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Riscos do aumento do consumo de álcool e de outras drogas entre os jovens brasileiros Na Islândia, o consumo de drogas entre jovens tem sido reduzido drasticamente durante os últimos anos, o que fez com que o país ocupasse a primeira posição no ranking europeu de estilo de vida saudável na adolescência. No Brasil, esse cenário não é observado, haja vista que a tendência do consumo de álcool e outras drogas por adolescentes cresceu de forma significativa há algum tempo. Nesse sentido, cabe pontuar dois fatores de risco para o uso de drogas – lícitas e ilícitas – na adolescência: o risco do adolescente de se tornar dependente e, por conseguinte, os efeitos cumulativos das substâncias tóxicas na vida do indivíduo. Diante desse cenário, é válido ressaltar que o consumo demasiado dessas substâncias pode fazer com que os jovens se tornem dependentes. Na série norte-americana “Euphoria”, é retratada a vida de Rue Bennett, protagonista da série, sua dependência e suas crises psíquicas devido ao consumo de drogas ilícitas e remédios que estimulam o cérebro a um estado de êxtase. Fora da ficção, casos como o de Rue são frequentes na sociedade, uma vez que o uso de drogas na juventude torna a pessoa mais vulnerável à dependência química na vida adulta. Dessa forma, ao considerar a droga como uma saída para situações de estresse e para o rompimento de problemas emocionais, o uso de narcóticos se torna uma válvula de escape e, consequentemente, cria um vínculo de dependência entre o indivíduo e a substância, sendo uma forma de alívio e de sufocar a infelicidade por esse meio. Assim, é necessário que a sociedade, juntamente com o Poder Público, auxilie no processo de tratamento e na tentativa de desintoxicar jovens dependentes. Além disso, é preciso salientar que o consumo demasiado de álcool e de outras drogas ocasiona efeitos negativos na vida do adolescente. No livro “Daisy Jones and The Six”, da escritora Taylor Jenkins, é narrada a história de Billy e seu vício em drogas – álcool e tabaco –, mas, mais ainda, também mostra como é fácil se afundar nesses entorpecentes e difícil se libertar depois. À vista disso, pode-se afirmar que, infelizmente, substâncias psicoativas – como o álcool, a maconha e LSD – podem danificar ou alterar o desenvolvimento cerebral na adolescência, já que essas alteram a função dos neurotransmissores. Ademais, essas drogas podem afetar o pensamento e o raciocínio do indivíduo e provocar a queda do seu rendimento escolar, o elevado risco de acidentes e o aumento dos problemas de saúde mental e, dessa maneira, desenvolver transtornos físicos e mentais crônicos que podem permanecer ao longo da vida de uma pessoa. Logo, é perceptível os riscos e a dificuldade de se desvincular desses “estimulantes” e é nítida a urgência de uma forma para solucionar a problemática. Sendo assim, é incontestável que a possível dependência e os efeitos cumulativos gerados pelo uso de substâncias tóxicas fomentam os riscos do consumo de drogas e os desafios para combater essa problemática no Brasil. Portanto, faz-se necessário que o Ministério da Educação, em ação conjunta com o Ministério da Saúde, promova o letramento robusto e permanente acerca da nocividade das drogas, por meio da execução de seminários quinzenais com profissionais da área, a exemplo dos psiquiatras, a fim de provocar a diminuição abrupta do consumo de álcool e entorpecentes entre os adolescentes brasileiros e, assim, romper com os riscos e os perigos que esses podem causar. Concomitantemente, o governo federal deve, por intermédio de verbas governamentais, criar programas assistenciais escolares, investir na promoção de campanhas televisivas sobre esse assunto e promover aulas sobre “Saúde do corpo e da mente” durante todo o ensino básico dos jovens. Somente assim, casos como o de Rue serão reduzidos e a população brasileira terá seus índices de consumo de drogas amenizados, assim como a Islândia. Redação escrita por Maria Cecília Ricardo Ramalho Nunes
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