Buscar

AINEs pdf 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
Anti-inflamatórios não esteroidais - AINEs 
São também conhecidos como anti-inflamatórios não hormonais. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS 
 Grupo de fármacos quimicamente heterogêneos que se diferenciam por sua 
atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória. 
 Se dividem basicamente em: derivados do ácido salicílico, do grupo acético, 
do paraminofenol, do ácido propiônico, do ácido enólico, do fenamatos e do 
inibidor seletivo da COX-2. 
 Atuam, principalmente, inibindo as enzimas que catalisam a produção de 
prostanoides, notadamente das prostaglandinas. 
 Esses fármacos vão se diferenciar principalmente pela sua atividade 
antipirética no combate à febre, pela sua atividade analgésica no combate a 
dor e sua atividade anti-inflamatória, no combate aos efeitos indesejáveis da 
inflamação. 
 
INFLAMAÇÃO 
 É a resposta a um estímulo prejudicial, caracterizada por: vasodilatação local, 
infiltração de leucócitos e células fagocíticas e regeneração tecidual. 
 É uma resposta natural do organismo à qualquer estímulo nocivo, seja ele um 
trauma, uma queimadura, uma infecção, que vai ser caracterizada por 
alterações teciduais e celulares, que têm como intuito, provocar a 
regeneração daquele tecido lesado. 
Resposta inflamatória 
LESÃO CELULAR — LIBERAÇÃO DE MEDIADORES — ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS 
E VASCULARES 
— Resumindo então, essa resposta ao estímulo nocivo, que provoca lesão tecidual 
ou celular, vai desencadear a liberação de mediadores, e esses mediadores vão 
provocar diversas alterações morfológicas e vasculares, para facilitar a chegada de 
células de defesa, que vão ajudar no combate ao estímulo nocivo, e vão atuar no 
reparo daquele dano causado. 
Essa figura esquemática demostra bem o local de atuação dos anti-inflamatórios não 
esteroidais. 
 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
Durante o processo inflamatório, nós vamos ter na cascata do ácido aracdônico a 
enzima fosfolipase A agindo sobre os fosfolipídeos de membrana celular, 
convertendo esses fosfolipídeos em ácido aracdônico que, por sua vez, vai ser 
precursor de duas vias – a via da lipoxigenase (vai produzir principalmente 
leucotrieno como mediador inflamatório – o leucotrieno é um mediador 
inflamatório que está mais envolvido nos processos das doenças alérgicas) e a via 
da ciclooxigenase ( vai produzir também alguns mediadores inflamatórios, e no 
nosso caso, o que interessa pra gente notadamente, as prostaglandinas). 
A seta vermelha ela indica o local de atuação dos anti-inflamatórios não esteroidais. 
Eles vão atuar inibindo a ciclooxigenase, que por sua vez, vai diminuir a produção 
de prostaglandinas. 
 
VIAS DE FORMACAO DOS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS 
Via da Ciclooxigenase 
 Produz eicosanoides (prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas) 
 COX-1 enzima construtiva 
 COX-2 ativa nos processos inflamatórios. 
— Produz eicosanoides através das duas isoformas da ciclooxigenase, que é a COX-
1 (que participa mais dos processos constituitivos, como proteção gástrica, 
agregação plaquetária, homeostase vascular) e a COX-2 (apesar de também 
participar pouco dos processos constituitivos, ela vai ser bastante ativa nos 
processos inflamatórios). 
Via da Lipoxigenase 
 Produz leucotrienos 
 Mais importantes em doenças alérgicas 
 Montelucaste, zileutona, zafirlucaste 
— Produz leucotrienos, que vão estar mais relacionados aos processos das doenças 
alérgicas. Ali nós temos exemplos de medicações que irão atuar inibindo a ação dos 
leucotrienos. O montelucaste é um antagonista dos leucotrienos, então ele atua 
inibindo a resposta alérgica/inflamatória causada pelos leucotrienos, no paciente 
asmático, por exemplo. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO 
Tradicionalmente, a maioria das classes dos anti-inflamatórios inibem tanto a 
enzima COX-1 quanto a enzima COX-2. 
COX-1 
 Constitucional 
 Secreção do muco gástrico, filtração glomerular, vasodilatação e 
antiagregação plaquetária. 
— São liberadas em pequenas quantidades, atuando em vários tecidos de maneira 
constitutiva. 
COX-2 
 Processos inflamatórios 
 Estimulada como componente da resposta imune 
— É a enzima que vai estar mais presente durante a resposta aos processos 
inflamatórios. Também possui um papel constitucional, em menor quantidade, com 
menor presença em tecidos como ossos, rins, o cérebro. Porém, é a enzima clássica 
da resposta inflamatória. Ela é estimulada como um componente da resposta imune. 
 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
— Em um cenário ideal, seria interessante apenas inibirmos a COX-2, já que a 
inibição da COX-1 leva a maioria dos efeitos adversos colaterais que nós conhecemos 
dos anti-inflamatórios. Nós temos até uma classe específica, que são os inibidores 
seletivos da COX-2, porém, até mesmo essa classe no uso prolongado, causa alguns 
efeitos adversos bastante indesejáveis. 
 
PROSTAGLANDINAS 
 São eicosanóides (grupo de mediadores fisiológicos derivados do ácido 
aracdônico liberado pelas células) 
 Participam ativamente de processos constituitivos e da resposta inflamatória 
 Os AINEs irão atuar suprimindo a resposta inflamatória, através da inibição 
das enzimas que produzem as protaglandinas. 
 Essas enzimas onde os AINEs atuam são a ciclooxigenase 1 e 2 (COX-1 e COX-
2) 
 Outros mediadores: leucotrienos, tromboxanos, lipoxinas, resolvinas, 
histamina, óxido nítrico, bradicininas, citocinas. 
— Quando os anti-inflamatórios atuam inibindo essa ciclooxigenase, eles vão 
provocar a diminuição das prostaglandinas. E o que seriam as prostaglandinas? 
São substâncias que vão sofrer a ação do efeito anti-inflamatório justamente pela 
inibição da enzima que atua na produção delas. Nós temos também outros 
mediadores inflamatórios, mas nós iremos focar na prostaglandina. 
 
INFLAMAÇÃO 
— Lembrando dos sinais clássicos do processo inflamatório, que é o calor (aumento 
da temperatura local), o rubor (hiperemia, vermelhidão, mudança de coloração 
principalmente causada pela vasodilatação), o tumor (edema, inchaço, 
extravasamento de líquido inflamatório), a dor (é causada tanto pelo estímulo 
nocivo atuando como fator lesivo nas terminações nervosas, como pela liberação de 
substâncias nociceptivas) e a perda de função (pode ser temporária ou pode ser 
definitiva, dependendo do grau de lesão que aquele tecido sofreu). 
— Quando nós fazemos o uso do anti-inflamatório, objetivando inibir a 
ciclooxigenase e assim a produção dos mediadores inflamatórios, principalmente as 
prostaglandinas, nós estamos querendo diminuir principalmente esses sinais 
clínicos no paciente. 
 
USO TERAPÊUTICO 
— Assim, as indicações terapêuticas para o uso dos anti-inflamatórios não 
esteroidais seriam sua ação analgésica, como anti-pirético e, obviamente, em ações 
anti-inflamatórias. 
Ação analgésica 
 Eficazes contra dores leves à moderadas 
 Pouco eficazes nas dores neuropáticas, por questões de diferenças na 
fisiopatologia desse tipo de dor 
 Coadjuvantes no tratamento de dores fortes – geralmente vão ser associados 
a outras classes de analgésicos, como os opióides. 
Ação anti-pirética 
 Recolocam o “termostato”de volta ao normal 
— Irão atuar inibindo algumas prostaglandinas que atuam a nível de SNC ou 
aumentando o termostato do controle da nossa temperatura, ou seja, aumentando a 
temperatura corporal. 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
— O uso desses anti-inflamatórios vai inibir essas prostaglandinas, e a tendência é 
recolocar a temperatura corporal de volta ao normal. 
— É uma ação importante porque só vai ter realmente um efeito anti-pirético em 
um paciente que está com febre. Em pacientes com a temperatura normal, esse 
reajuste não existe, o anti-inflamatório não provoca o reajuste da temperatura em 
paciente que já está com a temperatura normal. 
Ação anti-inflamatória 
 Diminuem a formação de prostaglandinas 
— Vão inibir a formação das prostaglandinas e todos os efeitos indesejáveis 
causadospor essas prostaglandinas vão ser atenuados. 
 
OUTROS USOS 
Uso cardiovascular 
 Inibição da agregação plaquetária 
— Uso na prevenção de eventos isquêmicos cardiovasculares. Aqui nós falamos 
notadamente do ácido acetilsalicílico, conhecido como AAS, que vai atuar inibindo 
principalmente a agregação plaquetária e, portanto, inibindo os eventos isquêmicos 
indesejáveis naqueles pacientes com fatores de risco cardiovasculares. 
Uso externo 
 Tratamento de acne, calosidades e verrugas 
 Uso local em inflamação 
— Outro tipo de uso seria o uso tópico/local. Algumas formulações de ácido 
acetilsalicílico também são usadas para o tratamento da acne, de calosidades e de 
verrugas. Existem também algumas formulações em forma de gel ou de spray que 
são usadas para o tratamento de processos inflamatórios localizados, como traumas. 
Você aplica no local que sofreu um trauma/pancada, a fim de tentar diminuir aquele 
efeito indesejável do processo inflamatório. 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Boa absorção por via oral, com rápida ação 
 A maioria atinge boa concentração no SNC 
 Biotransformação hepática 
 Excreção renal 
 Não são removidos facilmente por hemodiálise 
— Alguns pontos da farmacocinética dos anti-inflamatórios no geral merecem ser 
ressaltados. Geralmente, a grande maioria desses anti-inflamatórios estão presentes 
no mercado em formulações para uso oral. Então, eles são medicações pra tratar 
processos inflamatórios, dolorosos. São, então, medicações que possuem uma 
rápida ação. Eles têm uma boa absorção por via oral e, geralmente, têm um pico de 
ação rápido. 
— Eles sofrem, na sua grande maioria, metabolismo hepático e eliminação por via 
renal. 
— Muito cuidado na prescrição para o paciente renal crônico, principalmente aquele 
paciente que está em hemodiálise. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
— Apesar de serem drogas relativamente seguras e de uso corriqueiro na prática 
clínica, os anti-inflamatórios podem causar efeitos adversos bastante indesejáveis. 
Gastrointestinais 
 Desde dispepsia leve até eventos hemorrágicos mais graves 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
Cardiovasculares 
 Risco de eventos trombóticos no uso crônico 
— Os inibidores seletivos da COX-2, ao inibirem somente a COX-2, eles deixam livre 
a COX-1, que vai produzir o tromboxano A2, que é uma substância inflamatória pró 
agregante plaquetário, então isso aumenta o risco de eventos trombóticos, 
principalmente no paciente de mais risco cardiovascular. 
Renais 
 Retenção de sódio e líquido 
 Podem diminuir efeitos anti-hipertensivos 
Plaquetários 
 Aumento do risco de sangramento 
— Por inibirem, em sua grande maioria, a COX-1, isso vai acabar inibindo a 
agregação das plaquetas e, portanto, aumentando o risco de eventos hemorrágicos. 
Hipersensibilidade 
 Desde rinite vasomotora até edema de glote. 
Toxicidade 
 Náuseas, vômitos, hiperventilação, confusão mental e tontura, insuficiência 
respiratória, coma. 
— Temos como exemplo clássico os salicilatos, que podem provocar graus de 
intoxicação leves. 
Gestação 
 Devem ser evitados no terceiro trimestre (fechamento prematuro do ducto 
arterial) 
Síndrome de Reye 
 Febre em síndrome viral (crianças e adolescentes). 
— Talvez um dos quadros mais desesperadores. A síndrome de Reye é um quadro 
de encefalopatia associado à lesão hepática, que é mais comum em crianças e 
adolescentes, que nós temos quando prescrevemos em uma criança com síndrome 
viral associada à febre alguns anti-inflamatórios. Então, pode ser um quadro grave. 
Felizmente é raro, mas vale citar. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
— Nós devemos atentar, também, às interações medicamentosas dos anti-
inflamatórios. Toda vez que nós fomos prescrever, devemos perguntar as 
medicações que ele faz uso. 
 80 a 90% dos salicilatos são ligados às proteínas plasmáticas e podem 
deslocar outros fármacos. 
— Se nós tivermos uma droga que esteja ligada à essa proteína plasmática, os 
salicilatos podem deslocar essa droga daquele sítio de ligação, e a droga vai ficar 
livre no sangue. Lembrando das aulas de farmacocinética e farmacodinâmica, 
lembramos que a droga potencialmente ativa é a droga livre, a droga que está ligada 
à proteína plasmática é a droga inativa. Então, ele pode potencializar o efeito de 
algumas drogas. 
 Varfarina e fenitoína, por exemplo, aumentam sua concentração plasmática 
ao serem deslocados. 
— A varfarina é um anticoagulante. Quando o anti-inflamatório desloca a varfarina, 
você aumenta a porção livre dela no sangue, portanto a chance dela apresentar 
efeitos adversos. No caso da varfarina, a gente tem um aumento do risco de 
sangramento. 
 AINEs podem atenuar a eficácia dos IECAs. 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
 AINEs com corticóides aumentam as chances de efeitos adversos no TGI. 
 
SALICILATOS 
 Ácido acetil salicílico (AAS), olsalazina, sulfassalazina, ácido salicílico. 
 AAS causa inibição irreversível da ciclooxigenase 
— O AAS vai atuar causando a inibição irreversível da ciclooxigenase, ao contrário 
dos outros anti-inflamatórios, que geralmente causam uma inibição reversível. 
 Analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório — depende da dose. 
— Possui uma ação anti-plaquetária em doses menores, então é indicado no caso de 
prevenção dos eventos isquêmicos cardiovasculares. 
 Boa absorção no TGI, com pico plasmático em 1hr. 
 Atravessa a barreira hematoencefálica, barreira placentária, sinóvias 
(motivo pelo qual já foi muito utilizado como anti-inflamatório nas dores 
articulares). 
 Metabolismo no TGI e hepático 
 Excreção urinária 
— O tipo de ação vai depender da quantidade da dose administrada: 
 Doses anti-agregastes plaquetárias (81 – 325 mg/dia) 
 Inibe a formação de TXA2 mediada pela COX-1, reduzindo a agregação 
das plaquetas, consequentemente inibindo eventos trombóticos 
cardiovasculares. 
 Doses analgésicas (325 mg – 2g / dia) — 500 mg de 6/6 hrs 
 Doses anti-inflamatórias (2 – 4 g/dia) — até 1g de 6/6 hrs 
 Uso tópico: tratamento de verrugas 
 
DERIVADOS PARAMINOFENOL 
 Paracetamol (acetaminofeno) 
 Efeitos analgésicos e anti-piréticos (anti-inflamatório fraco) 
 Formulação oral tem excelente biodisponibilidade, alcançando rapidamente 
o seu início de ação quando administrado. 
 Pico plasmático em 1 hora. Eliminação renal 
 Baixa incidência de efeitos colaterais, apesar de possuir um metabólito 
intermediário potencialmente tóxico. 
 Tylenol — 500 e 750 mg 
 Conta-indicações: insuficiência hepática, insuficiência renal e 
hipersensibilidade. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO 
 Ibuprofeno, cetoprofeno, naproxeno, fenoprofeno. 
 Inibidores não seletivos da COX 
 Absorvidos rapidamente via oral com metabolismo hepático 
 Uso terapêutico: processos inflamatórios em geral (artrite) 
 Ibuprofeno (Advil, Alivium, Buscofem) e cetoprofeno (Profenid) 
 Efeitos adversos: cefaléia, visão embaçada, tontura, trombocitopenia, 
agranulocitose, hipersensibilidade. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO 
 Diclofenaco (Voltaren, Cataflam, Tandrilax) 
 Bem absorvidos com metabolismo hepático 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
 Eliminados pelo rim (65%) e bile (35%) 
 Formulações orais, tópicas, parenterais e retal (supositório) 
 Efeito adversos: mais frequentes no TGI (20%) 
 
DERIVADOS DA PIRAZOLONA 
 Dipirona (Novalgina, Anador, Benegripe, Dorflex) 
 Potente ação analgésica e anti-pirética 
 Inibição não seletiva da COX, dessensibilizam nociceptores 
 Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, dor epigástrica, sangramentos 
gastrointestinais, mielotoxicidade. 
 Formulações orais, parenterais e retal (supositório). 
 
DERIVADOS DO INDOL 
 Indometacina (Indocid) 
 Inibidores potentes da COX 
 Uso clínico: artrite reumatoide, osteoartrite, artrite gotosa, espondilite 
 Boa absorção e biodisponibilidade 
 Efeitos colaterais: alta incidência (25 a 50%). Efeitos no TGI, cefaleia intensa, 
tontura e confusão mental. Hepatitee pancreatite. 
 Formulação oral, retal e parenteral. 
 
DERIVADOS ENÓLICOS (OXICANS) 
 Tenoxican (Tilatil, Piroxican (Feldene) e Meloxicam (Melocox) 
 Efeitos prolongados. Dose única diária 
 Meloxican possui alguma seletividade para COX-2, o que diminuiria um 
pouco a chance de efeitos adversos. 
 Metabolismo hepático e excreção nas fezes e urina 
 Efeitos adversos: até 20% apresentam. Trato gastrointestinal, reações 
cutâneas, cefaleia, prurido, hipersensibilidade. 
 
FENAMATOS 
 Ácido mefenâmico (Ponstan) 
 Inibidores da COX e inibidores das protaglandinas 
 Indicação clínica clássica: dismenorreia (cólica menstrual) 
 Efeitos adversos: cutâneos e gastrointestinais (mais comuns) 
 
DERIVADOS DA FENOXIMETANOSSULFANILIDA 
 Fraco efeito anti-inflamatório (inibidores fracos das PG) 
 Potentes analgésicos (efeito central aumentando a noradrenalina) 
 Efeitos colaterais: TGI e pele 
 Nimesulida (Arflex retard, Scaflan, Nisulid) 
 
INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 
 Celecoxibe (celebra), Etoricoxibe (Arcoxia) 
 Inibem seletivamente a COX-2 
 Reduzem os efeitos colaterais pela inibição da COX-1 
 Aumentam o risco cardiovascular a longo prazo 
Farmacologia Camila Abreu – MED 100 
— Há um predomínio da ação da COX-1, portanto há um aumento na produção de 
tromboxanos, que são substâncias endógenas pró-agregante plaquetárias e, 
portanto, aumentam a chance de efeitos trombóticos. 
— Por isso, os inibidores seletivos da COX-2, quando utilizados a longo prazo, 
acabam aumentando o risco de doença isquêmica cardiovascular. 
 Metabolismo hepático e eliminação renal 
 Efeito prolongado diminui a densidade óssea 
— Dificultando muitas vezes a consolidação de fraturas, por exemplo. Esse efeito é 
mais comum em homens e de idades mais avançadas.

Outros materiais