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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO OBSERVAÇÃO E ANÁSILE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A CULTURA, SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE VANESSA DE MELO ALVES MATRÍCULA: 202105114323 PROFESSOR: ISOLDA CECILIA BRAVIN SÃO PAULO - SP 2021 INTRODUÇÃO Neste trabalho apresentarei uma reflexão sobre a desigualdade socioeconômica, desigualdade educacional, e as diferenças sociais. E de que modo ocorre a relação ambiente, cultura e sociedade na vida do cidadão que habita no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, Capital. MEIO AMBIENTE E O CRESCIMENTO SOCIAL O nome Jabaquara vem do tupi guarani YAB-A-QUAR-A, que significa rocha ou buraco. A região era tomada por mata deserta e serviu nos tempos da escravidão como abrigo para escravos fugitivos que tentavam chegar até Santos para atravessar o oceano e voltar para África. O Jabaquara se popularizou no final do século 19, quando foi criado o parque do Jabaquara pela prefeitura, o bairro foi planejado para ter vastas propriedades, os lotes eram superiores a 1500 metros quadrados, este trabalho foi todo delimitado por engenheiros visando a preservação do meio ambiente. Com a chegada dos bondes em 1930 e a inauguração do aeroporto de Congonhas em 1940, deram um grande impulso no crescimento local, porem o crescimento decisivo foi a construção da paróquia São Judas Tadeu em 1940 que trouxe novos moradores ao bairro que antes habitado por maioria de descendência alemã. Em 28 de Fevereiro de 1964 o verde e belo bairro do Jabaquara tornou-se distrito pela lei estadual n º 8092, que o levou a 42ª subdistrito com efeito retroativo de 1º de janeiro de 1964. No ano de 1974 é construída a estação Jabaquara do Metrô, afetando de forma determinante o urbanismo e as desigualdades sociais da região. AS DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS O distrito do Jabaquara abriga todas as classes sociais, com predominância das classes média e alta. Há diversos registros de que, até os anos 50, uma das principais atividades econômicas do local consistia no cultivo de flores selvagens, e a abaparia capensis (tulipa do inverno) se mostrava a principal fonte de renda dos habitantes naquela época. Nos tempos atuais a economia local do distrito é totalmente voltada para a classe média e alta contando com grande crescimento nos empreendimentos imobiliários por conta da sua localização privilegiada, está próximo de duas estações de metrô, a poucos minutos do aeroporto de Congonhas e vizinho de bairros consagrados de São Paulo como Saúde e Campo Belo. Toda via o distrito que conta com 214.199 habitantes tem 18,33% da sua população morando em favelas, localizadas em sua maioria na região sul do distrito, na divisa com o distrito de Cidade Ademar e o Município de Diadema. De princípio onde se localiza as favelas era usado como localidade dormitório, para operários que migravam de diversas partes do Brasil, decorrente da explosão industrial da década de 1960. Podemos identificar que a desigualdade socioeconômica do bairro vem desde sua formação até os dias de hoje, onde os habitantes das favelas ainda passam por problemas graves relacionados a criminalidade, urbanização precária e falta de infraestrutura adequada. Com a pandemia da COVID 19 todos esses problemas se agravaram, no ano de 2020 foi registrado 1.615 roubos, quase 500 a mais na comparação com 2019 no distrito de Cidade Ademar, que o torna uns dos 7 distritos que mais registam roubos na zona sul. E mesmo com estas estatísticas de aumento na criminalidade em meio a pandemia se foi suspensa as atividades de dois distritos policiais na região, o 43º distrito policial da Cidade Ademar e 80º D.P da Vila Joaniza. É com grande esforço que jovens dessas comunidades vem se desdobrando para conscientizar os poderes públicos das desigualdades sociais que envolvem as periferias, assim produzindo por conta própria documentários onde se reúne histórias de jovens das periferias de São Paulo e sua angustias em relação a pandemia. O retorno da fome, o aumento das mortes e enfermidades, o desemprego, a falta de condições adequadas para o estudo e as incertezas sobre seus futuros são algumas das preocupações dos jovens hoje em dia. AS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS E CULTURA No início do século 20 foi criado o Sistema Escolar Fundamental Brasileiro, somente para os filhos das classes altas e medias, os filhos dos trabalhadores tinham acesso somente as escolas dominicais(igrejas) e as que existiam nos interiores das fabricas. Lembrando que desigualdade educacional no Brasil sempre foi gritante, principalmente o acesso a escola e no bairro do Jabaquara não se foi e nem se é diferente. Em 1943chega os primeiros moradores no atual bairro Cidade Vargas, com o avanço da urbanização viria também um paroquia além da de São Judas Tadeu. Na década de 1940, eram promovidas quermesses na Cidade Vargas para a criação de uma paroquia mais próxima do bairro. Em 1950 foi instalado a paroquia Nossa Senhora das Graças, na antiga estada da conceição hoje conhecida como Avenida Engenheiro de Armando de Arruda Pereira e somente em 1958 foi registrada oficialmente a primeira escola do bairro que leva o mesmo nome da paroquia Nossa Senhora das Graças. Na época só se existia uma única escola pública que funciona até nos dias de hoje que se localiza da região do Brás. Os filhos dos trabalhadores do bairro tinham que caminhar 18km da área periférica do bairro para ter acesso ao ensino público, enquanto os filhos da população de classe média e alta tinham acesso ao estudo no próprio bairro, que na época era habitado por grande maioria de Jornalistas e Comerciários. No bairro, duas famílias tiveram grande destaque no desenvolvimento da região: os Rocha Miranda e os Cantarella. Essas famílias eram donas do famoso Sítio da Ressaca. O endereço data de 1719. Foi construído em taipa de pilão e é a construção mais antiga do Jabaquara. A casa possui algumas peculiaridades em relação às outras residências de bandeirantes da época, ela sobreviveu ao processo de urbanização do Jabaquara intensificado com a chegada do metrô e hoje faz parte do Centro Cultural Jabaquara. Nos dias atuais 58,25% dos alunos da região estão matriculados no ensino básico em escolas públicas e 41,7% em pré-escolas públicas, a região conta com 22 escolas públicas e 21 particulares. No Bairro também existe a Biblioteca Paulo Duarte que faz parte integrante do Centro Cultural Jabaquara, o local virou referência em cultura afro-brasileira e foi integrado à Biblioteca Doutor Joaquim José de Carvalho. O espaço ainda recebe shows, cursos e oficinas criativas. Existe também o Terminal Rodoviário com linhas de ônibus para o litoral sul de São Paulo inaugurado em maio de 1977, com o Zoológico de São Paulo, o museu da Lâmpada, inaugurado 2012, e próximo a estação Conceição do metro, que ainda faz parte do distrito do Jabaquara existe o Parque Lina e Paulo Raia, que foi inaugurado por volta de 1980. CONCLUSÂO Como podemos ver no que foi apresentado, o bairro do Jabaquara é um dos poucos bairros de São Paulo que ainda se existe uma vasta área verde em meio a urbanização que tomou conta do bairro e da cidade. Hoje em dia tendo fácil acesso ao litoral sul de São Paulo por conta do seu Terminal Rodoviário e ao Centro de São Paulo, pelo Metro, e contando com diversas escolas publicas e particulares, bibliotecas, centros culturais, teatros e parques, podemos afirmar que embora não aparente o bairro ainda sofre com a Desigualdade Social e com a criminalidade onde em meio a Pandemia os roubos aumentaram e distritos policiais são fechados. Umas das formas de fazer com que este belo bairro do Jabaquara acabe com a DesigualdadeSocial e com a Criminalidade é o investimento em Educação e Segurança, assim podendo se transformar em um dos melhores bairros para se morara em São Paulo. Fontes de pesquisas https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliot ecas_m_z/pauloduarte/index.php?p=196 https://www.nossasaopaulo.org.br/wp- content/uploads/2019/11/Mapa_Desigualdade_2019_tabelas.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/pauloduarte/index.php?p=196 https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/pauloduarte/index.php?p=196 https://www.nossasaopaulo.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Mapa_Desigualdade_2019_tabelas.pdf https://www.nossasaopaulo.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Mapa_Desigualdade_2019_tabelas.pdf https://issuu.com/ejuma/docs/jornal_jabaquara_84b4f0ce45585e https://pt.wikipedia.org/wiki/Jabaquara_(distrito_de_S%C3%A3o_Paulo) https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/01/26/dez-delegacias-com-mais-registros-de- roubos-durante-a-pandemia-ficam-nas-zonas-sul-e-leste-de-sp.ghtml http://www.educacao.sp.gov.br/central-de- atendimento/Relat_Escola.asp?Navegacao=Anterior&NM_DIST=JABAQUARA&NM_MUN= SAO%20PAULO https://saopauloantiga.com.br/dossie-escolas-de-sp-1945/ https://vejasp.abril.com.br/cidades/motivos-amar-jabaquara-bairro/ https://www.coladaweb.com/sociologia/desigualdades-sociais-e-as-classes https://issuu.com/ejuma/docs/jornal_jabaquara_84b4f0ce45585e https://pt.wikipedia.org/wiki/Jabaquara_(distrito_de_S%C3%A3o_Paulo https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/01/26/dez-delegacias-com-mais-registros-de-roubos-durante-a-pandemia-ficam-nas-zonas-sul-e-leste-de-sp.ghtml https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/01/26/dez-delegacias-com-mais-registros-de-roubos-durante-a-pandemia-ficam-nas-zonas-sul-e-leste-de-sp.ghtml http://www.educacao.sp.gov.br/central-de-atendimento/Relat_Escola.asp?Navegacao=Anterior&NM_DIST=JABAQUARA&NM_MUN=SAO%20PAULO http://www.educacao.sp.gov.br/central-de-atendimento/Relat_Escola.asp?Navegacao=Anterior&NM_DIST=JABAQUARA&NM_MUN=SAO%20PAULO http://www.educacao.sp.gov.br/central-de-atendimento/Relat_Escola.asp?Navegacao=Anterior&NM_DIST=JABAQUARA&NM_MUN=SAO%20PAULO https://saopauloantiga.com.br/dossie-escolas-de-sp-1945/ https://vejasp.abril.com.br/cidades/motivos-amar-jabaquara-bairro/ https://www.coladaweb.com/sociologia/desigualdades-sociais-e-as-classes
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