Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cirurgia Ambulatorial Cisto Sebáceo ou Epidermóide Ocorre quando o conduto de uma glandula sebacea é ocluido e gera acumulo de secreção com consequente formação de cisto de retenção. É mais frequente no adulto nas regioes de couro cabeludo, orelha, pescoço e face. A apresentação habitual é de lesão subcutanea abaulada, pouco consistente, arredondada, de crescimento lento e tamanho variável. Frequentemente apresenta pequeno orificio atraves do qual pode haver eliminação de material resultante de desintegração das celulas sebáceas. · As lesoes podem permanecer estaveis ou aumentar progressivamente. A infecção secundaria pode ocorrer, inclusive com celulite adjacente, formação de abscesso e ruptura espontânea. · A indicação do tratamento baseia-se em aspectos estéticos, desconforto ou presença de infecção e a conduta varia dependendo se há presença de infecção ou não: · Cisto infectado (abscedido): Caso a lesão não esteja “madura”, isto é, apresente-se ainda endurecida, idealmente deve-se indicar calor local e combinar revisão em 24 a 48 horas. No caso de lesões “maduras”, isto é, com sinais flogísticos e consistência amolecida, a opção é a drenagem no ponto de maior flutuação, sem exérese do cisto, pois o processo inflamatório torna difícil a remoção completa da lesão e aumenta a chance de recidiva. Além disso, a tentativa de retirada de toda a cápsula pode romper as barreiras defensivas da pele havendo propagação da infecção. Anestésicos locais têm seu efeito diminuído, porém podem ser utilizados em doses habituais. A pele sobre a lesão deve ser incisada, o material purulento drenado e a ferida mantida aberta. Em casos selecionados, o material pode ser enviado para análise microbiológica. A presença de celulite adjacente à lesão pode indicar necessidade de antibioticoterapia, que não é utilizada rotineiramente. O agente mais freqüente é o Staphylococcus aureus. · Deve-se esperar de quatro a seis semanas para o tratamento definitivo do cisto (excisão). · Cisto não infectado: Está indicada a exérese. A técnica inclui anestesia local com bloqueio de campo ou infiltração entre a cápsula do cisto e os tecidos circunjacentes. Após, procede-se incisão linear da pele sobre a lesão e disseca-se cuidadosamente o cisto separando-o dos tecidos adjacentes com o auxílio de afastadores ou ganchos, atentando para não romper a cápsula. A remoção completa do cisto íntegro (ou de qualquer vestígio de cápsula, no caso de lesões rotas) é necessária para evitar recidiva. Se houver extravasamento de material sebáceo, o tecido subcutâneo deve ser exaustivamente lavado. Tecidos devem ser aproximados, evitando espaço morto.
Compartilhar