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Sexo, Gênero e Feminismo

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Gênero 
1- Sexo e Gênero:
Sigmund Freud; 
Simone de Beauvoir.
2- Divisão sexual do trabalho;
3- Desigualdade de gênero;
4- Feminismos:
Feminismo liberal (LIBFEM);
Feminismo Radical (RADFEM);
5 - Feminismo Interseccional: raça, classe e gênero.
Maria Paula da Silva Lima – Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) - 2020
O que é ser homem? O que é ser mulher?
Será que essa distinção depende apenas do sexo biológico?
1 - Sexo ≠ gênero – Freud
Sexo: refere-se às diferenças anatômicas e fisiológicas que definem os corpos masculino e feminino.
Gênero: refere-se às diferenças psicológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres. Ele está ligado a noções socialmente construídas de masculinidade e feminilidade; não é necessariamente um produto direto do sexo biológico de um indivíduo. A distinção entre sexo e gênero é fundamental, já que muitas diferenças entre homens e mulheres não são de origem biológica.
Sigmund Freud: Considerava que a relação entre a sexualidade e o sexo se estabelece pela relação da criança com o pai e a mãe, assim como pelo reconhecimento de ter ou não um falo (pênis). Para ele, o masculino estaria associado ao falo, enquanto o feminino sempre se definiria pela falta e “inveja” deste. 
Dessa forma, para Freud, a diferença de gênero em bebês e crianças está centrada na presença ou na ausência de pênis, sendo isso o que simboliza a masculinidade ou a feminilidade.
1 – Sexo ≠ gênero – Beauvoir
Simone de Beauvoir: Acreditava que “o destino anatômico” não pode explicar todos os comportamentos associados a esses 2 sexos. Para ela é preciso observar como um ambiente cultural e educacional é responsável pela construção e imposição de padrões a meninos e meninas. 
Dessa forma, a identidade de gênero é formada principalmente por elementos culturais, pela sociedade e pela experiência familiar, desde a infância, ou seja, pelo processo de socialização pelo qual adultos influenciam crianças a adotar certos comportamentos eu uso do corpo: cabelo curto para meninos e longo para meninas, passividade para meninas e agressividade para meninos, bonecas para meninas e carrinhos para meninos. 
Nas palavras da autora:
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino.” (Beauvoir, 1967, p. 9)
2 – Divisão sexual do trabalho - Durkheim
Durkheim: acredita que as diferenças e as semelhanças entre homens e mulheres se manifestam principalmente na distinção anatômica que, segundo ele, acompanham as semelhanças e distinções funcionais que impactam o desenvolvimento da sociedade.
Para Durkheim, nas sociedades tradicionais não haviam diferenciações de funções e as mulheres desempenhavam as mesmas atividades que os homens. Contudo, com o surgimento da civilização, o cérebro dos homens e das mulheres passaram a se diferenciar mais gerando, então, a diferenciação funcional entre os sexos.
Com isso, a sociedade moderna, ao desenvolver um novo modelo de solidariedade e tornou-se necessário a divisão sexual do trabalho, onde homens e mulheres passaram a desempenhar diferentes papéis e se especializarem em diferentes funções.
Com o desenvolvimento do capitalismo industrial, várias mulheres foram para fora do espaço doméstico ocupando então as indústrias. Para o capitalismo, mulheres e crianças formavam uma mão de obra genérica e barata que podia ser empregada em com funções não especializadas ou naquelas que elas já exerciam no espaço de casa: costura, confecção de tecidos e limpezas. Essas funções empregavam mais mulheres do que homens.
Essa divisão reforçou a divisão sexual do trabalho, porque dividiu os espaços de “fora” da família como produtivos e aqueles relativos a família como reprodutivos.
Se nas sociedades pré-industriais a família era uma unidade tanto produtiva como reprodutiva, isso se modificou com o desenvolvimento do capitalismo onde as tarefas produtivas se tornaram se masculinas, e as reprodutivas, femininas. 
No final do século XIX início do século 20, inúmeras leis de proteção à mulher passaram a proibir trabalho feminino e ocupações consideradas mais pesados ou perigosos, já que isso havia trazido problemas de ordem moral resultante do fato das mulheres terem mais mobilidade fora do espaço da casa. Embora muitas dessas leis visassem à proteção das mulheres, elas eram exploradas pela indústria (assim como ocorria com as crianças) e posteriormente foram confinadas ao cuidado doméstico e ao trabalho realizados em casa, sub remunerados. 
A maior participação feminina no mercado de trabalho global trouxe contradições de quê: as mulheres teriam adquirido o poder financeiro e passar a ocupar empregos que não eram habituais, porém continuaram a ser responsáveis pelas tarefas domésticas, que levou a uma dupla jornada de trabalho (trabalho e casa) ou ainda uma tripla jornada de trabalho (trabalho, casa e universidade). 
3 – Desigualdade de gênero
Sabe-se que a posição dos homens em relação às mulheres era superior até mesmo nas sociedades caçadoras e coletores onde ainda não existiam classes. Porém, as críticas feministas mostraram que, com as mudanças no papel econômico da mulher nas sociedades ocidentais, as desigualdades de classes influenciaram na estratificação de gênero. 
Além disso, várias mulheres exercem dupla jornada, no emprego e em casa, mostrando que a desigualdade se dá dentro e fora do trabalho. Segundo a estudiosa Raquel Rolnik, muitas mulheres não conseguem romper com o ciclo de violência doméstica por dependerem economicamente dos parceiros.
Pesquisas realizadas entre 2012 e 2018 no Brasil demonstram que, apesar da legislação determinar que não há diferenças salariais entre os sexos, as mulheres estão ganhando 20,5% menos que os homens, mesmo que elas estejam atuando mais no mercado de trabalho e aumentando o grau de instrução em relação aos homens.
Já as mulheres negras seguem ganhando 44,4% menos que os homens brancos. 
Em situação ainda mais precária vivem as mulheres trans. De acordo com Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% delas trabalham na prostituição e apenas 5% está no mercado formal.
3 – Desigualdade de gênero
Feminismo liberal – LIBFEM: procura as explicações das desigualdades de gênero em atitudes sociais e culturais. Ao contrário das feministas radicais, as feministas liberais não veem a subordinação como parte de um grande sistema ou estrutura. Ao contrário, direcionam sua atenção para muitos fatores distintos que contribuem para as desigualdades entre homens e mulheres.
As feministas liberais estão preocupadas com sexismo e a discriminação contra as mulheres no local de trabalho, nas instituições educacionais e na mídia. Concentram-se em proteger e estabelecer iguais oportunidades às mulheres através da legislação e outros meios democráticos, nas privações específicas sofridas pelas mulheres — o sexismo, a discriminação, a barreira do preconceito, os salários desiguais. Assim, as feministas liberais compõem apenas um retrato parcial da desigualdade de gêneros.
Feminismo radical – RADFEM: Acreditam que os homens são responsáveis e beneficiados pela exploração das mulheres. À análise do patriarcado é uma preocupação central desse ramo do feminismo. O patriarcado é um sistema de poder análogo ao escravismo por submeter as mulheres aos homens e legitimar o poder masculino nas esferas privada e pública e se expressa na ideia de que o homem é superior à mulher.
Shulamith Firestone: afirma que os homens controlam os papéis femininos na reprodução e na criação dos filhos. Por serem as mulheres biologicamente capazes de dar à luz, tornam-se materialmente dependentes dos homens em proteção e sustento. Essa desigualdade biológica é socialmente organizada na família nuclear. 
5 – Feminismos: Libfem e radfem
Firestone fala de classe sexual para descrever a posição social da mulher e argumenta que as mulherespodem ser emancipadas somente através da abolição da família e das relações de poder que a caracterizam. 
Outras feministas radicais assinalam a violência contra as mulheres como fundamental para à supremacia masculina. Conforme essa visão, a violência doméstica, o estupro e o molestamento sexual fazem parte da sistemática opressão às mulheres, e não casos isolados com suas próprias raízes psicológicas e criminais. Até mesmo interações na vida cotidiana — tais como comunicação não-verbal, padrões de escuta e interrupção, a sensação de conforto sentido pelas mulheres em público — contribuem para a desigualdade de gênero.
Além disso, conforme se segue nesta argumentação, as concepções populares de beleza e sexualidade são impostas pelos homens às mulheres a fim de produzir um certo tipo de feminilidade. Por exemplo, normas sociais e culturais que enfatizam um corpo esbelto e uma atitude carinhosa e maternal para com os homens ajudam a perpetuar a subordinação da mulher. A “objetificação” da mulher através da mídia, da moda e da publicidade transforma as mulheres em objetos sexuais, cujo principal papel é entreter e agradarem os homens.
As feministas radicais não acreditam que as mulheres possam ser libertadas da opressão sexual através de reformas ou mudanças radicais. Elas alegam que visto que o patriarcado é um fenômeno sistemático, a igualdade de gênero pode somente ser alcançada pela deposição da ordem patriarcal.
5 – Feminismos: Radfem
1 – Será que todas as mulheres passam pelas mesmas experiências de violência e são igualmente subjugadas por serem mulheres?
2 – Será que as versões do feminismo discutidas anteriormente se aplicam a realidade de todas as mulheres?
No final dos anos de 1970, surgiram teorias feministas para além do radfem, origem a diversas: feminismo socialista; feminismo negro; e mais tarde o transfeminismo.
O enfoque da interseccionalidade percebe as diferenças de gênero, raça, classe e orientação sexual de forma integrada, considerando suas interações na realidade social e tendo a preocupação de não hierarquizar as diversas formas de opressão. Dessa forma, foi necessário observar as diversidades especificas que existem entre homens brancos e homens negros e entre mulheres brancas e mulheres negras.
Feminismo negro: Afirma que as divisões étnicas entre as mulheres não são consideradas pelas principais escolas feministas e que estão orientadas para os dilemas das mulheres brancas, predominantemente mulheres da classe média que vivem em sociedades industrializadas.
Assim, a ideia de que há uma forma “unificada” de opressão de gênero e que é experienciada igualmente por todas as mulheres, é problemática.
bell hooks: Argumenta que as mulheres brancas e de classes mais altas se confinaram no espaço doméstico como uma forma de recusa à execução de trabalhos normalmente realizados por mulheres negras de classes populares. bell destaca que a emancipação de mulheres brancas ocidentais esteve atrelada a subordinação da massa de mulheres de países em desenvolvimento. Um exemplo disso é a necessidade de usar trabalho de mulheres negras como domésticos e em funções de cuidado como condição para que mulheres brancas e de classes privilegiadas possam ter sua liberdade de trabalhar fora de casa. 
Lélia Gonzales: Se volta para as experiências das mulheres afro-americana (amefricana). Ela aponta para os limites do patriarcado que, mesmo sendo importante para explicar a dominação masculina, ele não inclui a questão racial como parte do sistema de opressões, ao qual especifica o lugar da mulher negra e também das mulheres indígenas no sistema colonial capitalista e patriarcal.
5 – interseccionalidades
Bibliografias e indicações
Bibliografias
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. 1967.
DURKHEIM, Emilie. A divisão do trabalho social. 1978.
Sociologia em movimento. 2ªed. Ed. Moderna. São Paulo, 2016.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ªed. Ed. Artmed. Porto Alegre: RS, 2005.
Indicações 
Série: Pose (2018)
Filme: As sufragistas (2015)
Frida (2003)
Estrelas além do tempo (2016)
Rafiki (2019)
12 anos de escravidão (2013)

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