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Alarmes em Ventilação Mecânica

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O ajuste dos alarmes é fundamental para a segurança da ventilação mecânica. Os ventiladores atuais, além do alarme sonoro, dispõem de alarmes visuais que identificam a necessidade de intervenção. O vermelho indica alarme de alta prioridade (perigo). Requer ação imediata. O amarelo indica alarme de média prioridade (atenção). Requer a avaliação dos parâmetros ventilatórios atuais. Será abordado os principais alarmes em ventilação mecânica (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Pressão Máxima na Via Aérea: Ao calibrar o pneu de seu carro, por exemplo, você ajusta o valor de 26 libras. O calibrador vai pressurizar o sistema até atingir esse valor e, caso o pneu esteja com uma pressão superior, há liberação do excesso de pressão (escape de ar). Se não houvesse essa limitação de pressão, o calibrador iria insuflar ar constantemente até que o pneu estourasse. Na VM, dizemos que ao atingir essa pressão-limite ou pressão de pico, o ventilador abortará o ciclo respiratório; caso contrário, ocorreria um de nossos maiores temores em VM: a ocorrência do pneumotórax. Valores aceitáveis para pressão de pico para pacientes gerais em 40 cmH2O. Já para pacientes com DPOC pode ser ajustado até 45 cmH2O e na asma com broncoespasmo grave até 50 cmH2O (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Apneia: Na VM, o alarme de apneia tem por objetivo evitar que o paciente tenha hipoventilação, ou seja, redução da quantidade de ar que atinge os alvéolos e, consequentemente, da troca gasosa (oxigenação e eliminação de gás carbônico). Em condições normais, conseguimos segurar a respiração voluntariamente por alguns segundos. Entretanto, determinadas situações podem prolongar o período sem respiração ou tempo de apneia, como por exemplo, coma, idosos, comprometimento do sistema nervoso central (acidente vascular cerebral), intoxicação exógena por diazepínicos ou barbitúricos. No ajuste, definimos o tempo máximo em que o paciente poderia ficar sem respirar; na maioria dos ventiladores, o valor pré-ajustado de fábrica é de 15 segundos, porém há a possibilidade de reajuste por parte do operador. O alarme de apneia é responsável por verificar o tempo sem respiração (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Desconexão: Trata-se de um modo de proteção fundamental para o paciente. Imagine que um paciente está sob ventilação mecânica, sedado e fazendo apenas as respirações programadas no ventilador. Considere que ocorra uma desconexão acidental... Qual seria o desfecho? O profissional deve imediatamente reconectá-lo ou então o paciente terá uma parada respiratória. Na VM, a desconexão significa que há perda de pressão ou escape aéreo significativo, em algum ponto entre o ventilador e o paciente (prótese traqueal, circuito, umidificador) (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Volume Corrente Máximo: O ajuste desse parâmetro é importante para monitorar situações nas quais o paciente possa realizar uma inspiração além do permitido, ou seja, com um volume corrente muito alto. A importância desse alarme é para evitar volume de ar excessivo que possa provocar a hiperdistensão alveolar e risco de lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Volume Corrente Mínimo: O ajuste desse parâmetro é importante para monitorar situações em que o paciente possa fazer respirações com um volume de ar inferior à recomendada. A importância desse ajuste é para evitar o risco de hipoventilação alveolar (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Volume-Minuto Máximo: O ajuste desse parâmetro é importante para monitorar situações onde o paciente possa fazer respirações com um volume de ar superior à recomendada por minuto, ou seja, o paciente está hiperventilando. A observação de sua ocorrência pode sugerir algumas situações clínicas, como: febre, dor, acidose metabólica e/ou láctica, ansiedade, agitação psicomotora, ajuste inadequado do ventilador, alteração do sistema nervoso central (respiração de Cheyne-Stokes ou de Cantani ou de Kusmaull), autodisparo, etc. A ocorrência do alarme de volume-minuto máximo infere hiperventilação: volume corrente e/ou frequência respiratória excessivos (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Volume-Minuto Mínimo: O ajuste desse parâmetro é importante para monitorar situações em que o paciente possa fazer respirações com um volume de ar inferior à recomendada, ou seja, o paciente está hipoventilando. A observação de sua ocorrência pode sugerir algumas situações clínicas, tais como sedação excessiva e/ou uso de relaxante neuromusculares, alteração do sistema nervoso central, dor, ajuste inadequado do ventilador, fadiga muscular, escape aéreo (fístula), alterações da mecânica pulmonar (piora da complacência e/ou da resistência pulmonar) (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).

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