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VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Internato 5º ano – ESCS Cirurgia Geral Bárbara Bruna ANATOMIA VIAS AÉREAS NO TRAUMA A oferta inadequada de sangue ao cérebro e outros órgãos vitais é o fator que mais rapidamente leva o doente traumatizado a morte. A prevenção da hipoxemia depende da via aérea protegida e desobstruída e da ventilação adequada e, tem prioridade absoluta sobre o controle de todas as outras condições No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas TODOS OS DOENTES TRAUMATIZADOS DEVEM RECEBER OXIGENIO SUPLEMENTAR o Falha em reconhecer a necessidade de intervenção sobre as via aérea o Incapacidade de reestabelecer a permeabilidade da via aérea o Incapacidade de reconhecer a necessidade de um plano de via aérea alternativo no caso de insucesso em tentativas repetidas de intubação o Falha em reconhecer o posicionamento incorreto dos dispositivos de permeabilização da via aérea o Deslocamento de dispositivos de permeabilização da via aérea o Aspiração de conteúdo gástrico CAUSAS DE MORTE EVITÁVEIS POR COMPROMETIMENTO DA VIA AÉREA NO TRAUMA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Estimular responsabilidade verbal .se o paciente conversa, indica que a via aérea está permeável, ventilação intacta e perfusão cerebral adequada AUSCUL TA Ruídos (obstrução), roncos, gorgolejos e escritores (obstrução parcial da faringe), rouquidão ou disfonia (obstrução funcional da laringe) INSPEÇÃ O Agitação (hipoxia) torpor (hipercapnia) cianose (hipoxemia) oximetria de pulso tiragem intercostal e uso de mm acessória PALPAÇÃ O Palpação da traqueia para determinar localização SINAIS DE OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA ∙ TRAUMA MAXILOFACIAL Traumas no terço médio facial podem ocasionar fraturas- luxações que comprometem a nasofaringe e orofaringe Fraturas faciais podem ser associadas a hemorragias, aumento de secreções orofaríngeas e avulsões dentárias Fraturas de mandíbula, principalmente bilateral, pode levar a perda do suporte estrutural da via aérea. ∙ TRAUMA CERVICAL Ferimentos penetrantes do pescoço podem causar lesões vasculares que levam a hematomas cervicais expansivos. Se a compressão extrínseca tornar a intubação endotraqueal impossível, torna-se obrigatória a abordagem cirúrgica da via aérea Pode levar também a ruptura de laringe ou traqueia, seguido de obstrução da via aérea e/ou hemorragia maciça na árvore traqueobrônquica. Necessita de uma via aérea definitiva TRAUMAS QUE AUMENTAM OS RISCOS DE COMPROMETIMENTO DAS VIAS AÉREAS VENTILAÇÃO ∙ Pode ser comprometida por obstrução da via aérea, alteração na mecânica ventilatória ou depressão do sistema nervoso central ∙ Trauma torácico, principalmente quando há fratura de arcos costais provoca dor, taquidispneia e hipoxemia. Idosos e portadores de disfunções pulmonares preexistentes apresentam risco aumentado de falência respiratória nessas situações. ∙ TCE e Lesão medular cervical pode resultar em respiração diafragmática, interferindo na capacidade de atender a demanda aumentada de oxigênio. AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA - Antes de realizar uma tentativa de intubação para prever a potencial dificuldade na realização da manobra - Fatores que podem dificultar: lesões da coluna cervical, artrite avançada da coluna cervical, trauma mandibular ou maxilofacial significativo, limitações na abertura da boca, obesidade e variações anatômicas (micrognatismo, prognatismo e pescoço curto e musculoso). * Nesses casos é necessário um médico habilidoso no tratamento da via aérea TRATAMENTO DA VIA AÉREA Objetivo: melhorar a oxigenação e reduzir o risco de piora do comprometimento ventilatório: manobras básicas para manutenção de via aérea, métodos para fornecer suporte ventilatório e medidas para instalação de via aérea definitiva (inclusive aérea cirúrgica) Qualquer intervenção pode movimentar o pescoço do paciente, por isso e importante proteção da coluna cervical, principalmente naqueles com lesão instável da coluna cervical e naqueles com exame incompleto da coluna que possuam risco de lesão cervical. Até que a lesão seja excluída por avaliação clínica e/ou estudos radiológicos necessários REMOÇÃO DE CAPACETE Protocolo de Trauma MANOBRAS o Retirada de corpos estranhos o Aspiração com sonda rígida o OXIGÊNIO (máscara facial não reinalante com reservatório a 100% de O2 (10-15L por minuto) * MÉTODOS PARA FORNECER SUPORTE VENTILATÓRIO TUBO OROFARÍNGEO/ CÂNULA OROFARÍNGEA MÉTODOS PARA FORNECER SUPORTE VENTILATÓRIO TUBO NASOFARÍNGEO/ CÂNULA NASOFARÍNGEA MÁSCARA LARÍNGEA DISPOSITIVOS EXTRAGLÓTICOS OU SUPRAGLÓTICOS ∙ ML (Máscara Laríngea): não fornece uma via aérea definitiva e o posicionamento deste dispositivo é difícil sem treinamento apropriado ∙ MLI (Máscara laríngea que permite intubação) É uma evolução do dispositivo, pois permite a intubação por dentro da máscara laríngea TUBO ESOFÁGICO MULTILUMEN DISPOSITIVOS EXTRAGLÓTICOS OU SUPRAGLÓTICOS DISPOSITIVOS EXTRAGLÓTICOS OU SUPRAGLÓTICOS TUBO LARINGEO VIA AÉREA DEFINITIVA ∙ Definição: tubo endotraqueal com balão insuflado abaixo das cordas vocais, devidamente fixado com fita ou cadarço, conectado a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida com oxigênio ∙ Objetivo: proporcionar via aérea permeável, ofertar oxigênio suplementar, permitir suporte ventilação e prevenir o risco de aspiração ∙ Embora seja fundamental estabelecer se existe ou não fratura da coluna cervical, a obtenção de estudos radiológicos (RX ou TC de coluna cervical) não deve impedir ou retardar a adoção de uma via aérea definitiva quando ela estiver claramente identificada TUBO OROTRAQUEALINTUBAÇÃO DE SEQUENCIA RÁPIDA o Preparação: materiais a serem utilizados, dois acessos periféricos o Pré-oxigenação: Fornecimento de oxigênio por 3 minutos a 15L/ min através da bolsa-válvula-máscara, com reservatório o Otimização da pré-intubação: corrigir possíveis problemas (hipotensão, pneumotórax, hemotórax o Indução da hipnose e paralisia: infusão de hipnóstico e bloqueador neuromuscular deve ser feita rapidamente, em bolus o Posicionamento adequado do paciente: hiperextensão cervical com colocação do coxim o Posicionamento do tubo: - Introdução do laringoscópio com a mão esquerda e deslocamento da língua para esquerda até visualização da epiglote - Posicionamento da lâmina do laringoscopio na valecula - Elevação da valecula até visualização das cordas vocais - Introdução do tubo - Insuflação do cuff - Checagem da IOT (expansibilidade e ausculta) o Pós-intubação: fixar o tubo e solicitar Rx de tórax para confirmar sucesso do procedimento DROGAS NA INTUBAÇÃO DE SEQUÊNCIA RÁPIDAHIPNOTICO • Propofol 1-3mg/kg para pacientes hemodinamicamente estáveis, 0,5-1mg/kg para pacientes hipovolemicos ou idosos • Cetamina 1-2mg/kg APH e pacientes instáveis. EA: aumento da FC, PA e secreções. • Etomidato 0,3mg/kg tem efeitos hemodinâmica limitados e tem como EA supressão adrenal • Tiopental 3-5mg/kg efeito hemodinamico estável, mais rápido e previsível. • Midazolam 0,1-0,2mg/kg para pacientes obnubilados que requerem mais amnésia do que anestesia OPIOIDE • Fentanil 1-2 mcg/kg • Alfentanil 10-15 mcg/kg • Remifentanil 0,5-1 mcg/kg • Lidocaina 1-1m5 mg/kg também e efetiva para reduzir tosse e broncoespasmo, i isoladamente ou em combinação com opioide BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR • Suxametonio (succinilcolina) 1-2mg/kg produz fasciculacoes e depois, paralisia por 15-45 segundos. EA: mialgia, bradicardia, parada cardíaca (por hipercalemia), anafilaxia • Rocuronio 0,9-1,6mg/kg leva a um relaxamento profundo em 45-60 segundos. Inibidor para resgate: Sugammadex 16mg/kg TUBO OROTRAQUEAL TUBO OROTRAQUEAL 1. Prega vocal verdadeira 2. Prega vocal falsa 3. Epiglote (a porção anterior é a valécula, onde encaixamoso laringoscópio 4. Pregas aritenóideas 5. Aritenóide 6. Recesso piriforme VIA AÉREA DEFINITIVA TUBO NASOTRAQUEAL Exige que o paciente apresente ventilação espontânea e é contraindicada em pacientes com apneia Fraturas faciais do seio frontal, base do crânio e placa cribiforme são contraindicações relativas (Sinal do guaxinin, sinal de battle e extravasamento de líquor (rinorreia e otorreia) VIA AÉREA CIRURGI CA CRICOTIREOIDOSTO MIA POR PUNÇÃO VIA AÉREA CIRURGICA CRICOTIREOIDOSTO MIA CIRÚRGICA VIA AÉREA CIRURGICA TRAQUEOSTOMIA VIA AÉREA CIRURGICA PROTOCOLO DE DECISÃO DE VIA AÉREA FIM.
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