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PEÇA 06 - APELAÇÃO- PRATICA III

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CRIMINAL DA COMARCA XXX
PROCESSO Nº XXX
BRAD NORONHA, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade nº xxx, série nº xxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxx, residente e domiciliado bairro xxx, rua xxx, nº xxx, cidade xxx, estado xxx, vem respeitosamente e por intermédio de seu advogado inscrito na oab nº xxx, com procuração em anexo (doc xxx) com fundamentos no texto legal do artigo 593º inciso I do código de processo penal interpor RECURSO DE APELAÇÃO, por não se conformar com sentença condenatória proferida.
Requer que seja recebida e processada a presente apelação, caso a vossa excelência entenda sobre a alteração que seja feita o juízo de retratação na amplitude do texto legal do artigo 589 do código de processo penal, se vossa excelência entender que deva ser mantida a decisão, que seja os autos encaminhados ao egrégio tribunal de justiça do estado xxx, onde deverá ser processado o presente recurso e ao final provido.
Nestes termos
Pede deferimento 
Data: 27.03.2017
ADVOGADO/OAB
RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: Brad Noronha
Apelado: Ministério Público
Processo. nº xxx
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXX
COLENDA CÂMARA.
Em que pese o indiscutível notório saber jurídico de vossa excelência, juiz “a quo” impõe-se a reforma de respeitosa sentença que condenou a apelante, pelas seguintes razões de fato e fundamento a seguir exposto.
DOS FATOS.
BRAD NORANHA foi denunciado e processado pela pratica de roubo majorado com emprego de arma de fogo, crime tipificado no texto legal do artigo 157º § 2º-A do código penal, apenado a regime fechado. 
Conforme os autos do inquérito policial o apelante teria sido reconhecido pela vítima através de um pequeno orifício da porta de uma sala onde este encontrava-se, vale ressaltar que durante a instrução criminal nem a vítima, nem as testemunhas afirmaram ter escutado quaisquer disparos de arma de fogo.
Os policiais afirmaram que ao ouvirem gritos de “pega ladrão” perseguiram o acusado, informa que durante a perseguição o réu teria jogado algo no córrego próximo, imaginando-se ser uma arma de fogo, mas no ato de prisão em flagrante não encontraram nenhum tipo de arma em posse do réu, nem tão pouco foi realizada a perícia. 
DO DIREITO.
O procedimento utilizado para o reconhecimento do réu fere os ditames legais da lei no seu artigo 226º código de processo penal e também artigo 564º inciso IV do mesmo código, diante do que foi exposto requer nulidade do processo e absolvição sumaria do réu.
As provas colhidas durante a fase de inquérito são ilegítimas e ilegais para a fundamentação da condenação do apelante, devendo estas serem desentranhadas do processo, conforme o texto legal do artigo 157º do código de processo penal.
Na instrução criminal, a vítima e as testemunhas afirmam que não escutaram nenhum disparo de arma de fogo, nem os policiais que efetuaram a prisão em flagrante do réu não apreenderam qualquer tipo de arma em posse do acusado, em face de desse fato que seja reconhecido princípio do in dubio pro reo na decisão do magistrado.
Cumpre ressaltar que a declaração da vítima deve ser recebida com reserva por parte da autoridade judiciária, além disso verifica-se que o interesse da vítima em proceder ao processamento e punição do apelante que lhe causou algum mal pode tornar suas declarações tendentes a incriminação do réu.
Interessado o ofendido no pleito, porfiando por que sua acusação prevaleça, cônscio da responsabilidade que assumiu, podendo até acarretar-lhe processo criminal responder por denunciação caluniosa artigo 339º do código penal, e, por outro lado, impelido pela indignação ou o ódio e animado do intuito de vingança ao réu, suas declarações não merecem, em regra, a credibilidade do testemunho. Isso, entretanto, não impede seja ele fonte de prova, devendo seu relato ser apreciado em confronto com os outros elementos probatórios, podendo, então, conforme a natureza do crime, muito contribuir para a convicção do Juiz em prol da inocência do apelado. (Noronha, Edgard Magalhães. Curso de direito processual penal. 5ª ed, 1972, pg.110).
Não havendo elementos que têm certeza e segurança para a prolação da sentença condenatória, requer a absolvição do réu em face do princípio da presunção da inocência com fundamentos no artigo 5º inciso LVII da constituição federal.
A condenação do apelante no crime de roubo majorado é infundada, pois não restou comprovado nos autos que o réu tinha empregado violência ou grave ameaça contra a vítima nem tão pouco emprego de arma de fogo, desta forma a sentença imposta não se enquadra nos preceitos do artigo 157º §2º-A do código penal.
A ameaça deve ser verossímil, vale dizer, é o mal proposto pelo agente para fins de subtração dos bens da vítima, deve ser crível e razoável, capaz de influir temor, (Rogerio Grego 8º ed 2011 pg 54).
A grave ameaça é o prenúncio de um acontecimento desagradável com força intimidadora com emprego de violência, causando constrangimento físico a pessoa humana. (Guilherme Nucci 10º ed 2010 pg 753).
Diante dos argumentos expostos, caso tivesse sido o apelante autor de algum delito este não poria ser roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, pois não houve a materialidade do emprego desta nos autos do inquérito policial, se esta tivesse sido apreendido deveria ter sido periciada, embora exista tal afirmação nos autos, não houve qualquer forma de busca a essa suposta arma de fogo, portanto não deveria o réu ser acusado pelo crime de roubo com emprego de arma, pois não há prova de materialidade, se mesmo assim a autoridade judicial sustentar a ideia da condenação que seja desclassificado o crime de roubo majorado artigo 157º §2ª-A do código penal para o crime de furto artigo 155º do código penal.
APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMONIO.FURTO SIMPLES TENTADO. FURTO POR MEIO DE ARREBATAMENTO. ROUBO IMPRÓPRIO NÃO EVIDENCIADO. DESCLASSIFICAÇÃO OPERADA DOSIMETRIA DA PENA ALTERADA.
Não configura roubo impróprio, mas furto simples tentado, com subtração por arrebatamento, se a prova colhida nos autos revela que o réu surrupiou o celular das mãos da vítima e após ter sido perseguido, detido e revistado por populares, não estava na posse do res furtiva, tendo dado encontrão em um dos indivíduos que o detinha, causando-lhe lesões corporais. Houve perseguição implacável ao acusado e este foi cercado, não tendo as testemunhas conseguido demostrar que o acusado estava com o celular quando revistado pelos policiais. A dúvida na autoria processual autoriza a incidência do princípio do in dubio pro reo, dosimetria da pena, pena carcerária reduzido. Substituição por pena restritiva de direito admitidas. Ausência de expressa menção à pena de multa na parte do dispositivo da sentença o que beneficia o réu pela impossibilidade de acorrer reformatio in pejus. Apelação deferida parcialmente provida unânime.
TJRS: ACR 301375-02.2013.8.21.7000: RIO GRANDE: SEXTA CÂMARA CRIMINAL.
RELATOR; DESEMBARCADOR. ICARO CARVALHO DE BEM OSÓRIO. JULGADO 30.01.2014.
DOS PEDIDOS.
Requer a nulidade processual pela ausência de provas legitimas conforme artigo 564º inciso IV do código de processo penal que traz no seu texto que a nulidade ocorrerá por omissão de formalidade que constitua elementos essencial do ato, e no artigo 386º do mesmo código, onde o juiz absolverá o réu quando não existir provas suficientes para condenação.
Requer a desclassificação do delito de roubo do artigo 157º §2º-A, do código penal, para o delito de furto previsto no artigo 155º do código penal, pois nos autos do inquérito penal não consta que o acusado se utilizou de violência ou grave ameaça contra a vítima no ato delituoso. 
Requer o desentranhamento do processo criminal as provas adquiridas de forma ilícita e ilegítimas, que ensejou a condenação do apelante, conforme o texto legal do artigo 157º do código de processo penal e artigo 5º inciso LVI da constituição federal que assevera que são inadmissíveis, no processoas provas obtidas por meios ilícitos.
Requer que seja desclassificado as provas adquiridas através do reconhecimento do acusado, pois esta possui vícios insanáveis para compor a peça processual, pois não foi seguido o rito legal do artigo 226º inciso II do código de processo penal.
Requer que vossa excelência reforme tal sentença, julgando procedente a apelação, determinando assim a absolvição do réu, conforme o texto legal do artigo 386º inciso VII do código de processo penal e artigo 5º inciso LVII que traz no seu texto legal que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
Requer que a sentença imposta pela autoridade judicial ao apelante no crime de roubo majorado previsto no artigo 157º §2º-A, seja tornada sem efeito, pois não se trata desse delito, mas do delito de furto, previsto no artigo 155º do código penal devido as circunstancias e as provas obtidas.
Nestes termos
Pede deferimento 
Data: 27.03.2017
ADVOGADO/OAB

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