Buscar

PRÁTICA SIMULADA V - AV1 pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PRÁTICA SIMULADA V
Aluna: Larissa de Souza Barbosa. 
Matricula: 2018041236896
AV1
EXCELENTISSIMO SR. DR. JUIZ DA VARA __FEDERAL DE PINHO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE RIO GRANDE DO SUL
		LUCIANE MALTA, brasileira, estado civil, professora, endereço eletrônico: xxx residente e domiciliado na rua: xxx, nº xx, Bairro: xxx, na Cidade: Pinho - RS, CEP: xxx vem respeitosamente à Vossa Excelência, por seu advogado constituído por instrumento de procuração em anexo e que recebe intimações de foro em geral em seu endereço profissional sito na rua: xxx, nº xx, Bairro: xxx, na Cidade: xxx, Estado: xxx, vem respeitosamente, perante a Vossa Excelência, com fulcro nos temos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 e da Lei nº: 4717/65, ajuizar a presente 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
Em face do ato do SR. PREFEITO MOURO DINIZ, pessoa jurídica de direito público com sede na RUA: xxx, nº xx, Pinho/RS, CEP: xxx e endereço eletrônico: xxx em face da Empresa Saúde 1000 Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº xxx, com sede na Rua: xxx, nº xxx, Cidade/UF, CEP: xxx e endereço eletrônico: xxx, pelos motivos de fatos e direitos a seguir expostos:
I – PRELIRMINAMENTE
DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO 
O AUTORA, solicita a prioridade na tramitação dos procedimentos judiciais, por estar com idade superior a 65 anos, faz jus ao benefício, conforme preconiza o artigo 1048, inciso I, do Código de Processo Civil.
II – DOS FATOS 
Nobre Julgador, o que ocorre é o Município de Pinho representado por seu órgão executivo máximo, celebrou contrato com administrativo com a empresa SAÚDE, cujo o sócio majoritário é Marcos Silva, filho da companheira do Prefeito, tendo por objeto o fornecimento de material hospitalar para todos os postos de saúde do Município pelo prazo de 120 meses.
Além disso, os atos devem ser declarados nulos porque foram realizados sem a necessária concorrência pública, com infração, portanto, da legislação vigente tais como apresentação de certificados de registros cadastrais, certidões de praxe e outros. 
O contrato foi efetivado pelo valor de três milhões de reais anuais, a IMPETRANTE com dúvidas da licitude por trás do negócio jurídico firmado requereu administrativamente cópia do contrato de concessão e toda a documentação apresentada pela empresa, bem como a resolução do Secretário sob o referido contrato, sendo o pedido de Luciane indeferido pela Administração, tal motivo que levou a apresentar a presente demanda.
III – DOS FUNDAMENTOS
A presente ação popular foi proposta pela cidadã LUCIAN MALTA, que está em pleno gozo de seus direitos políticos. Conforme artigo 1º, §3º, da Lei n. 4.717/65 está legitimado para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio público, vejamos:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
[...]
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. (Brasil, 1965)		
Segundo o art. 6º da Lei 4.717/1965, os legitimados passivos são, in verbis:
“ Art. 6º A ação popular será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.”
O que se entende é que os legitimados passivos são as pessoas que dão causa ao dano, a ilegalidade ou ilicitude dos atos praticados, os funcionários ou administradores que autorizaram, aprovaram, ratificaram, ou praticaram os atos acima aludidos e os beneficiários de tal ato.
Além disso, para a propositura da Ação Popular, há ainda os requisitos legais previstos no art. 2º da Lei n. 4.717/65, onde se lê: 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
	É fato que o que vimos no caso em tela é uma expressa violação ao princípio da moralidade, uma vez que o Gestor Público do Município de Pinho, celebrou um contrato com a empresa cujo o sócio majoritário é Marcos Silva, filho da companheira para o abastecimento público, tudo isso sem respeitar o devido processo.
 	Não obstante, dar-se o valor exorbitante da causa sendo aprovado sem as devidas licitações, tratando-se de um favorecimento a empresa de Marcos.
Dessa forma, atenta-se contra o princípio da moralidade administrativa em que o homem público tem que ser probo e zelar pelo direito e pelos princípios da administração pública, e não para fins pessoais. Assim prevê o artigo 37, caput da Constituição Federal, vejamos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Além do mais, a súmula vinculante n° 13 do STF, apresenta que a nomeação de parentes viola a Constituição Federal, assim dispõe:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
Sendo assim o Prefeito fere os princípios da moralidade administrativa e da legalidade, pois é inadmissível que o erário público sofra danos devido a favorecimento a seus familiares.
Cabe salientar que tal ato do prefeito além de ferir o princípio constitucional da moralidade administrativa, também fere o princípio da legalidade, pois tal princípio pressupõe que todas as ações do administrador público devem ser pautadas de acordo com o disposto na legislação vigente, sendo assim o ato praticado pelo prefeito é considerado nepotismo.
 		O que podemos observar é que podemos aplicar o disposto no art. 4º, I, da Lei n.4.717/65, que estabelece que são também nulos os atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º da Lei n. 4.717/65.
	 
IV - DA OBRIGATORIEDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO -
Conforme preceitua o art. 6º, parágrafo 4º da lei 4717/65 
art. 6º a ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no 
art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. 
§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
 § 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular
V- DA MEDIDA LIMINAR 
 		A concessão da medida liminar estáprevista na Lei n.º 4.717/65, artigo 5°, parágrafo 4°, vejamos:
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município;
4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
A relevância do fundamento invocado reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, de que existe o bom direito ora vindicado, notadamente em face das violações às normas e aos princípios supramencionados.
O periculum in mora, por sua vez, está consubstanciado uma vez que a demora do processo causará lesão à municipalidade.
VI – DOS PEDIDOS 
Com efeito, para o êxito da ação popular é necessário que o ato, além de ilegítimo, seja também lesivo ao patrimônio público. Em face do exposto, requer:
a) Que seja deferida a liminar, para suspender o ato lesivo, conforme art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65, em face de estarem demonstrados os requisitos do periculum in mora e o fumus boni iuris;
b) a citação do réu, para, querendo, contestar a presente açãos, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
c) a citação do Município de Pinho em separado, na forma do art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65;
d) a intimação do representante do Ministério Público, conforme o parágrafo 4º  do artigo 6º da lei 4717/65;
e) a procedência dos pedidos para decretar a anulação do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade;
f) a condenação dos Réus no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
VII - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC.
VIII – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 30.000.000,00 (TRINTA MILHÕES), artigo 291, do CPC/2015.
Termos que,
Pede Deferimento.
(Local e Data)
Advogado
OAB/UF

Outros materiais