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Globalização e violência

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GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA 
 A globalização, já vimos, inicia-se como um 
processo econômico em que há a integração 
de países, sociedades e indivíduos ao projeto do 
capitalismo atual. 
GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
 No plano econômico, verificam-se a incorporação do 
conhecimento científico e tecnológico à produção industrial, os 
efeitos da revolução tecnocientífica na construção do espaço 
mundializado e o papel dos conglomerados transnacionais que 
passam a conduzir a maior parte das atividades econômicas, sob 
a égide do capital internacional – os grandes blocos econômicos 
(UE, Nafta, Mercosul etc.) dinamizam esse processo, orientados 
por organizações internacionais como o Banco Mundial, o FMI e 
a OMC.
GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
 Esse é o pano de fundo no qual se desenvolvem a 
interdependência, a integração e a dinamização, mas também 
as desigualdades, as tensões e os antagonismos do mundo atual. 
 A profunda modificação da economia mundial promove, 
paralelamente, outros processos que modificam as estruturas 
antigas: muda o espaço (e ocorre a “desterritorialização" ao 
mesmo tempo que a luta pelo território),muda a cultura (e 
ocorrem a massificação e a luta pela individualização), muda a 
sociedade (e ocorrem a integração comunitária e a 
fragmentação social). 
GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
 Você percebeu, portanto, que o processo de formação da 
sociedade global ocorre de modo contraditório, heterogêneo e 
desigual. 
 O efeito dos processos de exclusão social, econômica e 
cultural é a disseminação da violência social em política de 
indivíduos, grupos e etnias, que adquire contornos de tal 
dimensão que se constitui, hoje, em importante tema de debate 
mundial. 
GLOBALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
 É uma constatação o aumento da criminalidade mundial: 
assaltos, sequestros, homicídios, uso de drogas, chacinas têm 
crescido em proporções assustadoras em todas as grandes 
cidades mundiais, sejam elas ricas ou pobres. Considerando só a 
taxa de homicídios, na cidade de Nova York, por exemplo, ela 
passa de 4,5 por 100 mil/hab. em 1963 para 18,40 por 100 mil/
hab. em 1998. 
A VIOLÊNCIA URBANA
 O sequestro relâmpago, crime em que o alvo dos bandidos é 
obrigado a fazer saques em caixas eletrônicos, vira praga da 
insegurança urbana. 
A VIOLÊNCIA URBANA
Pancadaria em Gênova durante encontro do G-8 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Outro dado assustador é o aumento da criminalidade juvenil: 
nas regiões metropolitanas industrializadas dos Estados Unidos, os 
homicídios sofridos por jovens cresceram 252% de 1980 a 1990 por 
causa do comércio ilegal de armas, tráfico e consumo de 
drogas, proliferação de máfias e gangues de adolescentes. 
 Cresce também no mundo a incidência de crimes de toda 
ordem, praticados por pessoas de classes sociais média e alta. 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Assim, a insegurança é 
uma constante entre os 
habitantes das grandes 
cidades. Observe, no gráfico 
a seguir, uma avaliação do 
nível de segurança das 
cidades:
A VIOLÊNCIA URBANA
 Entretanto, mais evidente ainda que todos os dados que 
possamos apontar, o que nos deixa perplexos, no mundo de hoje, 
são a brutalidade com que os criminosos agem e, sobretudo, a 
aparente frieza e ausência de limites que parecem ter em relação 
ao crime praticado. 
 Você, com certeza, lembra-se do que ocorreu em Brasília: 
jovens de classe média alta atearam fogo, “por brincadeira", ao 
corpo de um índio que dormia nas ruas da cidade. 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Do mesmo modo, o americano responsável pela explosão de um 
carro-bomba em Oklahoma, nos Estados Unidos, em 1995, matando 
168 pessoas, não mostrou nenhum arrependimento de seu ato e 
ainda alegou que a morte de 19 crianças era “um efeito colateral”. 
 Entender essa nova manifestação da violência só é possível, 
segundo Eric Hobsbawn, a partir da explicitação da forma como se 
organizou, ou se desorganizou, a sociedade capitalista com a 
globalização. Ou seja, as transformações na base da vida social 
produziram a corrosão e a transformação das referências e dos 
estilos de vida das pessoas, atingindo todos os estratos sociais e 
grupos étnicos. 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Assim, graças ao capitalismo globalizado, o lucro é o valor 
supremo e o consumo é a fonte mágica de superação de dores e 
angústias que levam ao prazer e à felicidade. O desejo de 
consumo e o de não aceitar limites à satisfação desse desejo 
produzem condutas em que a morte e a destruição de outro ser 
humano são banalizadas, desde que se tenha sucesso. 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Isso está presente nas organizações mafiosas e cartéis do crime, 
no desvio de dinheiro por políticos, na corrupção de policiais e nas 
ações das gangues que matam suas vítimas para satisfazer seus 
desejos de consumo. Esses dados desnudam a competitividade e o 
individualismo presentes na sociedade global – e ninguém quer 
fracassar! 
A VIOLÊNCIA URBANA
 Claro que isso permeia a atitude dos indivíduos entre si e com o 
sistema, dos grupos sociais que lutam pelo poder e dos grupos 
“nacionais" que não conseguem conviver com as diferenças. 
 É o caso, também, de grupos minoritários que lutam por posse 
de terras, pelo teto, por questões raciais, por opção sexual, de 
forma radical e, consequentemente, violenta. 
A VIOLÊNCIA URBANA
A VIOLÊNCIA URBANA
A VIOLÊNCIA URBANA
A VIOLÊNCIA URBANA
HORA DO DESAFIO
1. Vamos retomar o assunto compartilhando histórias de violência
que presenciamos elencando as melhores maneiras de reagir a um 
momento como esse. 
GABARITO
HORA DO DESAFIO
1. RESOLUÇÃO:
a) Criação do Novo Estado de Israel, em 1948.
b) • Hutus x tutsis.
• Os hutus.
c) • Economia precária;
• luta entre xiitas e sunitas.
• Guerras contra os terroristas promovidas pelos EUA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLIGAN,Levon (et). Geografia, Espaço e vivência. Volume 1, 6ª edição, 
Editora Atual, São Paulo, 2016. 
MELHEM, Adas (et). Expedições Geográficas, Volume 1, 9ª edição, 
Editora Moderna, São Paulo, 2013. 
VESENTINI, José Willian. Projeto Teláris - Geografia. Volume 1, 23ª edição, 
Editora Ática, São Paulo, 2009. 
CHIANCA, Rosaly Maria (et). Nos dias de hoje - Geografia. Editora Leya, 
São Paulo, 2013.

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