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1 Jhonata Jesus de Andrade Vidal 
2 Tutor :Luana Aparecida de Oliveira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Tecnologia em Segurança Pública (1593SPU/ FLC2941SPU) – Seminário Interdisciplinar-02/06/2021 
 
VIOLÊNCIA URBANA 
Jhonata Jesus de Andrade Vidal¹ 
Tutor : Luana Aparecida de Oliveira² 
 
 
RESUMO 
A violência urbana vem aumentando constantemente nas cidades brasileiras. 
A violência urbana é um fenômeno social que tem se espalhado com grande velocidade 
nas cidades. A raiz desse problema pode estar no modo como a sociedade está 
estruturada, quais são seus valores culturais, desigualdade social, educação precária, 
desemprego, dentre outros problemas. Nas grandes cidades existem diversas 
organizações criminosas que atuam no recrutamento de jovens para o tráfico de drogas, 
armas e para cometer ilícitos. Muitos jovens acabam se envolvendo com essas 
organizações criminosas. Algumas cidades do Estado do Ceará estão entre as cidades 
mais violenta do Brasil. 
 
Palavras-chave: Violência Urbana. Problema Social. Organizações Criminosas. Vítimas 
da violência. Cidades Violentas. 
1. INTRODUÇÃO 
Do latim, o termo violência vem de vis. Vis absoluta significa violência física. 
Violência moral vem da expressão vis compulsiva e vis impulsiva. No dicionário Aurélio 
violência significa qualidade de violento, ato violento e ato de violentar. A violência 
urbana é caracterizada pela desobediência à lei, vandalismo aos bens públicos e atentado 
à vida no âmbito das cidades. Esse tipo de violência origina-se na infraestrutura precária, 
exclusão socioeconômica, desemprego ou oferta de emprego de baixa qualidade. Dentre 
as causas da violência urbana também podemos citar a desigualdade social, a falta de 
educação, desestruturação familiar e pobreza. A educação é de suma importância para o 
desenvolvimento do ser humano como pessoa e como profissional. A educação é o meio 
pelo qual todos deveriam buscar com o objetivo de ter um futuro melhor. 
https://www.todamateria.com.br/desigualdade-social/
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Hoje em dia a palavra violência possui grande destaque no cenário nacional e 
internacional. A violência está nas ruas, nos jornais, nos debates acadêmicos, nas 
conversas informais. 
Segundo Luiz Eduardo Soares (2005, p.245), a palavra violência possui múltiplos 
sentidos: 
 
 
Pode designar uma agressão física, um 
insulto, um gesto que humilha, um olhar 
que desrespeita, um assassinato 
cometido com as próprias mãos, uma 
forma hostil de contar uma história 
despretensiosa, a indiferença ante o 
sofrimento alheio, a negligência com 
os idosos, a decisão política que 
produz consequências sociais nefastas 
(...) e a própria natureza, quando 
transborda seus limites normais e 
provoca catástrofes. 
 
A palavra violência tem diferentes sentidos para cada membro da sociedade, mas 
dificilmente esse termo está desvinculado da ideia crime, tendo em vista que os assaltos, 
os homicídios, os estupros, entre outras condutas criminosas descritas no Código Penal 
Brasileiro, são ações violentas e que causam grande repulsa social. Diariamente ouvimos 
notícias sobre violência pelos meios de comunicação, seja pelo jornal, internet ou 
televisão. 
Quando tratamos de Direito Penal estamos, de alguma maneira, tratando de 
violência, assim, apesar de ser estudada também por sociólogos, antropólogos, e possui 
vários conceitos. 
Nas lições de Fragoso (2004, p.172), “crime é a ação (ou omissão) típica, antijurídica e 
culpável”. 
 Isso significa dizer que não há crime 
sem que o fato constitua ação ou 
omissão: sem que tal ação ou omissão 
correspondam à descrição legal (tipo) 
e sejam contrárias ao direito, por não 
ocorrer causas de justificação ou 
exclusão de antijuridicidade. 
 
 Isso quer dizer que para que uma Conduta seja considerada crime, ela deve 
conter esses requisitos, deve ser típica, antijurídica(contra a lei) e culpável. O Código 
Penal define as condutas que são consideradas crimes. Através dessa tipificação, o 
individuo quando comete um crime, surge para o Estado o Poder de Punir. O matar 
alguém é uma ação onde está, a priori, tipificado o homicídio e, consequentemente, um 
crime. 
A violência foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) como 
o “uso intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si 
mesmo, outra pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes 
probabilidades de ocasionar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento 
ou privações”. 
A violência é uma questão social e, portanto, não é objeto próprio de nenhum setor 
específico. Segundo Minayo (2004), ela se torna um tema mais ligado à saúde por estar 
associada à qualidade de vida; pelas lesões físicas, psíquicas e morais que acarreta e pelas 
exigências de atenção e cuidados dos serviços médico-hospitalares e, pela concepção 
ampliada do conceito de saúde. Dentre os diversos tipos de violência, podemos citar a 
violência contra as mulheres e contra os jovens e adolescentes. A violência contra as 
mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes ela se inicia ainda na infância 
e acontece em todas as classes sociais. A violência cometida contra as mulheres no âmbito 
doméstico e a violência sexual são fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo 
silêncio e pela dor. Quando falamos em violência contra as mulheres, podemos citar: 
Violência Física, Psicológica. Quando a mulher for vítima de violência, é preciso que a 
mesma denuncie para que as autoridades competentes tomem as providencias necessárias 
contra o infrator, pois a lei garante a essas mulheres direitos e garantias. 
Violência Física é qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. 
Classificados como espancamento com a mão ou objetos, tentativas de estrangulamento, 
arremesso de objetos contra a mulher, socos, pontapés entre outros. Podendo chegar a 
assassinatos. 
Violência Psicológica é descrita como sendo uma das mais devastadoras consiste 
em qualquer conduta que lhe cause danos emocionais ou diminuição da autoestima ou 
desqualifique suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, gritos, 
imposição de medo, constrangimento, humilhação, isolamento entre outros. Tudo que lhe 
cause limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à 
saúde psicológica e autodeterminação. 
A adolescência é uma fase crucial do desenvolvimento humano pelo fato de 
ocorrerem, nesta etapa da vida, vários processos relacionados a aquisições cognitivas, 
emocionais e sociais, sendo também um período propício para a formação de hábitos e 
padrões de comportamentos. 
Os traços de delinquência podem ser resultantes de uma construção social cuja 
raiz está na própria violência familiar e social (LEVISKY, 2000, p.31). A partir desta 
perspectiva é possível deduzir que a frágil e insuficiente vinculação social de crianças e 
adolescentes a projetos e/ou instituições (como a família, escola e igreja, por exemplo) 
que têm por função a adaptação e a formação destes indivíduos às normas sociais, 
propicia-os a praticarem comportamentos desviantes. Transparece, assim, que o 
cometimento dos atos infracionais é decorrente da falha ou simplesmente pela 
inexistência eficaz de controles sociais convencionais que impedissem tal cometimento 
(HIRSCHI, 1969). 
O Envolvimento de jovens e adultos com o mundo do crime pode trazer 
consequências desastrosas. Quando o jovem entra para o mundo do crime, se envolve 
com o tráfico de drogas, armas, na maioria das vezes é um caminho sem volta, pois o 
crime não compensa. Para que os jovens vençam na vida, é preciso correr atrás dos seus 
objetivos sempre buscando o caminho do estudo e se profissionalizar para obter um futuro 
melhor. Segundo uma reportagem do G1, cidades do Ceará estão entre as 10 mais 
violentas do país. Levando-se em consideração apenasa taxa de homicídios dolosos, seis 
cidades cearenses estão entre as 15 do Brasil. O levantamento é resultado de estudo do 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 
Quatro cidades do Ceará estão entre as 10 mais violentas do país, com Caucaia no 
segundo lugar do ranking, em relação à média anual de homicídios dolosos e na taxa dessa média 
por 100 mil habitantes entre 2018 e 2020. Maracanaú (3º), Maranguape (7º) e Juazeiro do Norte 
(8º) também compõem a lista. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
que divulgou nesta quarta-feira (23) uma nota técnica que traz um levantamento que ordena os 
120 municípios mais violentos do país. Caucaia é a cidade cearense fica atrás apenas de Rio 
Branco (AC), que registrou 386 homicídios, taxa de 93,4 e 10 na nota geral, liderando a lista. 
FIGURA 1: CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: MUNICIPIOS MAIS VIOLENTOS DO PAÍS,EM 2021 G1. 
Podemos concluir que a violência é comum em vários Estados Brasileiros. O 
Estado do Ceará está em segundo lugar no ranking nacional, perdendo para a Cidade do 
Rio Branco no Acre. Dentre as causas do aumento de violência no Ceará, podemos citar a 
prevalência das facções criminosas que atuam no Estado. Entre as facções que atuam no Estado 
https://g1.globo.com/ce/ceara/cidade/caucaia/
podemos citar a GDE(GUARDIÃO DO ESTADO). CV( COMANDO VERMELHO E 
PCC(PRIMEIRO COMANDO CAPITAL). Essas organizações criminosas atuam no 
recrutamento de jovens e adolescente para que atuem no tráfico de drogas de drogas, no 
cometimento de homicídios com o objetivos de se expandir para outros bairros. Há também a 
disputa por território, quando uma facção pretende invadir a área de outras facções para que se 
instalar o tráfico de drogas e o cometimento de crimes. Nesse momento há os conflitos entre essas 
facções, aumentando assim os índices de homicídios no Estado. Grande parte dos integrantes 
dessas facções criminosas são jovens e adolescentes que se envolvem com o crime. 
O estado do Ceará atrai essas facções por ser um estado com ótima localização geográfica. É 
um Estado onde há portos, Aeroportos e diversas rodovias, onde os criminosos utilizam de todos 
esses meios para trazer drogas de outros Estados, e até mesmo de outros países. A cada dia essas 
facções vem se reinventando com os objetivos de praticar crimes. É preciso politicas publicas e 
que os cidadãos colaborem através de denúncias anônimas para descobrir e chegar aos 
criminosos. 
 
3. METODOLOGIA 
Toda pesquisa começa com um problema de pesquisa. O presente artigo teve 
como base o tema VIOLÊNCIA URBANA, onde foi feita a leitura sobre tal tema 
e selecionados alguns artigos para suporte no desenvolvimento do presente 
trabalho acadêmico. Nele foi relatado a definição do que é Violência Urbana, as 
causas, e os tipos de violência. Foi abordado também como base em uma 
reportagem do Jornal G1, onde foi levantado a questão das cidades mais violentas 
do País. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Conforme discutido anteriormente, o que deve ser feito, então, para conter a violência 
urbana? Impossível responder a tal questionamento. Não há como banir a violência da 
sociedade, mas é possível diminuí-la se aliarmos ao Direito Penal políticas públicas 
sérias, assim teremos possibilidade de aplicar a lei penal com eficiência e ainda garantir 
uma vida mais digna para os cidadãos. 
 Cabe ressaltar que, para muitos adolescentes e jovens, principalmente do sexo 
masculino vivendo em contextos urbanos de grande exposição a violência, a própria 
perspectiva de chegar a idade adulta encontra-se ameaçada. Uma das principais causas do 
envolvimento de jovens e adolescentes com a criminalidade é a falta de perspectiva e de 
projetos de vida. Vivemos em um tempo em que tudo é descartável, passageiro, transitório 
e superficial, onde o ter tem mais valor de que o ser. Sendo assim, os modelos e exemplos 
de vida que os jovens e adolescentes pautam a sua vida está diretamente relacionado ao 
consumo, a superficialidade e a falta de valores positivos. É preciso o apoio dos pais, o 
incentivo por parte de familiares para que os jovens não se envolvam com o mundo do 
crime, é preciso a orientação por parte dos professores e também a criação de políticas 
públicas que visem orientar e dar oportunidades para os jovens. 
 
REFERÊNCIAS 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Geral. 8 ed. São Paulo: 
Saraiva. vol. 01, 2003 
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral. 16 ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2004. 
FONTE G1:Quatro Cidades Do Ceara Estão Entre as 10 mais violentas do País Caucaia 
É A 2 No País. Acesso em : https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/06/23/ 
HIRSCHI, Travis. Causes of Delinquency. Berkeley: University of California Press, 
1969. 
LEVISKY, David Léo. Aspectos do processo de identificação do adolescente na 
sociedade contemporânea e suas relações com a violência. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 2000. 
MINAYO, M. C. de S. (2004). A difícil e lenta entrada da violência na agenda do setor 
saúde. Cadernos de Saúde Pública, 20, 3, 646-647. 
SOARES, Luiz Eduardo; BIL, MV; ATHAYDE. Cabeça de Porco. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2005. 
Violência urbana: uma reflexão sob a ótica do direito penal, 
http://www.fdc.br/Arquivos/Mestrado/Revistas/Revista08/Discente/Nara.pdf 
http://www.fdc.br/Arquivos/Mestrado/Revistas/Revista08/Discente/Nara.pdf
Violências: lembrando alguns conceitos, Lívia de Tartari e Sacramento1; Manuel 
Morgado Rezende,2006. 
 
 
 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300009#1a

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