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Aula 7 - Implementação do Programa de Integridade parte 1

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Tópicos da aula
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Implementação do Programa de Integridade
Elementos básicos de um Programa de Integridade
Código de ética e de conduta
Regras, políticas e procedimentos de redução de riscos
Due Dilligence de Compliance
Disciplina: Investigação, Compliance e Lei Anticorrupção
Aula 7: Implementação do Programa de Integridade – parte 1
Apresentação
Quero iniciar a apresentação desta aula buscando a sua reflexão a partir de um caso concreto. Imagine uma situação hipotética em que determinada instituição
governamental esteja fazendo pesquisas de mercado a respeito de um produto de seu interesse.
Para tanto, essa instituição contatou três empresas que comercializavam esse tipo de produto, havendo algumas diferenças entre elas. Cabe esclarecer que essa fase de
pesquisa mercadológica antecede a fase licitatória, e o documento pertinente a essa fase é o Termo de Referência (TR).
O servidor responsável por essas pesquisas de mercado recebeu um “presente” do representante de uma das empresas interessadas em contratar com a administração
pública, a fim de influenciá-lo em sua decisão.
Ao elaborar o TR, o servidor público produziu o documento de forma tendenciosa, de maneira a beneficiar a empresa da qual recebeu o “presente”.
Por conta disso, as outras empresas acabaram por ficar excluídas do processo licitatório e, já na fase do pregão, a empresa beneficiada participou de todo o processo
sem nenhuma outra concorrente. Qual o resultado dessa história? Essa empresa venceu o pregão, até mesmo porque não havia outra empresa competindo, com as
mesmas características do seu produto, e ela enfim celebrou contrato com aquela instituição governamental.
Agora, eu pergunto a você, algum desses dois personagens foi antiético na sua conduta? Algum dos dois cometeu crime? Qual dos dois está passível de
responsabilização criminal? Imagine que a empresa desconhecia a atitude de seu funcionário e esse caso veio à tona, com grande repercussão na mídia. A empresa está
isenta de qualquer responsabilidade pelo ato do seu empregado ou responderá também?
Você aprenderá também nesta aula sobre a política referente à oferta de hospitalidade ou presentes a servidores públicos, e quero que você se lembre desse caso para
melhor compreensão do conteúdo que você estudará. Ok? Bons estudos!
Objetivos
Identificar a importância da ética no contexto das ações de conformidade;
Averiguar as fases de elaboração de um programa de integridade;
Reconhecer o direcionamento das ações voltadas para a redução dos riscos, desenvolvidas pelo Departamento de Compliance.
Implementação do Programa de Integridade
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/_aula_7.html
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/galeria/aula7/anexo/aula7.pdf
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/_aula_7.html
O ponto central desta aula se concentra na execução de um Programa de Integridade de uma empresa, devendo-se sempre levar em consideração a previsão do Decreto
nº 8.420 de 18 de março de 2015, especificamente no parágrafo único do art. 41, verdadeiro balizador de um efetivo programa de integridade.
Exemplo
O parágrafo único supracitado traz tópicos importantes que direcionam os trabalhos realizados pelo departamento responsável pelo programa; veja:
A construção efetiva de um programa de integridade único e individualizado, o qual deve ser rigorosamente seguido por todos na empresa, voltado unicamente para
o alcance de seus objetivos, dispensando-se um programa permeado pelas generalidades que buscam atender várias empresas pelo mesmo programa;
Individualização da análise de riscos para cada organização, demonstrando que cada empresa tem suas peculiaridades e consequentemente seus próprios riscos;
Uma vez instrumentalizado o programa de integridade, este não pode ficar desatualizado na empresa, devendo sempre ser atualizado no que diz respeito aos novos
riscos que porventura possam surgir. Um bom programa de integridade é aquele em constante atualização, com monitoramento constante das áreas ou situações
sensíveis que expõem a organização.
Não diria a você que o conteúdo do parágrafo único do Art. 41, bem como o caput do próprio artigo, sejam princípios. Entretanto, suas orientações norteiam e
iluminam a caminhada do profissional de compliance em uma organização.
Elementos básicos de um Programa de Integridade
Feita a análise introdutória do conteúdo que será tratado nesta aula, vamos dar prosseguimento à implantação do programa de integridade com elaboração de suas
regras e as ferramentas que estão disponíveis para o alcance dos seus objetivos.
Lembre que cada empresa tem seu próprio negócio com suas respectivas peculiaridades, e por consequência seus próprios riscos também. Sendo assim, o que será
apresentado é uma orientação básica que deverá ser direcionada às características específicas, bem como aos riscos a que cada empresa está sujeita.
Você será apresentado agora aos elementos básicos que devem conter um programa de integridade, quais sejam: código de ética e de conduta, regras, políticas e
procedimentos de redução de riscos, comunicação e treinamento, canais de denúncias, medidas disciplinares e ações de remediação.
Código de ética e de conduta
Dentro do que se pode chamar de elementos básicos do programa de integridade, tem-se, inicialmente, a elaboração e implementação de um código de ética e de
conduta organizacional.
Este documento vai nortear as ações e comportamentos dos funcionários da empresa, trazendo em seu bojo alguns aspectos como a missão da organização, valores
éticos, as condutas que se esperam naquele ambiente de trabalho, bem como os comportamentos que são terminantemente proibidos pela organização.
Como falar de um código de ética sem trazer à discussão o seu significado? Veja o que é ética, de acordo com o site Código de Ética:
Ética vem do grego ethos e significa caráter, comportamento. O estudo da ética é centrado na sociedade e no comportamento humano. As reflexões sobre esse tema
começaram na antiguidade; os filósofos mais famosos, como Demócrito e Aristóteles, falaram sobre a ética como meio de alcançar a felicidade.
Com a introdução do cristianismo como religião oficial no ocidente, a ética passou a ser interpretada a partir dos mandamentos documentados nas leis sagradas.
O pensamento ético busca julgar o comportamento humano, dizendo o que é certo e errado, justo e injusto. A busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem
faz. As opções certas leva-nos a um caminho de virtude, verdade e às relações justas.
O estudo da ética não é só explorado pela filosofia, mas diversos profissionais se dedicam a ela (sociólogos, antropólogos, psicólogos, biólogos, médicos, jornalistas,
economistas etc.) principalmente pelo fato de cada área ter um código para delimitar as ações daquela profissão.
A função do pensamento ético, portanto, é manter a ordem social. Embora não mantenha relação direta com a lei propriamente dita, a ética é construída ao longo da
história, galgada nos valores e princípios morais de determinada sociedade.
Os códigos éticos visam proteger a sociedade das injustiças e do desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar ou profissional.
O termo “ética” está relacionado aos valores morais e princípios que orientam a conduta humana em sociedade. A ética contribui para o equilíbrio e o bom
funcionamento social, objetivando o bem da coletividade. Sob a ótica filosófica, a ética é a ciência responsável por estudar valores e princípios morais de determinada
sociedade, apontando o que é o bem e o que é o mal, o que é o comportamento certo e o que é o errado.
Uma vez que a ética está relacionada à integridade da ordem social, baseada em valores e princípios morais de determinada sociedade, trazendo esses aspectos para a
ética corporativa, pode-se dizer que, do ponto de vista ético de determinada empresa, seus valores e princípios visam manter a lisura, a transparência nosnegócios, sob
pena de macular sua reputação.
Indicar para o funcionário que sua conduta traz reflexos à organização, positiva ou negativamente, é uma das formas que se tem de conscientizá-lo de seu papel. Fazê-
lo entender que seu comportamento ético e profissional é fundamental para o sucesso do programa de integridade é uma das atribuições do profissional de compliance.
Segundo os dizeres de Negrão e Pontelo (2017, p. 164), as empresas, por meio dos regulamentos internos em vigor, norteiam os trabalhos realizados sob o ponto de
vista da ética, com ações educativas, atualizando e aperfeiçoando suas normas internas, bem como da apuração e aplicação das penas cabíveis nos casos de infrações
éticas. De acordo com as autoras.
Muitos esforços são empreendidos para conseguir que cada empregado tenha consciência da importância da ética no trabalho e na sua postura perante a realização de
suas atividades
Veja que não basta a criação de um “gelado” código contendo normas imperativas para toda a empresa. É necessário que este código seja apresentado de forma que o
funcionário seja estimulado a cumpri-lo.
De acordo com o Manual de Programa de Integridade: Diretrizes para Empresas Privadas, é de grande importância que “tais padrões de comportamento sejam claros,
sejam seguidos por todos e que se encontrem também amplamente acessíveis ao público externo, em especial aos parceiros de negócios e clientes”.
Tomando por base a Lei Anticorrupção, o código de ética a ser implementado pela empresa deve conter importantes itens, dentre os quais podemos citar:
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-privadas.pdf
1
Princípios e valores ligados ao código de ética e de conduta.
2
Políticas da organização no tocante à prevenção de fraudes e de outros tipos de ações ilícitas, principalmente em situações que envolvam o relacionamento da empresa
com órgãos públicos.
3
Vedações expressas a atos que dizem respeito a oferta, ainda que indiretamente, de vantagem indevida a servidor público.
4
Proibição de fraudar licitações e contratos celebrados com o poder público, bem como oferecer qualquer vantagem indevida a licitante concorrente
5
Ampla divulgação da existência e funcionamento de um canal de denúncias anônimo, disponível para funcionários, bem como para terceiros. Este canal deve conter
ainda norma proibindo qualquer tipo de conduta que atente contra ele ou a quem dele fizer uso, bem como o amplo esclarecimento de medidas de proteção para quem
utilizá-lo;
6
Previsão de sanções disciplinares para os casos de descumprimento das normas da organização.
� Fonte: Freepic
Regras, políticas e procedimentos de redução de riscos
O código de ética e de conduta deve prever as regras, as políticas, bem como os procedimentos da empresa, no que diz respeito à prevenção e detecção de
irregularidades, tomando por base os riscos levantados anteriormente, na análise de riscos.
O Manual de Programa de Integridade: Diretrizes para Empresas Privadas apresenta alguns exemplos de políticas de redução de riscos que podem ser utilizados na
elaboração do código de ética e de conduta da organização. Entretanto, deverá sempre ser considerado tanto o seu perfil organizacional quanto os seus riscos ao
estruturá-las, como segue.
� Clique nos botões para ver as informações. Objeto com interação.
Política referente ao relacionamento com órgãos e servidores públicos
É necessário que a empresa publique, de forma acessível, normas de conduta que os funcionários devem observar ao realizarem contato com servidores públicos.
O setor da empresa que lida com licitações e celebração de contratos com a administração pública possui uma sensibilidade demasiada, com grande probabilidade de
exposição da empresa a ameaças que ela deve procurar prevenir e combater. Logo, essas políticas devem estar dispostas de forma muito clara e bastante efetiva no
código de ética e conduta da organização.
Política referente à oferta de hospitalidade ou presentes a servidores públicos
Frequentemente as atividades que envolvem o relacionamento de funcionários com integrantes do setor público tendem a gerar situações ligadas à oferta de presentes,
agrados ou hospitalidades.
Note que essa situação é muito delicada e deve ser muito bem gerenciada pela organização, pois não se pode confundir métodos legítimos que a empresa tem de
trabalhar, promovendo sua marca, bem como seus produtos e serviços, com alguma ação que venha futuramente a gerar algum tipo de responsabilização por prática de
ações ilícitas.
De acordo com as regras de recebimento de brindes e presentes da Comissão de Ética Pública, “é proibida a aceitação de presente dado por pessoa, empresa ou
entidade que tenha interesse em decisão da autoridade ou do órgão a que esta pertença”.
É imprescindível que a empresa determine de forma clara o que pode e o que nunca poderá ser ofertado a servidores públicos, de forma a orientar seus funcionários e
prevenir tais situações.
Política referente a registros e controles contábeis
É fundamental que a empresa adote regras rígidas de controle dos registros contábeis, devendo tais registros ser detalhados, com a descrição de justificativas
envolvendo, por exemplo, a contratação de serviços ou o eventual pagamento de valor acima do mercado.
Deve-se ter segurança da confiabilidade dos registros contábeis, a fim de possibilitar que as despesas e receitas sejam monitoradas, de modo a detectar a prática de
ilícitos.
Veja o que diz o Manual de Compliance referente às leis anticorrupção da Eletrobras, em sua página 13, sobre a forma de lançamento dos registros contábeis:
“As Empresas Eletrobras devem manter livros precisos e completos das empresas. As transações devem ser imediata e corretamente registradas nos livros das
Empresas Eletrobras de acordo com as práticas e princípios contábeis das Empresas Eletrobras. Entre outras coisas, os colaboradores devem tomar ciência de que as
empresas tomaram o devido cuidado para assegurar que:
(1) Livros, registros e contas sejam mantidos com detalhes razoáveis de forma a refletir de maneira precisa e regular as transações e alienações de ativos; e
(2) Um sistema de controle contábil interno seja montado para:
(a) Fornecer garantias razoáveis de que as transações são realizadas de acordo com a autorização da administração;
(b) Garantir que os ativos são registrados conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras e manter a contabilização dos ativos;
(c) Exigir autorização da administração para o acesso aos ativos; e
(d) Verificar se a contabilização dos ativos é comparada com os ativos existentes em intervalos razoáveis e se as medidas adequadas são adotadas com relação a
quaisquer diferenças”.
Política referente à contratação de terceiros
É possível ainda que uma empresa possa ser responsabilizada por fraudes ou corrupção por práticas de terceiros contratados. Sendo assim, o ideal antes de contratar
terceiros é verificar se estes (pessoas físicas ou jurídicas) têm algum registro de envolvimento em práticas lesivas contra a administração pública. Em se tratando de
esse terceiro ser uma empresa, é aconselhável verificar se ela tem algum programa de integridade e que este esteja de acordo com os princípios da empresa contratante.
Política referente a fusões, reestruturações e aquisições societárias
Para que uma empresa se previna de ser responsabilizada por atos lesivos contra a administração pública, que foram praticados por outra empresa com a qual possui
envolvimento decorrente de processo de fusão, aquisição ou reestruturação societária, convém verificar se a outra empresa está ou já esteve envolvida em atos lesivos à
administração pública. É aconselhável ainda avaliar se tal empresa tem vulnerabilidades que possam acarretar riscos à sua política de integridade.
Due Dilligence de Compliance
É importante ressaltar que, da mesma forma que se faz necessário o acompanhamento no processo de contratação de um futurofuncionário a fim de prevenir atos de
corrupção, e consequentemente impedir a responsabilização da empresa por crimes praticados por seus funcionários, esse dever de cuidado também é necessário
quando se tratar de contratação de terceiros ou ainda de fusão ou aquisição societária.
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-privadas.pdf
http://etica.planalto.gov.br/sobre-a-cep/perguntas-frequentes/presente/etica131
Para tanto, é imprescindível o que se tem conhecido como Due Diligence de Compliance, ou seja, a devida diligência no sentido de evitar vulnerabilidades que
exponham a riscos à imagem da empresa.
Em consulta ao site Jota, verifica-se que a Due Diligence de Compliance, além da análise jurídica de processos e documentos, para prevenção de possíveis riscos, deve
também, e principalmente, mapear os relacionamentos da empresa “alvo” e de seus colaboradores com servidores públicos, autoridades e com a própria administração
pública, se essa relação for rotineira por conta de setores tais como concessões, energia e educação.
A atividade de Due Diligence de Compliance é tão importante que pode influenciar diretamente na decisão da empresa em contratar ou adquirir uma nova empresa
para a realização de suas atividades.
Em consulta ao texto intitulado Compliance e Due Diligence: Conhecendo melhor os parceiros comerciais, verificou-se um conceito bem interessante dessa atividade
de assessoramento e prevenção:
A expressão inglesa Due Diligence, em tradução literal, significa “diligência prévia”. Seu procedimento se trata de uma avaliação de risco prévia a uma contratação,
uma aquisição, uma celebração de parceria, a formação de um consórcio de empresas, enfim, sempre que se tenha um relacionamento jurídico e comercial relevante
entre partes.
Política referente a doações e patrocínios
Uma empresa que tem seu programa de Compliance deve estar sempre alerta para não ser responsabilizada por práticas de fraude ou de corrupção. Para tanto, se a
empresa vai realizar algum patrocínio, financiamento ou doação, é importante checar o histórico do beneficiado; dessa forma, é possível prevenir aborrecimentos
futuros. Sobre a política de doações e patrocínios, veja o que estabelece a Política de doações, contribuições e patrocínio da Engepack:
Para os fins dessa política, quando forem realizadas quaisquer contribuições e/ou doações sem caráter político-partidário, os procedimentos a serem observados são
os seguintes:
a) Toda contribuição/ doação deverá ter a avaliação formal do Departamento de Compliance e aprovação da Diretoria da Engepack;
b) Os pedidos devem ser cuidadosamente analisados, para que se verifique que a contribuição e/ou doação não redundarão em benefício pessoal de agente público ou
de qualquer pessoa que tenha relação direta ou indireta com o agente público e se a instituição beneficiada está devidamente registrada nos termos da legislação
aplicável;
c) Toda contribuição e/ou doação deve ser feita à instituição devidamente registrada nos termos da legislação aplicável;
d) É vedada que a contribuição e/ou doação destinada à instituição de caridade seja feita em nome de pessoa física e, em nenhuma circunstância, o pagamento poderá
ser feito em dinheiro ou depósito bancário em conta corrente pessoal; e
e) É obrigatória a obtenção de comprovante de recebimento da contribuição e/ou doação beneficente detalhado e assinado pelo administrador legalmente constituído da
instituição que deverá ser arquivado na Engepack.
A empresa deve atuar sempre com transparência, detalhando o que foi doado, para quem foi doado e de que forma ocorreu a doação, de modo a prevenir a prática de
atos ilícitos nesses repasses.
Atividade
1. Marque a alternativa incorreta:
 a) A construção efetiva de um programa de integridade deve ser único e individualizado, o qual deve ser rigorosamente seguido por todos na empresa.
 b) Cada empresa tem suas peculiaridades e consequentemente seus próprios riscos.
 c) Uma vez implementado o programa de integridade em uma empresa, ele não pode ficar desatualizado, devendo sempre ser atualizado no que diz respeito aos
novos riscos que porventura possam surgir.
 d) Um bom programa de integridade é um programa em constante atualização, com monitoramento constante das áreas ou situações sensíveis que expõem a
organização
 e) O programa de integridade deve ser relativamente voltado para o alcance dos objetivos da empresa para os quais foi elaborado, devendo ser dispensado um
programa permeado pelas generalidades que buscam atender pelo várias empresas mesmo programa.
Gabarito
2. Tomando por base a lei anticorrupção, o código de ética a ser implementado pela empresa deve conter importantes itens, dentre os quais podemos citar
 a) Princípios e valores ligados ao código de riscos e de conduta.
 b) Devem ser revistas as políticas da organização no tocante à prevenção de fraudes e de outros tipos de ações ilícitas, principalmente em situações que envolvam o
relacionamento da empresa com órgãos públicos.
 c) Vedações expressas a atos que dizem respeito a oferta, ainda que indiretamente, de vantagem indevida a servidor público nem sempre devem ser obedecidas.
 d) Proibição de fraudar licitações e contratos celebrados com o poder público, bem como oferecer qualquer vantagem indevida a licitante concorrente
 e) Divulgação restrita da existência e funcionamento de um canal de denúncias anônimo, disponível para funcionários, bem como para terceiros.
Gabarito
3. Sobre o due diligence, NÃO podemos afirmar:
 a) Da mesma forma que se faz necessário o acompanhamento no processo de contratação de um futuro funcionário, a fim de prevenir atos de corrupção e
consequentemente impedir a responsabilização da empresa por crimes praticados por seus funcionários, esse dever de cuidado também é necessário quando se trata de
contratação de terceiros ou ainda, fusão ou aquisição societária.
 b) O Due Diligence de Compliance é a devida diligência no sentido de evitar vulnerabilidades que exponham a riscos à imagem da empresa.
 c) Além da análise jurídica de processos e documentos, para prevenção de possíveis riscos, deve também a Due Diligence, principalmente, mapear os
relacionamentos da empresa “alvo” e de seus colaboradores com servidores públicos, autoridades e com a própria administração pública.
 d) A Due Diligence de Compliance não é tão importante a ponto de influenciar diretamente na decisão da empresa em contratar ou adquirir uma nova empresa para a
realização de suas atividades.
 e) Due Diligence diz respeito ao procedimento que trata de uma avaliação de risco prévia a uma contratação, uma aquisição, uma celebração de parceria ou uma
formação de um consórcio de empresas.
Gabarito
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/coluna-do-tauil-chequer/compliance-anticorrupcao-em-due-diligence-de-ma-24112017
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/coluna-do-tauil-chequer/compliance-anticorrupcao-em-due-diligence-de-ma-24112017
http://www.engepack.com.br/politicaintegridade/doacoes.pdf
4. Como o Departamento de Compliance pode conscientizar os funcionários da empresa da importância de suas ações?
Gabarito
Gabarito
Espera-se que você responda que a ética está relacionada à integridade da ordem social, e que trazendo essa questão para a ótica corporativa, a conduta de cada
funcionário reflete na reputação da empresa como um todo, passando assim, cada vez mais, credibilidade aos seus clientes, tendo em vista a transparência nos
negócios.
5. Quais os fatores que contribuem para a efetividade do programa de integridade? Justifique com suas palavras.
Gabarito
Gabarito
Espera-se que você responda que a efetividade do programa de integridade depende de que ele seja único e individualizado e que seja rigorosamente seguido por todos
na empresa.
6. Você aprendeu que é muito importante acompanhar o processo de contratação de um futuro funcionário, candidato a ocupar determinado cargo, a fim de prevenir
atosde corrupção e consequentemente impedir a responsabilização da empresa por crimes que venham a ser praticados por seus funcionários. Esse dever de cuidado
também é necessário quando se tratar de contratação de terceiros ou ainda, fusão ou aquisição societária. Diante disso, cite uma conduta que deve ser adotada pela
empresa a fim de minimizar seus riscos.
Gabarito
Gabarito
Espera-se que você comente sobre a necessidade de se adotar as medidas de Due Diligence de Compliance, que vem a ser a devida diligência no sentido de evitar
vulnerabilidades que exponham a riscos à imagem da empresa. Você também pode citar uma das regras, políticas ou procedimentos de redução de riscos.
Créditos
Redator: Aderbal Bezerra
Web Designer: Roberto Bindes Jr
Designer Instrucional: Eduardo Passos
Programador: Rostan Luiz
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BRASIL. Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Manual de Programa de Integridade: Diretrizes para empresas privadas. Disponível aqui .
Acesso em: 11 jul. 2018.
______. Comissão de Ética Pública. Presentes e brindes. Disponível aqui . Acesso em: 12 jul. 2018.
Ó É
1
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/_aula_7.html
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/_aula_7.html
file:///F:/Trabalho/Estacio/Invest.%20Lei%20Anticorrupcao/_aula_7.html
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-privadas.pdf
http://etica.planalto.gov.br/sobre-a-cep/perguntas-frequentes/presente/etica131
CÓDIGO DE ÉTICA. O que é ética? Disponível aqui . Acesso em 12 jul. 2018.
ELETROBRAS. Manual de Compliance referente às leis anticorrupção. Disponível aqui. Acesso em: 11 jul. 2018.
ENGEPACK. Política de doações, contribuições e patrocínios. Disponível aquiAcesso em: 6 jun. de 2018. Não encontrado.
NEGRÃO, Célia Lima; PONTELO, Juliana de Fátima. Compliance, controles internos e riscos: A importância da área de gestão de pessoas. 2. ed. Brasília: Senac –
DF, 2017.
QUIRINO, Gustavo. Compliance e Due Diligence: Conhecendo melhor os parceiros comerciais. Disponível aqui. Acesso em: 11 jul. 2018.
SANCOVSKI, Michel; MAGALHÃES, Paula; CORTELETTI, Maria Eduarda. Compliance anticorrupção em Due Diligence de M&A. Disponível aqui. Acesso em:
11 jul. 2018.
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Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
Faça a leitura do Art. 41 e do seu parágrafo único do Decreto nº 8.420, de 18 de março de 2015:
Decreto nº 8.420, de 18 de março de 2015.
http://codigo-de-etica.info/o-que-e-etica.html
http://eletrobras.com/pt/GestaoeGorvernancaCorporativa/Estatutos_politicas_manuais/Manual%20do%20Programa%20Anticorrup%C3%A7%C3%A3o%20das%20Empresas%20Eletrobras.pdf
http://www.engepack.com.br/politicaintegridade/doacoes.pdf
https://juridicocerto.com/p/advocacia-gustavo-q/artigos/compliance-e-due-diligence-conhecendo-melhor-os-parceiros-comerciais-3103
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/coluna-do-tauil-chequer/compliance-anticorrupcao-em-due-diligence-de-ma-24112017
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/decreto/D8420.htm

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