, dasaguando, assim, em conduta típica culposa. Neste caso, essa pessoa praticou a infração penal prevista no art. 49, Parágrafo Único, da Lei 9.605/98. Como tal infração penal ambiental tem pena privativa de liberdade de detenção de três meses a um ano e multa trata-se de um crime de menor potencial ofensivo e a competência para o processo e julgamento desse fato criminal é do Juizado Especial Criminal Estadual. Pode ocorrer que o agente que cometeu o crime ambiental tenha foro por prerrogativa de função, vale dizer, competência em razão da qualidade da parte. Neste caso, para determinar a competência para o processo e julgamento observa-se a Constituição Federal. Exemplo Um Promotor de Justiça integrante do Ministério Público de São Paulo com vontade e consciência danifica vegetação primária em estado avançado. Considerando que a vegetação primária é a vegetação de máxima expressão local com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de espécies (Resolução nº 33 do Conselho Nacional do Meio Ambiente), a conduta do Promotor de Justiça é enquadrada no art. 38-A da Lei 9.605/98. Como a Constituição Federal de 1988 dispõe em seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de Justiça julgar os membros do Ministério Público, o processo e julgamento do crime praticado pelo Promotor de Justiça do paulista será do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Vale observar que a competência para o processo e julgamento será do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mesmo que o crime tenha ocorrido em outro estado da Federação. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a competência do Supremo Tribunal Federal está prevista no art. 102, I, "b" e "c", da CRFB. A competência do Superior Tribunal de Justiça está determinada pelo art. 105, I, "a", da CRFB. A competência dos Tribunais Regionais Federais tem previsão no art. 108, I, "a", da CRFB. E a competência dos Tribunais de Justiça está estabelecida no art. 29, X, e art. 96, III, da CRFB. Exemplo Se um vereador da cidade de Fortaleza causar poluição que resulte em dano à saúde humana, tal conduta é tipificada (enquadrada) no crime do art. 54 da Lei 9.605/98. Neste caso, por ser vereador, tem foro por prerrogativa de função, conforme se verifica do art. 29, X, da Constituição Federal de 1988. Assim, a competência para o processo e julgamento deste vereador de Fortaleza será do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Se o agente com foro por prerrogativa de função deixou de ocupar o cargo, ou seja, deixou de exercer a função pública, o processo será transferido para o primeiro grau de jurisdição, isto é, a competência para a Justiça Federal ou Justiça Estadual de primeira instância. Exemplo Considerando o exemplo do vereador de Fortaleza. Imagine agora que o processo penal não teve fim e o vereador não conseguiu se reeleger. Neste caso, perde o foro por prerrogativa de função e a competência para esse processo penal em curso passa para a primeira instância. Mas, quando a pessoa que cometeu o crime ambiental não tinha foro por prerrogativa de função e posteriormente passou a ocupar cargo público, o processo que se iniciou em primeiro grau de jurisdição passa para o Tribunal competente, como: o agente passa a ocupar cargo de Deputado Federal. Neste caso, o processo será transferido para o Supremo Tribunal de Justiça. Exemplo Considerando ainda os exemplos do vereador. Caso o processo penal não tenha terminado na primeira instância e o acusado era vereador, deixou de ser, e conseguiu se eleger a deputado federal, a competência para esse processo e julgamento será, agora, do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, I, "b", da Constituição Federal. Atenção O Supremo Tribunal Federal decidiu que para fixação do foro por prerrogativa de função será necessário existir pertinência temática entre a conduta do agente política e a sua função pública: Inexistindo essa relação entre a conduta e a função pública não há foro por prerrogativa de função. O STF fixou a seguinte tese: “(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo”. Atenção É possível um crime ambiental ser julgado pelo Tribunal do Júri? O Tribunal do Júri é uma garantia constitucional, prevista no art. 5º, inciso XXXVIII da CRFB/1988 e tem competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Porém, ocorrendo um crime doloso contra a vida conexo (que tem um ponto de contato) com um crime ambiental, pela regra do art. 78, I, do Código de Processo Penal na determinação da competência por conexão e no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri. Sendo assim, é perfeitamente possível que o Tribunal do Júri julgue um crime ambiental, desde que haja conexão com um crime doloso com a vida. Nos termos da Constituição Federal de 1988, é reconhecida a instituição do júri, com a organização quelhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e além da competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Atividades Leia a Jurisprudência do STJ JURISPRUDÊNCIA COMENTADA: "RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Nº 15.852 — MA (2004/0037887-2) CRIMINAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIME AMBIENTAL. PESCA COM PETRECHO NÃO PERMITIDO. LESÃO A BEM DA UNIÃO. MAR TERRITORIAL. INTERESSE DE ENTIDADE AUTÁRQUICA FEDERAL. IBAMA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. IRREGULARIDADES NOS AUTOS DE INFRAÇÃO E NECESSIDADE DO PRÉVIO ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA. TESES NÃO APRECIADAS PELO E. TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. OCORRÊNCIA DE DANO AMBIENTAL. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA INVIÁVEL NA VIA ELEITA. RESPONSABILIDADE DO COMANDANTE E DO ARMADOR. I - A competência da Justiça Federal, expressa no art. 109, IV, da Constituição Federal, restringe-se às hipóteses em que os crimes ambientais são perpetrados em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas autarquias ou empresas públicas. II - Ficando configurado, na espécie, a evidente possibilidade de lesão a bem pertencente a União, qual seja, o mar territorial, bem como o interesse de entidade autárquica federal no desfecho da controvérsia, no caso o IBAMA, a competência para processar e julgar o feito é da Justiça Federal. III - Se as teses veiculadas na exordial, consistentes na necessidade de prévio esgotamento da via administrativa para que seja deflagrada ação penal, bem como na existência da irregularidades nos autos de infração mencionados na proemial acusatória, não foram apreciadas pelo e. Tribunal a quo, delas não se conhece sob pena de supressão de instância (Precedentes). IV - A via do writ não permite o exame aprofundado do material cognitivo. Tal se dá, in casu, na verificação da ocorrência ou não de dano ambiental, fato esse reconhecido pelo e. Tribunal de origem. (Precedentes). V - O fato de não ter sido incluído na proemial acusatória o comandante das embarcações não enseja por si só a exclusão da responsabilidade do armador. Recurso parcialmente conhecido e, neste ponto, desprovido." 1) Ocorrendo crime ambiental em que o fato atinge interesse de Autarquia Federal, qual a Justiça competente para o processo e julgamento? a) Justiça Estadual b) Justiça Trabalhista c) Justiça Federal d) Justiça Eleitoral e) Justiça Militar 2) Indique a Justiça competente para o processo e julgamento de crime ambiental quando o agente que cometeu o crime é governador de Estado: a) Supremo Tribunal Federal b) Superior Tribunal de Justiça c) Tribunal de Justiça d) Tribunal Regional Federal e) Tribunal Regional do Trabalho 3) Quando o crime ambiental não atinge interesse da União, nem de Autarquia Federal qual a Justiça competente para o processo e julgamento? a) Justiça Estadual b) Justiça Trabalhista c) Justiça Eleitoral d) Justiça Militar e) Justiça Federal 4) Na hipótese de poluição do mar por um navio, qual a Justiça competente para o processo e julgamento? a) Justiça Estadual b) Justiça Trabalhista c) Justiça Eleitoral d) Justiça Militar e) Justiça Federal 5) A Lei 8.213/91 prevê no art. 19, § 2º, que "constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho". Trata-se de uma infração penal que tem relação com o meio ambiente do trabalho. Sendo assim, qual a Justiça competente para o processo e julgamento: a) Justiça Trabalhista b) Justiça Estadual c) Justiça Eleitoral d) Justiça Militar e) Justiça Federal 6) Tício, ao completar 18 anos e induzido por seus colegas, saiu para pichar um monumento urbano. Neste caso, cometeu o crime previsto no art. 65 da Lei 9.605/96, cuja pena é de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. Qual o juízo o competente para o processo e julgamento de Tício? a) Juizado Especial Cível b) Vara Criminal c) Vara do Trabalho d) Juizado Especial Criminal e) Vara Cível Referências BADARÓ, Gustavo. Processo Penal. 4. ed. São Paulo: RT, 2016. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 17. ed. São Paulo: Saraiva, Vol. 4, 2017. LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. PRADO, Luiz Regis. Direito Penal do Ambiente. 4. ed. São Paulo: RT, 2012. Próximos Passos • Sujeitos do crime; • Descrição típica; • Consumação e tentativa. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Leia a jurispridência do STJ e STF. • STJ – CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 33.511 — MG (2001/0131061-5) <https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/? componente=ATC&sequencial=392625&num_registro=200101310615&data =20030224&tipo=51&formato=PDF> . • STJ – CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 35.978 — PE (2002/0078272-9) <https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/? componente=ITA&sequencial=374796&num_registro=200200782729&data =20021118&formato=PDF> . • STJ – CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 36.594 — RS (2002/0110453-4) <https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/? componente=ITA&sequencial=512816&num_registro=200201104534&data =20041124&formato=PDF> . • STF – RECURSO EXTRAORDINÁRIO 549.560 CEARÁ <http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp? docTP=AC&docID=630070> . https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=392625&num_registro=200101310615&data=20030224&tipo=51&formato=PDF https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=374796&num_registro=200200782729&data=20021118&formato=PDF https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=512816&num_registro=200201104534&data=20041124&formato=PDF http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=630070
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