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CASO 4 - PRATICA V - AÇÃO POPULAR

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AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA ALFA DO ESTADO BETA.
CARLOS, brasileiro xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade nº xxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, bairro xxx, cep xxx, cidade Alfa, estado Beta, vem respeitosamente a presença de vossa excelência por intermédio de seu advogado legalmente constituído inscrito na OAB nº xxx, com procuração em anexo (doc.xx), com escritório profissional na Rua xxx, nº xxx, bairro xxx, cidade xxx, estado xxx, vem ajuizar a presente AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR, Conforme o texto legal do artigo 5º inciso LXXIII da constituição brasileira e artigo 1º da lei 4.717/1965.
Em face do Prefeito do Município Alfa, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade nº xxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, CEP xxx, cidade Alfa, estado Beta, do Secretário de Meio Ambiente, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade nº xxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, CEP xxx, cidade alfa, estado beta e do Município Alfa localizado no estado Beta, pessoa jurídica de direito público interno.
DOS FATOS
O prefeito do município Alfa do estado Beta é acusado pela impressa de negligenciar a saúde pública, deixando de realizar os investimentos constitucionais obrigatórios nos estabelecimentos médicos hospitalares situados na região, com objetivo de tirar proveitos da situação para se autopromover. 
O prefeito obteve aprovação do secretário municipal do meio ambiente em procedimento administrativo para realizar a instalação de um grande painel de publicidade na encosta de um morro da cidade, sendo o mesmo vedado pela Legislação Federal por se tratar de uma área de proteção ambiental e notório ponto turístico.
A estação do painel publicitário faz uso de iluminação imprópria, ofensiva a biodiversidade, ameaçando a sobrevivência de espécie nativas da região, violando assim os preceitos legais do artigo 225 da Constituição Federal.
DO DIREITO
Resta comprovar que a referida instalação do painel de publicidade à custa do dinheiro público, poderá causar lesão ao patrimônio público, além de ferir os princípios constitucionais dentre estes o princípio da moralidade administrativa, princípio da impessoalidade e o princípio da legalidade expressos no artigo 37 da Constituição Federal.
Carlos é parte legitima para propor ação popular, pois este é maior de idade, brasileiro nato, tem pleno gozo dos seus direitos políticos conforme o texto legal do artigo 5º inciso LXXIII da Constituição Federal.
Ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão que deseje questionar juridicamente a validade de um ato administrativo que considere lesivo ao patrimônio público, a moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, conforme previsto no artigo 5º inciso LXXIII da Constituição Federal e artigo 1º da lei 4.717/65
São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades da administração pública direta e indireta conforme o texto legal do artigo 2º, alínea “c” da lei 4.717/65, e também os atos que comprove desvio de finalidade e atos atentatório ao princípio da impessoalidade, com fulcro no artigo 2º, alínea “e” da lei 4.717/65
O desvio de finalidade ou de poder é, assim, a violação ideológica da lei, ou, por outras palavras, a violação moral da lei, colimando o administrador público fins não queridos pelo legislador, ou utilizando motivos e meios imorais para a prática de um ato administrativo aparentemente legal. Tais desvios ocorrem, p. ex., quando a autoridade pública decreta uma desapropriação alegando utilidade pública mas visando, na realidade, a satisfazer interesse pessoal próprio ou favorecer algum particular com a subsequente transferência do bem expropriado; ou quando outorga uma permissão sem interesse coletivo; quando classifica um concorrente por favoritismo, sem atender aos fins objetivados pela licitação; ou, ainda, quando adquire tipo de veículo com características incompatíveis com a natureza do serviço a que se destinava. (MEIRELLES, 2014, pg. 119) 
O defeito de fim, denominado desvio de poder ou desvio de finalidade, verifica-se quando o agente pratica ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. (MEDAUAR, 2010, pg. 159)
Conforme estabelecido no artigo 5º, §4º da lei 4.717/65, é cabível suspensão de liminar na defesa do patrimônio público, observando-se que no caso em questão houve atentado contra a moralidade administrativa, princípio expresso no artigo 37º da constituição federal, o que demostra a inequívoca “fumus boni iuris” e “periculum in mora” visto que há risco de danos irreversíveis a biodiversidade e o meio ambiente como o todo, em decorrência da instalação de um painel de publicitário e a utilização de uma iluminação imprópria para o ambiente.
Do exposto, constata-se o desvio de finalidade por parte dos atos do Executivo Municipal. Essa finalidade pública, ou seja, o objetivo de interesse público a atingir orequisito básico, elemento vinculado, de todo ato da administração, sem o qual o ato deve ser anulado pelo Poder Judiciário.
De acordo com o Prof. Hely L. Meirelles:
"A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indica explicitamente. Não cabe ao administrador escolher outra, ou substituir a indicada na norma administrativa, ainda que ambas possuam fins públicos. Neste particular nada resta para escolha doadministrador que fica vinculado integralmente à vontade legislativa."
DO PEDIDO
a) Requer o deferimento da medida de liminar para a desativação de iluminação e remoção do painel de publicidade.
b) Requer a nulidade do ato que autorizou a instalação do painel de publicidade.
c) Requer a condenação dos pares ao ressarcimento financeiro causado pelo dano ao erário administrativo. 
d) Requer a condenação dos pares ao ressarcimento dos danos ambientais causados pela instalação inadequada do painel publicitário conforme o artigo 11º da lei 4.717/65
e) Requer a condenação do réu aos ônus sucumbenciais e as despesas judiciais conforme o artigo 12º da lei 4.717/65.
DAS PROVAS
Pugna a produção de todos os meios de provas em direito admitidas pelo direito, especialmente as obtidas por meio de depoimento pessoal dos acusados que fica desde já requerido, bem como os de caráter documental, testemunhal, e o que mais for necessário para resolver os fatos, com fundamento no artigo 369 do CPC.
Valor da causa: R$: xxx (valor consolidado do dano).
Nestes termos.
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB/UF
 
Classification: Confidential

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