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Proteção do Complexo Dentino-pulpar

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 Tecidos intimamente ligados (dentina e 
polpa) 
 Devido aos túbulos dentinários da dentina e 
os prolongamentos odontoblásticos que 
estão dentro desses túbulos, sendo 
provenientes dos odontoblastos, células que 
estão na polpa. 
 Além disso, o movimento do fluido dentinário, 
que está nos túbulos dentinários, são 
capazes de estimular receptores de dor na 
polpa. 
DENTINA 
 Avascular e acelular 
 Mineralizada 
 Resiliente 
 Presença de túbulos dentinária 
 Úmida, quando mais profunda 
POLPA 
 Vascularizada e inervada. 
 Possui mecanismos inerentes para limitar os 
danos causados por agentes agressores: 
└ Esclerosamento dos túbulos dentinários 
└ Formação da dentina terciária 
└ Sensibilidade dolorosa 
TIPOS DE DENTINA TERCIÁRIA 
 Dentina irregular, com estrutura tubular 
desordenada. 
 Fatores formadores de dentina terciária 
└ Formada pela exposição pulpar 
└ Em lesões de cárie profunda 
└ Formada em preparos cavitários sem 
refrigeração adequada 
 Dentina Reacional: 
└ A partir dos fatores agressores, os 
odontoblastos que sobreviveram 
produzem a dentina reacional, como 
formar de tentar barrar a agressão. 
 Dentina Reparadora: 
└ Formada por odontoblastos, sendo estas 
células provenientes de células 
ectomesenquimais indiferenciadas da 
polpa, que se transformam em 
odontoblastos e iniciam sua produção 
de dentina reparadora. 
 
DENTINA ESCLEROSADA 
└ É formada pela deposição de dentina 
dentro dos túbulos dentinários, obliterando-
os. 
└ Biológico: cárie (microrganismos); 
└ Mecânico: brocas, materiais e instrumentais; 
└ Térmico: bruxismo, hábitos parafuncionais; 
└ Químico: ataque ácido. 
CÁRIE DENTÁRIA 
 Promove estímulos inflamatórios que 
progridem até a polpa. 
 Lesão de cárie ativa: produz 2 zonas 
distintas que indicam o grau de progressão 
da lesão. 
1. Dentina Infectada: 
└ Superficial 
└ Contém fragmentos de dente, restos 
alimentares, degradação de dentina e 
microrganismos. 
└ Deve ser removida 
└ Mais amolecida e amarelada. 
2. Dentina Afetada: 
└ Mais profunda 
└ Mais endurecida e amarronzada 
└ Passível de remineralização (não deve 
ser removida). 
 
PREPARO CAVITÁRIO 
 Fatores técnicos: 
└ Pressão de corte 
└ Calor friccional 
└ Desidratação da dentina 
 Fatores clínicos: 
└ Condição inicial da polpa 
└ Quantidade e qualidade da dentina 
remanescente 
 Instrumentos rotários: 
└ Causam a movimentação do fluxo 
dentinário 
 Refrigeração: 
└ Essencial para minimizar o aumento da 
temperatura 
└ Maior que 5 °C é suficiente para causar 
injúria pulpar 
 Como minimizar o trauma do preparo 
cavitário: 
└ Utilizar instrumentos rotatórios novos 
└ Refrigeração abudante 
└ Corte intermitente 
└ Aplicar menor pressão de corte 
TRAUMA OCLUSAL 
 Restaurações com contatos exagerados 
transferem sobrecarga mastigatória para o 
dente restaurado, estimulando o periodonto 
e a pressão intrapulpar 
 Aumento da pressão intrapulpar torna o 
dente mais sensível às variações térmicas, 
principalmente ao frio 
 O mínimo excesso oclusal, causa suficiente 
desconforto para o retorno ao dentista. 
 Como minimizar o trauma oclusal: 
└ Ajustar os contatos após realização das 
restaurações: em máxima 
intercuspidação (MIH), lateralidade, 
protrusão, relação cêntrica. 
└ Reabilitação oral 
PROCEDIMENTO RESTAURADOR E 
RESTAURAÇÃO 
 Condicionamento ácido: 
└ Causa movimentação do fluido 
dentinário presente nos túbulos 
dentinários. 
└ Cuidado: condicionamento seletivo em 
esmalte apresenta maior benefício a 
presa do material restaurador, além de 
não causar malefícios a polpa 
(benefícios do sistema adesivo 
autocondicionante). 
 Adesivo: 
└ Apresenta componentes que são tóxicos 
a polpa quando em contato com a 
polpa. 
 Independente da restauração, quando mais 
profundo, essa pode causar injúrias químicas 
a polpa, sendo necessário a realização de 
uma barreira (capeamento). 
 Além disso, as falhas entre o dente e a 
restauração podem gerar no dente 
infiltração de microrganismos que chegam 
até a polpa. 
 
PROFUNDIDADE DA CAVIDADE 
 
1. Cavidades superficiais: cavidades em 
esmalte ou ultrapassando ligeiramente a 
junção amelodentinária 
2. Cavidades rasas: Cavidade com mais de 
2mm de estrutura remanescente entre o 
assoalho e a polpa 
3. Cavidades médias: Cavidades com mais de 
1mm e menos de 2mm de estrutura 
remanescente entre o assoalho e a polpa 
4. Cavidades profundas: Cavidades com mais 
de 0,5mm e menos de 1mm de estrutura 
remanescente entre o assoalho e a polpa 
5. Cavidades muito profundas: Cavidades com 
menos de 0,5mm de estruturas remanescente 
entre o assoalho e a polpa 
QUANTIDADE E QUALIDADE DE DENTINA 
REMANESCENTE 
 Dentina: melhor tecido que promove a 
proteção pulpar. 
 Espessura de 2mm de dentina é suficiente 
para proteger a polpa contra qualquer 
injuria. 
 Em casos que a dentina remanescente é 
menor que 2mm, deve ser aplicado materiais 
protetores. 
 Dentina esclerosada: dentina com substrato 
menos permeável com túbulos dentinários 
parcialmente ou totalmente obliterados. 
IDADE DO PACIENTE 
 Quando jovem, o paciente apresenta menor 
quantidade de dentina, sendo necessário 
realizar o capeamento pulpar em casos de 
lesões de cárie. 
 Quando mais velho, o paciente apresenta 
deposição de dentina secundária, dentina 
esclerosada e diminuição do volume da 
polpa, não sendo tão necessário a 
realização do capeamento pulpar. 
 
REQUISITOS DOS AGENTES DE PROTEÇÃO 
PULPAR 
 Ser bom isolante térmico e elétrico 
 Apresentar propriedades bactericidas e 
bacteriostáticas 
 Estimular a recuperação das funções 
biológicas da polpa 
 Favorecer a produção de dentina terciária 
ou esclerosada 
 Adesão a estrutura dentária 
 Biocompatível; 
 Inibir a penetração de íons metálicos no 
dente; 
 Evitar ou inibir a infiltração bacteriana; 
 Resistência mecânica suficiente para 
suportar os esforços mastigatórios; 
 Não causar dano a polpa (ser inócuo a 
polpa) 
TIPOS DE MATERIAIS 
 Materiais de forramento: 
└ Hidróxido de cálcio - Ca (OH) 
└ MTA 
 Materiais de base: 
└ CIV 
└ Óxido de zinco e Eugenol 
└ Biodentine 
AGENTES DE FORRAMENTO: 
 Se apresenta na forma de pó ou pó + 
líquido; 
 Protege a polpa das agressões externa 
 Estimula a formação da dentina mineralizada 
 Requisitos: 
└ Propriedades biológicas que favoreça a 
cicatrização da polpa; 
└ Reduzir os efeitos tóxicos e deletérios dos 
materiais restauradores definitivos; 
└ Características bacteriostática e 
bactericida; 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: 
 Propriedades: 
└ Estimula a formação de dentina 
reparadora (pelo seu pH alcalino) 
└ Protege a polpa contra estímulos 
térmicos e elétricos 
└ Ação antimicrobiana 
└ Apresenta alta solubilidade 
 Formas de apresentação: 
└ Pó: hidróxido de cálcio P.A. 
└ Pasta: pó de Ca(OH) e solução (água 
destilada, solução anestésica) 
└ Cimento 
 Hidróxido de cálcio P.A.: 
└ Pó de Ca(OH) 
└ Pode ser colocado em contato direto 
com a polpa quando há exposição 
└ Causa cauterização química superficial, 
gerando uma zona de necrose superficial 
 
 Pasta de hidróxido de cálcio: 
└ Pó de Ca(OH) e solução 
└ Apresenta elevada pH 
└ Deve ser utilizado quando a polpa está 
exposta ou existe suspeita que haja 
microexposição; 
└ São rapidamente reabsorvíveis pela 
umidade. 
 Cimento de hidróxido de cálcio: 
└ Pasta base + pasta catalisadora. 
└ É manipulada na proporção de 1:1, por 
10 segundos. 
└ É colocado pontualmente na região mais 
próxima da polpa. 
 
MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO (MTA): 
 Surgiu no início dos anos 90, sendo 
desenvolvido com objetivos de selar as 
comunicações entre o exterior e o interior do 
dente. 
 Indicações: 
└ Perfuração resultantes de absorções 
externas e internas; 
└ Tratamento conservador da polpa: 
curetagem, pulpotomia e capeamento 
direto 
 Propriedades:└ Biocompatível. 
└ Estimula a formação de ponte de 
dentina. 
└ Atividade microbiana; 
└ Resistência mecânica. 
└ Possibilidade de utilizar em superfícies 
úmidas (baixa solubilidade) 
 Componentes: 
└ Silicato dicalcio 
└ Silicato tricalcio; 
└ Aluminato tricalcio; 
└ Gesso; 
└ Aluminoferrite tetracalcio. 
 Desfavorável para a sobrevivência das 
bactérias. 
 
AGENTES DE BASE 
 São materiais que tem maior espessura 
 Função: 
└ Proteger o material de forramento 
└ Reconstruir a dentina perdida 
└ Diminuir a quantidade de material 
restaurador definitivo 
└ Adequar o preparo cavitário 
 São utilizados em cavidades médias e 
profundas. 
BIODENTINE: 
 Material a base de MTA, tendo 
propriedades semelhantes a MTA; 
 Apresenta boas características de manuseio 
(mais aprimorada que o MTA) 
 Á base de silicato de cálcio 
 Produz hidroxiapatita, quando hidratado 
 Induz a diferenciação de células pulpares 
 Maior resistência a compressão e a flexão, 
podendo ser usado como substituto de 
dentina; 
 Podem ser utilizados para materiais 
restauradores provisórios; 
 
ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL: 
 Propriedades: 
└ Baixa propriedade mecâncias quando 
comparada ao CIV 
└ Biocompatível; 
└ Neutro; 
└ Antimicrobiano: inibe o metabolismo 
microbiano; 
└ Atividade antinflamatória; 
└ Contém efeito sedativo: inibição da 
atividade de célula nervosas locais; 
└ Bom isolante térmico e elétrico. 
└ Tóxico quando entra em contato com a 
polpa. 
└ OBS: propriedades terapêuticas decorre 
do eugenol. 
 Utilização: 
└ Selador de canais radiculares; 
└ Base para restaurações; 
└ Restaurações provisórias; 
└ Cimentos cirúrgicos; 
└ Material de moldagem funcional. 
 Manipulação: 
└ Agitar o pó, inserir na placa de vidro com 
a colher dosadora e dividir em três 
partes. 
└ Dispensar o líquido na placa de forma 
perpendicular; 
└ Espatular 40-50s com a espátula 36. 
└ Tempo de trabalho: 4-10 minutos. 
 
CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO: 
 Propriedades: 
└ Boa adesão: dentina concionada com 
ácido poliacrílico; inserido em única 
camada. 
└ Estética: inferior/opacidade. 
└ Resistência: suficiente como base. 
└ Solubilidade: passível de sinérese e 
embebição. 
└ Liberação de flúor. 
└ Proteção pulpar: tóxico quando próximo 
a polpa; material de forramento indireto. 
└ Proteção da superfície: verniz. 
 
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO 
 Realizada quando ainda não ocorreu a 
comunicação diretamente com a polpa; 
 Função: 
└ Bloquear os estímulos térmicos, elétricos e 
químicos, decorrentes das restaurações e 
do meio bucal; 
└ Manter um ambiente cavitário 
apropriado, para manutenção ou 
recuperação da condição pulpar; 
└ Exercer ação terapêutica sobre o 
complexo dentinopulpar; 
└ Evitar ou reduzir a infiltração e 
crescimento de bactérias sob as 
restaurações; 
└ Interagir com as restaurações, 
melhorando suas propriedades de 
selamento cavitário; 
└ Dissipar as forçar de condensação 
durante a inserção de materiais 
condensáveis; 
└ Proteger a polpa quando temos uma 
cavidade profunda. 
TRATAMENTO EXPECTANTE 
 Se faz tipicamente em paciente jovens com 
lesões de cárie aguda de rápida evolução. 
 Indicado em lesões profundas com risco de 
exposição pulpar. 
 Função: 
└ Bloquear a penetração de agentes 
irritantes que podem atingir a polpa 
através de lesão cariosa; 
└ Interromper o circuito metabólico 
proporcionado pelos fluidos bucais as 
bactérias remanescentes no assoalho da 
cavidade; 
└ Inativar bactérias pela ação bactericida 
ou bacteriostática dos materiais 
odontológicos; 
└ Remineralizar a dentina cariada afetada; 
└ Hipermineralizar a dentina sadia 
subjacente; 
└ Estimular a formação de dentina terciária 
(reacional ou reparadora) 
 Protocolo na 1ª sessão: 
1. Anamnese; 
2. Diagnóstico clinico e radiográfico; 
3. Remoção da dentina cariada infectada; 
4. Limpeza da cavidade com água de cal; 
5. Aplicação da pasta de hidróxido de 
cálcio; 
6. Vedação da cavidade com CIV; 
7. Proservação de 30-60 dias; 
 Protocolo na 2ª sessão: 
1. Definição do prognóstico (radiografia, 
teste de sensibilidade); 
2. Remoção do material provisório; 
3. Avaliação da dentina remanescente; 
4. Forramento com cimento de hidróxido de 
cálcio; 
5. CIV modificado por resina; 
6. Restauração definitiva; 
 OBS: a diferença entre o capeamento pulpar indireto e o tratamento expectante, é que no último 
irá se esperar a formação de uma camada de dentina terciária. 
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
 Quando se há uma exposição pulpar provenientes de bactérias e aprofundamento da cárie, é 
necessário realizar tratamento endodôntico; 
 Quando a exposição pulpar é proveniente do preparo cavitário, sendo mínima, com microinvasão 
de microrganismos, só é preciso realizar o capeamento pulpar indireto. 
 Dessa maneira, o capeamento pulpar direto deve ser feito seguindo os seguintes parâmetros: 
└ Grau de comprometimento pulpar: proveniente da cárie ou do preparo cavitário. 
└ Extensão da perfuração: grande ou pequena/pontual. 
└ Tempo da perfuração: é o tempo que você perfurou e está lá exposto. 
└ Tempo de exposição 
 Se o sangramento é possível ser contido com hidróxido de cálcio, só é necessário o capeamento 
pulpar direto; se não, é necessário o tratamento endodôntico. 
 Função: 
└ Visa ao restabelecimento pulpar 
└ Promove a formação de uma barreira mineralizada 
 Quanto mais jovem, o paciente tem maior capacidade de responder ao capeamento pulpar direto. 
 Normalmente, em uma primeira sessão é realizada um capeamento pulpar direto e restaura com CIV 
provisoriamente; na próxima sessão é realizada um tratamento restaurador definitivo.

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